quinta-feira, 31 de março de 2011

Sorteio da Promoção Todo Dia é Dia Das Mulheres

Boa noite,
Semanas e dias atribulados por aqui, c/ novos trabalhos se iniciando, depois de uma incrível viagem a Paraty/RJ, neste último fim-de-semana (logo mais contarei das maravilhosas mulheres que conheci!), e já é noite... a cria dorme, o projeto já foi enviado (éh, vida de produtor cultural é isso - muitas ideias na cabeça e pouco dinheiro no bolso, é cumpadi tu é funk até o caroço!, já diria BNegão) - o maridão, sem minha companhia que cá realizo o sorteio da Promoção Todo Dia é Dia das Mulheres espera na rede vendo tv, e olha que está passando um filme nacional bem legal!
Bão, vamos lá! P/ sortear três ganhadoras das 14 inscritas (poxa minha gente, poucas inscrições para prêmios tão bacanas hein...) fiz uma espécie de tabela, p/ que todos os n°s concorrecem nos três prêmios - Vale-compras de R$34,00 da Samba Calcinha; Absorvente ecológico da Ninho da Coruja e um coletor menstrul da Miss Cup.
Seguem abaixo as numerações de cada inscrita, e atentem-se que quando um n° é sorteado as numerações de cada uma mudam, em ordem descrescente:
1 - 1 - 1 Simone
2 - 2 - 2 Jessica
3 - 3 Ana Carolina - 2a. sorteada_Absorvente da Ninho da Coruja
4 - 4 - 3 Marina
5 Cinthia - 1a. sorteada_Vale-compras da Samba Calcinha Negrito
6 - 5 - 4 Larissa
7 - 6 - 5 Ana Paula
8 - 7 - 6 Elly
9 - 8 - 7 Uyara
10 - 9 - 8 Marilia
11 - 10 - 9 Luciana Negrito
12 - 11 - 10 Virgínia Negrito
13 - 12 - 11 Vanessa - 3a. sorteada_Coletor menstrual da Miss Cup
14 - 13 - 12 Naomi
Eba! Que delícia mulherada, parabéns!
Amanhã entrarei em contato c/ vcs p/ explicar como será o envio e por parte de quem, aguardem!
Soninho, aiai...
Inté!

quarta-feira, 30 de março de 2011

Agenda Parto no Brasil

Seguem as divulgações dos encontros e eventos da Agenda Parto no Brasil desta semana:
CineMaterna
Curitiba/PR
Dia 31, quinta-feira, 13h30 - Unibanco Arteplex Crystal, na R. Comendador Araújo 731
Filme: Sexo sem Compromisso
Sessões quinzenais às quintas, 13h30 e mensais aos sábados, 11h.
Porto Alegre/RS
Dia 31, quinta-feira, 13h30 - Unibanco Arteplex Bourbon Country, na R. Túlio de Rose 80, 2º piso
Filme: VIPs
Sessões quinzenais às quintas, 13h30 e mensais aos sábados, 11h.
Rio de Janeiro/RJ
Dia 31, quinta-feira, 14h - Kinoplex Fashion Mall, na Estrada da Gávea, 899
Filme: Jogo de Poder
Tb no Rio de Janeiro e em São Paulo, o CineMaterna apresenta a pré-estreia do filme "Babies" no dia 9 de abril, sábado, às 11h. Em outras cidades, o filme entrará em enquete - para votar basta estar cadastrado no site - www.cinematerna.org.br.
São Paulo/SP
Dia 31, quinta-feira, 13h30 - UCI Anália Franco, na Av. Regente Feijó 1759 - Nível Lírio
Filme: Sexo sem Compromisso
No mesmo dia, às 14h - Cinemark VillaLobos, na Av das Nações Unidas 4777
Filme: Sexo sem Compromisso
Participem do 4º Encontro GestaMaringá, com o tema As recomendações da OMS para o parto, no dia 02 de abril, sábado, às 15h, na R. Ribeirão Claro, 253 - Zona 08, em Maringá/PR (quem vier pela Av. Mauá, seguindo a Av. Centenário, é a primeira rua à esquerda, depois da rodoviária).
A partir de abril os encontros acontecerão no 1º e 3º sábado o mês.
É essencial confirmar presença através dos telefones (44) 3028-0415, c/ Patrícia e/ou (44) 3028-1375, c/ Renata ou por email: gestamaringa@gmail.com, pois o encontro pode ser cancelado devido às gestantes acompanhadas pelas doulas que organizam o evento.
Os encontros são gratuitos! Os pais são bem vindos! E as crianças também!
A Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher da Câmara Municipal de São Paulo informa e convida para reuniões ordinárias que ocorrem às quartas-feiras, a partir das 13hs, no Salão Nobre (8º. andar), sendo que no dia 06 de abril acontece o debate sobre maltrato no atendimento em maternidade e no pré-natal. No dia 13 ocorre a Audiência Pública de Prestação de Contas da Secretaria Municipal de Saúde referente ao 4º. Trimestre de 2010, às 10hs no Plenário, em São Paulo/SP.
Estão abertas as inscrições para o III Reunião Equatorial de Antropologia (REA)/XVI Encontro dos Antropólogos do Norte e Noroeste (ABANNE) - Diálogos Culturais na Pan-Amazônia, em Boa Vista, Roraima, de 14 a 17 de agosto, confiram no link - http://www.ufrr.br/rea2011/.
No evento o Grupo de Trabalho (GT) 31 debaterá sobre Antropologia e Saúde Pública.
Organizadores/as:
- Pedro Nascimento (UFAL)
- Carmen Susana Tornquist (UDESC)
- Marion Teodósio de Quadros (UFPE)
Um dos aspectos mais instigantes no diálogo da Antropologia com as ciências da saúde tem sido analisar como ocorrem os processos de apropriação e de resignificação das políticas universalistas de atenção à saúde implementadas por diferentes países e como estas apropriações são incorporadas, rechaçadas ou minimizadas pelos profissionais de saúde e pelos usuários/as dos serviços. Ideais de equidade, universalidade e integralidade ou de respeito a diversidade cultural e atenção diferenciada são princípios formais de muitos programas contemporâneos, porém até que ponto e, sobretudo, como estes são traduzidas no plano do atendimento local é uma das dimensões tradici onalmente estudadas pelos/as antropólogos. O relativismo e a etnografia, em especial, tem contribuído muito, teórica e medologicamente, para uma compreensão mais acurada destes processos, complexos, heterogêneos e multifacetados. Por outro lado, as reflexões realizadas pelos pesquisadores do campo da saúde pública seguem sendo desafiadores para a reflexão dos antropólogos, pois as especificidades da saúde publica, quase sempre presentes nas pesquisas, tendem a ser secundarizadas. A proposta deste GT é reunir pesquisas que tomem a saúde publica um ponto de reflexão mais especifico, reunindo pesquisas que reflitam sobre os processos contemporâneos de saúde e doença que ocorram no âmbito da saúde pública, levando em considerações as mudanças institucionais decorrentes de reformas e/ou mudanças políticas recentes ocorridas nos países latino-americanos, em especial, entre os quais, a reforma sanitária e a reforma psiq uiátrica brasileira. Estudos realizados sobre o PSF, programas de treinamento de parteiras e curadores tradicionais, entre outros, bem como programas não-governamentais que tenham interface com a saúde pública, serão bem vindos, bem como pesquisas que abordem questões referentes à saúde mental e saúde reprodutiva e sexual, como assistência ao parto, aborto e contracepção .
Orientações:
Podem enviar propostas para os Grupos de Trabalho:
- Pesquisadores que atuem na área de Antropologia, Ciências Sociais e disciplinas afins.
- Cada pesquisador(a) poderá inscrever uma única proposta de trabalho como primeiro(a) autor(a) em apenas único GT.
- Os alunos de graduação apresentarão trabalhos na modalidade posters.
- A apresentação de proposta de trabalho deverá ser efetuada através do formulário presente no site - http://www.ufrr.br/rea2011/.
- Todos os campos devem ser preenchidos.
- Os formulários devem ser enviados para os coordenadores dos respectivos GTs com conhecimento para rea3@ufrr.br até o dia 09 de abril.
Confiram outras iniciativas nos folders abaixo:
Em São Paulo/SP:
No Rio de Janeiro/RJ:
E, para finalizar, divulgamos novamente a vinda de Janet Balaskas para o Brasil - Concretizando o Parto Ativo, em São Paulo, no dia 21 de abril, imperdível!!!
O Blog Parto no Brasil estará presente nos dois eventos, tanto em Curitiba/PR (confiram no link - http://aobabebe.blogspot.com/p/eventos-janet-balaskas.html), quanto na capital paulista, realizando a cobertura midiática dos mesmos, c/ grande honra - vejam a programação aqui!

terça-feira, 29 de março de 2011

Encontro: mulheres brasileiras e gênero - HOJE, na FSP

Para comemorar o Dia Internacional da Mulher neste ano de 2011 a Comissão de Cultura e Extensão (CCE.x.) da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP realizará um Encontro Comemorativo ao tema que abrirá espaço para apresentação e debate dos resultados da pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo, intitulada Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado, tendo em vista identificar questões relevantes para o campo da Saúde Pública e suas Políticas Públicas em relação às mulheres em suas diversidades.
Hoje, dia 29, das 14h30 às 17h30, na FSP/USP - Anfiteatro Paula Souza - Av. Dr. Arnaldo, 715 - São Paulo - SP (Próximo a Estação Clínicas do Metro).
Abertura às 14h30, c/ Helena Ribeiro (Diretora da FSP-USP), Maria Rosário Dias de Oliveira Latorre (Presidente da CCEx) - Coordenadoras do Evento.
Mesa Redonda: Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado.
Palestra c/:
- Gustavo Venturi ( FFLCH-USP): Apresentação da Pesquisa da Fundação Perseu Abramo sobre o tema da mesa;
Comentários e debates c/:
- Carmen Simone Grilo Diniz (FSP-USP) - Violência institucional de gênero, como foco no parto e aborto;
- Márcia Couto (FM-USP) - Masculinidades, gênero e violência.
Coordenadora: Augusta Thereza de Alvarenga (FSP/USP).
As inscrições para o Encontro são gratuitas e podem ser feitas no site da Faculdade ou no local, no dia do evento. Serão fornecidos certificados de participação no mesmo pela Comissão de Cultura e Extensão da FSP/USP.
Inscrições no site - http://www.fsp.usp.br/crintform/phpmyadmin/eventos/form/form1.php?vIdEv=46.
Coordenação Geral do Encontro Comemorativo: Ana Cristina D´Andretta Tanaka – FSP/USP; Augusta Thereza de Alvarenga - FSP/USP; Carmem Simone Grilo Diniz - FSP/USP e Neia Schor - FSP/USP.
Não haverá estacionamento disponível na Faculdade. Mais informações pelo e-mail: svalunos@fsp.usp.br.
Fonte: http://www.fsp.usp.br/site/eventos/mostrar/861.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Blogagem Coletiva - Carta de Apoio ao Curso de Obstetrícia da EACH-USP

A semana que passou foi intensa contra a redução do n° de vagas para o único curso de graduação que temos em Obstetrícia, pela Universidade de São Paulo-USP, campus Zona Leste, na Escola de Artes, Ciências e Humanidades-EACH.
Contamos c/ um abaixo-assinado que circulou pelas redes afora e duas manifestações - na Reitoria da USP e no MASP, ambas na capital paulista. Mulheres c/ seus filhos/as, nascidos/as pelas mãos de obstetrizes, profissionais, estudantes, alunos/as recém formadas em Obstetrícia clamaram NÃO a esta decisão anti-democrática, c/ vozes e peitos de fora!
Movimentação linda de se ver!
Pela internet muito se falou sobre o assunto, e, nós do Blog Parto no Brasil noticiamos diariamente as novidades e imagens desses atos, c/ orgulho e felicidade (e indignação, claro!).
Abaixo publicamos uma Carta Aberta em apoio ao curso de Obstetrícia, redigida e compartilhada na web e redes sociais, c/ assinaturas de outros veículos de comunicação virtuais, entidades e apoiadores da causa, pelo direito de partejar e nascer c/ respeito!
Publiquem em seus sites/blogs!!!
CARTA DE APOIO AO CURSO DE OBSTETRÍCIA DA EACH-USP
Nós, mulheres usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), mães, profissionais das mais variadas áreas e entidades afins declaramos nosso apoio ao Curso de Obstetrícia da Escola de Artes e Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo – EACH-USP, que terá seu número de vagas reduzido e corre o risco, inclusive, de ser fechado, visto que o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) não reconhece a categoria e a USP por pressão e intimidação se posicionou em seu Relatório Estudos das Potencialidades, Revisão e Remanejamento de Vagas nos Cursos de Graduação da Escola de Artes e Ciências e Humanidades da USP considerando reduzir mais de 300 vagas, de diversos cursos.
Com indignação clamamos e lutamos contra esta ação, visto que o curso é o único no País a formar obstetrizes centradas nos cuidados integrais relacionados à saúde da mulher, especialmente em um momento único como o parto e nascimento de um filho, que é visto pelos atuantes deste ofício como algo fisiológico, próprio do corpo feminino, tendo a mulher como protagonista.
Uma formação desta magnitude é uma inovação, dado que o Brasil apresenta elevadas taxas de cesarianas eletivas, alcançado patamares como o 2º. País com os mais altos índices, seja no sistema público de saúde (cerca de 45%), ou no privado (cerca de 90%), mesmo a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendar um percentual de 15%, assim uma profissão centrada nas especificidades que uma gestante necessita é um ganho para a sociedade e para as futuras gerações, além do mais que já é uma vitória ter o Curso de Obstetrícia reaberto após 30 anos de sua exclusão, ocasionando cenários de violência institucional no atendimento ao parto e nascimento em várias regiões brasileiras, tratando os corpos femininos como templos do saber médico.
Pela continuidade do Curso de Obstetrícia da EACH-USP, pelo reconhecimento de nossas obstetrizes e pela arte de partejar!
Abaixo-assinamos,
Nome das entidades/grupos/coletivos/sites/blogs:
- Blog A Bolsa da Doula - Patrícia Merlin
- Aldeia Materna
- Blog Buena LecheCláudia Rodrigues
- Blog Parir é Natural - Carla Andreucci Polido
- Blog Parto no BrasilAna Carolina A. Franzon & Bianca Lanu
- Blog Mamãe Antenada - Pérola B.
- Blog Mães Empreendedoras - Vanessa Rosa
- Blog MaternAtiva - Denise Cardoso
- ciadasmães
- Gesta Paraná - Patrícia Merlin
- Grupo Curumim - Paula Vianna
- Hugo Sabatino
- Kika de Pano - Bruna Leite
- Mamíferas - Kalu Brum
- Umbiguinho Slings
- What Mommy NeedsCarolina Pombo
- Yoga para Gestantes - Anne Sobotta
24 de março de 2011.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Convite para Ato pelas mulheres e manutenção do curso de graduação em Obstetrícia

A favor do Curso de Obstetrícia da EACH-USP: na blogosfera


Foto de Bia Fioretti.
Muitos sites/blogs estão se mobilizando pelo Curso de Obstetrícia da EACH-USP, confiram:
Obstetrizes Já, da Associação de Obstetrizes da Universidade de São Paulo - http://obstetrizesja.blogspot.com/.
Blog Parir é Natural, da obstetra Carla Polido - Contra a extinção do curso de Obstetrícia - http://parirenatural.blogspot.com/2011/03/contra-extincao-do-curso-de-obstetricia.html.
Fórum Político da Zona Norte de São Paulo - Usp vai perder 300 vagas e o curso de Obstetrícia. È o xóki de jestão tucano - http://forumzn.blogspot.com/2011/03/220320110337.html.
Blog Memórias Póstumas de uma mulher comum, por Nina Barreto - Não ao fechamento do curso de Obstetrícia - http://aninanemliga.blogspot.com/2011/03/nao-ao-fechamento-do-curso-de.html.
Blog Deixa Sair, editado pela jornalista Sonia Hirsh - Viver melhor:todo apoio à obstetrícia - http://www.soniahirsch.com/2011/03/viver-melhor-todo-o-apoio-obstetricia.html.
Site ciadasmães - todo apoio ao curso de obstetrícia da usp - http://www.ciadasmaes.com.br/blog/2011/03/todo-apoio-ao-curso-de-obstetricia-da-usp/.
Registre você também sua manifestação aqui, deixe seu link nos comentários!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Post Extraordinário - Carta de Sonia Hotmsky à ReHuNa

Divulgo a Carta de Sonia N. Hotmsky, autora da tese de doutorado em Ciências, publicada em 2007 - A formação em obstetrícia: competência e cuidado na atenção ao parto*, pela Faculdade de Medicina Preventiva da USP enviada a Rede de Humanização ao Parto e Nascimento (ReHuNa) a favor do Curso de Obstetrícia da EACH-USP:
Carta de Sonia Hotmsky à ReHuNa:
"Uma das últimas falas publicas de Angela Gehrke, obstetriz alemã que trabalhou durante anos atendendo ao prénatal, parto e pós-parto de mulheres de camadas populares, moradoras do Jardim Monte Azul no ambulatório e Casa de Parto da Associação Comunitária Monte Azul foi em um programa da GNT no qual afirmava que era essencial a colaboração entre os distintos profissionais que prestam assistência ao parto. Afinal, uma atenção centrada na mulher depende desta colaboração e deste respeito e reconhecimento mútuo. Sua fala foi particularmente impactante para todos nós presentes naquela ocasião - companheiros da ReHuNa, profissionais de saúde, feministas, mulheres 'consumidoras', ativistas lutando em prol do direito à escolha do local de parto - pois dizia isso após ter sido proibida de atuar e de ter sido fechada a casa de parto que fundou e que foi modelo para a Casa de Parto do Projeto Qualis da Fundação Zerbini - a Casa de Parto Sapopema.
As discentes e docentes do Curso de Obstetrícia da USP Leste precisam de nosso apoio!".
Foto de Deborah Rachel, daqui.
* Tese encontrada aqui.

Carta da ABENFO aos Associados

"A formação da nova obstetriz, condizente com os princípios que orientam o ensino de enfermeiras e enfermeiras obstétricas, constrói o conhecimento pautado na valorização do saber e da atuação interdisciplinares e no respeito à autonomia do cliente. Nesse contexto de revitalização das boas práticas, o ressurgimento do Curso de Obstetrícia vem tão somente revigorar a missão de todas nós, de guardiãs da fisiologia do parto e nascimento."
Editorial Boletim Informativo ABENFO - junho de 2009 (Ano 13, n. 39)
Divulgamos a Carta da Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (ABENFO) a favor do Curso de Obstetrícia da EACH-USP:
São Paulo, 23 de março de 2011

Aos associados e interessados,
A Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (ABENFO) é uma entidade que acolhe as duas profissões - obstetrizes e enfermeiros obstetras - conforme assegura a sua denominação, além de enfermeiros que atuam nas áreas de saúde da mulher e do recém-nascido e repudia qualquer manifestação contrária ao Curso de Obstetrícia e seus egressos, ainda que assumidas em caráter pessoal por integrantes de sua Diretoria. Acolher uma parte dos profissionais e renegar outra é uma violação ao Regimento da ABENFO, dado que uma das finalidades centrais da entidade é a defesa de seus associados. Sejam eles obstetrizes ou enfermeiros obstetras.
A ABENFO-SP e ABENFO NACIONAL vem a público relembrar os apoios aos egressos da EACH, prestados ao longo destes anos, como o Editorial em Boletim Informativo da entidade, em março de 2006 (Ano 10, n. 32), onde se destacava a criação do curso, e outro Editorial em junho de 2009 (Ano 13, n. 39), saudando os primeiros formandos e defendendo o trabalho colaborativo. Lembra a participação da associação em eventos realizados pelos alunos da EACH, sempre que solicitada e a participação de membros de sua Diretoria em negociações junto a Secretaria de Estado da Saúde por vagas para os egressos da EACH. E, finalmente, a realização em São Paulo, do III Fórum Nacional de Políticas de atuação de Enfermeiros e Obstetrizes na Assistência à Saúde da Mulher e do Neonato, onde se buscou pacificar o máximo de ABENFOs regionais que fosse possível, em momento tormentoso, onde as resistências aos egressos da EACH ganhavam manifestações vigorosas das ABENFOs de vários estados (Editorial - Boletim Informativo Ano 13, n. 40, outubro de 2009).
Assim, a ABENFO-SP reafirma seu alinhamento com todas as lutas dos profissionais da saúde e usuários pela qualificação da assistência ao parto e nascimento, seja no aprimoramento de modelos assistenciais mais adequados para a promoção da fisiologia da gestação e parto, seja na busca dos melhores modelos de formação profissional para o parto normal.
Atenciosamente,
A Diretoria.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Post Extraordinário - Relato e novidades sobre o Curso de Obstetrícia da EACH-USP


Divulgo novidades que circularam na web sobre a manifestação contra a redução de vagas e o possível fechamento do Curso de Obstetrícia da EACH-USP, único no País a formar obstetrizes:
Parto de baixo risco com enfermeira sim, por Kalu Brum, jornalista, doula e fotógrafa, além de co-editora do Mamíferas - http://www.blogmamiferas.com.br/2011/03/parto-de-baixo-risco-com-enfermeira-sim.html.
Obstetriz na saúde da mulher, por Bia Fioretti, fotógrafa e idealizadora do Projeto Mães da Pátria, que fotografa imagens de parteiras pelo mundo - http://maesdapatria.wordpress.com/2011/03/23/obstetriz-na-saude-da-mulher/.

Lindas fotos do ato realizado ontem, na Reitoria da USP, no Butantã, em São Paulo/SP, que contou c/ a participação de cerca de 150 ativistas a favor da arte de partejar!
O IG noticiou: Governador promete ajuda contra o fechamento de curso da USP Leste, por Cinthia Rodrigues - http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/governador+promete+ajuda+contra+fechamento+de+curso+da+usp+leste/n1238187030422.html. O G1 também: Alckmin defende manutenção de curso de Obstetrícia na USP Leste - http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2011/03/alckmin-defende-manutencao-de-curso-de-obstetricia-na-usp-leste.html.
O site do DCE também comentou e informa sobre a audiência pública na ALESP que será amanhã, dia 24, confiram no link: Audiência pública e paralização no dia 24 - http://www.dceusp.org.br/2011/03/audiencia-publica-e-paralisacao/. Também publicou imagens e vídeos do ato ocorrido ontem: Fotos e vídeos do ato em defesa da Obstetrícia (22/março) - http://www.dceusp.org.br/2011/03/fotos-e-videos-do-ato-em-defesa-da-obstetricia-22marco/.
Para finalizar, fecho c/ as sábias palavras de Adriano Rangel, geógrafo e jornalista, além de conterrâneo dos mares de Caniné (puxa, rs!) via Facebook:
"Não estudo na EACH, não tenho filhos, não moro da zona leste, mas tudo isso não importa quando a USP resolve arbitrariamente cometer, pela segunda vez em sua história, o erro de fechar um dos cursos mais humanísticos da área da saúde, o de Obstetrícia. Tendo ou não filhos, sendo ou não estudante de Obstetrícia, a extinção do curso deve ser motivo de revolta em toda a sociedade, a maior interessada na formação de profissionais de saúde capazes de olhar o ser humano como gente, não como mero produto. A formação atual dos profissionais da saúde tem desprezado sistematicamente o estudo das questões sociais que permeiam a saúde pública. O curso de Obstetrícia é um dos poucos, quiçá o único, que tem, desde a sua origem, o compromisso de abordar o parto como um processo natural, que deve ser respeitado. Infelizmente, não é esse o tratamento que a maioria das mulheres recebe, especialmente na rede privada, onde a taxa abusiva de cesáreas (90%) visa industrializar o parto e, com isso, torná-lo mero produto. A USP Leste foi inaugurada sob a justificativa de levar o ensino público para uma região carente da cidade. Poucos anos depois, A mesma USP decide reduzir a já pequena oferta de vagas na nova universidade, privilegiando, como de costume, cursos "de maior reconhecimento social", como se o papel da universidade não fosse justamente o de gerar todo o tipo de conhecimento. O reitor João Grandino Rodas fará história ao repetir o erro de menosprezar a formação humanística em prol exclusivamente das demandas de mercado, lugar que, lamentavelmente, a saúde pública brasileira se encontra há muito tempo. Ofereço o meu apoio aos estudantes de Obstetrícia e à todas as mulheres brasileiras, que merecem ter um tratamento digno no sistema de saúde."
E, neste sábado, dia 26, às 10h no vão livre do MASP, na Av. Paulista, em São Paulo/SP, novo ato de repúdio contra a posição do COFEN e USP, reúnam-se, compareçam, lutem por uma assistência ao parto e nascimento humanizada, pois parir c/ obstetriz é tudo de bom!!!
_ilustração de Ingrid Lotfi, doula e ativista da Parto do Princípio (PP).

Agenda Parto no Brasil

Confiram as atividades e eventos desta semana na Agenda Parto no Brasil:
CineMaterna
Rio de Janeiro/RJ
Dia 24, quinta-feira, 14h - Unibanco Arteplex Botafogo, na Praia de Botafogo 316
Filme: Sexo sem Compromisso
Sessões quinzenais às quintas, 14h e mensais aos sábados, 11h.
São Paulo/SP
Dia 24, quinta-feira, 14h - Cinemark Market Place, na Av. Dr Chucri Zaidan 920
Filme: Esposa de Mentirinha
Sessões quinzenais às quintas, 14h.
Esta semana o Grupo MadreSer se encontra em Sumaré/SP para conversar c/ gestantes e casais sobre a importância dos exercícios perineais:
Em Santos/SP,aula aberta de Yoga para Gestantes, c/ Adriana Vieira:
No início de abril, em Campinas/SP, encontro de grávidas do Grupo Vínculo:
Na Serra da Cantareira, em São Paulo/SP, culinária para crianças:
O Curso de Manejo Ampliado da Amamentação, organizado pelo pediatra Dr. Marcus Renato de Carvalho discute as políticas e programas de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, bem como a visão da saúde coletiva, as iniciativas de políticas públicas e a cultura e a comunicação social. Acessem o site Aleitamento.com para saber mais - http://aleitamento.com/a_cursos_seminarios.asp

terça-feira, 22 de março de 2011

Post Extraordinário - "Porque há o direito ao grito. Então eu grito". *

* Clarice Lispector









*



"Pessoal de OBS, pela mobilização de hoje, mais uma vez, sentimos um imenso orgulho de tod@s nós! Por isso, deixamos os nossos parabéns e os nossos agradecimentos à tod@s que protestaram, divulgaram, discursaram, gritaram e apitaram na manhã de hj! Mas, acho que chegou o momento de expressarmos publicamente sobre a decepção de não vermos tod@s @s alun@s, assim como na nossa “assembleia” extraordinária da última sexta-feira. Acreditamos que a vontade de lutar pela causa deve começar primeiro com @s alun@s! Nós precisamos uns dos outros p/ somarmos forças e, principalmente, p/ darmos forças p/ @ coleg@ que desanimaram ou desacrediaram, por exemplo. Espero que nós entendamos que a nossa causa é muito maior e a presença de tod@s vai sim, fazer a diferença! O futuro da Obstetrícia depende de cada um de nós!".

Bruna Alonso e Letícia Ventura, alunas do 4º. ano de Obstetrícia
Fotos do ato realizado hoje na Reitoria da USP - Créditos para as ativistas e militantes da humanização.
_Confiram no portal da IG como foi a manifestação que reuniu cerca de 150 pessoas: Obstetrícia da USP protesta contra o fechamento do curso, por Cinthia Rodrigues.

Nós mulheres precisamos das obstetrizes: por um parto c/ respeito!

10:35 am
Mulheres, obstetrizes, profissionais da saúde e ativistas do Movimento pela Humanização do Parto e Nascimento se reúnem na Cidade Universitária da Universidade de São Paulo - USP, em defesa do Curso de Obstetrícia, visto que o mesmo terá suas vagas diminuídas ou, até mesmo, será fechado. O embate é entre o COREN/COFEN/USP.
Já noticiamos a situação nos posts de domingo e de ontem linkando o abaixo-assinado que já conta com mais de 5000 assinaturas! E a mídia noticia:
IG, por Cinthia Rodrigues - Fusão do curso de Obstetrícia da USP significa fim da profissão - http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/fusao+do+curso+de+obstetricia+da+usp+significa+fim+da+profissao/n1238183622688.html
DCE - USP - Estudantes pela continuidade da graduação em Obstetrícia na USP - http://www.dceusp.org.br/2011/03/estudantes-pela-continuidade-da-graduacao-em-obstetricia-na-usp/
Em Defesa da Educação Pública - DCE da USP chama ato contra a extinção do curso de Obstetrícia - http://emdefesadaeducacao.wordpress.com/2011/03/21/dce-da-usp-chama-ato-contra-a-extincao-do-curso-de-obstetricia/
Além disso, a Carta Aberta divulgada ontem pelo Blog Parto no Brasil, escrita pela pesquisadora da Faculdade de Saúde Pública - FSP da USP, Simone Diniz, veiculou em outros endereços virtuais, como no Blog Saúde com Dilma e no site da Casa Angela. Inclusive, assinem esta petição para que a Casa Angela tenha seu convênio c/ o SUS estabelecido e dê continuidade em seus atendimentos em prol do parto normal - http://www.petitiononline.com/angela10/petition.html.
Confiram, ainda, o Relatório da EACH c/ as informações dos motivos para a diminuição do n° de vagas do Curso de Obstetrícia, entre outros - Estudo das Potencialidades, Revisão e Remanejamento de Vagas nos Cursos de Graduação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, disponibilizado pelo DCE.
Abaixo segue Carta de Esclarecimento do mesmo órgão:
Caros Alunos,
Na manhã desta segunda-feira, dia 21 de março, foi realizada uma reunião entre a Direção da EACH, a Presidente da Comissão de Graduação, professores e representantes discentes do curso de Obstetrícia para esclarecimento das ações empreendidas, até o momento, junto ao Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (COREN-SP) e à Pró-Reitoria de Graduação em prol do curso.
No período da tarde, foi realizada outra reunião, desta vez com a Pró-Reitora de Graduação, Profa. Dra. Telma Zorn, para discutir a situação do curso de Obstetrícia. Participaram também do encontro o Pró-Reitor Adjunto, Prof. Dr. Paul Jean, o Vice-Diretor da EACH, Prof. Dr. Edson Leite, a Presidente da Comissão de Graduação, Profa. Dra. Mônica Yassuda, a Coordenadora do Curso, Profa. Dra. Nádia Zanon Narchi, e as Profas. Dras. Célia Regina Melo e Jacqueline Brigagão, além de quatro representantes discentes, Flavia Estevan, Thaís Cursino, Mariana Gersavio e Jéssica Silva. A Pró-Reitora afirmou que “a principal preocupação é com os egressos e com os alunos que estão cursando Obstetrícia. Tudo será feito para melhorar o curso. Se for necessária outra reformulação, ela será feita”.
Enquanto acontecia a reunião na Pró-Reitoria, o Diretor da EACH, Prof. Dr. Jorge Boueri, estava reunido com o Presidente do COREN, Dr. Claudio Porto. A partir deste encontro, ficou acertada uma reunião de esclarecimento com todos os alunos e egressos do curso de Obstetrícia para a próxima segunda-feira, dia 28 de março, às 14h, na sede do COREN-SP na Alameda Ribeirão Preto, 82, Bela Vista. Esta reunião contará também com a presença do Prof. Dr. Francisco Cordão, assessor técnico de ensino do COREN e Presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação.
Quanto ao relatório elaborado pelo Grupo de Trabalho para Estudo das Potencialidades, Revisão e Remanejamento de Vagas nos Cursos de Graduação da EACH, presidido pelo Prof. Dr. Adolpho José Melfi, esclarecemos que o fórum para seu debate é junto à Comissão de Graduação da Escola.
Na Universidade de São Paulo é comum a avaliação permanente da graduação e a revisão dos cursos da EACH é absolutamente natural, indo de encontro às demandas sociais, científicas e tecnológicas da sociedade.
A Direção
Para finalizar a prosa assistam a manifestação dos/as estudantes de Obstetrícia após a divulgação deste relatório acima:

segunda-feira, 21 de março de 2011

Post Extraordinário - Carta de Simone Diniz em apoio ao Curso de Obstetrícia da EACH-USP

"Estimados colegas,
Como vocês devem estar acompanhando, a Reitoria da USP ameaça não oferecer ocurso de Obstetrícia no vestibular de 2012. Isto porque o Conselho Federal de Enfermagem se recusa a aceitar o registro das obstetrizes (apesar delas terem seu direito de registro garantido na justiça). Como tenho muitas amigas enfermeiras e tenho grande respeito por esta profissão, quero dizer que muitas discordam desta atitude do seu conselho e acham que as enfermeiras e obstetrizes devem estar unidas na luta por uma assistência ao parto que respeite os direitos da mulher.
Como ativistas e pesquisadores no campo de saúde e direitos da mulher, sabemos que o que o Brasil precisa hoje é de profissionais capazes de facilitar o parto fisiológico, promover um parto seguro e respeitoso, e reduzir as inaceitáveis taxas de episiotomias, induções, kristeller e outras intervenções obsoletas, agressivas, dolorosas e arriscadas no parto. Este cenário de parto agressivo somado à violência institucional e ao desrespeito ao direito a acompanhantes, faz com que muitas mulheres, para escapar da violência, prefiram uma cesárea desnecessária, com todos os riscos implicados para mãe e bebê. Ou seja, temos um conflito de interesses: manter as coisas como estão – um “parto pessimizado”, favorece aqueles profissionais que se beneficiam com este modelo violento, pois assim podem impor às mulheres o “modelo da cesárea de rotina” como alternativa “melhor”.
*A parteira de nível universitário é a profissional que atende os partos das mulheres saudáveis nos países desenvolvidos, e que está associada aos melhores resultados maternos e neonatais*. O Brasil precisa desta profissional com urgência, em um sistema de atenção integral e hierarquizado, principalmente agora que estamos nos perguntando os porquês do aumento das taxas de mortalidade e morbidade materna, e os porquês detanta violência no parto.
Se você se importa com este quadro, rogo que assine o abaixo-assinado pedindo a manutenção do curso:
Link: http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/8452
Convidamos também para a manifestação na porta da Reitoria da USP, no dia 22/03 às 9:00h
Link: http://www.facebook.com/event.php?eid=202473466447962&index=1
Peço ainda que se este assunto toca você, convide os amigos e colegas, e divulguem nas suas listas e redes sociais esta luta.
Um abraço e preparem seus cartazes, dia 22 iremos às ruas, será nosso dia de fúria. "

Repercussões sobre o Curso de Obstetrícia da USP


O post de hoje divulga novas repercussões da redução do n° de vagas do Curso de Obstetrícia da USP Leste, noticiada ontem pelo Blog Parto no Brasil em um post extraordinário c/ a divulgação do abaixo-assinado, assim, trazemos algumas notícias de outros veículos de comunicação virtuais sobre os imprevistos que tal graduação está passando, correndo o risco, inclusive, de ser fechado, confiram abaixo:
IG São Paulo, por Cinthia Rodrigues e Tatiana Klix - USP Leste pode fechar mais de 300 vagas - http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/usp+leste+pode+fechar+mais+de+300+vagas/n1238177421365.html
G1, por Ana Santi - Estudantes protestam contra a redução de vagas na USP Leste - http://g1.globo.com/vc-no-g1/noticia/2011/03/estudantes-protestam-contra-reducao-de-vagas-na-usp-leste.html
Site Vi o mundo, por Luiz Carlos Azenha - A carta dos alunos de obstetrícia da USP - http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/a-carta-dos-alunos-de-obstetricia.html?awesm=fbshare.me_AahWh&utm_content=fbshare-js-large&utm_medium=fbshare.me-facebook-post&utm_source=facebook.com
Confiram a página do Facebook em apoio à causa - Apoie a Obtetrícia - USP / Support Midwifes - http://www.facebook.com/home.php?sk=group_149118918485370&id=149644571766138&ref=notif&notif_t=like.
Recebemos, também, outros informes da obstetriz Camilla Schneck sobre a intensa movimentação de pessoas que apoiam a manutenção do Curso de Obstetrícia:
"Desde sexta-feira foi lançado um abaixo-assinado online - site seguro - para apoio em resposta a informação de que o acesso ao vestibular pode ser suspenso.
Desde após um intenso trabalho de muitas pessoas - principalmente alunos e outros apoiadores - ja temos 2600 assinaturas sem irmos às ruas. Isto se referiu ao trabalho das pessoas online solicitando o apoio a seus contatos.
Além das assinaturas temos também uma tag no twiter #ficaobs que ficou hoje a tarde na lista dos tt (trendstopics) ou seja: ficou entre os 10 tags mais comentados no Estado de SP e figurou por alguns minutos entre os dez tags do Brasil.
O Facebook tambem recebeu suas postagens.
Ainda convidamos para o ato de apoio ao curso organizado pelos alunos da EACH terça, às 09h00, em frente a reitoria da USP. "
Portanto, nesta terça-feira, dia 22, acontecerá um ato em protesto, das 9 às 11 horas, em frente a Reitoria da USP, participem!

"A USP precisa entender - o curso de Obstetrícia é INOVAÇÃO: a retirada da prática de intervenções obsoletas (episiotomia e aceleração de rotina, kristeler, parto em litotomia, jejum etc.) e a introdução de procedimentos seguros efetivos - acompanhantes, cuidados uma-a-uma, recursos não-farmacológicos é papel da Obstetriz - levando à redução das cesáreas desnecessárias e melhorando os indicadores maternos e neonatais."
Simone Diniz
Mulheres na luta e nas ruas!

domingo, 20 de março de 2011

Post Extraordinário - Abaixo-assinado de Apoio para a Continuidade da Graduação em Obstetrícia na USP

Repassamos este pedido enviado via listas de discussão virtuais, para a continuidade do Curso de Obstetrícia da Universidade de São Paulo - USP Leste, em São Paulo/SP.
Confiram o documento na íntegra e acessem o abaixo-assinado no link - http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/8452.
Pedido de apoio para a continuidade da Graduação em Obstetrícia na Universidade de São Paulo
A saúde da mulher encontra no Brasil números alarmantes. A OMS recomenda que o número de cirurgias cesáreas não ultrapasse 15%, porém, na rede pública brasileira este número alcança a marca de 48% e na rede particular de 70% a 90%. Apesar do incentivo do Ministério da Saúde do Brasil pelo parto normal e pela humanização dos mesmos, as taxas permanecem altas. Sendo assim, em resposta a este quadro, o curso de Obstetrícia foi reaberto na Universidade de São Paulo em 2005, 34 anos depois de sua extinção na mesma universidade.
Ressurgiu determinado a formar profissionais da saúde, capacitados para prestar uma assistência humanizada à população brasileira no que se refere assistência pré-natal, parto e pós parto, compreendendo a saúde da mulher, família e comunidade.
Acreditamos que uma atenção humanizada não é uma especificidade da obstetrícia, certamente profissionais médicos e enfermeiros podem e devem humanizar seu olhar e suas práticas. Contudo, a formação específica de Obstetrícia capacita os profissionais para praticar uma atenção individualizada à mulher e à família, compreendendo-a em seus processos de gestação, parto e amamentação como fisiológico, mas também e igualmente importantes, como processos emocionais, sociais, culturais, espirituais e como sementes para um mundo melhor.
No entanto, apesar de se propor a colaborar com a melhora da atenção a saúde da mulher, desde a sua reabertura, o curso enfrenta muitas dificuldades, dentre elas o impasse em relação a regularização da profissão de obstetriz. No diálogo com as instituições que poderiam regulamentar os profissionais formados nesse curso, viu-se a necessidade de ampliar a formação dos mesmos, o que gerou uma reformulação em sua grade curricular, que a partir de 2011 passa a ser realizado em 4 anos e meio em período integral. Assim, o curso foi tratando de dar respostas, aprender e recordar sempre qual a sua função e a importância que representa na possibilidade de contribuir na melhoria da atenção a saúde no Brasil.
A esses impasses soma-se o fato do curso de Obstetrícia estar situado em um campus recente da USP. Sendo um campus novo, os cursos situados nele têm pouca divulgação e consequentemente menor procura do que cursos tradicionais. Devido a isso, hoje a Obstetrícia enfrenta um problema ainda mais grave do que a regularização de seus profissionais: corre o risco de ter seu vestibular suspenso, o que abre a possibilidade do fechamento do mesmo. Além disso, há também a possibilidade de redução das vagas para acesso ao curso (hoje 60 vagas são disponibilizadas por ano). Entendemos, no entanto, que a realidade da assistência obstétrica no Brasil justifica a manutenção das 60 vagas atuais, permitindo a formação de um maior número de profissionais capacitados na assistência humanizada à saúde da mulher.
Como consequência indireta e não menos importante, a suspensão do vestibular e possível fechamento do curso diminui as chances das pessoas que vivem na Zona Leste de São Paulo, região caracterizada por população de menor poder aquisitivo e, dado o quadro das universidades do Brasil, com menor chances de cursar uma faculdade pública, em geral com maior prestígio no país.
Enfim, estamos falando da possível extinção da profissão Obstetriz e de sua capacidade de mudar a realidade obstétrica brasileira. Hoje os alunos formados podem trabalhar mediante uma ação judicial, porém enfrentam uma oposição das instiuições reguladoras que dificulta o ingresso destes profissionais no mercado de trabalho.
Pedimos, então, o seu apoio para evitar que a Obstetrícia tenha seu vestibular suspenso e sua formação ameaçada. Para isso você deve assinar o texto abaixo, podendo acrescentar comentários pessoais, e depois enviar para o email ajudeaobstetricia@gmail.com
Diante da realidade obstétrica brasileira, com altas taxas de cesárea e morbimortalidade materna, ao contrário das recomendações da OMS, apoio a graduação de Obstetrícia da Universidade de São Paulo, sendo contrário à suspensão de seu vestibular. Da mesma maneira apoio a profissão Obstetriz e sua inserção no mercado de trabalho, uma vez que acredito que este profissional pode alavancar uma assistência humanizada na saúde da mulher, melhorando e ressignificando os processos de gestação, parto e pós-parto.
Por favor, preencher a mão e reenviar digitalizado.
Nome:
Instituição:
Cargo:
Comentários:
Assinatura:

quinta-feira, 17 de março de 2011

Manifesto da II Marcha Nacional contra a Homofobia

Divulgamos hoje, no Dia Internacional contra a Homofobia, um manifesto da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT):
Igualdade de direitos. Fim da discriminação. Fim da violência. Cidadania plena. Reconhecimento. Respeito. Essas são as nossas reivindicações. Somos milhões de brasileiras e brasileiros, ainda excluídos da democracia e ignorado pelas leis do país.

Foto de Nobuyoshi Araki
Somos lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), de todos os cantos do país, de todas as profissões, de todos credos, de todas raças, de todos sotaques, de todas opiniões, de todas etnias, de todos gostos e culturas. Mas temos algo em comum. Não usufruímos nossos direitos pelo simples fato de termos uma orientação sexual ou identidade de gênero diferente da maioria. Somos milhões de cidadãos /ãs de “segunda classe “ em nosso Brasil.
Faz 22 anos que o Brasil se democratizou e promulgou a “Constituição Cidadã”. Entretanto, em todo esse período, nossa jovem democracia não foi capaz de incorporar a população LGBT. Até hoje não existe sequer uma lei que assegure nossos direitos civis. Não existem leis que nos protejam da violência homofóbica.
A homofobia não é um problema que afeta apenas a população LGBT. Ela diz respeito também ao tipo de sociedade que queremos construir. O Brasil só será um país democrático de fato se incorporar todas as pessoas à cidadania plena, sem nenhum tipo de discriminação. O reconhecimento e o respeito à diversidade e à pluralidade constituem um fundamento da democracia. Enquanto nosso país continuar negando direitos e discriminando lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais não teremos construído uma democracia digna desse nome.
Por essa razão é que a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais - ABGLT, convoca e coordenará todos os/as ativistas de suas 237 ONGs afiliadas e pessoas e organizações aliadas à II Marcha Nacional contra a Homofobia, a ser realizada na cidade de Brasília , em 18 de maio de 2011, com concentração às 9h, na Esplanada dos Ministérios, em frente à Catedral Metropolitana.
O dia 17 de maio é comemorado como o dia internacional contra a homofobia (ódio, agressão, violência, discriminação e até morte de LGBT). A data marca uma vitória histórica do Movimento LGBT internacional. Foi quando a Organização Mundial de Saúde retirou a homossexualidade do Código Internacional de Doenças.
Vamos a Brasília, novamente, para denunciar a homofobia, o racismo, o machismo e a desigualdade social. Temos assistido nos últimos meses ao recrudescimento da violência homofóbica, a exemplo do que ocorreu recentemente em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Ceará, no Paraná e em Minas Gerais. Chama a atenção o fato de que muitos dos agressores não pertencem a grupos de extrema-direita violentos, mas são jovens de classe média, o que demonstra como a homofobia está amplamente difundida em toda sociedade.
O Brasil está mudando. Elegemos um operário e agora uma mulher presidenta da República, que coloca como meta central de seu governo a erradicação da extrema pobreza. A sociedade brasileira não é contra o reconhecimento dos direitos LGBT. A grande oposição à cidadania LGBT vem dos fundamentalistas religiosos. Algumas denominações evangélicas e parte da igreja católica dedicam esforços imensos a atacar permanentemente a comunidade LGBT e bloquear qualquer ação que garanta direitos a essa população.
O Brasil é um país plural e diverso, que respeita todas os credos e religiões, contudo nosso Estado é laico – separamos a religião da esfera pública, isso está garantido constitucionalmente. O movimento LGBT defende a mais ampla liberdade religiosa. Respeitamos todos os credos e opiniões, mas, entendemos que crenças religiosas pertencem à esfera privada - individual ou comunitária. Religião é uma escolha, a cidadania não!
Não aceitamos que dogmas religiosos sejam usados como justificativas para o preconceito e negação de direitos aos LGBT. É preciso assegurar a laicidade do Estado e garantir o respeito à diversidade.
A II Marcha Nacional Ccontra a Homofobia é, portanto, um grito, um protesto, um manifesto de respeito aos direitos individuais e coletivos.
Queremos igualdade de direitos e políticas públicas de combate à homofobia. Reivindicamos que o Estado brasileiro, de conjunto (ou seja, os três poderes), e em todas as esferas da federação (União, Estado e municípios) incorporem a diretriz de combater a homofobia e promover a cidadania plena para a população LGBT.
Defendemos que:
- o Estado laico seja assegurado, sem interferência dos fundamentalismos religiosos;
- o Governo Federal acelere a implementação do Plano Nacional de Promoção dos Direitos Humanos e Cidadania de LGBT, garantindo recursos orçamentários e o necessário controle social e accountability na sua execução, promovendo a diminuição da homofobia;
- todos governos estaduais e municipais instituam : coordenadorias LGBT, Conselhos LGBT e Planos de Combate à Homofobia;
- o Congresso Nacional aprove a criminalização da homofobia (PLC 122), a união estável e o casamento civil; a alteração do prenome das pessoas transexuais, o reconhecimento do nome social das travestis;
- o Judiciário, em todos os níveis, faça valer a igualdade plena entre todas as pessoas, independente de sua orientação sexual e/ou identidade de gênero;
- o Superior Tribunal de Justiça reconheça como entidades familiares as uniões entre pessoas do mesmo sexo;
- o Supremo Tribunal Federal julgue favoravelmente às Ações que pleiteiam a união estável entre pessoas do mesmo sexo e o direito das pessoas transexuais alterarem seu prenome.
Março de 2011 - ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais

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