tag:blogger.com,1999:blog-37737530457750012802024-03-05T11:19:23.898-03:00Parto no BrasilAna Carolinahttp://www.blogger.com/profile/08655135623642408879noreply@blogger.comBlogger996125tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-77046407795574523872014-03-19T15:15:00.000-03:002014-03-19T15:15:26.282-03:00Epílogo<div style="text-align: center;">
"A única</div>
<div style="text-align: center;">
e a maior</div>
<div style="text-align: center;">
das revoluções possíveis</div>
<div style="text-align: center;">
na sombria história dos homens</div>
<div style="text-align: center;">
não é a de seus cegos governos</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
mas na maneira como esses desditosos</div>
<div style="text-align: center;">
são acolhidos no nascimento</div>
<div style="text-align: center;">
e como terão sido</div>
<div style="text-align: center;">
concebidos e</div>
<div style="text-align: center;">
gerados."</div>
<div style="text-align: center;">
Fredèrick Leboyer. Se me contassem o parto.</div>
<div style="text-align: center;">
(Editora Ground, 1998)</div>
Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-20249028399307216362014-03-13T23:18:00.000-03:002014-03-13T23:18:15.266-03:00Parto no Brasil entrevista Maribel Barreto - Março de 2014<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCd4s-zifWYI86xbVLMnNZD5zMnncAArMTdcNeBLytVvZbkyfeBmj8wcW5hxibwi3ByXAnyBF1zXgt0kPQqd60F7_rZOWJcEvi3yPYiMftUW0MNHo6p-XW0PbOZ-zI8rd0mr41_xD4JuGl/s1600/PnB.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCd4s-zifWYI86xbVLMnNZD5zMnncAArMTdcNeBLytVvZbkyfeBmj8wcW5hxibwi3ByXAnyBF1zXgt0kPQqd60F7_rZOWJcEvi3yPYiMftUW0MNHo6p-XW0PbOZ-zI8rd0mr41_xD4JuGl/s1600/PnB.jpg" height="200" width="188" /></a></div>
Nossa sessão <i>Parto no Brasil entrevista</i> convida para a prosa a brincante Maribel Barreto, co-proprietária, junto de seu companheiro, do <a href="http://ocitocinaatelie.com.br/website/">Ocitocina Atelie</a>, ao lado de três filhos! Adept@s da educação antroposófica e da Pedagogia Waldorf, o casal fabrica produtos artesanais feitos com matérias-primas naturais, incentivando o livre brincar, além de atuarem, também, junto da <a href="http://www.aliancapelainfancia.org.br/">Aliança pela Infância</a>.<br />
<br />
Simbora conhecer mais esta experiência de maternagem e cuidado unindo trabalhos manuais, empreendimento familiar e a vida na roça carioca!<br />
<b><br /></b>
<b>PARTO NO BRASIL Maribel é um prazer trazer até nosso espaço a questão da ludicidade, e de como o brincar é importante para as crianças. Fale-nos, por favor, dessa questão do ponto de vista da tua atuação, com o <a href="http://loja.ocitocinaatelie.com.br/">Ocitocina Atelie</a>.</b><br />
<b><br /></b>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXCw_qtx8cKQHGhYjPShjplUukDZA5GZMsb9ae9NUvh7SOzVNcjEv3BW4t3jhgoGWjIKfc6zLmzTISykwi5WbWHFWn-NYcUQQMUmWmuRNZbqEltffbwanGbWO_F3r06fpIBJkuJD0qZkIG/s1600/maribel.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXCw_qtx8cKQHGhYjPShjplUukDZA5GZMsb9ae9NUvh7SOzVNcjEv3BW4t3jhgoGWjIKfc6zLmzTISykwi5WbWHFWn-NYcUQQMUmWmuRNZbqEltffbwanGbWO_F3r06fpIBJkuJD0qZkIG/s1600/maribel.jpg" height="320" width="312" /></a></div>
<b>MARIBEL R: Grata pelo convite, é uma alegria estar aqui! No Ocitocina Atelie procuramos oferecer brinquedos diferenciados que estimulem a criança a criar sua brincadeira, são feitos em materiais naturais, como lã de carneiro, madeira, tecido de algodão. </b><br />
<b>Acreditamos que o brincar seja um alimento vital para a formação da criança. Através do brincar a criança se relaciona com o mundo. Quanto mais livre e natural for, tanto melhor. A criança precisa de espaço, tempo e natureza. E levamos isso muito à sério! </b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
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<b>PARTO NO BRASIL Como você vê essa tecnologia exacerbada dos dias de hoje à serviço das crianças?</b><br />
<b><br /></b>
<b>MARIBEL R: Acho um desperdício de recursos em todos os sentidos. Uma criança precisa de muito pouco para se sentir apreciada. Uma folha ou pedra natural é muito mais interativa que um aplicativo. É um engano completo acreditar que a criança se desenvolverá mais usando a tecnologia a seu favor. As coisas tem o tempo certo de acontecerem, e o tempo da criança é movimento, é interação real. Acelerar o processo de amadurecimento intelectual da criança pode parecer promissor num primeiro momento, mas não o é logo mais adiante. É como uma fruta. Se a retiramos do pé no tempo certo temos uma fruta rica em minerais e sabor, porém se tiramos antes e a colocamos para madurar num processo artificial, teremos uma fruta doce, mas bem menos nutritiva. O que é mais importante? </b><br />
<b>Como pais, temos de estar atentos às demandas de mercado. E perguntar incessantemente se a moda do momento está à serviço de quem ou o quê. </b><br />
<b>Meus filhos não têm acesso a tv (nem temos o aparelho em casa) e tampouco aos computadores. Não é da cultura da família assistir tv, seja ela aberta ou fechada. Antes do Francisco nascer jogamos nossa tv na lixeira e foi libertador. </b><br />
<b>Há cerca de um ano as crianças passaram a ver alguns vídeos selecionados por nós. Na casa dos amigos também é permitido, sob nossa observação. Pode parecer radical, mas a experiência me diz que estou num caminho bacana. A resposta eu vejo no corpo deles, no resultado de uma brincadeira rica em imaginação. Isso para mim é mais importante. Meu filho fez cinco anos e já tem um repertório de árvores, plantas e insetos bem maior que o meu, por exemplo. </b><br />
<b><br /></b>
<b>PARTO NO BRASIL Na perspectiva antroposófica, a criação não terceirizada d@s filh@s tem um papel fundamental na construção biográfica desta criança, especialmente na primeira infância, até os sete anos, onde temos o primeiro setênio. Conte-nos como é trabalhar em seu home office, com três crianças, sendo uma delas um bebê, e percorrer essa corrente filosófica como estilo de vida.</b><br />
<b><br /></b>
<b>MARIBEL R: Conhecemos a Antroposofia quando nosso primeiro filho nasceu e desde então nos aproximamos do movimento antroposófico através da Pedagogia Waldorf, por trazer respostas muito convincentes aos nossos questionamentos. Desde a gestação já sabíamos que iríamos investir tempo e dedicação aos filhos, só não sabíamos como. O Atelie foi nascendo na medida em que o Francisco crescia, comecei fazendo peças para bebês e com o tempo os brinquedos foram surgindo. Trabalhar em home office exige de nós uma boa dose de disciplina e foco. Nem sempre conseguimos, pois a prioridade são eles. A gente se reveza nos cuidados das crianças pra que cada um possa fazer sua parte no atelie, pois trabalhamos juntos, meu marido e eu. É comum a gente trabalhar até tarde da noite pra poder atender as demandas. As crianças fazem parte do cotidiano atelie/casa. Fiz uma cortina e amarrei em volta da mesa de costura, enquanto trabalho eles brincam em baixo da mesa. </b><br />
<b>Esse cotidiano só enriquece o repertório deles. Sob o ponto de vista antroposófico a criança precisa ver de perto esse labor para que tenham exemplos a serem seguidos. Eles nos ajudam a cuidar da horta, fazer pão, varrer a casa, as vezes limpam lã comigo, tudo de maneira lúdica. Isso pra eles é vida, é movimento. Decidimos sair de uma grande capital pra morar num sitio, a fim de dar a elas mais espaço e contato com a natureza. Até o ano passado não iam à escola, o nosso dia a dia era muito intenso. Esse ano, nos mudamos novamente de cidade sem abrir mão do contato com a natureza, afim de oferecer escola para eles.</b><br />
<b><br /></b>
<b>PARTO NO BRASIL Dentro da Pedagogia Waldorf os materiais de que são feitos os brinquedos tem muita influência na percepção dos bebês e crianças. Você poderia nos dizer quais tipos são mais indicados, e os motivos?</b><br />
<b><br /></b>
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<b><br /></b>
<b>MARIBEL R: A criança é um ser sensível, ainda ligada às esferas mais sutis. Ao brincar com elementos naturais ela é capaz de perceber as nuances de cada material enriquecendo o tato, uma qualidade que mais tarde se refletirá na maneira como lidará com as outras pessoas. Devemos perder o receio e permitir que as crianças se sujem mais de terra, e molhem-se mais na chuva ou poças d’água, que elas possam manipular diferentes sementes mesmo que sejam ásperas ou espinhosas, carregar pedras ou madeiras com diferentes pesos. Criança precisa sentir o mundo através dos sentidos. Claro que não vamos permitir que se coloquem em riscos, mas podemos ser mais permissivos e deixar de temer a natureza. Quanto ao brinquedo feito à mão, a criança também é capaz de perceber o esforço impresso na execução daquele brinquedo. Ela sabe que nesse brinquedo tem trabalho, erros e acertos, que não é um brinquedo perfeito, assim como a vida. Isso é um bom exemplo a ser dado às crianças. O ideal seria que cada família pudesse produzir os brinquedos de suas crianças, que elas pudessem acompanhar o processo disso. Isso seria riquíssimo.</b><br />
<b><br /></b>
<b>PARTO NO BRASIL Você lançou pela internet uma espécie de apoio às bibliotecas infantis, com descontos na aquisição de seus brinquedos, para serem doados a esses espaços. Como funciona? </b><br />
<b><br /></b>
<b>MARIBEL R: A ideia é incentivar as pessoas a doarem brinquedos novos para as brinquedotecas e escolas. As escolas Waldorf´s, por exemplo, são escolas associativas e nem sempre tem verbas para renovarem suas brinquedotecas, embora a prática da maioria delas é a de manter grupos de trabalhos manuais onde os brinquedos feitos pelas mães fiquem para a escola. Porém a demanda da escola é mais dinâmica, enquanto que a produção do grupo tem um caráter pedagógico junto às famílias e nem sempre atende a demanda imediata da escola. </b><br />
<b>Nesta ação que estamos propondo, cedemos um bom desconto nas compras feitas por pessoas físicas que indique uma instituição que trabalhe com crianças para receber a doação, seja ela ligada a Antroposofia ou não. </b><br />
<b>O bacana é que os pais podem organizar uma vaquinha e fazer uma compra grande onde cada um paga o que pode. Nós do Ocitocina Atelie colaboramos com o desconto, as famílias se cotizam e quem ganha são as crianças. </b><br />
<br />
* Veja aqui - <a href="http://www.ocitocinaatelie.com.br/website/?p=1729">www.ocitocinaatelie.com.br/website/?p=1729</a><br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">_Maribel Barreto Me chamo Maribel Barreto, Mãe de 3. Francisco Bento, Catarina Maria e Antonio José, todos nascidos em casa. Atriz, contadora de histórias, brincante no Ocitocina Atelie onde faço brinquedos e mimos. Meu trabalho começou quando me tornei mãe em 2008. Hoje o Ocitocina Atelie é um projeto familiar. Somos membros da Aliança Pela Infância, um movimento mundial que atua facilitando a reflexão e ação das pessoas que se preocupam com a infância. </span>Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-35271250801515027502014-02-10T11:54:00.000-02:002014-02-10T11:59:41.293-02:00Alegria, alegria: Sorteio de A Mãe e o TempoEba que nesta segunda-feira trazemos Carolina Pombo através da <a href="http://www.memoriavisual.com.br/">Memória Visual</a> para nos presentear com o livro <i>A Mãe e o Tempo</i>!<br />
<br />
Mas, antes de você conhecer o livro, e concorrer é necessário nos responder, via imagem compartilhada em nossa fanpage: <a href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=750565888296722&set=a.304433559576626.81246.148940381792612&type=1&theater"><b>Quanto tempo você dedica a si mesma?</b></a>!<br />
<br />
O sorteio será dia 28 de fevereiro, às 20hs, sexta-feira!!! <br />
<br />
Abaixo, conheça como surgiu esse trabalho, e também um pouco do percurso de Carol, que já colaborou outra vez por aqui, em: <a href="http://www.partonobrasil.com.br/2013/10/maternidade-feminismo-e-estudos-alem.html">Maternidade, feminismo e estudos além mar</a>. <br />
<br />
<br />
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<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-align: center; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Gill Sans MT","sans-serif";"> <span style="mso-spacerun: yes;"></span></span><b><span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Bold;">A
MÃE E O TEMPO: </span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-align: center; text-autospace: none;">
<b><span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Bold;">ENSAIO DA MATERNIDADE TRANSITÓRIA</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-align: center; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif";">Por Rebecca Rieggs</span></span><b><span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Bold;"> </span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-align: center; text-autospace: none;">
<b><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Bold; mso-themecolor: text1;">Mãe, psicóloga e feminista, Carolina Pombo
lança livro no qual defende o encontro das mães com o tempo e consigo mesmas.</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<b><span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Bold;">Carolina Pombo</span></b><span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Bold; mso-bidi-font-weight: bold;"> é mãe de Laura. </span><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Book;">Formada em Psicologia com mestrado em Saúde Pública
pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, no Rio de Janeiro, vive
atualmente na França, onde é doutoranda bolsista na <i style="mso-bidi-font-style: normal;">École des Hautes Études en Sciences Sociales</i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"></i>. Durante o ano de 2012, Carolina estudou na Universidade de Évora,
na Escola Nacional de Saúde Pública de Lisboa e também na <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Linköping University</i> e atualmente conduz uma pesquisa comparativa sobre
o bem-estar de mães portuguesas, francesas e suecas. Ao passar, em carne e
osso, pelo “vale da maternidade”, como ela própria diz, Carolina descobriu que
o tempo é um definidor d</span><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Bold; mso-bidi-font-weight: bold; mso-themecolor: text1;">a </span><span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Light;">maternidade</span><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Bold; mso-bidi-font-weight: bold; mso-themecolor: text1;"> e a imensa </span><span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Light;">transitoriedade desta</span><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Book;">. Suas reflexões estão reunidas em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">A mãe e o tempo: ensaio da
maternidade transitória</i></b><span style="mso-bidi-font-weight: normal;">, lançado em outubro de 2013. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Light;">Carolina se define como uma feminista
brasileira na Europa e define sua obra como um manifesto pessoal e um exercício
intelectual sobre a mãe e a maternidade real.</span><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Book;"> Para gerar o livro, ela mergulhou em pesquisas e na sua
experiência como mãe. De acordo com a autora, a </span><span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Light;">maternidade
é um rótulo ambíguo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>De um lado, estão
os paradigmas da figura da mãe construídos pela sociedade ao longo do tempo. Do
outro, a maternidade como pedra no sapato de quem decide ser mãe, de quem
produz políticas públicas para as mulheres e de quem milita no Feminismo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Light;">O objetivo de sua
pesquisa e ativismo é contribuir para que outras mães encontrem seu caminho
além das paredes de um consultório e de um olhar psicanalítico. “<i>Precisamos
ouvir umas às outras. Nossas realidades como mães são diversas e nossas vozes
são diferentes, mas podemos criar empatia, laços de solidariedade</i>”, conclui
ela. Porque, como diz Carolina, a maternidade é transitória<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">.</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Book;">A autora</span><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Book;"> escreve atualmente</span><span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Light;"> </span><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Book;">no </span><i><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-BookItalic;">blog <a href="http://carolinapombo.blogspot.com.br/">Kaléidoscope</a></span></i><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Book;">, onde mantém diários de</span><span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Light;"> </span><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Book;">pesquisa, escrita e viagem</span><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Book;">. Escreveu por mais de três anos no </span><i><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-BookItalic;">blog What Mommy Needs</span></i><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Book;"> e seus textos já foram publicados em</span><i><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-BookItalic;"> </span></i><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Book;">diferentes canais da </span><i><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-BookItalic;">web</span></i><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Book;">, como o portal</span><i><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-BookItalic;"> Minha Mãe que Disse </span></i><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Book;">e a </span><i><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-BookItalic;">Universidade</span></i><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Book;"> </span><i><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-BookItalic;">Livre Feminista</span></i><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Book;">.</span><br />
<span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Book;"></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD6yKjTru2BkD3m8_LIuBr89hyELQ9k4PFmgRT_YTEhmb1dhrvY37rbXWXAARAzjROoPYZCwg_pNDx9cFuAoi28OLc3x5KrBtVhMrgiMflLshdxzP43ktJHCGtQtt-ufkZJS5aJEnuKNcw/s1600/A-mae-e-o-tempo-capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD6yKjTru2BkD3m8_LIuBr89hyELQ9k4PFmgRT_YTEhmb1dhrvY37rbXWXAARAzjROoPYZCwg_pNDx9cFuAoi28OLc3x5KrBtVhMrgiMflLshdxzP43ktJHCGtQtt-ufkZJS5aJEnuKNcw/s1600/A-mae-e-o-tempo-capa.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; font-variant: small-caps; mso-ansi-language: PT-BR; mso-themecolor: text1;">Serviço:</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<i><span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Bold;">A MÃE E O TEMPO: ENSAIO DA MATERNIDADE
TRANSITÓRIA</span></i></div>
<b><i>
</i></b><br />
<div class="MsoNoSpacing">
<b><i><span style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; font-variant: small-caps; mso-ansi-language: PT-BR; mso-themecolor: text1;"></span></span></i></b><span style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; font-variant: small-caps; mso-ansi-language: PT-BR; mso-themecolor: text1;">Editora Memória Visual</span></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-themecolor: text1;"></span></span><span style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-themecolor: text1;">Carolina Pombo</span></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Light; mso-fareast-font-family: Calibri;">ISBN 978-85-89617-58-1</span></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Sentinel-Light; mso-fareast-font-family: Calibri;">64 páginas</span></span><span style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-themecolor: text1;"></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Tahoma;"></span></b></div>
<div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif"; font-size: 13.0pt;"></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal;">
<span style="font-size: x-small;"><b><span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif";">Informações para a imprensa</span></b><span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif";"> </span></span></div>
<span style="font-size: x-small;">
</span><br />
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<span style="font-size: x-small;"><b><i><span style="color: black; font-family: "Adobe Garamond Pro","serif";">Rebecca Rieggs – Soluções em Mídia Espontânea</span></i></b><span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif";"></span></span></div>
<span style="font-size: x-small;">
</span><br />
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif";">rebeccarieggs@gmail.com</span></span></div>
<span style="font-size: x-small;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "Adobe Garamond Pro","serif";">Tel.: (21) 3429-7919 | Cel.: (21)
8089-8988</span></span><span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></div>
Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-15634690341205493402014-02-03T16:37:00.002-02:002014-02-03T16:37:19.448-02:00Clarear, apoie você também!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVb0BpryQJ4h3zCdW4yy9Jgv76yvP8xzHCbsLvGyCainf05buCPjlhLZRxPSM4CzDyX9OQwfzNj1RXc-QS3lxh7EDQq73YOw-Iukvf27jpLQn2UanrY4gegXIXBqnVcXbuSGK2QuFQYMFG/s1600/ddm.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVb0BpryQJ4h3zCdW4yy9Jgv76yvP8xzHCbsLvGyCainf05buCPjlhLZRxPSM4CzDyX9OQwfzNj1RXc-QS3lxh7EDQq73YOw-Iukvf27jpLQn2UanrY4gegXIXBqnVcXbuSGK2QuFQYMFG/s1600/ddm.jpg" height="197" width="200" /></a></div>
O post desta segunda-feira é para compartilhar e convidá-l@s a contribuir com o <b><span style="font-size: small;">Projeto Clarear</span></b>, criado pela jornalista Ceila Santos, também editora do blog <a href="http://blogdodesabafodemae.blogspot.com.br/">Desabafo de Mãe</a>.<br />
<br />
A proposta deste trabalho é fornecer matérias jornalísticas sobre temas ligados ao universo da gestação, parto, nascimento e maternidade, de forma coesa, para que muitos mitos possam ser desmistificados, e as mulheres tomarem para si seus corpos e partos.<br />
<br />
<b>Como funciona:</b><br />
<br />
<i>O projeto editorial que lhe apresento agora também é minha proposta
de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), que já foi aprovada pela banca
qualificadora da <a href="http://www.anepbrasil.org.br/site/">Anep Brasil</a>. Trata-se de escrever quatro reportagens a
partir de uma pesquisa bibliográfica de doze livros, 38 entrevistas e
das aulas que eu ainda preciso cumprir para receber meu certificado de
educadora pré-natal.</i><br />
<br />
<i>
</i><i>Essas reportagens serão enviadas, no formato pdf, aos assinantes via
email. São quatro temáticas baseadas nas perguntas que a vida me colocou
durante minha trajetória de gestante, que aconteceu nos anos de 2004 e
2012. </i><br />
<i><br />
<span style="font-size: x-small;">- Gravidez: Estou grávida, o que devo saber agora?; <br /> </span></i><br />
<span style="font-size: x-small;"><i>- Parto: Onde eu vou parir, porque devo refletir sobre isso?;</i></span><br />
<br />
<span style="font-size: x-small;"><i>- Nascimento: Meu bebê nasceu, o que eu preciso saber agora? <br /> </i></span><br />
<i><span style="font-size: x-small;">- Pós-parto: Bebês até um ano, quem pode me ajudar?</span> <br />
<br />
Cada reportagem terá suas entrevistas publicadas no Desabafo de Mãe no
decorrer do ano de 2014 na seção Saúde do blog, que também divulgará os
resumos do conteúdo exclusivo que será recebido pelos assinantes. A
ideia não é reescrever nada do que já foi dito na imprensa, ou publicado
nas redes sociais, mas, dialogar com conteúdos relevantes do movimento
do parto humanizado ou informações institucionais da Saúde Materna,
quando necessário.</i><br />
<br />
Dos mais de 13 mil solicitados, há duas semanas de ser encerrado o financiamento coletivo pela <a href="http://benfeitoria.com/">Benfeitoria</a>, a proposta está com mais de sete mil já arrecadados!<br />
<br />
Acesse, conheça e colabore: <a href="http://benfeitoria.com/desabafo">http://benfeitoria.com/desabafo</a><br />
<br />
No link um petisco do que vem por aí, quando Clarear estiver iluminando barrigudas Brasil afora - <a href="http://issuu.com/clarear/docs/01clarear">Estou grávida, o que devo saber agora?</a><br />
<br />
Os próximos cinco primeiros clareadores que contribuírem levarão, também um livro "Parteiras Caiçaras" (frete não incluso), organizado por Bianca Lanu, além dos benefícios que cada quantia dispõe!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVOu0BsRHxpeClGOj5zd4Ywf8hSS_xLlBMFFRSAnp906H6O_dTcLpVqXWBCa7wXaxZRoE_LxFsvyiOxRQzf8AR0MN0KUU0-OQUVKeIzWOVcMstzwSvxWtMvZPIT5gD5qW6bgeg-Is3Ccjt/s1600/ddm.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVOu0BsRHxpeClGOj5zd4Ywf8hSS_xLlBMFFRSAnp906H6O_dTcLpVqXWBCa7wXaxZRoE_LxFsvyiOxRQzf8AR0MN0KUU0-OQUVKeIzWOVcMstzwSvxWtMvZPIT5gD5qW6bgeg-Is3Ccjt/s1600/ddm.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<br />Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-63912568392822549322014-02-01T10:00:00.000-02:002014-02-01T10:00:02.363-02:00Multimídia Parto no Brasil - Birth whitout violence<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/yqBsUyFF5fI" width="459"></iframe>Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-62981076703674855032014-01-27T22:44:00.000-02:002014-01-27T22:44:24.106-02:00É preciso ressignificar a dorHoje vou compartilhar com vocês a história de uma amiga, e de como vi, a partir de minha percepção como necessitamos ressignificar as dores, e como isso não é permitido, quando temos, enfim, um bebê saudável nos braços, depois de uma cesárea bem indicada.<br />
<br />
Luana, 21 anos, gestava Miguel.<br />
<br />
Passou a gravidez buscando boas informações, além das consultas médicas, em Botucatu, interior paulista. Mesmo assim, lhe faltou oportunidades de estar num grupo de gestantes e casais, para trocar as emoções, sensações, expectativas de gestar um bebê. Ela também optou por não ter uma doula ao seu lado.<br />
<br />
A Lua vira, e com mais de 38 semanas ela perde o tampão mucoso, uma espécie de muco que costuma sair, no fim da gravidez, pelo colo do útero, indicando sua abertura, mesmo assim varia de mulher e gestação, e não é indicação de trabalho de parto. Mas, no caso de Luana já veio acompanhado de contrações. Bora correr para o Hospital Universitário da UNESP!<br />
<br />
Com um dedo de colo uterino dilatado, foi aconselhada a voltar para casa. Chuveiro, descanso, casa cheia, ansiedade. E, o relógio passa, tic tac tic tac...<br />
<br />
Volta para o hospital! As contrações aumentaram!<br />
<br />
Mesmo assim, o trabalho de parto estava longe de ser ativo. E, ela e seu esposo desejavam tanto receber Miguel em um parto normal, mas depois de mais de 30 horas, o obstetra observou que sua cabecinha estava mal colocada, além disso, após romper o saco amniótico verificou um líquido esverdeado, e optou por operá-la, imediatamente, assim, o bebê nasceu via cesárea.<br />
<br />
Mesmo com toda a emoção que um nascimento provoca, toda alegria contagiante de ver o rostinho de seu filho, tão aguardado, e sim, saber que está tudo bem, e que foi preciso ser assim, é normal e humano se entristecer! Mas, a sociedade nos cobra o oposto, e fundamenta, inclusive, <i>como a cesárea é ótima</i>, já que seu bebê nasceu de uma, e, claro, agendada, <i>para não termos imprevistos</i> - <i>imagina sair no meio da noite para parir, que absurdo, com tanta tecnologia e modernidade</i> tsc tsc...<br />
<br />
Pela rede social afora vi quantos comentários Luana recebia com esse mesmo discurso, com essa cobrança, impossibilitada de vivenciar sim seu luto. O luto de que não foi como sonhava, de que seu corpo não atendeu a fisiologia do nascimento, assim a dor tem que ser abafada, dentro do peito...<br />
<br />
Obviamente ficamos felizes quando um filh@ nosso nasce, saudavelmente, e se foi preciso uma intervenção como essa, que ótimo que pudemos ser atendidas, e com todo o respeito, mas ressignificar as emoções, o nó na garganta, a lágrima que afoga também são precisos, e preciosos, até mesmo para o vínculo entre mãe-bebê, a descida do leite, a amamentação, as novas noites sem dormir, enfim, os novos desafios que a maternidade nos presenteia, para, junto daquele serzinho, crescer!<br />
<br />
E, tratando sobre esse assunto me vem a palavra empatia. O tal de se colocar no lugar do outro, e não dizer com aquele sorrisinho: "<i>Mas, o importante é que blábláblá...</i>". E, sim: "<i>Eu imagino sua tristeza!</i>", ou apenas o silêncio, e um abraço - como vi nesta animação muito bacana, que compartilha essa mensagem - <a href="http://www.youtube.com/watch?v=1Evwgu369Jw#t=0">aqui</a>.<br />
<br />
Finalizo, com um pequeno relato de Luana Prado Godoi, abaixo:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6V86O3XEMJkqEJOtooZkNbnTr1NnjdHin-hLER7Bb0K0kVw_A3SNuc5okQW4FaHisRB-8GlZrG29CP7IVaAU2pBIdkFSDnafXnO8wekJR5nlW5hTZh4wS_cqw50sXRC_BAe955roKTsBm/s1600/Gravida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6V86O3XEMJkqEJOtooZkNbnTr1NnjdHin-hLER7Bb0K0kVw_A3SNuc5okQW4FaHisRB-8GlZrG29CP7IVaAU2pBIdkFSDnafXnO8wekJR5nlW5hTZh4wS_cqw50sXRC_BAe955roKTsBm/s1600/Gravida.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">O último clic!</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<i><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">"E foram 37 horas em trabalho de parto, 37 horas com contração atrás de contração. Mas infelizmente o parto não ocorreu do jeito que eu previa, Miguel teve que nascer de cesárea pois estava encaixado sim mas com a cabeça torta, viradinha. Não tinha como nascer de parto normal naquela posição. Sem falar que a bolsa foi estourada pelo médico e o líquido já estava esverdeado, outro motivo para fazerem</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"> a cirurgia. Mas tanto eu, como os médicos e enfermeiros fizemos de tudo e mais um pouco para que o Miguel viesse ao mundo naturalmente, tanto que eu já estava com quase sete dedos de dilatação <span class="_4-k1 img sp_b6fmvb sx_e70410" style="background-image: url(https://fbstatic-a.akamaihd.net/rsrc.php/v2/y-/r/J1wIp6velsV.png); background-position: -272px -753px; background-repeat: no-repeat no-repeat; background-size: auto; display: inline-block; height: 16px; vertical-align: -3px; width: 16px;"></span> Pexão </span></i><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">(seu esposo)</span><i><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"> e eu ficamos tão tristes por não ter sido o parto que tanto esperávamos, mas essa tristeza logo passou quando vimos o rostinho do nosso abençoado homenzinho, que nasceu lindão e cheio de saúde. Mas Deus é testemunha de que fiz o possível, aguentei tudo firme e forte, e se não aconteceu: amém! Deus sabe de todas as coisas. O que me alivia é saber que o Miguel veio no tempo dele e que essa cesárea foi uma cirurgia realmente NECESSÁRIA!".</span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGRLJSNJp6T9B_hxzm4QJw1bL6e8OZjlBT9-2PO0c-mZVdn5AKXkDja2w8SxxgHrNN0NFZbsfFrJAaolP8pCakl2zjHlv6Zsjh9XKcqItIVTRKq_qJJIBEe92p22LuiE8rdCA-wTOFrJQU/s1600/Miguel_Pexe.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGRLJSNJp6T9B_hxzm4QJw1bL6e8OZjlBT9-2PO0c-mZVdn5AKXkDja2w8SxxgHrNN0NFZbsfFrJAaolP8pCakl2zjHlv6Zsjh9XKcqItIVTRKq_qJJIBEe92p22LuiE8rdCA-wTOFrJQU/s1600/Miguel_Pexe.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Nasce um bebê, e um pai!</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizCvO04lTISAd8e9E0YlJfGhIkz81E1vDmn5u7Jgp5FNTT2a027H9rV-Zo-ejXgDo5Bn8Bdj1tY3pV3tLt5YYpYMnvmDyeJCuFFwHv-2e747JO9h-gm5ulhN7XaEQTnhIMSkSeVmKD2SFz/s1600/Miguel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizCvO04lTISAd8e9E0YlJfGhIkz81E1vDmn5u7Jgp5FNTT2a027H9rV-Zo-ejXgDo5Bn8Bdj1tY3pV3tLt5YYpYMnvmDyeJCuFFwHv-2e747JO9h-gm5ulhN7XaEQTnhIMSkSeVmKD2SFz/s1600/Miguel.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Miguel S2</span></div>
Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-52296491329385536882014-01-25T10:00:00.000-02:002014-01-25T10:00:03.243-02:00Multimídia Parto no Brasil - Com Licença<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/9Siik-CmMes" width="480"></iframe><br />
<br />
Um documentário que busca entender as questões atuais das mães urbanas que trabalham. Temas como: <b>gestante no ambiente de trabalho</b>,<b> licença maternidade</b>,<b> licença paternidade</b>, <b>volta ao trabalho</b>, <b>rede de suporte</b>, que dizem respeito não somente a mães e pais, mas toda sociedade. <br />
<br />
Falta flexibilidade, informação, respeito, motivação. Em diversos âmbitos.<br />
<br />
As empresas estão cada vez mais percebendo a importância de entender essa temática da maternidade, já que mulheres em cargos de diretoria, vice presidência e presidência são raras. <br />
<br />
Que empresas estão realmente interessadas em valorizar a gestante e a mulher que retorna ao trabalho? Que empresas compreendem as novas competências que uma mulher adquire após se tornar mãe? Que empresas respeitam o vínculo mãe x bebê?<br />
<br />
Afinal, por que os encargos domésticos ainda recaem sobre as mulheres de forma tão pesada? É justo o pai só ficar com seu filho recém nascido e sua mulher cinco dias corridos? <br />
<br />
Qual a função social da maternidade/paternidade?<br />
<br />
Não temos respostas, não somos parciais. <br />
<br />
Queremos ouvir todos os lados, entender as dificuldades, os obstáculos da lei, empresas, mães, pais. Colocar esses agentes para dialogar e chegarmos quem sabe a novas possibilidades e novas opções, afinal, cada família tem uma configuração, uma necessidade.<br />
<br />
<br />
* O filme será um media metragem, com incentivo da Lei Rouanet, em busca patrocínio.<br />
<br />
Para informações: biasiqueira@obravideos.com.brBianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-9758474952961858692014-01-24T12:40:00.001-02:002014-01-24T14:04:23.973-02:00Mãe craft, ou seriam mãos crafts!Ainda ano passado convidamos Elly Chagas, educadora lá em Santo André, em São Paulo, para nos contar as peripécias divertidíssimas das festas que costuma organizar para o filhote <a href="http://caetaneando.wordpress.com/">Caetano</a>, em seus aniversários, pois já sabíamos, rede social afora, que ela bota a mão na massa, literalmente, e prepara cada item da decoração, no bom estilo Faça-Você-Mesm@!<br />
<br />
Inclusive, eles já foram premiados em uma <a href="http://www.partonobrasil.com.br/2010/11/caetaneando.html">promo</a> por aqui, em novembro de 2010!<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3HpU3JQge0mYwnDSCAUCJI2hHwnP-iwaLP6vXRT9g9VIkyNhnT_fgEB6Bo2b6IBaVBhmjhwDSaypPq_yA47YG7qc5AGEX3gjb3S2BZG8P_wTLYWGIT5PehzuI-9hQiXcqH-YV02HWtEvs/s1600/elly.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3HpU3JQge0mYwnDSCAUCJI2hHwnP-iwaLP6vXRT9g9VIkyNhnT_fgEB6Bo2b6IBaVBhmjhwDSaypPq_yA47YG7qc5AGEX3gjb3S2BZG8P_wTLYWGIT5PehzuI-9hQiXcqH-YV02HWtEvs/s1600/elly.jpg" height="400" width="316" /></a>Numa prosa super especial, e cheia de carinho ela nos escreveu, com detalhes como é essa grande missão, de transformar com criatividade o Rá Tim Bum de Cae! Bora conferir?!<br />
<br />
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<br />
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;">Como parir um dragão</span></span></span></b></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;">Desde
quando Caetano estava para completar seu primeiro ano e minhas mãe e
irmã vieram conversar comigo que iriam contratar um buffet para celebrar sua
chegada na casa delas, deixei claro: “<i>Eu cuido da decoração. E também de alguns
alimentos mais saudáveis</i>”. Caetano nascera num parto normal, numa casa de parto
e me transformou. Por isso a cada ano, craftar sua festa tem sido um trabalho
de parto.</span></span></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;">Naquele
momento ainda pouco sabia sobre craftagem, achei poucas referências, criei algo
ainda muito próximo das festas mais comuns no Brasil, com muito TNT, EVA e
balões de ar compondo o tema jardim. O diferencial ficou por conta do convite e
de imãs de geladeira com edição gráfica minha.</span></span></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;">No
segundo ano, fizemos um pouco diferente a começar pela escolha de um tema pelo
qual eu e ele compartilhávamos grande carinho: o personagem Menino Maluquinho,
do Ziraldo. Foi incrível! Até a boleira do buffet viajou com a gente criando um
“bolo em quadrinhos”. Usamos panelas na decoração e as bandeirolas substituiriam
para sempre os balões. Nas mesas dos convidados barquinhos de papel. </span></span></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;">Lembrancinha: um CD com a trilha do filme, além do imã mais uma vez editado em
computador pela mamãe. Tudo criado em casa. E, durante a festa as crianças
pintavam desenhos do personagens nas mesas que tinham também um porta lápis e
soltavam bolinhas de sabão.</span></span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;">Tudo
isso começou a se transformar em uma troca mãe e filho a partir do terceiro
ano. Conversamos sobre que tema deveria ser, acredito que faltando uns 7 meses
para a celebração e concordamos com “Música”. Os balões voltaram, mas só como
adorno de mesa. Comprei instrumentos na tal 25 de março e utilizei outros
brinquedos musicais que ele já tinha. Repetimos as lembrancinhas (CD com as
preferidas do pequeno à época e imã editado por mim). Já não houve TNT nem EVA.
Utilizei Contact colorido e adesivos destes de parede para compor o painel.</span></span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;">No
quarto ano do pequeno, o tema foi escolhido bem por ele. Muito antes da data.
Trouxe para casa muitos livros e audiovisuais com o tema: Espaço Sideral.
Iniciamos um estudo do tema, andávamos por aí pensando em foguetes e planetas.
Aprendemos muito juntos. O espaço físico da casa era pouco, mas o Espaço
Sideral que criamos por quase um ano era vasto para a imaginação. Os
coleguinhas gostaram muito e Cae também.</span></span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;">Terminada
a festa de quatro anos, Cae já tinha eleito o tema Piratas para a próxima
celebração. Foi quando mergulhei fundo no mundo crafteiro, conheci o trabalho
da Stéfi Machado e coletei muitas coisas pela internet. Um ano de trabalho de
parto: pesquisando e respirando pirataria com Cae. Bandeirolas, barcos piratas
de papel, papagaio de pelúcia pirata, caça ao tesouro, tapa-olho… O painel
desta vez exibia o número cinco rodeado por adesivos piratas e uma foto do pequeno.
Até giz de cera pirata confeccionamos em casa. Muita criança correndo,
gritando, pulando pelo quintal. Ao término daquela festa pensei: difícil
superar. Pode-se manter este nível, mas superar…</span></span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;">E já
sabíamos que o tema de 6 anos seria ‘Dragão’…</span></span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;">De como
parimos um dragão</span></span></span></b></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;">Com toda
esta experiência acumulada, saímos numa festa pensando na outra. Como muita
gente acompanhou o processo pela rede social e interagiu, decidi criar um grupo
chamado </span><a href="https://www.blogger.com/null" name="groupsJumpTitle"></a><a href="https://www.facebook.com/groups/109770562518226/"><span style="color: #6c8c37; text-decoration: none;">festas infantis alternativas e DIY </span><span style="color: #6c8c37; text-decoration: none;">–</span><span style="color: #6c8c37; text-decoration: none;"> ideias</span></a><span style="color: #414141;"> no Facebook e durante o
ano ele cresceu assustadoramente, ajudamos muitas famílias a parir festas
deliciosas e é um grupo muito especial de troca.</span></span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;">Tudo
começa aqui, na internet. Utilizo o “<i>Google Alerts</i>” da minha caixa de email
para receber notificações de festas no tema. Uso o tema em português e inglês:
“festa infantil dragão”, “<i>dragon kids party</i>”. Cada vez que alguém publica algo
assim na rede o google me envia o link. Eu entro, salvo numa pasta “níver2013″
cada ideia interessante durante todo o ano. Caminhamos na rua sempre de olho em
coisas dragonescas e nos mêsversários do pequeno, como ele aprendera a ler
entre quatro e cinco anos, comprava um livro da série “<i>Como treinar o seu dragão</i>”.
Faltava pouco mais de um mês para a festa quando fui definindo graficamente os convites.</span></span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOrjYAoUzolxXJ0MY6Y94x5bmjN3F5XUBRupNHYFjb41QVueZ8hyHYqGHoLB6RgOXETgdqJ4egn95IwDDNlbg_QJiLO9z38GU0sbVHdaQAeGj63kULnzLZfq5sWvt_tjmYumE8-TJ70QHD/s1600/convite.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOrjYAoUzolxXJ0MY6Y94x5bmjN3F5XUBRupNHYFjb41QVueZ8hyHYqGHoLB6RgOXETgdqJ4egn95IwDDNlbg_QJiLO9z38GU0sbVHdaQAeGj63kULnzLZfq5sWvt_tjmYumE8-TJ70QHD/s1600/convite.jpg" /></a></div>
<br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"></span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;"></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;">Geralmente uso a mesma arte ou parte dela para
compor o imã de geladeira.</span></span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;">Levo para imprimir fora, nestas pequenas gráficas
de porta de universidades o convite (compro vergê e levo) e nestes quiosques de
fotografia a foto para o imã. Compro então a manta de imã num destes locais de
silk screen, onde também compro por metro o Contact colorido para o painel.</span></span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;">Nas
bandeirolas alternei gravura de dragão que fiz com canetinha e aquele
transferidor plástico e adesivos que também levei para imprimir com os
convites.</span></span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBii5Moq6LbczIJz7mwzYdKxz-7XAEzqyR1369i1xHIfUOac19Di1QHnnCjJN3UlA1TYldbnhrQtyKv58M_9ygXuBnNWO1kwDFwbCkD79yE_MG65ih6s5zI3lN2x770T3BdMmQf9gSRntg/s1600/bandeiras.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBii5Moq6LbczIJz7mwzYdKxz-7XAEzqyR1369i1xHIfUOac19Di1QHnnCjJN3UlA1TYldbnhrQtyKv58M_9ygXuBnNWO1kwDFwbCkD79yE_MG65ih6s5zI3lN2x770T3BdMmQf9gSRntg/s1600/bandeiras.jpg" /></a></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"></span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;">Depois, eu vi uma capa de dragão linda na
internet. Eu, que nada entendo de costura resolvi tentar. O resultado:</span></span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDOLrTtBPJAFSRYr6dGjfK-65796hFWQsMr7EIT_pIUB8WB48nROCCvf5K6YP_7xzuaLsSsOOcuHBhbCMVjp0qfJrmA30hmAXeZHxdrw9NsldsdlOLNNAfpBf_z9FY-nOw0qxXVF8puBFd/s1600/capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDOLrTtBPJAFSRYr6dGjfK-65796hFWQsMr7EIT_pIUB8WB48nROCCvf5K6YP_7xzuaLsSsOOcuHBhbCMVjp0qfJrmA30hmAXeZHxdrw9NsldsdlOLNNAfpBf_z9FY-nOw0qxXVF8puBFd/s1600/capa.jpg" /></a></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;">As lembrancinhas deste ano conseguiram nos
representar por demais: um dragão pregador que confeccionamos juntos mesmo (Cae
pintou muito pregador de verde) e um livro cuja história criei e Cae ilustrou!
Tudo num saquinho que também decoramos à mão eu e a tia Dadaya!</span></span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrJc2AQ-3BcOsEzpEjyVESwu7hKRCTU-WjjqmiY579fIbNii7ojCWY09ePNZwu5JTXi0R3qUOUJmCTpGvo15f8COa4ohY6H0YbXHiTN_o7dXTFVaVjNkD4-aZwxB2EXZTf2H-JNLF3W5Mp/s1600/lembrancinhas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrJc2AQ-3BcOsEzpEjyVESwu7hKRCTU-WjjqmiY579fIbNii7ojCWY09ePNZwu5JTXi0R3qUOUJmCTpGvo15f8COa4ohY6H0YbXHiTN_o7dXTFVaVjNkD4-aZwxB2EXZTf2H-JNLF3W5Mp/s1600/lembrancinhas.jpg" /></a></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;">Para as crianças criamos viseiras de dragão e uma
grande chama era cenário para fazerem uma foto!</span></span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3TVSdf9ZK2yfrW_xjNVjCD6VVb5qxbGKpwouQXg8RYmErItq_E0sbUOnfoCyC3DfO3AfI58zbaB-RPCHi6raT7y0SOch_AmVsjkhSS5bHUcwvo1PrWFQ7pR-JsA3ZW0YBFjpGEVgUh2ze/s1600/festa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3TVSdf9ZK2yfrW_xjNVjCD6VVb5qxbGKpwouQXg8RYmErItq_E0sbUOnfoCyC3DfO3AfI58zbaB-RPCHi6raT7y0SOch_AmVsjkhSS5bHUcwvo1PrWFQ7pR-JsA3ZW0YBFjpGEVgUh2ze/s1600/festa.jpg" /></a></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;">Nas mesas, cascas de ovos que pintamos eu e Cae e
bebês dragões feitos com papel rococó e olhinhos (ideia minha a
partir de uma outra ideia que vi na rede) davam o tom num pratinho com bolinhas
de amendoins!</span></span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;">E fomos a cada dia criando a partir de ideias que
encontrávamos por aí. Uma oficina de dragão chinês, com papel e lápis de cor
empolgou as crianças. Eu e Cae fizemos a contação da história do livro “Meu
filhote de dragão”. Assim a festa foi uma festa também dentro de mim, cumprindo
a missão de trazer a mim e ao pequeno novamente a sensação do ritual de um
parto.</span></span></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #414141;"> </span></span><span style="font-family: inherit;"><span data-measureme="1"><span class="null"> </span></span></span></span><br />
<br />
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: inherit;"><span data-measureme="1"><span class="null">* Elly Chagas é mãe do menino
maluquinho Caetano, professora de Educação Infantil na rede municipal de
Santo André/SP. Amante da arte e blogueira há 8 anos, edita os blogs
<a href="http://ellyguevara.wordpress.com/">Certezas Provisórias</a> e <a href="http://caetaneando.wordpress.com/">Caetaneando</a>, entre outros.</span></span></span></span></div>
Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-5872029917963231332014-01-21T09:00:00.000-02:002014-01-21T09:00:06.080-02:00Mamífera Convidada - Desatando nós. Ou como os fios da vida nos entrelaçamNo início do ano recebi um convite especial, vindo de Kalu Brum, uma das idealizadoras do Portal <a href="http://vilamamifera.com/">Vila Mamífera</a>: escrever para o <b>Mamíferas</b>, como <b>Mamífera Convidada</b>, ao lado de Anna Gallafrio e Ana Thomaz. A pauta? Livre!<br />
<br />
E, impossível não refletir sobre os novos caminhos traçados, ou como disse uma grande amiga no dia do meu aniversário, comemorado no início deste mês, minhas reinvenções!<br />
<br />
O mote parto já não é mais um monotema por aqui! Linhas, agulhas, botões e retalhos fazem parte do bê-a-bá desta blogueira-comadre que vos fala - Florais de Bach também, rs!<br />
<br />
Bora lá ler o texto <b>Desatando nós. Ou como os fios da vida nos entrelaçam</b>, publicado ontem, segunda-feira, dia 20, disponível <a href="http://vilamamifera.com/mamiferas/desatando-nos-ou-como-os-fios-da-vida-nos-entrelacam/">aqui</a>! Abaixo, o trecho:<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">“<i><span style="line-height: 115%;">A Lavanda acalma! A Camomila também.
Já a Hortelã é boa para cefaleias. Alecrim para estimular e aliviar a ruminação
mental, Eucalipto para descongestionar!</span></i>” – exalto.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-small;">A conexão feminina se faz na palavra, no toque, no sorriso
dado, e no ouvir atento, tendo o entrar e sair da agulha no tecido sua
extensão, juntando pedaços e histórias!</span><o:p></o:p><br />
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDfhip0MuhnnDuwAfDwHDvpdN92VHijdq3Gz3Y4aJ4IBPqlptpzMON8VA9BNK1oWxSQ5ykcqBP7VIPXXSjK9SbX-qZz_bapl0cBwzBKxmz6_dJy6EZI5yjPPge_vlwin4SUmuAO9O0MAEo/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDfhip0MuhnnDuwAfDwHDvpdN92VHijdq3Gz3Y4aJ4IBPqlptpzMON8VA9BNK1oWxSQ5ykcqBP7VIPXXSjK9SbX-qZz_bapl0cBwzBKxmz6_dJy6EZI5yjPPge_vlwin4SUmuAO9O0MAEo/s1600/4.jpg" height="265" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Foto: Bianca Lanu.</span></div>
</div>
Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-30840802249975436242014-01-20T11:47:00.000-02:002014-01-21T13:51:30.835-02:00AgendArte em nossa Loja VirtualCom imensa alegria divulgo uma novidade em nossa <b><a href="http://www.partonobrasil.com.br/p/loja-virtual.html">Loja Virtual</a></b> - agora teremos a <b><span style="font-size: large;"><a href="http://www.agendarte.com.br/">AgendArte</a></span></b> para nos acompanhar neste ano de 2014!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_vE7yICVPubnx05QhxRywIpRUN6MqMM6CYo98sdxW3pAH9pj2AK8DTmSzmP8BPnZx6t0aWWizcMxdCRDpRGE_anFRZkNByhCL0U_GT5M2ZMwXg9M4X8WYR2uRIiZJ3jqvRNnOieHqG_1r/s1600/capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_vE7yICVPubnx05QhxRywIpRUN6MqMM6CYo98sdxW3pAH9pj2AK8DTmSzmP8BPnZx6t0aWWizcMxdCRDpRGE_anFRZkNByhCL0U_GT5M2ZMwXg9M4X8WYR2uRIiZJ3jqvRNnOieHqG_1r/s1600/capa.jpg" /></a></div>
<br />
Fruto da Família Guerra, este almanaque anárquico, com Anarquino ilustrando suas páginas, com muita poesia e lindas ilustrações vai encantar os leitores que ainda não a conhecem - nascida em Curitiba/PR, em 1993, pelas mãos de Gerson Guerra e Cia, integra o selo <b><a href="https://www.facebook.com/agendartelivros">AgendArte Livros</a></b>, que dispõe de um espaço físico com livraria e sebo, na Av. Manoel Ribas, n° 110, em Curitiba/PR, ou na Feirinha do Largo da Ordem, aos domingos!<br />
<br />
A felicidade é tamanha, pois desde os áureos anos da universidade que conheci esta publicação, que a cada ano se veste de criatividade, tendo adquirido nos fins dos anos 90 a minha primeira <a href="http://www.agendarte.com.br/main.html">AgendArte</a>, sendo que de lá pra cá sempre é minha preferência quando vou escolher a agenda nossa de cada dia!<br />
<br />
No balaio das coincidências, ano passado soube que seu idealizador é irmão de nosso pediatra, o querido Dr. Henrique Guerra, me me mostrou a trilha dos Florais de Bach! Assim, poder incluir este item em nosso espaço tem um sabor a mais, aquele de fanzoca convicta, que admira muito este material! Como nada é por acaso, há um ano também conheci em Curitiba, numa Oficina de Bordados Arpilleras, que facilito Brasil afora, a ilustradora Maureen Miranda, que compôs a capa de 2013!<br />
<br />
Abaixo, o Prefácio desta 21a. edição, por Alice Guerra, uma das filhas do casal empreendedor, e uma página para vocês se deleitarem:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh03-vY4XOHW0lfmGYEDTeM6QwhLvv0lf9pEU83ED8VW1-1_uHkMu6LTb9A4gHv6hGtD9T6rsoxBgdNIjVN_lALQNFy6xFycdKcq607mamPzUpbPM4py5J_AT6VpUlLSscYEKY99wzhZtFg/s1600/prefacio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh03-vY4XOHW0lfmGYEDTeM6QwhLvv0lf9pEU83ED8VW1-1_uHkMu6LTb9A4gHv6hGtD9T6rsoxBgdNIjVN_lALQNFy6xFycdKcq607mamPzUpbPM4py5J_AT6VpUlLSscYEKY99wzhZtFg/s1600/prefacio.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgvm5m36s0MtULPDlZnxK8y-I-HaI60t88fNlHyaIX4nTR0zIxMVbKf_-MLdvEFETed3PaFmcZxPcUdhD4kFX9cGDldpvBrLgZ9ylx2Qi_K-V84TwRxGRngyjtO_X9zfhyvISL_VM_aD5w/s1600/interno1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgvm5m36s0MtULPDlZnxK8y-I-HaI60t88fNlHyaIX4nTR0zIxMVbKf_-MLdvEFETed3PaFmcZxPcUdhD4kFX9cGDldpvBrLgZ9ylx2Qi_K-V84TwRxGRngyjtO_X9zfhyvISL_VM_aD5w/s1600/interno1.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Faça já o seu pedido através dos contatos:</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Email - lunabianka@yahoo.com.br</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Telefone - (014) 98143-0576 (Tim), com Bianca Lanu</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>R$35,00 + frete!</b></div>
Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-88992049913437079622014-01-18T11:31:00.006-02:002014-01-18T11:34:29.111-02:00Multimídia Parto no Brasil - ParteiraSimbora que este sábado é dia de retomar nossa sessão de imagens, vídeos e áudios sobre este rico universo ligado às mulheres, gestantes e mães - nosso <b>Multimídia Parto no Brasil</b>!<br />
<div>
<br /></div>
<div>
Confiram os incríveis cartões vinculados em jornais, e também uma placa das parteiras e seus atendimentos, Brasil afora, compilados e disponibilizados para vocês! Sábado que vem tem mais!</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1y0L5bJ0IFRBCaFisGJW7N25LL58t9Ys3NTZ1Hd8-NbdzPfO6iSQrkeP14Hq535gfmWdOPa4FTiUaN_Ljlj9_fiWr6MGZyVpNd78pd-kRCeErICQg2koeQE2qpnakPQVtpnJ70JDpwhyphenhyphenJ/s1600/1885_Cley_Scholz.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1y0L5bJ0IFRBCaFisGJW7N25LL58t9Ys3NTZ1Hd8-NbdzPfO6iSQrkeP14Hq535gfmWdOPa4FTiUaN_Ljlj9_fiWr6MGZyVpNd78pd-kRCeErICQg2koeQE2qpnakPQVtpnJ70JDpwhyphenhyphenJ/s1600/1885_Cley_Scholz.jpg" height="207" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">De 1885, por Cley Scholz</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7jXHUX4zeKpIol7AlH_DTzhXJI8c1wULF4sxfXZkVHVjEI8vujuC0FgCZH6m0kFCI8WTWp_ZURSIyGoRNgewhQXM7dVHhq7eA2u0PtdqJld_Zbaxb-fm3FXmrc9h9yE-DGzftj2tL63cP/s1600/O_Collinense_612_1931.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7jXHUX4zeKpIol7AlH_DTzhXJI8c1wULF4sxfXZkVHVjEI8vujuC0FgCZH6m0kFCI8WTWp_ZURSIyGoRNgewhQXM7dVHhq7eA2u0PtdqJld_Zbaxb-fm3FXmrc9h9yE-DGzftj2tL63cP/s1600/O_Collinense_612_1931.JPG" height="204" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">De 1931, pelo O Collinense</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikGjOv-xp9V4a9mtlt6KjzC7Kbjkiqoc95GJOzCQCqcE_ZFhm_u1ao4n2Q6Rh8m09zjMB1-2PF2DNCNnKKq1F-LD7UGFihXmvFnCye4F1aKAkbnfdK3UUq5DxsljPwFZMIykCrwWPI9kcF/s1600/Santos_SP_1938.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikGjOv-xp9V4a9mtlt6KjzC7Kbjkiqoc95GJOzCQCqcE_ZFhm_u1ao4n2Q6Rh8m09zjMB1-2PF2DNCNnKKq1F-LD7UGFihXmvFnCye4F1aKAkbnfdK3UUq5DxsljPwFZMIykCrwWPI9kcF/s1600/Santos_SP_1938.jpg" height="229" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">De 1938, em Santos/SP</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtkRQMXy-gWGa-klERHGAjV2tS1ce0Qp_FDnev4zriByzGH91fA4tAiF9uRAxNv2OyrBTdahWmsRMQmJ4ZJH3ZC70yxRt6L0RBQbiiv7pxYhQe_gDjDSE-APM_0H-2MjQCzvxu-ZPa7M6J/s1600/foto-joc3a3o-xavier-beco-da-ti-guerreira-parteira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtkRQMXy-gWGa-klERHGAjV2tS1ce0Qp_FDnev4zriByzGH91fA4tAiF9uRAxNv2OyrBTdahWmsRMQmJ4ZJH3ZC70yxRt6L0RBQbiiv7pxYhQe_gDjDSE-APM_0H-2MjQCzvxu-ZPa7M6J/s1600/foto-joc3a3o-xavier-beco-da-ti-guerreira-parteira.jpg" height="229" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Foto de João Xavier</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-55982567059464937982014-01-14T14:59:00.000-02:002014-01-14T15:07:58.438-02:00Blogagem Coletiva - Maternidade e violência obstétrica: pautas feministas<div style="text-align: center;">
“<i><span style="font-size: large;">As questões da maternidade não agregam ao feminismo</span></i>”</div>
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Recentemente, um grupo de mulheres fundou a <a href="http://artemis.org.br/">Artemis</a>, organização não governamental que tem como um dos seus objetivos a erradicação da violência obstétrica no Brasil. A Artemis tem promovido atuação efetiva, com presença decisiva no Fórum Mundial de Direitos Humanos e junto à Defensoria Pública do Estado de São Paulo.<br />
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Também recentemente, as ativistas deste grupo foram duramente atacadas, não virtualmente mas presencialmente, no cara a cara, por pessoas que afirmavam não ser a maternidade uma causa feminista.<br />
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Isso aconteceu no início do mês de dezembro, dias 06 e 07, por ocasião do IV Ciclo de Conferências da Defensoria Pública do Estado de São Paulo. A participação da Artemis em tais conferências se deu no âmbito do Grupo de Trabalho dos Direitos da Mulher, tendo sido representada por 9 delegadas e com o objetivo de pautar o tema “violência obstétrica” como uma das metas da Defensoria Pública de São Paulo para os próximos dois anos.<br />
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A Conferência é um espaço da sociedade civil, onde todas as 90 propostas apresentadas devem ser de extrema importância para a sociedade em geral e para o Estado de São Paulo.<br />
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Ali estavam propostas importantíssimas para a questão da mulher: funcionamento das delegacias da mulher 24hs/dia, inclusive finais de semana; acolhimento de mães puérperas em situação de rua; criação de casas de passagem e abrigo especializado para mulher em situação de violência; criação de Juizados Especializados em Violência Doméstica; proteção à identidade de gênero; campanhas pela legalização do aborto; atuação na questão da violência obstétrica, entre outros de igual importância. É facilmente perceptível a grande relevância de todas as propostas, as quais, certamente, estão dentro do escopo dos movimentos feministas.<br />
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E a inserção da violência obstétrica como mais um tema a ser trabalhado e a ser combatido na sociedade é prioritário num contexto do Poder Judiciário onde pouco ou quase nada tem sido feito sobre o assunto.<br />
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Após a defesa de nossa proposta, duas delegadas de movimentos feministas da capital paulista se manifestaram contrariamente à inserção da violência obstétrica como violência contra a mulher: uma sugerindo que a questão da maternidade não agrega o feminismo, já que a maternidade, segundo ela, seria “<i>uma forma de controle do patriarcado sobre o corpo da mulher</i>”, e outra sugerindo que as delegadas deveriam votar em questões sérias e não em “<i>questões que ainda estão no imaginário e não acontecem de fato</i>”.<br />
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Tais manifestações de negação da violência obstétrica como causa feminista nos causaram brutal perplexidade. Não apenas pelo caráter discriminatório para com milhares de brasileiras que estão sendo violentadas durante o nascimento de seus filhos, como também pelo desconhecimento e desatualização de ambas as delegadas a respeito do tema. Não é possível ignorar dados sérios de pesquisas brasileiras realizados nos últimos três anos e amplamente divulgados nos cenários científico e midiático brasileiros, os quais já mostraram a toda sociedade civil a gravidade da questão. Muito menos desmerecer a violência sofrida por uma a cada quatro mulheres que dão à luz no Brasil, atribuindo a essa violência caráter de “invenção”, de “imaginário”, ignorando mulheres e suas dores.<br />
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A despeito de tais manifestações, continuamos nossa atuação enquanto grupo feminista organizado e conseguimos levar a proposta à plenária final. O resultado: a proposta de inserção da violência obstétrica como pauta relevante obteve a segunda maior votação da Conferência, recebendo 43 votos (a primeira recebeu 44, pertencendo à temática do idoso e pessoa com deficiência). É importante mencionar que, nesta conferência, cada delegado tem direito a 9 votos, que podem ser dados à mesma proposta. Nossa proposta somente foi aprovada porque nós, delegadas ativistas, nos articulamos e destinamos grande parte de nossos votos a uma única proposta e, considerando que tivemos apenas 12 votos entre 116 delegados, achamos pouco – e triste. Triste porque o GT do Direito da Mulher possuía cerca de 25 delegadas e nem metade delas entendeu a gravidade do que representa a violência obstétrica enquanto violação do direito à dignidade humana e que precisa urgentemente ser discutida, combatida e, principalmente, erradicada. Triste porque a violência obstétrica que afeta tantas mulheres em nosso país diz respeito ao corpo e ao direito da mulher no momento do parto e, paradoxalmente, justamente por isso não mereceu a atenção dos movimentos feministas. Embora satisfeitas pelo que consideramos ser uma vitória – a inclusão da violência obstétrica como pauta a ser discutida – é profundamente lamentável constatar o alto grau de misoginia presente entre as próprias mulheres, ao se recusarem a tratar a questão da violência obstétrica como violência à mulher. E, por ser violência contra a mulher, é obviamente uma causa feminista.<br />
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<b>Feminismo, maternidade e empoderamento</b><br />
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Não sabemos se nesse contexto ou fora dele, alguns dias depois foi publicado no coletivo <b>Blogueiras Feministas</b> o texto “<a href="http://blogueirasfeministas.com/2013/12/o-ativismo-materno-para-alem-do-parto/">O ativismo materno para além do parto</a>”.<br />
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Concordamos com alguns trechos do referido texto. Realmente nos incomoda muito ver/ler/ouvir alguns discursos que se baseiam em julgamentos da mulher que não pariu, ou porque não quis, ou porque não conseguiu, ou porque… sabe-se lá porque… Nós somos do movimento pela humanização do parto e contra a violência obstétrica e, ainda assim, fazemos essa crítica, apenas porque soa a nós como grande discrepância e incongruência defendermos o direito da mulher de não ser violentada no parto e, ao mesmo tempo, violentarmos outras mulheres com nossos discursos pré-moldados e, por vezes, sem sentido.<br />
Porém, ao começarmos a leitura de tal texto, sentimos algo como o que sentimos quando ouvimos alguém dizer: “<i>Não sou racista, mas….</i>” ou “<i>Não sou machista, mas…</i>”, ou “<i>Acho que mulheres têm direitos, mas…</i>”. À semelhança desse cartoon aqui:<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3sD0axF0eAAh8wkJuBi7EOVcMowusvkb0_2h3XRujMZuNxUQ91CUmSp86uD7A_gdOU8Cz74nO7DepErIorQDIoCczSYokNs9T48CI2pNMDdVCTOLOhqVF11pag6zspwsFyDa-8PxSeLUT/s320/machismo.jpg" width="320" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Extraído <a href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=501008813347281&set=a.413597138755116.1073741829.411070232341140&type=1&theater">daqui</a>!</span></div>
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Ou seja: ao ler o texto, o qual começa reafirmando a importância do apoio à humanização do parto e ao movimento pela dignidade de parir, já sabíamos que viria um “mas”… E o “mas” que veio em seguida mostrou-se muito parecido com os “mas” mencionados anteriormente e o tom do texto se assemelhou em muito ao ataque sofrido pelas ativistas da Artemis em função do suposto não pertencimento da maternidade à pauta feminista.<br />
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O texto “O ativismo materno para além do parto” foi explicitamente direcionado a um blog, cujo nome – “<a href="http://vilamamifera.com/mulheresempoderadas/">Mulheres Empoderadas</a>” – faz menção ao que viveu a própria autora do blog, que viveu cesáreas indesejadas antes de lutar e conseguir dois partos naturais, porque era esse seu desejo. Claro que sabemos disso porque a conhecemos e as autoras do texto não têm obrigação de saber. Entendemos isso. Mas, do mesmo modo que ninguém tem obrigação de saber disso, também não é possível traçar uma crítica ao que se “pensa” ser, porque isso seria apenas uma de muitas interpretações possíveis da razão do nome.<br />
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Arriscamos dizer que 90% das mulheres que curtem e “fazem” a página “Mulheres Empoderadas” não se intitulam empoderadas porque defendem e vivem a autonomia da mulher para parir de cócoras, na piscina, sem intervenções ou porque amamentam seus filhos no peito por tantos anos. Não. Intitulam-se assim porque venceram muitas lutas pessoais – e coletivas – para conseguirem fazer isso, lembrando que tudo isso aí representa grandessíssimas exceções no Brasil. Estamos falando de uma minoria. E por que é que o direito de escolha de uma minoria está sendo atacado tantas vezes?<br />
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Essas mulheres travaram grandes lutas para conseguirem parir do jeito que queriam e amamentar. Muitas delas foram demitidas por incompatibilidade entre a bombinha de extrair leite e o cartão-ponto. Não são empoderadas porque paririam assim ou assado ou deram o peito, mas por terem enfrentado um sistema nojento, machista e patriarcal para fazer isso. E, muitas vezes, enfrentaram e desafiaram a si próprias, gente que nunca pensou que fosse capaz de dar conta desse tipo de enfrentamento.<br />
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O texto tem razão quando diz que mulher empoderada vai muito, mas muito além de parir. E é exatamente isso que queremos dizer aqui: essas mulheres não podem ser resumidas a um corpo que pariu, mas a mulheres que, sim, venceram um sistema esmagador, cruel, violento, humilhante, degradante, onde chegamos invariavelmente como “mãezinhas”, “mamãezinhas”, que não podem gemer ou não gemeram quando fizeram o filho e – SÓ ENTÃO – pariram. Pariram OU NÃO. Porque grande parte, ainda assim, não consegue, porque o que acontece dentro de uma sala de parto é muitas vezes cruel, opressor, indignante e ultrajante.<br />
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São mulheres recebendo tapas nas pernas de profissionais da saúde. São mulheres proibidas de gemer ou gritar para expressar sua dor porque “pra fazer não gritou nem chamou a mamãe, vai gritar agora?!”. São mulheres amarradas de pernas abertas em estribos frouxos, que caem a todo momento, para receberem exames vaginais de cinco, seis, oito alunos que as tratam como um número. São mulheres dopadas porque “estão dando trabalho”. São mães que veem seus bebês morrerem logo após o nascimento por má assistência. Estamos falando sobre essas mulheres.<br />
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E se, à semelhança dos exemplos citados no texto mencionado, houvesse um blog chamado MULHERES EMPODERADAS escrito por mulheres que escolheram não ser mães? E se houvesse um blog chamado MULHERES EMPODERADAS escrito por mulheres que escolheram abortar? E se houvesse um blog chamado MULHERES EMPODERADAS escrito por mulheres que nasceram com pênis? E se houvesse um blog chamado MULHERES EMPODERADAS escrito por quem nasceu com ovários e vagina mas não se reconhece como mulher? E se houvesse um blog chamado MULHERES EMPODERADAS escrito por mães de plantas, mães de gatos, mães de projetos? Faria mais sentido? Seriam empoderamentos mais bem vistos no contexto do “feminismo”? Essa crítica ao uso do “empoderadas” ainda seria feita? Sejamos sinceras: não seria! E não seria porque todas essas “subáreas do empoderamento”, digamos assim, todos esses feminismos, são respeitados e reconhecidos. Mas a maternidade não! A maternidade e o direito das mulheres que se tornam mães não são reconhecidos! A maternidade é um assunto que caiu num limbo que um feminismo específico dos muitos que existem não anda muito a fim de abraçar não… E tem sido assim mesmo considerando que mulheres que se tornam mães tornam-se, também, alvos preferenciais para inúmeras iniquidades e violências de gênero. Como ser demitida sem justa causa. Como ser preterida em concursos públicos. Como ser ridicularizada ou tida como “mulherzinha”, “fraquinha”, “mãezinha”. Como ser vista para sempre como subserviente ao ser que colocou no mundo.<br />
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<b>Condições gerais da maternidade no Brasil</b><br />
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Mulheres mães brasileiras vivem em péssimas condições. Pelos rankings internacionais, feitos por diferentes instituições de pesquisa, como a Save the Children, o Brasil tem péssimo desempenho no que se trata do bem estar materno. Enquanto Cuba aparece com a melhor posição da América Latina, em 33o. lugar, nosso país permanece na 78a. posição, atrás da Ucrânia (país mais pobre da Europa) e da África do Sul. Mas o que os rankings não mostram é que os melhores desempenhos, medidos por variáveis como saúde gestacional, mortalidade materna e infantil, renda, emprego, educação, dentre outras, foram construídos ao longo do tempo, principalmente por políticas públicas focadas no bem estar das mães, pais e crianças. A Suécia, por exemplo, que figura há muito tempo entre a primeira e a segunda posição em diferentes rankings como esse, construiu políticas sociais focadas nas famílias, sob influência de um feminismo forte e preocupado com as condições de vida das mães – casadas ou não. Uma das medidas mais antigas e importantes nesse país foi o financiamento de creches acessíveis e de qualidade para as crianças de famílias monoparentais. Sabendo que em 90% dessas famílias quem se responsabilizava pelo sustento e cuidado das crianças eram as mulheres, os movimentos feministas do início do século XX já cobravam medidas especiais para acolhê-las. Com o tempo e o aumento da consciência da desigualdade de gênero nas famílias e no mercado de trabalho, e com a preocupação crescente com os direitos das crianças, a Suécia desenvolveu um sistema de pré-natal totalmente baseado na prática das enfermeiras obstetras, doulas e casas de parto, concomitante a uma política de licença parental remunerada de até 13 meses, a ser desfrutada por homens e mulheres, e que, assim, contribui para uma das melhores taxas de amamentação da Europa. Mas, claro, é importante lembrar que nesse país as mulheres passaram a ter direito ao voto e representatividade política muito antes do que no Brasil.<br />
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Nossa situação, então, pode ser explicada pela dificuldade que as mães e as mulheres de maneira geral têm encontrado para entrar na arena política e colocar suas demandas por serviços de saúde e de acolhimento de bebês conectados com as recomendações internacionais acerca do bem estar materno. Em nosso país, parece ainda pairar uma ideia majoritária de que maternidade e paternidade são assuntos da vida privada, que nada tem a ver com movimentos sociais e políticas públicas. Isso é um imenso engano! Desde a redemocratização e a gradual emancipação das mulheres no mercado de trabalho, o tema dos direitos familiares tem crescido. O Estado tem reconhecido o papel fundamental das famílias e das comunidades locais para a saúde (vide Programa Saúde da Família, base do SUS) e para o desenvolvimento humano (vide Programa Bolsa Família, empoderando mulheres nos confins do Brasil principalmente porque são mães!). Ainda é pouco. Muito pouco! Ainda temos um déficit enorme de creches e escolas infantis, onde faltam cerca de dez milhões de vagas. Ainda temos um sistema de saúde suplementar totalmente desconexo das diretrizes mais importantes da saúde materno-infantil levadas a cabo com muita dificuldade pelo SUS.<br />
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Ainda temos um congresso que não acredita na necessidade de uma licença parental (que inclua os homens – hoje os pais só têm direito a cinco dias corridos de licença).<br />
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Esse abismo de políticas para as famílias acaba reforçando também a reprodução da desigualdade econômica e racial entre as mulheres. Sem garantia de vagas em boas creches, e sem licenças parentais razoáveis, a mão de obra de outras mães, pobres e geralmente negras e/ou migrantes, é explorada pelas famílias de classe média. Essas trabalhadoras, na maior parte dos casos, ainda não têm seus direitos trabalhistas respeitados e não encontram apoio público para o cuidado com suas próprias crianças.<br />
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Concordamos com as autoras: o empoderamento feminino não pode ser deslocado da luta feminista. Inclusive o empoderamento materno. Por que, então, ele é “café com leite”? Que tipo de julgamento estamos fazendo sobre as mães que se “empoderam” para viver a maternidade à sua maneira?<br />
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Também concordamos com as autoras: não é possível falar em empoderamento feminino e ser contra a descriminalização do aborto. Essa é uma das maiores expressões de incoerência de quem defende o direito da mulher de escolher parir mas não defende a escolha de não ser mãe mesmo que tenha um óvulo fecundado. Não é possível falar em empoderamento feminino e achar que outra mulher não tem direito de dispor sobre o corpo dela. Não é possível falar em empoderamento feminino e ofender moralmente a mulher que está vestida sensualmente. Assim como não é possível falar em empoderamento feminino e desmerecer o empoderamento que culminou na fuga do sistema para parir dignamente, sem ser chamada de “gorda escandalosa” ou “égua parindo”.<br />
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As mulheres que têm feito jus ao seu direito de escolha e escolhido cesarianas têm tido seu direito respeitado. Quem não tem tido é justamente quem quer parir de cócoras, para usar apenas um exemplo. E quem é que vai defender essa aí? Ou, pior: quem é que vai defender aquela que, mesmo querendo isso, está tomando tapa e sendo xingada dentro de instituições de saúde, com o suposto aval da sociedade, que se nega a acolhê-las pelo não reconhecimento da violência sofrida?<br />
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Discordamos das autoras em mais um ponto. Nem sempre parir traz poder, biológico ou político. Nem sempre traz satisfação e beleza. Nem sempre traz o poder de contestar a medicalização. Na verdade, quase nunca isso acontece no Brasil. E isso porque a grande maioria das mulheres está parindo em meio a xingamentos, barriga esmagada por um braço ou uma mutilação vaginal. Então, o “parir poderoso”, novamente tem sido para uma minoria. Então vamos atacar a minoria? E a defesa dos direitos das minorias, era só um discurso nosso?<br />
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Ao contrário do que parecem achar outras pessoas, não temos visto um culto exacerbado ao lugar da “mulher mãe” como sinônimo daquela que larga tudo para cuidar dos filhos em tempo integral. O que temos visto, isso sim, são centenas ou milhares de mulheres em luta constante para satisfazer simultaneamente seu próprio desejo de cuidar de suas crias de perto e o desejo de seu patrão de produzir ou o desejo do marido de pagar contas, ou o próprio desejo de ter uma vida profissional ativa. O que há é uma pluralidade de vozes e, entre tais vozes, há as das que querem cuidar dos filhos em período integral – embora esteja muito longe de ser majoritário. A grande maioria das mães contrata uma creche cara e vai ralar e são poucas as que continuam a tirar leite do peito para amamentar… Ou vamos cair no erro de achar que os poucos gritos de “VAMOS VOLTAR PARA CASA!” que ouvimos nas redes sociais representam a maioria das brasileiras? O mundo é mesmo machista pra cacete, como as autoras mencionaram, e ninguém está podendo fazer isso no Brasil sem arcar com uma longa lista de julgamentos e preconceitos, mesmo quem se sente “empoderada”. As mães que têm conseguido representam mesmo uma minoria. O que algumas feministas têm chamado de privilégio representa também uma conquista árdua, a partir da tomada de consciência e desejo de mudança sobre as condições gerais de maternagem em nosso país. De novo, atacaremos uma minoria porque a consideramos “privilegiada”?<br />
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<b>Reconhecer não significa estereotipar</b><br />
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Uma das críticas de alguns grupos à inclusão da maternidade como questão feminista é o fato de que isso reforçaria o estereótipo de que as mulheres são as únicas responsáveis pelos cuidados com as crianças.<br />
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Não querer reforçar a ideia comum de que os cuidados com a criança é algo natural na mulher é diferente de negar que não apenas a maternidade mas todas as funções de cuidados são executadas majoritariamente por mulheres. Ao afastar isso das frentes de debates feministas perdemos a oportunidade de não apenas desnaturalizar tais associações, mas também de exigir políticas públicas que liberem a mulher de tal condição. Como falar em cuidados compartilhados entre os pais se a licença paternidade é de apenas cinco dias, enquanto a licença maternidade é de quatro a seis meses? A não criação de vínculo parental pelo pai da mesma forma como acontece com a mãe, pela ausência de tempo dedicado, também traz nefastas consequências, como o acúmulo de tarefas pela mãe que também trabalha fora de casa. E esse é apenas um exemplo sobre como agregar questões de maternidade ao debate feminista, a fim de pleitear direitos como aumento da licença paternidade, resulta em melhoria de condições para as mulheres, em especial maior possibilidade de escolhas em suas vidas.<br />
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É importante lembrar, também, que muitas mulheres que estão em defesa de crianças cuidadas presencialmente estão é colocando o homem na jogada. Queremos crianças cuidadas não pela babá ou pelo professor em tempo integral? Então que venham os homens pra dentro de casa também! E, sim, estamos vendo isso acontecer, claro que em pequeníssimo grau, mas estamos vendo! Tem homem voltando pra casa para que a mulher, que ganha mais e está bem realizada em sua carreira, continue fora, sem que as crianças percam na qualidade do cuidado recebido. É maioria? Claro que não é. E de novo vamos atacar uma minoria?<br />
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O parto humanizado no Brasil, atualmente, está mesmo limitado a um recorte de mulheres da classe média. Fato. O que significa que todas as demais, financeiramente abaixo ou acima, estão atualmente fora dele – com exceções como as que têm acesso ao <a href="http://www.sofiafeldman.org.br/">Sofia Feldman</a> (MG – SUS) ou ao Elpídio de Almeida (PB – SUS), ou a parteiras tradicionais nos confins do Brasil e outras poucas. E, por conta disso, as mulheres da classe média que estão parindo dignamente são muitas vezes ridicularizadas ou chamadas de alienadas, umbiguistas, egotripistas, etc etc. E são essas mesmas mulheres da classe média que estão organizadas para lutar pelos direitos de todas por um parto sem violência ou mutilação. É uma das poucas vezes que o Brasil vê uma mobilização da classe média espirrando na assistência básica à saúde, no SUS, na legislação. Então, sim, é um privilégio da classe média, no momento, poder parir sem ser amarrada ou xingada ou sem tomar tapa. Mas essa classe média não está em berço esplêndido vangloriando-se de seu parto orgásmico – algumas nem sequer conseguiram parir como queriam e continuaram a engordar as estatísticas que caem muito bem nos bolsos do corporativismo médico. Essas mulheres estão organizadas e estão se organizando – vide a ONG mencionada no início do texto e outros tantos exemplos.<br />
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Quanto de empoderamento feminino é preciso para sair do lugar de mãezinha e reivindicar direitos coletivos de saúde às mulheres, ainda que estejamos extrapolando a classe média brasileira tão viciada na inação? Muito. E o fato de serem mulheres mães empoderadas não desmerece nenhuma outra luta de empoderamento feminista.<br />
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O ponto é: mulher mãe não pode se intitular empoderada?<br />
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A que aborta pode, a que não quer ser mulher pode, a que é mulher embora não tenha nascido biologicamente uma pode. Mas as mães não. As mães vão ali praquele cantinho e tratem de ficar quietinhas.<br />
Quer dizer: na categoria “mães” vamos aglomerar toda a história de opressão vivida pelas mulheres e vamos mantê-la ali porque, afinal, as mães merecem, já que concordaram em abdicar de sua “real” condição de autonomia quando se tornaram mães – esse parece ser o pensamento de um grupo que não reconhece a maternidade como pauta feminista. E, paradoxalmente, o que temos visto é justamente um movimento de luta contra uma forma cruel (e invisível e velada, até negada, veja só! e, a despeito disso, altamente prevalente) de violência – a obstétrica, que mata e mutila – cujas bandeiras estão nas mãos de… mães!<br />
Qual é, companheiras? Não temos direitos mas podemos lutar?<br />
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<b>Sim, o feminismo é muito mais, MAS MUITO MAIS MESMO. É autonomia para além de ser mãe.</b><br />
<b>Mas TAMBÉM para ser uma.</b><br />
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Nós escrevemos esse texto com o único e exclusivo objetivo de convidar outras feministas a olharem para a questão da maternidade e da violência obstétrica com olhos de luta, de empatia e de indignação, para que consigam enxergar em ambas as questões os mesmos séculos de opressão, preconceito, discriminação e violência que pairam sobre todas as mulheres. Não fazer isso é violentá-las, é violentar-nos.<br />
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Estamos ao lado de todas as demais lutas feministas. E esperamos que, em 2014, tenhamos mais lutadoras feministas ao nosso lado, ao invés de sermos atacadas apenas por sermos mulheres que criam crianças – crianças por um futuro onde haja verdadeira equidade..<br />
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<a href="http://vilamamifera.com/causajusta/maternidade-e-violencia-obstetrica-pautas-feministas/">Ana Lucia Keunecke</a> - Causa Justa / Portal Vila Mamífera<br />
<a href="http://maetempo.net/2013/12/30/maternidade-e-violencia-obstetrica-pautas-feministas/">Carolina Pombo</a> - Mãe e tempo<br />
<a href="http://www.cientistaqueviroumae.com.br/2013/12/maternidade-e-violencia-obstetrica.html">Ligia Moreiras Sena</a> - Cientista que virou mãe<br />
Raquel Marques<br />
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* Lola, do Escreva Lola Escreva tb postou o texto, no Guest Post - <a href="http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2013/12/guest-post-maternidade-e-violencia.html">aqui</a>, além das respectivas autoras, em 30 de dezembro de 2013.Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-88069844889649735432013-11-25T15:34:00.000-02:002013-11-25T18:46:34.231-02:00Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra a MulherNeste 25 de novembro o mundo se une para lutar contra a violência que arrebate milhares de mulheres, sejam em seus lares, no ambiente profissional, e/ou num dos momentos que deveriam ser dos mais zelosos e respeitosos, da vida feminina: o parto.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwvycaJ_-VDLw0ZUzp4niC2TsM3SYADFNsNGx1y7Ty1AgBG27Uvoj-p_Y8rOb_MnzwOnWgO_Nig5qJav9g_ZKB4Cvh274RRwR8oybhoA0ZY_kv2HW2Mthgbc8sbIgwTlN1OAPqtyrwudfK/s1600/revolucao-das-rosas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="353" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwvycaJ_-VDLw0ZUzp4niC2TsM3SYADFNsNGx1y7Ty1AgBG27Uvoj-p_Y8rOb_MnzwOnWgO_Nig5qJav9g_ZKB4Cvh274RRwR8oybhoA0ZY_kv2HW2Mthgbc8sbIgwTlN1OAPqtyrwudfK/s640/revolucao-das-rosas.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><a href="http://jesusaricoy.wix.com/rosesrevolution">The Roses Revolution</a></span></div>
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É da <a href="http://www.partonobrasil.com.br/p/violencia-obstetrica.html">violência obstétrica</a> que estamos nos referindo, e que é um dos temas centrais deste espaço, trazendo e divulgando informações sobre o assunto, e militando na causa, tendo oportunizado a criação de algumas ações, em rede, e coletivas, com grande repercussão, como foi o <a href="http://www.partonobrasil.com.br/2012/05/teste-da-violencia-obstetrica.html">Teste da Violência Obstétrica</a>, e o documentário popular <a href="http://www.partonobrasil.com.br/2012/11/violencia-obstetrica-voz-das-brasileiras.html">Violência Obstétrica - A Voz das Brasileiras</a>, premiado no <b>Seminário Internacional Fazendo Gênero 10</b>, em Florianópolis/SC, este ano, como Melhor Filme, da Mostra Audiovisual.<br />
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Assim, nesta data, compartilhamos mais uma produção brasileira, desta vez de Brasília/DF, A<b><i> Dor Além do Parto</i></b>, de Letícia Guedes, Amanda Rizério, Nathália M. Couto e Raísa Cruz, com edição de Léo Preto, pela Branco Preto Produções, sobre esta violência velada e ainda invisível, que não nos cansamos de denunciar e lutar, para que chegue seu fim!<br />
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<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/cIrIgx3TPWs" width="480"></iframe><br />
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<div style="text-align: left;">
Divulgamos também a exibição de <b><i>Violência Obstétrica - A Voz das Brasileiras</i></b> em Ourinhos, interior paulista, no Curso Técnico de Enfermagem, da ETEC, em 02 de dezembro, às 19h30!</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" height="270" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw6fukrQ4Lp2q9HugIcyYeX6BW0C7Bas9KFFHXVgc0SJuHAKOiBePNkWVAGAEM8L130xNPx_4GteoAsnw6TVhZqR6IUtj9yWrqSIYZTBzDsq9_TgOGSGvfMLjwUg3YosUzbjzLpdofTQ6v/s400/V.O.jpg" width="400" /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Assista <a href="http://www.youtube.com/watch?v=eg0uvonF25M&feature=youtu.be">aqui</a>!</span></div>
</div>
Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-14913040079831546742013-11-22T17:17:00.000-02:002013-11-22T17:17:14.475-02:00Parto no Brasil entrevista Adriana Vieira - Agosto de 2013<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik-aGV8g2rLfzVDcca2eZGoTo7thxcb5CalU-Y9I2PwZU_qrOOjohQ-8qVQClOaC1utIL3lkhfJb3NxTMEOUDfS7xurSQTjouqiciylgeDfSj3YUMewYAiO4PUCuHMhccKdq2Y6g2e7ysA/s1600/Parto+no+Brasil+-+logotipo+Pata.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5604422194604365810" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik-aGV8g2rLfzVDcca2eZGoTo7thxcb5CalU-Y9I2PwZU_qrOOjohQ-8qVQClOaC1utIL3lkhfJb3NxTMEOUDfS7xurSQTjouqiciylgeDfSj3YUMewYAiO4PUCuHMhccKdq2Y6g2e7ysA/s200/Parto+no+Brasil+-+logotipo+Pata.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 200px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 188px;" /></a><br />
Publicamos hoje uma entrevista realizada em agosto c/ a querida <span style="font-style: italic;">Adriana Vieira</span>, doula, educadora perinatal, instrutora de Yoga e coordenadora do Namaskar Yoga, na Baixada Santista. Na ocasião ela estava em seu puerpério da filhota Dora, nascida de um parto normal após duas cesáreas!<br />
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<span style="font-weight: bold;">PARTO NO BRASIL </span><span style="font-style: italic; font-weight: bold;">Adriana é um prazer ter você neste espaço para nos contar como foi gestar após os 40 anos, e, também buscar um parto natural, após duas cesáreas anteriores! Conte-nos como foi este processo!</span><br />
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<span style="font-weight: bold;">ADRIANA R: </span><b>Obrigada pela oportunidade em estar aqui também. Sempre li o blog, e por aqui aprendi muito com outras mulheres, com as informações que vocês passam, então, fico feliz em estar falando sobre o meu parto e minha vivência e espero poder ajudar também. </b><br />
<b>O processo foi longo e cheio de aprendizado. Posso dizer agora que havia uma Adriana antes do parto normal e outra agora. Renasci como mulher! Foi a experiência mais divina que já tive.</b><br />
<b>Bem, tive duas cesárias: uma há 22 anos e outra há 20. Na época achei que a cesariana era o melhor pra mim e para meu bebê, pois ouvia isso constantemente, tanto de amigas, familiares, como de médicos, e não questionei. Por sorte, entrei em trabalho de parto em ambas gestações, mas como tive uso de ocitocina (o que chamam de sorinho, no hospital) não aguentei a dor e acabei indo pra cesariana. </b><br />
<b>Mas tudo começou há sete anos, quando estive na Holanda e acabei fazendo um curso de Iyengar Yoga em Amsterdã. Lá comecei a ouvir falar sobre Yoga pré-natal e Yoga para casais grávidos, e então comecei a estudar por lá. Assim, conheci o trabalho das midwifes e das doulas.</b><br />
<b>Fiz um curso em Amsterdã e me encantei com esse mundo das gestantes, e dos casais que se preparavam pra ter seu parto, pra serem protagonistas desse momento. E vi uma realidade por lá muito diferente do que via aqui: a maioria das mulheres queriam o parto normal e tinham seus bebês em casa, com todo apoio da família, marido, e também do governo.</b><br />
<b>Quando voltei ao Brasil comecei a dar aulas de Yoga bem direcionadas para as gestantes, e elaborei alguns cursos para os casais grávidos, pois em Santos, onde moro, não havia nenhum curso que realmente preparasse os casais pra um parto natural, ou normal. </b><br />
<b>Então, conheci um grupo em São Paulo que falava a língua que eu estava começando a entender, e lá fiz vários cursos para começar atuar como doula aqui no Brasil. </b><br />
<b>Realmente aprendi a importância do parto normal para a mulher, para o bebê, para o casal em si! Me apaixonei por esse mundo e há cinco anos abri a Namaskar Yoga, com esse intuito: levar informações para que as mulheres e casais pudessem fazer suas escolhas conscientes em relação ao seu corpo, ao seu parto. Por isso, temos grupos gratuitos, encontros para gestantes e casais que realmente buscam essas informações.</b><br />
<b>Bom, essa viagem a Holanda que mudou minha vida profissional, mudou ainda minha vida pessoal. Me casei com um holandês e viemos morar no Brasil, e então, quando completei 42 anos, em 2012, decidimos ter um bebê, já que meu marido ainda não tinha filhos, e eu estava realmente louca pra ser mãe de novo!</b><br />
<b>A gravidez foi de baixo risco, sem nenhuma intercorrência, ou seja, saúde perfeita: pressão ótima, peso ok, nenhuma doença crônica.</b><br />
<b>Bom, com tudo normal, minha médica, um anjo na minha vida, me liberou para uma viagem que eu já tinha marcado antes de saber que iria engravidar. Então, com quatro meses de gestação fui para Dubai e Índia, onde estive por 22 dias, estudando mais sobre Yoga e saúde da mulher, bem como passeando bastante com Dorinha na barriga.</b><br />
<b>Continuei a levar minha vida normalmente, mas claro, sem excessos. Doulei alguns partos durante a gravidez, até completar 30 semanas. Mas como dou aulas de Yoga para gestantes, continuei com essa atividade, e acrescentei a caminhada na praia e mais meditação. Mas depois, com 36 semanas parei de dar aulas de Hatha Yoga e Yoga para crianças, pra descansar um pouco mais, fisicamente. Senti essa necessidade e assim fiz.</b><br />
<b>Eu e meu marido queríamos tentar o parto em casa e já tinha o apoio de uma equipe, com quem trabalho já aqui na minha cidade, Santos. </b><br />
<b>Como eu já tinha duas cesárias anteriores, durante o trabalho de parto eu não poderia ter nenhum medicamento, caso precisasse ajudar a dilatar, então, decidimos ficar em casa. Entrei em trabalho de parto num domingo, e tive minha bebê na madrugada de terça-feira, 23 de julho. Passamos a segunda-feira toda em TP (trabalho de parto). A equipe trabalhou muito comigo, e me ajudou bastante, pois foi um parto longo. E meus dois filhos, Aline, 22 anos e Thales, 20, ficaram comigo o tempo todo também me ajudando, bem como meu marido. Cada momento foi importante. </b><br />
<b>Num trabalho de parto longo como foi o meu, todo o preparo anterior é de total importância! Eu praticava Yoga e meditação, e ambos me ajudaram muito, pois o parto é físico e mental! Ambos precisam estar em sintonia. </b><br />
<b>Bom, outra coisa que me ajudou muito foi a total sintonia com meu marido e meus filhos. Cada olhar, cada palavra. </b><br />
<b>Num longo TP , qualquer coisa poderia ter me desanimado, mas com uma boa equipe, pessoas te ajudando e preparo físico e mental anterior, resultou no que tive: um parto normal vaginal.</b><br />
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<b>PARTO NO BRASIL <i>Compartilhe conosco seu parto, e nos conte como foi a participação de seu companheiro, e filh@s durante o trabalho de parto e parto.</i></b><br />
<b><br /></b>
<b>ADRIANA R: Ficamos em casa domingo e segunda, e eu entrei em trabalho de parto franco, na segunda-feira. Liguei para a doula na segunda de manhã, mas as contrações ainda estavam espaçadas, porém, ritmadas. Como eu já não havia dormido bem de noite, devido às contrações, resolvi ligar pra ela. Ela chegou em casa, ficamos fazendo alguns movimentos na bola, eu caminhava, agachava etc. Eu ainda estava conversando e interagindo bem com todos em casa. Quando as contrações começaram a ficar mais fortes, comecei a querer ficar mais em silêncio, e a usar mais o chuveiro. Aliviava muito as dores, a água quente na lombar. E então, depois do almoço, eles montaram a banheira no meu quarto. Foi excelente também! Tomamos um lanche, feito pela minha mãe, já no final da tarde, pois entre uma contração e outra, parece que nada havia acontecido. Com isso, aguentei bem as contrações nesse período. Depois das 18hs, aí sim comecei a achar que as contrações estavam bem fortes, e a coisa foi ficando pior e pior! Enfim, a equipe auscutava sempre os batimentos da bebê, e ela colaborava sempre. Coraçãozinho sempre ótimo. Então, eu poderia continuar meu TP. E então, comecei a fazer força. Chegava ao período expulsivo. Contrações mais perto umas das outras e muito doloridas. Nessa hora lembro que o que eu mais queria é que alguém da equipe, ou meus filhos, marido, continuassem a acreditar em mim e que eu iria passar essa fase, e então minha filha ia nascer. E foi exatamente o que fizeram. Me falavam que já estavam vendo o cabelinho do bebê, e brincavam comigo, enfim, me incentivavam sempre. </b><br />
<b><br /></b>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGLVq6uaJh-oIi0Yr3MeGrb6wcBgUBA0-iUlL5RSXIi_PXf86hNmRjCJi-mwE_4PPaR2RZOL6KObjxhYobJNTTQqfESEAS37iC7Du3ok17zFotsbCRyhYqcWThavQfPRdrEKO7Sem_sRnu/s1600/rose+aline+adri+banheira+parto.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGLVq6uaJh-oIi0Yr3MeGrb6wcBgUBA0-iUlL5RSXIi_PXf86hNmRjCJi-mwE_4PPaR2RZOL6KObjxhYobJNTTQqfESEAS37iC7Du3ok17zFotsbCRyhYqcWThavQfPRdrEKO7Sem_sRnu/s400/rose+aline+adri+banheira+parto.jpeg" width="400" /></a></div>
<b><br /></b>
<b>Mas, a equipe viu que eu estava com um edema na vagina, e que a dor que eu sentia era também do edema, e esse período do expulsivo foi se tornando mais e mais longo. A bebê estava bem, mas já há muito tempo no canal vaginal, então, resolvemos ir para o hospital e tomar uma analgesia pra não sentir mais tanta dor. Foi tudo bem rápido. Cheguei no hospital depois da 1 da manhã, e ela nasceu antes das duas. Na terceira força que eu fiz Dora coroou. Parto vaginal, sem episiotomia, sem corte nenhum na vagina. Um bebê bem esperto, sadio e lindo! Minha Dora chegou e foi o momento mais emocionante da minha vida, do meu marido, da minha mãe e dos meus dois filhos mais velhos. Eles não haviam assistido um parto anteriormente. E viram e vivenciaram tudo comigo, na sala de pré-parto, pois nem entramos no centro obstétrico. Tive ela no quarto.</b><br />
<b>Meu filho, Thales, foi quem cortou o cordão, e foi extremamente emocionante pra mim assistir de certa maneira, meu filho e minha filha. Detalhe: eu tirei a foto dele cortando o cordão, uma cena inesquecível! Minha filha e minha mãe estavam comigo e adorei tê-las por perto. Maridão o tempo todo pertinho, e logo que Dora nasceu, ele a segurou no colo, e só largou para que ela viesse mamar, o que aconteceu logo nos primeiros minutos.</b><br />
<b>Me senti a mulher mais feliz do mundo, mais poderosa, mais forte e vi que minha família toda vibrou com minha alegria! Foi divino. Nos trouxe uma união incrível.</b><br />
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<b>PARTO NO BRASIL <i>Você também atua como doula e educadora perinatal, além de instrutora de Yoga. Como está sendo a vivência da maternidade durante o puerpério, e os primeiros dias amamentando Dorinha, aliado à vida profissional, nessa área.</i></b></div>
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<b><br /></b></div>
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<b>ADRIANA R: Como mulher, mãe e doula, fico feliz em ter tido essa experiência, e aos 42 anos. Me percebi ainda mais. Senti o poder que temos sobre nossa mente, sobre nosso corpo, e também como podemos aprender sobre nossos limites, medos e como ultrapassá-los. Percebi, que tudo que venho aprendendo e ensinando com o Yoga foi fundamental pra que eu tivesse essa percepção, física e mental, e como é importante sermos responsáveis pela nossa decisão do que queremos, do que podemos fazer por nós mesmas. E como é importante escolher bons profissionais pra ter nesse momento, e apenas as pessoas importantes e essenciais pra você nesse momento tão importante, tão privado, que é nosso parto e o nascimentos de seu bebê, de uma nova família. </b></div>
<div>
<b>Percebi ainda mais a importância da privacidade e do silêncio durante o trabalho de parto e no parto realmente. E o respeito à gestante para que ela possa ficar consigo mesma e perceba o que seu corpo pede, que posição ficar, como agir, pois no fundo, cada mulher sabe o que precisa fazer e como agir.</b></div>
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<b><br /></b></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTYO8_YQxa_SI0EJqu979_RR-V7rOudB4P0YaDFrmdrNHXHPhPxUHs7H-lSmdrm3UO_oY8gzUORgurouW1U4Tg95RW36gp_z_uySCILLS_TTNGYpfSxDzqIri2zpSiJB6bG9oZzEFkGw1Z/s1600/familia+parto+Dora+3372.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTYO8_YQxa_SI0EJqu979_RR-V7rOudB4P0YaDFrmdrNHXHPhPxUHs7H-lSmdrm3UO_oY8gzUORgurouW1U4Tg95RW36gp_z_uySCILLS_TTNGYpfSxDzqIri2zpSiJB6bG9oZzEFkGw1Z/s400/familia+parto+Dora+3372.jpeg" width="400" /></a></div>
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<b><br /></b></div>
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<b>Dora nasceu num ambiente amoroso, sem intervenções desnecessárias e veio logo pro meu peito mamar. Ficou comigo o tempo que quisemos. Pôde mamar, pôde parar de mamar quando quis. Fomos pra casa no dia seguinte. Tomei banho sozinha, claro, e me sentia inteira, física e mentalmente. Sem cortes ou cicatrizes, sem dores, sem medos, pelo contrário, me sentia a super mulher, super mãe. Percebi a admiração também de meu marido por tudo que fiz, que consegui. Na verdade, tudo o que juntos conseguimos! </b></div>
<div>
<b>Hoje me sinto uma profissional também mais completa, como doula e educadora perinatal me sinto plena. Pude passar pelas duas experiências diferentes, e assim, sinto-me mais capaz pra ajudar muitas mulheres, pois saber na prática o que a teoria nos diz e isso é realmente algo profundo. Espero assim, poder ajudar ainda mais as gestantes e os casais grávidos.</b></div>
<div>
<b>Vejo hoje, ainda mais, também que devemos dar uma extrema importância para o período pós-parto. Pois, começamos uma nova fase, tanto para o casal, que se torna uma família, como para o binômio mãe-bebê, que tem que se adaptar a tudo: amamentação, dormir menos etc. </b></div>
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<b>Como eu já havia amamentado meus dois primeiros filhos, e já sabia que queria amamentar exclusivamente também até os seis meses, e que no início, nem sempre amamentar é fácil, então, tive bastante paciência, até eu e Dorinha nos adaptarmos uma a outra, nesse balet que é o amamentar. Depois de uma semana, tudo já estava fluindo naturalmente, sem dores, sem medos, sem ansiedade. Ela mama bem, e claro, dorme muito bem. </b></div>
<div>
<b>E adoro fazer massagem nela, a Shantala, pra que ela não tenha muitas cólicas. Ela ama receber. Também logo dei o banho de ofurô nela, com três dias, pois acredito que remeta o bebê ao útero, e eles amam esse tipo de banho. Embalo ela numa fralda e a mergulho até o pescocinho, deixando o rostinho de fora, claro, e mantendo o corpinho dela imerso no baldinho. Ela fica paradinha, apenas sentindo, e ama também.</b></div>
<div>
<b>Como casal também conversamos muito sobre as mudanças que passamos. Acho isso importante, principalmente pra quem é pai ou mãe de primeira viagem, pois meu marido, que é pai agora, pela primeira vez, aos 47 anos, está percebendo como as mudanças são grandes para o casal. E ele tem aprendido muito e cuidado muito bem da Dorinha também, pois achamos importantíssimo para que eles dois criem um bom vínculo, que ele também faça todas as atividades e tenha os cuidados com ela, como dar banho, trocar fralda, fazê-las dormir, etc.</b></div>
<div>
<b>O pós-parto é um período que requer muito cuidado de ambos, marido e mulher, para que passem bem por essa fase, com um novo serzinho a ser cuidado, uma fase sem sexo pelo menos nos 40 primeiros dias, enfim, muitas mudanças e novidades. Bater papo é o melhor para um bom entendimento e para que a nova família se vincule e se fortifique. Se tivesse que dar um conselho diria pra o casal e bebê terem sempre um tempo sozinhos, sem visitas, sem compromissos e preservem o bebê desses tumultos, por pelo menos 15 a 20 dias. Isso, acredito, faz o trio se vincular mais e melhor! </b></div>
<div>
<div>
<b>Eu me sinto privilegiada por tudo que passei. Me sinto privilegiada por ter conhecido esse caminho, meu marido, essa família que tenho, e pela profissão que estou trilhando. E creio que toda mulher que tiver essa vontade, esse desejo de ter seu parto normal, corra realmente atrás de informações úteis para realizar esse sonho, que nos realiza como fêmeas realmente. </b></div>
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<b>E claro, aprendi e aprendo muito com as mulheres que doulei, e também com as alunas que ministrei aulas de Yoga pré-natal, e quero cada vez mais retribuir tudo isso. E através do meu trabalho, penso que posso dar um pouco do que recebi!</b></div>
<div>
<b>Se tive meu parto lindo e tão gratificante dessa maneira, foi porque outras mulheres me ensinaram muito! E isso me faz amar mais e mais o trabalho que faço como doula. E acredido muito, que nosso "trabalho" na vida seja realmente nossa "missão". Algo muito maior do que "ganhar" dinheiro pra viver. O trabalho depende da nossa energia e essa depende de como lidamos com o que fazemos, então, quanto mais amor, melhor você se doa, e mais você recebe. Uma roda cíclica de linda em nossas vidas!</b></div>
<div>
<b>E assim tudo foi acontecendo em minha vida. O espaço Namaskar Yoga foi se moldando dia após dia. E fico feliz, porque, se tem tido procura pelas aulas e cursos que ministramos por lá, é porque as mulheres e os casais grávidos estão realmente buscando ser protagonistas de seus partos. Isso vai fazer mudar a triste realidade do nosso país, que hoje é um campeão de cesárias desnecessárias. </b></div>
<div>
<b>Eu estou retomando as atividades na Namaskar aos poucos, percebendo o ritmo que seja bom pra minha bebê Dora também. Quando ela fez 15 dias participamos do encontro mensal e gratuito que transmitimos ao vivo, via internet, e é dedicado aos casais grávidos, nossa Roda de Mães da Baixada. </b></div>
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<b><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdoEz4bEZiAWx3rEVyMbCPoX0G00A7gRrNb3gJLsvcGiX-zOZMm2eVm-mw6h3Rvtt5DfzdeI5rUGbAURV_Z_udw7MXwsKGqSfpXFYBt9Z_tyDM047dnhOpQ4yyu-SzB2vHv7TOfm7_cA1u/s1600/01+anorodademaes+plateia+e+publico.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdoEz4bEZiAWx3rEVyMbCPoX0G00A7gRrNb3gJLsvcGiX-zOZMm2eVm-mw6h3Rvtt5DfzdeI5rUGbAURV_Z_udw7MXwsKGqSfpXFYBt9Z_tyDM047dnhOpQ4yyu-SzB2vHv7TOfm7_cA1u/s400/01+anorodademaes+plateia+e+publico.jpeg" width="400" /></a></div>
<div>
<b><br /></b></div>
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<b>Quanto às aulas de Yoga também volto a dar em setembro, quando completo 40 dias de pós parto.</b></div>
<div>
<b>Em setembro vamos voltar ainda com as aulas de Babyoga, que é pra ser feita pela mãe com o bebê.</b></div>
<div>
<b>Mas claro, devemos perceber nosso bebê, e sentir como eles se comportam, se essas saídas atrapalham ou não o sono e a mamada deles. Por enquanto, Dora fica muito bem no meu colo, no wrap ou sling, quando participamos desses eventos. </b></div>
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<b><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ2f8ynoR3Ufike6I0VjHnfyAkOLXzC7upy9UMtG9rMXixIp0DjV4s2ROPNO6Q1EcNwyPQC4eJj6mzoKbwpSCkbxHONbUxCqUmjJM37kdpvB7V79YQtnaqZ5YN5slRUVRg5NOtcxO27ecB/s1600/IMG_3404.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ2f8ynoR3Ufike6I0VjHnfyAkOLXzC7upy9UMtG9rMXixIp0DjV4s2ROPNO6Q1EcNwyPQC4eJj6mzoKbwpSCkbxHONbUxCqUmjJM37kdpvB7V79YQtnaqZ5YN5slRUVRg5NOtcxO27ecB/s400/IMG_3404.jpeg" width="400" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<b>E assim é a fase de puerpério, um eterno aprendizado entre pais e bebês, com uma linda jornada pela frente: a Vida!</b></div>
</div>
<div>
<br /></div>
<blockquote>
</blockquote>
<br />
(Re)leia outras entrevistas!<br />
<br />
<a href="http://www.partonobrasil.com.br/2011/05/blog-parto-no-brasil-entrevista-rebeca.html"><span style="font-size: x-small;">Rebeca Celes</span></a><br />
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<a href="http://www.partonobrasil.com.br/2011/05/parto-no-brasil-entrevista-janet.html"><span style="font-size: x-small;">Janet Balaskas</span></a><br />
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<a href="http://www.partonobrasil.com.br/2011/05/blog-parto-no-brasil-entrevista-kalu.html"><span style="font-size: x-small;">Kalu Brum</span></a><br />
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<a href="http://www.partonobrasil.com.br/2011/12/blog-parto-no-brasil-entrevista-mayra.html"><span style="font-size: x-small;">Mayra Calvette</span></a>Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-13579785933911281042013-11-04T17:18:00.006-02:002013-11-04T17:18:58.135-02:00A legislação brasileira e a violência institucional no parto e nascimento - VIII COBEON (2013)<div class="MsoNormal">
Entre os dias 30/10 e 01/11/2013, foi realizado, em
Florianópolis-SC, o <b>VIII COBEON – Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica
e Neonatal</b>. Promovido pela ABENFO – Nacional e organizado pela ABENFO-SC e
Departamento de Enfermagem da UFSC, o evento reúne centenas de profissionais
que trabalham diretamente com o ciclo gravídico-puerperal. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O <b>grupo de pesquisa Gênero, Maternidade e Saúde</b> esteve
representado por alunas e as docentes líderes, as profas. Dra. Carmen Simone
Grilo Diniz (FSP/USP) e Dra. Camilla Schneck (EACH/USP).</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A advogada <b>Prisicila Cavalcanti</b> apresentou uma <b>série de marcos
legais que protegem as brasileiras da violência obstétrica</b>. Confira a íntegra
do trabalho na imagem abaixo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Priscila Cavalcanti, que também é doula em São Paulo-SP, considera
ainda que o trabalho apresenta um “panorama geral” dos marcos legais, não
incluindo as normas vigentes que decorrem de tratados internacionais
ratificados pelo país.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-ob8TZSn4XYI/UnfyZlPWePI/AAAAAAAABsI/wwPFSKjM5PY/s1600/pri.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-ob8TZSn4XYI/UnfyZlPWePI/AAAAAAAABsI/wwPFSKjM5PY/s1600/pri.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Você também pode enviar seu trabalho apresentando no COBEON
para publicação no Blog Parto no Brasil. </div>
<div class="MsoNormal">
<b>Escreva para lunabianka@yahoo.com.br</b></div>
Ana Carolinahttp://www.blogger.com/profile/08655135623642408879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-83720361635552974262013-10-30T22:11:00.000-02:002013-11-02T02:25:24.291-02:00Maternidade precoce: enfrentando o desafio da gravidez na adolescência<div class="" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-jbSOBwQDkx0/UnGKwZfehjI/AAAAAAAABrI/E02eXsLvQ5A/s1600/capa+relatorio.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-jbSOBwQDkx0/UnGKwZfehjI/AAAAAAAABrI/E02eXsLvQ5A/s400/capa+relatorio.jpg" width="312" /></a>O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) divulgou hoje, 30 de outubro, o relatório "<b>Situação da População Mundial 2013 - Maternidade precoce: enfrentando o desafio da gravidez na adolescência"</b>. <a href="http://www.unfpa.org.br/novo/index.php/noticias/ultimas/667-gravidez-na-adolescencia-e-tema-do-relatorio-anual-do-unfpa" target="_blank">Acesse todo o documento aqui</a>. O lançamento ocorreu em mais de 150 países, mobilizando agências de informação, organismos internacionais, governamentais e da sociedade civil.<br />
<br />
<i>O relatório destaca os principais desafios da gravidez adolescente e seus graves impactos sobre as meninas em termos de educação, saúde e oportunidades de emprego de longo prazo. Também mostra o que pode ser feito para frear esta tendência e proteger os direitos humanos e bem-estar das adolescentes.</i></div>
<blockquote class="tr_bq">
<b>"A gravidez na adolescência é simultaneamente uma causa e uma consequência de violações de direitos. A gravidez mina a capacidade de uma adolescente de exercer seus direitos à educação, saúde e autonomia. Por outro lado, quando ela é impedida de desfrutar de direitos básicos, também é mais vulnerável a engravidar. Para cerca de 200 adolescentes por dia, a gravidez precoce resulta na mais definitiva violação de direitos: a morte."</b></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<b>Morte materna - 90% das quais poderiam ser evitadas com a aplicação do conhecimento médico hoje disponível - resultado de agravos clínicos da gravidez, parto ou abortamento. </b></blockquote>
Para o movimento feminista, as mortes maternas representam a mais grave violação dos direitos humanos das mulheres. Isso porque elas resultam da ineficiência dos governos em executar as políticas públicas que garantem os direitos reprodutivos daquelas que engravidam. E vale lembrar que, atualmente, mais de 50% das gravidezes do país não foram planejadas.<br />
<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-F63q0pbON8o/UnGK3uisH-I/AAAAAAAABr4/h-8CvBaR18I/s1600/unfpa.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="288" src="http://4.bp.blogspot.com/-F63q0pbON8o/UnGK3uisH-I/AAAAAAAABr4/h-8CvBaR18I/s640/unfpa.png" width="640" /></a></div>
<br /></div>
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<b>Gravidez na adolescência no Brasil - <a href="http://www.unfpa.org.br/Arquivos/Gravidez%20Adolescente%20no%20Brasil.pdf" target="_blank">acesse aqui o resumo</a></b></div>
<div>
<br /></div>
<div>
No Brasil, são os <b>determinantes sociais da saúde</b> que elevam os números para índices de saúde alarmantes, tal como é considerada a taxa de natalidade entre as adolescentes. São as meninas <b>pobres, negras ou indígenas e com menor escolaridade</b> as quais engravidam com maior frequência. </div>
<div>
<ul>
<li>26,8% da população sexualmente ativa (15-64 anos) iniciou sua vida sexual antes dos 15 anos no Brasil</li>
<li>Cerca de 19,3% das crianças nascidas vivas em 2010 no Brasil são filhos e filhas de mulheres de 19 anos ou menos</li>
<li>Em 2010, 12% das adolescentes de 15 a 19 anos possuíam pelo menos um filho (em 2000, o índice para essa faixa etária era de 15%) </li>
</ul>
</div>
<div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-R9x9RAJRASU/UnGKwzf1p4I/AAAAAAAABrM/kM6EFxvSxDc/s1600/bbc+brasil.png" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="310" src="http://1.bp.blogspot.com/-R9x9RAJRASU/UnGKwzf1p4I/AAAAAAAABrM/kM6EFxvSxDc/s400/bbc+brasil.png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/10/131030_gravidez_precoce_dg.shtml" target="_blank">Acesse aqui a matéria</a></td></tr>
</tbody></table>
E para completar, "Muitas gravidezes de adolescentes e jovens não foram planejadas e são indesejadas; inúmeros casos decorrem de abusos e violência sexual ou resultam de uniões conjugais precoces, geralmente com homens mais velhos. Ao engravidar, voluntaria ou involuntariamente, essas adolescentes têm seus projetos de vida alterados, o que pode contribuir para o abandono escolar e a perpetuação dos ciclos de pobreza, desigualdade e exclusão."<br />
<br />
Nos últimos meses, por meio do Conselho Municipal de Direitos da Mulher de Londrina-PR, pudemos constatar a ineficiência das nossas políticas de planejamento reprodutivo, que excluem as adolescentes e exigem presença de um "responsável" para as adultas. Nos postos de saúde, as adolescentes só têm acesso ao <i>programa municipal de planejamento familiar</i> após darem à luz ao primeiro filho. Daí então poderão receber informação e métodos de contracepção. Além disso, mulheres adultas devem ser acompanhadas por um responsável... arram... mesmo que seja ela a pessoa responsável pelo domicílio... É motivo daquele riso de nervoso, sabe?<br />
<br /></div>
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Voltando às meninas, antes de se tornarem mães, nem mesmo o contraceptivo de emergência é disponibilizado, contrariando as diretrizes do protocolo do Ministério da Saúde (<a href="http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_levonorgestrel_anticoncepcao_hormonal_emergencia.pdf" target="_blank">acesse aqui</a>). Isso também acontece em São Paulo capital e cidades do interior, segundo relatos ouvidos nas disciplinas do Quadrilátero da Saúde da USP. É como se toda a política de planejamento reprodutivo não reconhecesse a sexualidade dos jovens. Não há atribuição específica.... quem deve garantir informação e educação em sexualidade? A Saúde? A Educação? O Serviço Social? </div>
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-lxA2tiUFVIA/UnGK18aBuBI/AAAAAAAABro/3zDPrMH36JA/s1600/ppmatters.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-lxA2tiUFVIA/UnGK18aBuBI/AAAAAAAABro/3zDPrMH36JA/s320/ppmatters.png" width="266" /></a>Destaco que, em minha cidade, são os CRAS aqueles que mais propiciam o tema para adolescentes. Eu tive a oportunidade de participar de um dos encontros do Programa PROJOVEM Adolescente, em uma escola pública da Zona Oeste de Londrina. Esperava encontrar-me com cerca de 25 jovens. Preparei 20 slides de conteúdo e um vídeo de 10 minutos, para 2h30min de conversa sobre "Saúde, sexualidade e gravidez na adolescência". Inesperadamente, cerca de 70 meninos e meninas entre 14 e 17 anos estavam diante de mim, e durante a minha apresentação, no momento em que eu disse que eles poderiam me interromper a qualquer momento com dúvidas e questões, cinco mãos foram erguidas. Mais risos nervosos.<br />
<br />
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-pZkAqiKpYGA/UnGK0UmUWwI/AAAAAAAABrg/7OKILpO1WVs/s1600/mmc.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="129" src="http://4.bp.blogspot.com/-pZkAqiKpYGA/UnGK0UmUWwI/AAAAAAAABrg/7OKILpO1WVs/s200/mmc.png" width="200" /></a>Foram mais de 70 perguntas, 10 delas sobre aborto, outras 25 sobre métodos contraceptivos, 25 sobre comportamento e discriminação sexual, 10 sobre situações clínicas específicas, as quais não pude ajudar, a não ser indicar: consulte um médico se os sintomas permanecerem ou procure segunda opinião médica, se possível. Eu fiquei impressionada, muito positivamente.<br />
<br /></div>
<div class="" style="clear: both;">
Nas aulas sobre saúde e sexualidade, as quais tenho grande prazer de organizar, sempre utilizo referências de políticas públicas nacionais e recomendações de organismos internacionais. São as diretrizes para a garantia dos nossos direitos reprodutivos, direitos humanos. Quando conversamos sobre sexualidade com meninas e meninos, não corremos o risco de incitar neles o exercício prático. Estudos comprovam que os jovens que conhecem conteúdos sobre saúde sexual e reprodutiva, direitos sexuais e direitos reprodutivos, tendem a ser mais responsáveis com o exercício de sua sexualidade. Isso porque a informação lhes dá escolhas. Nem a sexualidade, tampouco a gravidez ou o aborto, são evitáveis com o silêncio. </div>
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<br /></div>
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<a href="http://4.bp.blogspot.com/-qgNFi2_vL90/UnGK2JgLpKI/AAAAAAAABrs/N-OCwEckAx8/s1600/unfpa+lac.png" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="209" src="http://4.bp.blogspot.com/-qgNFi2_vL90/UnGK2JgLpKI/AAAAAAAABrs/N-OCwEckAx8/s320/unfpa+lac.png" width="320" /></a><b>Nós sabemos que, para algumas meninas, a maternidade adquire um significado de melhor <i>status</i>, mas precisamos defender a <i>educação </i>e o <i>trabalho </i>porque proporcionam melhores oportunidades de autonomia e cidadania nos países em desenvolvimento, marcadamente patriarcais, machistas, racistas e homofóbicos. </b><br />
<br />
Para finalizar, uma defesa das meninas. Não raro ouvimos argumentos do tipo: as mulheres fazem uso rotineiro da pílula do dia seguinte se ela é distribuída sem consulta médica nas UBS; ou, as mulheres farão mais abortos se descriminalizado. Isso é mais uma expressão da infantilização das mulheres, de sua irresponsabilidade de gênero, nas palavras da feminista Angela Freitas, em entrevista a Conceição Lemes para o Blog Viomundo: <b>"um descaso com a honestidade das mulheres. É achar que, por princípio, elas são desonestas e mentirosas</b>." - <a href="http://www.viomundo.com.br/denuncias/conservadores-querem-que-dilma-vete-projeto-que-garante-atendimento-as-vitimas-de-violencia-sexual.html" target="_blank">acesse aqui a entrevista</a>.</div>
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<br />
E para que a crítica não deixe de ser construtiva, nesses casos, a proposta é que seja dever dos serviços de saúde acompanharem o fluxo das mulheres pelos programas de planejamento reprodutivo, o que só é possível com sistemas de informação eficientes.</div>
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-OFJU9hvtJn8/UnGKw-dIliI/AAAAAAAABrQ/IbGLJ0nJpRA/s1600/ippf.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="422" src="http://1.bp.blogspot.com/-OFJU9hvtJn8/UnGKw-dIliI/AAAAAAAABrQ/IbGLJ0nJpRA/s640/ippf.png" width="640" /></a></div>
</div>
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</div>
<blockquote class="tr_bq">
<i>Em livre tradução: </i>Ações que os governos deveriam implementar para melhorar a saúde sexual e reprodutiva de adolescentes e garantir seus direitos humanos:</blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<b>1. Fazer com que as escolas trabalhem conteúdos de edução sexual;<br />2. Revisar suas diretrizes de educação sexual para quem sejam adequados à idade, sensíveis às relações de gênero e baseadas em conhecimento científicos (e não crenças, tabus, dogmas religiosos, etc.)<br />3. Organizar o financiamento nacional para tais ações;<br />4. Firmar parcerias com jovens, especialistas e grupos da sociedade civil, para sua execução;<br />5. Assegurar que a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos de meninas e meninos estejam incluídos nas políticas nacionais e supranacionais.</b></blockquote>
Ana Carolinahttp://www.blogger.com/profile/08655135623642408879noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-21232830222378089152013-10-29T13:21:00.001-02:002013-10-29T13:21:41.821-02:009o. Congresso Internacional de Parteiras Tradicionais, em Pernambuco<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
É com grande alegria que divulgamos este congresso, que acontece neste início de novembro, em Pernambuco, sendo um encontro fechado para convidad@s, entre elas parteiras tradicionais, aprendizes e doulas na Tradição, organizado pelo <b>CAIS do Parto</b>! </div>
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Mais informações, abaixo! </div>
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Quem puder contribuir, doações estão sendo aceitas, já que o evento não conta com recursos de editais, ou outros tipos de financiamento.</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicqqfUXZcO6B01BpQuHGTxLtILH0GVYiZeMY5XJxzo62mIcAvxqrqOsHADNwz4uZpUYTbxlb8uEQmdsmeFG-fcknBtqUk_yUEJ6auhJR_mdosSnTX9bBKjxXlubyBuDCF0S6e62vVpa8Ua/s1600/congresso.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicqqfUXZcO6B01BpQuHGTxLtILH0GVYiZeMY5XJxzo62mIcAvxqrqOsHADNwz4uZpUYTbxlb8uEQmdsmeFG-fcknBtqUk_yUEJ6auhJR_mdosSnTX9bBKjxXlubyBuDCF0S6e62vVpa8Ua/s640/congresso.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
O <b>9º Congresso Internacional de Parteiras Tradicionais</b>, de 3 a 8 de novembro de 2013 reunirá parteiras tradicionais de vários países da América Latina como México, Colômbia, Chile, Bolívia, Argentina, Uruguai, parteiras aprendizes de São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Goiás, Paraíba.<br />
<br />
Na programação o congresso realizará o <b>I Encontro Nacional de Doulas na Tradição</b>. A reunião das escolas de parteiras da América Latina promoverá um grande impacto para a ressignificação da assistência ao parto e nascimento. Participarão parteiras de seis etnias indígenas, de quatro estados do nordeste e parteiras quilombolas da Paraíba.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/hXrMccV6LUw" width="459"></iframe><br /></div>
<br />
O <b>CAIS do Parto</b> solicita doações de recursos econômicos para as despesas de hospedagem, alimentação, transportes locais, blusas e bolsas para 30 parteiras na Tradição que não podem pagar sua inscrição. Não contamos com financiamento, estamos construindo um outro formato de congresso que possa atender as necessidades verdadeiramente e ao final tenhamos atingido todas os objetivos com propostas factíveis e que possamos vislumbrar uma transformação real e efetiva.<br />
<br />
Gratidão,<br />
<br />
<i>Suely Carvalho</i> - Parteira Tradicional<br />
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<b>Para doações:</b><br />
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<div style="text-align: center;">
BANCO DO BRASIL</div>
<div style="text-align: center;">
AGÊNCIA 2365-5 - VARIAÇÃO 51 (POUPANÇA)</div>
<div style="text-align: center;">
CONTA 31413-7</div>
<div style="text-align: center;">
SUELY CARVALHO/CPF 316751239-34</div>
<br />
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<span style="font-size: x-small;">Fonte: <a href="http://caisdoparto.blogspot.com.br/2013/10/ix-congresso-internacional-de-parteiras.html">http://caisdoparto.blogspot.com.br/2013/10/ix-congresso-internacional-de-parteiras.html</a></span>Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-74114787059998194682013-10-25T17:22:00.000-02:002013-10-25T19:35:34.549-02:00Maternidade e carreira profissional, ou como conciliei em home-office a maternagem ativaO coletivo <b>FemMaterna</b> organizou a Blogagem Coletiva <a href="http://femmaterna.com.br/chamada-para-blogagem-coletiva-maternidade-e-carreira-profissional-como-nao-conciliar-essas-duas-coisas/">Maternidade, Paternidade e Carreira Profissional</a>, e venho contribuir com meu relato de experiência desses mais de quatro anos em que <a href="http://www.partonobrasil.com.br/2013/08/quando-voz-e-do-pai.html">meu companheiro</a> e eu maternamos nossa cria, um menino sapeca e falante, que como luz guia nossos passos, desde sua gestação. Nosso Deus do Amor, Rudá, em tupi guarani, como reza a lenda, semeia a amorosidade por onde passa!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQcN2UxWadal_Se85FanZ2q9QSPBWcyDOPZ03VtpBX2dRKq7uCKgSw0nc2w-A-AXoFN8oSV93cEicKphLEsZfmxd3uks-lcnl-Fcm1UPmdv13_1adHdMiI9RAY26nHRMEmF6y9rngQFOsD/s1600/familia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQcN2UxWadal_Se85FanZ2q9QSPBWcyDOPZ03VtpBX2dRKq7uCKgSw0nc2w-A-AXoFN8oSV93cEicKphLEsZfmxd3uks-lcnl-Fcm1UPmdv13_1adHdMiI9RAY26nHRMEmF6y9rngQFOsD/s400/familia.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Refletindo sobre esse trilhar não posso deixar de conectar a vinda desse que foi meu segundo filho com o nascimento do primogênito, do primeiro casamento, um canceriano sensível e querido, Ícaro, mas que, também como a lenda, voou para longe de mim, com apenas dois anos, e vive, atualmente, com o pai e sua madrasta, e já se tornou um pré-adolescente questionador, com 11 anos de idade, e que pouco eu vi crescer.<br />
<div>
<br /></div>
<div>
Foi a falta dessa maternidade, em feridas hoje já bastante cicatrizadas que quando engravidei de Rudá prometi a mim mesma que tudo seria diferente. A começar pelo parto, já que Ícaro veio ao mundo por uma cesárea intraparto, daquela menina de pouco mais de 22 anos, que apesar de graduada pouco sabia sobre o sistema obstétrico brasileiro, tendo como fonte a Revista Crescer e Cia.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Nesta segunda gestação, numa fase bem difícil da vida, não planejada, com poucos recursos financeiros, tivemos a revelação, com o exame de farmácia. Nas próximas semanas da novidade, dois projetos que havíamos enviado foram aprovados, pela Secretaria de Cultura, do Governo de São Paulo, pelo Programa de Ação Cultural (ProAC) e Juliano passou no vestibular, dando início, no ano seguinte, os estudos em Agronomia, em outra cidade.</div>
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<br /></div>
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Nesta época estávamos na Ilha de Cananéia, onde <a href="http://www.partonobrasil.com.br/2013/01/relato-nascimento-de-ruda-vbac.html">Rudá nasceu</a>, em nossa casa, nove meses depois, em um parto demorado, mas transformador - literalmente.</div>
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<div>
Desde aquele 23 de agosto de 2009 que nossas vidas nunca mais foram a mesma, e olhando agora para ele, que brinca ao meu lado enquanto escrevo essas palavras, faria tudo e mais um pouco de novo!</div>
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Com o parto domiciliar, a criação com apego foi inevitável, para mim. Amamentação exclusiva, até o sexto mês, e sob livre demanda, sendo prorrogada até seus dois anos e dois meses, quando houve o desmame, associada a cama compartilhada e aos cuidados integrais com aquele bebê que mostrou qual caminho, aquele do coração, que eu deveria seguir.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoPporDIY3zY0FizgEawMS5qMpdef1TWENRN2F6t8x3aQJ8s7-vpMga5VH80SJKRX47i5SqA4HG3aJYZgG6TqmRYNFtpbLWCG1DvwcqpPsNZHJsMiv4_W_Z2JQeJyywI3dbDWnoz0ABD7j/s1600/bi-palestra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoPporDIY3zY0FizgEawMS5qMpdef1TWENRN2F6t8x3aQJ8s7-vpMga5VH80SJKRX47i5SqA4HG3aJYZgG6TqmRYNFtpbLWCG1DvwcqpPsNZHJsMiv4_W_Z2JQeJyywI3dbDWnoz0ABD7j/s400/bi-palestra.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Organização e participação no evento<a href="http://www.partonobrasil.com.br/2011/08/projeto-parteiras-caicaras-comemora-o.html"> Dia da Parteira</a>, em Cananéia/SP</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Foto de Leandro Cagiano.</span></div>
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Eu já tinha uma rotina de trabalho em home-office, como pesquisadora na área da Antropologia, com comunidades tradicionais caiçaras e ribeirinhas, e assim foram os primeiros anos de sua vida, agarrado no sling em nossas saídas-de-campo, nas assembleias de uma ONG em que éramos associados, nas vivências, cursos, formações. Todo tempo ele estava lá! E, para mim não poderia ser diferente!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeVgygnh4MnobOgWMF4Se_5ajM1WdyXbBTF2OgEDbVeOjuYLurJrekZHS-6rsqE1CaekUm7Gr5qKwcCsRRSNTXnVHyVeB0P6EmX_wWL-8WW70ZQDr0BTxCZcLEl14zQP9Yx6BNkrSgoxjh/s1600/bi-viagem.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeVgygnh4MnobOgWMF4Se_5ajM1WdyXbBTF2OgEDbVeOjuYLurJrekZHS-6rsqE1CaekUm7Gr5qKwcCsRRSNTXnVHyVeB0P6EmX_wWL-8WW70ZQDr0BTxCZcLEl14zQP9Yx6BNkrSgoxjh/s400/bi-viagem.jpg" width="300" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Intercâmbio cultural em um quilombo carioca.</span></div>
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<br /></div>
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Com quatro meses prestei um concurso para professores do Estado de São Paulo, e passei em segundo lugar do Vale do Ribeira, sem ao menos ter consultado a bibliografia antes da prova. Prova em que Rudá também estava, com o pai, e que foi amamentado entre uma questão e outra. Eu teria dez aulas de Sociologia garantidas, todos os anos, mais os benefícios que a categoria permitia, porém, a amamentação como eu sonhava teria que ser mudada, ou tirando o leite, ou introduzindo leite artificial. A decisão?! Não, obrigada. E, foi aí que eu entendi que aquela maternidade ativa tinha sido uma escolha consciente, e que por ela eu abriria mão de outras coisas, mas muito menos importantes do que Rudá.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0P4InPZADcb4zHbO8dT2fcBtUiRFv91nupBZVsLlWl4fF9rFIGDQu4C6j2LwS2IyL_UynusrjHWiJP7E861taWkgA2dhzo-0kVpCrBrk_a1sQ1ONr77DUFlWWse1wHWD01bx61o3gzMTW/s1600/bi-costura.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0P4InPZADcb4zHbO8dT2fcBtUiRFv91nupBZVsLlWl4fF9rFIGDQu4C6j2LwS2IyL_UynusrjHWiJP7E861taWkgA2dhzo-0kVpCrBrk_a1sQ1ONr77DUFlWWse1wHWD01bx61o3gzMTW/s320/bi-costura.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Fechamento de encomenda, com cria a tira-colo e direito a joinha!</span></div>
</div>
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<br /></div>
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Isso não quer dizer que não trabalhei. Desde lá foram intensos anos de muita labuta, escrita - com a <a href="http://www.partonobrasil.com.br/2009/12/epigrafe.html">criação deste blog</a>, com Ana Carolina, em dezembro do mesmo ano de nascimento de nossos filh@s - de projetos culturais aprovados e coordenados, de quatro livros publicados - sendo o último sobre as <a href="http://www.partonobrasil.com.br/p/projeto-parteiras-caicaras.html">parteiras tradicionais caiçaras</a> - da descoberta pela paixão pela costura e bordados, com a criação do empreendimento feminino <a href="http://www.costurasdascomadres.com.br/">Comadres</a>, onde eu e duas comadres amadas produzimos peças exclusivas e utilitárias. Além dessas tantas e diversas funções, iniciei um caminho na sagrada arte de partejar, através da Escola de Aprendizes de Parteira na Tradição, pelo <a href="http://caisdoparto.blogspot.com.br/">CAIS do Parto</a>, em Olinda-PE, atuando, ainda, como doula, e tendo a alegria de acompanhar outras mulheres, que como eu,<a href="http://vilamamifera.com/mamiferas/tomar-para-si-as-redeas-da-situacao/"> tomaram a rédea de seus partos</a>, e tiveram suas vidas transformadas pela maternidade.</div>
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<br /></div>
<div>
Há pouco mais de quarenta dias nos mudamos de nosso chalezin, na ilha cercada pelas majestosas montanhas e estamos em Botucatu, interior paulista. O motivo foi uma escola não tradicional para Rudá, onde ele não será alfabetizado aos quatro anos de idade, e sim irá brincar, correr, cantar, ouvir histórias e fábulas, enfim, irá ser o que uma criança dessa idade deveria ser, criança! Com esta nova etapa, novos caminhos profissionais para meu companheiro e eu estão se construindo, com vagarosidade e calma. Fase de adaptação, de nostalgia, de aperto no peito, lágrimas nos olhos, questionamentos, mas como disse uma amiga esses dias é para fazer a semente que está lá na terra esticar, brotar, florescer e semear novamente.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcgxWO0AY4TvGiECrSp104id4un8aLjNvxvfDJKUpGk-T_AjK5zyWzreVU_njhyphenhyphenfCBi2iSDiPRKNamfSOU4XwOhYbbr9uLsQvCnd2_Rm6QbsTALN28m2HCU1Moz-7BDtoml_JjZmU5g8A_/s1600/ju-mar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcgxWO0AY4TvGiECrSp104id4un8aLjNvxvfDJKUpGk-T_AjK5zyWzreVU_njhyphenhyphenfCBi2iSDiPRKNamfSOU4XwOhYbbr9uLsQvCnd2_Rm6QbsTALN28m2HCU1Moz-7BDtoml_JjZmU5g8A_/s320/ju-mar.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div>
Assim, finalizo essas minhas impressões, tão sinceras com a minha verdade, na contramão de uma sociedade e seu status quo, que extraí, terceriza, medica, e pouca (ou quase nenhuma) importância dá a maternidade - reflexo do patriarcado, e da dominação em que nós mulheres sofremos, há muitos anos. Desta forma, posso dizer que para ser mãe não precisamos deixar nossa carreira profissional, e sim podemos adaptá-la, tendo em vista que essa primeira infância, tão sagrada e única, dura pouco, e lá na frente teremos saudades dela, ao ver nossos "...filhos fortes, sonho semeando o mundo real..."<br />
<br />
<br />
* Confira outras histórias <a href="http://femmaterna.com.br/blogagem-coletiva-maternidade-e-carreira-profissional-como-nao-conciliar-essas-duas-coisas/">aqui</a>!</div>
Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-7782995252206042422013-10-23T19:39:00.000-02:002013-10-23T19:49:58.670-02:00Maternidade, feminismo e estudos além mar, com Carol Pombo<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
É com grande satisfação que publicamos um relato consciente, crítico, e atual sobre o que nós mulheres passamos ao nos depararmos com uma gravidez não planejada, frente a falta de apoio que nossa sociedade reflete em nossa maternagem, incentivando um parto sem acompanhante, um não aleitamento materno exclusivo, e por seis meses, a tercerização de nossos filh@s e todas as outras ambiguidades culturais. </div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
Quem vem para a prosa é Carolina Pombo, que está em solos franceses, em seu doutorado, com cria e companheiro a tira colo, como um dia sonhou - antes de ser mãe!</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpMxg_QfXrN_ujBXSUS_w4IsBCSDn1duOlKIJ93vOfsHiHy8Vad2NkerJIWWa_Sz73SjDOfLOvJrEsFBMLjuYA4x8Bm6tmhjrbNsbVgMKwUK86C158HSekavzhCbwwYBy_yeresF4-FPd1/s1600/carol.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpMxg_QfXrN_ujBXSUS_w4IsBCSDn1duOlKIJ93vOfsHiHy8Vad2NkerJIWWa_Sz73SjDOfLOvJrEsFBMLjuYA4x8Bm6tmhjrbNsbVgMKwUK86C158HSekavzhCbwwYBy_yeresF4-FPd1/s320/carol.jpg" width="212" /></a></div>
<b>Minha
maternidade transitória</b></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR"><span style="font-size: large;">A</span>
maternidade chegou na minha vida de forma inesperada. Eu não tinha o
sonho de engravidar, eu não era casada nem tinha uma relação
amorosa estável, eu estava no meio do mestrado acadêmico e acabara
de voltar a namorar com meu companheiro, meu atual marido. Eu sonhava
em fazer o doutorado no exterior e ter dias mais livres, com o pé na
estrada.</span></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR">Quando
soubemos da gravidez, foi um choque. A resposta positiva foi lida na
companhia do meu namorado, duas amigas e minha irmã mais nova.
Comemorações e lamentos ao mesmo tempo rodearam a minha cabeça,
que girava em direções completamente opostas. Eu não queria mudar
totalmente o curso da minha vida. Eu não queria parar de trabalhar,
abandonar o sonho do doutorado no exterior, e nem queria casar, mesmo
amando muito o pai da minha filha. Eu não queria ser outra pessoa –
e a maternidade, diziam, faz com que o mundo a enxergue
prioritariamente como “mãe”. Eu não queria ser limitada a essa
identidade. </span>
</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
A primeira
questão que eu encarei quando me vi grávida foi, então, a do
aborto. Faria um aborto e continuaria meu percurso profissional e
pessoal sem grandes mudanças?
</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR">A
conversa com meu companheiro, na ocasião, foi fundamental para que
eu tomasse uma decisão. Para ele, a gravidez não me impediria de
fazer nada do que eu vinha sonhando, apenas retardaria um pouco meus
planos. Ele me apoiaria em qualquer decisão, mas deixou claro que
não via a maternidade como uma redução ou uma transformação
completa da minha identidade. Eu poderia ser mãe, profissional,
amante, doutoranda no exterior, com o mochilão nas costas e família
ao lado...</span></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR">Eu
topei o desafio, e fui, gradualmente, retomando minha autonomia,
fazendo da maternidade uma escolha e não um destino. Eu não tinha
planejado o tempo em que Laura viria, mas eu poderia responder à
essa novidade com o meu protagonismo. Foi com essa decisão que me
preparei para um parto natural e enfrentei os constrangimentos do
sistema obstétrico brasileiro. Abandonei a primeira obstetra que
certamente me induziria a uma cesária desnecessária, depois tive
que desistir de parir em casa porque o novo médico não me apoiava a
esse ponto, e me indispus com ele por causa de uma atitude anti-ética
em relação ao preço de sua assistência. Pari muito bem numa
maternidade privada, tendo consciência, porém, de que eu
representava os 10% de uma classe econômica privilegiada que
sustenta a enorme desigualdade social entre as mães no meu país.
Esse foi um dos primeiros processos que me levou a entender a
contradição dessa identidade materna compulsória: se, depois da
concepção, passam a nos olhar prioritariamente como “mãe” é
geralmente para nos tornar em receptáculos dos conselhos (e
cobranças) alheias e não para nos apoiar em nossas escolhas. </span>
</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR">O
fato é que, mesmo com todo o apoio do meu companheiro, tive que
lidar com os enormes desafios da maternidade compulsória – essa
que querem nos fazer vestir a todo custo emocional, econômico, e
conjugal possível. Ela é composta das pressões para que, enquanto
mães, adotemos certas práticas de maternagem que deixam muito pouca
margem de autonomia. São práticas tidas como “naturais” (ou
seja, normais), quando na verdade são moldadas por padrões de
consumo que invadem os corpos e o tempo das mulheres, que impõem
sobre elas a responsabilidade quase integral do bem estar das
crianças, oferecendo pouco ou nenhum suporte para tal. São padrões
que oferecem soluções “privatistas” para os cuidados com os
bebês: que defendem hipocritamente a amamentação materna enquanto
nos seduzem com bicos de plásticos em cada esquina; que nos “educam”
para ter empatia pelas necessidades dos bebês, mas que não enxergam
as nossas necessidades como indivíduos e cidadãs; que nos empurram
a “terceirizar” a maternagem e depois nos culpam por fazê-lo.
Percebi que, para exercer de fato uma maternidade “natural” –
ou seja, espontânea e autêntica – eu precisava lutar contra o
aliciamento de discursos contraditórios que sempre, invariavelmente,
apontavam para a “culpa materna” e não problematizavam a “culpa
da sociedade”.</span></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
Enquanto
me debatia com os constrangimentos diários dessa maternidade, passei
a debater com o meu companheiro: vamos fazer diferente?
</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR">Apesar
do mercado de trabalho exigir que os homens estejam muito mais tempo
fora do ambiente doméstico e das mulheres que se dividam entre
trabalho do cuidado e trabalho </span><span lang="pt-BR">(menos)
remunerado, eu e ele passamos a negociar uma maternidade diferente.
Ele passou a se integrar mais, cada vez mais, nos cuidados com a
Laura (a começar pela participação no parto e na amamentação). E
eu continuei buscando alternativas coletivas, que me proporcionassem
o protagonismo materno e ao mesmo tempo a manutenção dos meus
sonhos pessoais e profissionais. Esbarrei na falta de instituições
de qualidade, para as crianças e os pais, na falta de espaços
públicos de lazer, na falta de receptividade às crianças em
ambientes diversos, nas poucas (ou nenhuma) ofertas de trabalho
remunerado que me permitissem conviver de verdade com minha filha.
Enfim, comecei a lutar com uma sociedade despreparada para a
cidadania das crianças e de suas mães. Enquanto essa sociedade
esperava que eu assumisse o cuidado integral da minha filha e
abandonasse uma carreira profissional, ou que explorasse o trabalho
de outra mulher e me ausentasse demais de casa, eu tentava esboçar
soluções alternativas, negociando sempre com o marido. Não foi
simples, não foi fácil. Discutimos muitas vezes, peitamos os
patrões, os parentes, os especialistas, e as expectativas alheias –
e seguimos na tentativa de conciliar nossos sonhos com o bem estar
de nossa filha. </span>
</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR">Hoje,
falamos de maternidade transitória porque entendemos que “ser mãe”
é algo diverso, que muda ao longo da História e das culturas das
sociedades. Porque a forma como as mulheres são afetadas por essa
função não é universal, mas é mutável, é transitória, varia
de acordo com as expectativas e os recursos coletivos que elas vêem.
E por isso, nem ele nem eu podemos impor sobre a “mãe da Laura”
as expectativas de uma maternagem padronizada. Por isso, ele se
integra muito mais do que o “esperado” nas práticas de
maternagem que estabelecemos. A maternidade transita entre nós, e
hoje, é compartilhada com as estruturas coletivas que são amigáveis
e receptivas às famílias com filhos, no país que escolhemos passar
os próximos três anos. Estamos na França, onde faço meu doutorado
e ele aprende o francês e se dedica bastante à filha de quatro
anos; onde eu acabo de escrever meu primeiro livro sobre o assunto e
ele se prepara para renovar sua vida profissional. (Tudo com muito
menos dinheiro do que tínhamos no Brasil, mas também com muito mais
tempo para usufruir da companhia uns dos outros).</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span lang="pt-BR"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbctbr9nU2OfsHauCgthlsmqPhIWsftYMya8S4igXq9e84ecNj4uXhQEgxL5oWwA2GKCNYOGOqVKaikyM-6tHnLooYSUNcFPpV6odDBaMJ5fYHN-If1VoVYNl_BkLQ4QUtnTNo8ph6Fmzy/s1600/carol2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbctbr9nU2OfsHauCgthlsmqPhIWsftYMya8S4igXq9e84ecNj4uXhQEgxL5oWwA2GKCNYOGOqVKaikyM-6tHnLooYSUNcFPpV6odDBaMJ5fYHN-If1VoVYNl_BkLQ4QUtnTNo8ph6Fmzy/s320/carol2.jpg" width="180" /></a></span></div>
</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR">No
livro </span><span lang="pt-BR"><i><a href="http://maetempo.net/a-mae-e-o-tempo-ensaio-da-maternidade-transitoria/">A Mãe e o tempo: ensaio da maternidade transitória</a></i></span><span lang="pt-BR"> (que será
publicado no final de outubro pela editora Memória Visual, no Rio de
Janeiro), narro as dificuldades que vivi no primeiro ano de minha
filha, e ensaio explicações sociológicas para elas, identificando
contradições em discursos feministas e maternistas que, muitas
vezes, nos fazem parar na cadeira de terapeutas e analistas, ou nos
levam a tocar um ativismo apaixonado – sem que nos demos conta da
reprodução de desigualdades sociais tão arraigadas. Eu busco, com
esse livro, entender meu próprio percurso e incentivar a outras
mulheres e famílias que busquem seus caminhos de forma autêntica,
contribuindo para que Estado, empresas e demais organizações se
responsabilizem também por nossos pequenos cidadãos.</span></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR">O
blog Parto no Brasil é um dos exemplos de ativismo materno que não
se ilude com soluções privatistas, mas que nos leva a pensar na
complexidade do sistema obstétrico brasileiro, que nos leva a
reconhecer realidades e maternidades tão diferentes das nossas, a
aprender com elas e a olhar de forma mais crítica para nossos
padrões de maternagem. Agradeço demais a Bianca e a Ana Carolina
que tem dialogado comigo nesses anos de blogosfera (a Bianca até
publicou seu relato de parto no meu antigo blog, o What Mommy Needs)!
Espero voltar aqui mais pra frente, para contar do desenrolar de
minha pesquisa que é basicamente sobre o primeiro ano de transição
da maternidade de mães brasileiras que vivem no Brasil, em Portugal,
na França e na Suécia. Até breve!</span></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span lang="pt-BR">*
</span><span lang="pt-BR">Carolina Pombo é escritora, pesquisadora e
psicóloga social, e escreve seus diários de trabalho, viagens e
escrita nos blogs <a href="http://www.carolinapombo.blogspot.com/">Kaléidoscope</a> e <a href="http://maetempo.net/sobre/">Com a cabeça fora d´`agua</a>, </span><span lang="pt-BR">além de participar do coletivo feminista <a href="http://www.femmaterna.com.br/">FemMaterna</a>. Neste mês publica seu primeiro livro!</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<span lang="pt-BR"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSURegpf-bW-E4pciP9L17ACaYiA0XUvGkMB9ekCxd6_zg1MNIY1dJM-SEz3WhtFmvIcmKcJkczOf03dGSSSChOFPMnKr7FqFxEbdQ2nBEQlWA9XbHMsnDcYnC3FW4Ex1RMJpYUXpBS-8J/s1600/capa-a-mae-e-o-tempo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSURegpf-bW-E4pciP9L17ACaYiA0XUvGkMB9ekCxd6_zg1MNIY1dJM-SEz3WhtFmvIcmKcJkczOf03dGSSSChOFPMnKr7FqFxEbdQ2nBEQlWA9XbHMsnDcYnC3FW4Ex1RMJpYUXpBS-8J/s320/capa-a-mae-e-o-tempo.jpg" width="233" /></a></div>
<span lang="pt-BR"><br /></span>
E, já que o tema é maternidade versus carreira fica o convite para a <a href="http://femmaterna.com.br/chamada-para-blogagem-coletiva-maternidade-e-carreira-profissional-como-nao-conciliar-essas-duas-coisas/">Blogagem Coletiva</a> que o FemMaterna está organizando, abaixo:<br />
<span lang="pt-BR"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis79d9tUbFAQ9QD-SQLKmvyr79Z9k0lkOZcNkhKh_p57tvoKxvl4giBCIUUXr3u3SOCjprb8k51a6caq0IZ9Eo4T0Gj2kTR6pIXKrKLbI_WVED2dxLKmfgTvN_QqM-iBNNZuIcWxcyWGMe/s1600/Femmaterna.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="305" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis79d9tUbFAQ9QD-SQLKmvyr79Z9k0lkOZcNkhKh_p57tvoKxvl4giBCIUUXr3u3SOCjprb8k51a6caq0IZ9Eo4T0Gj2kTR6pIXKrKLbI_WVED2dxLKmfgTvN_QqM-iBNNZuIcWxcyWGMe/s400/Femmaterna.jpg" width="400" /></a></div>
<span lang="pt-BR"><br /></span></div>
Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-88387680420367780652013-08-29T22:31:00.003-03:002013-08-29T22:31:31.209-03:00Mais Médicos, o tratamento homeopático perfeito para o complexo da medicina da Nação<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: inherit;">Por<i> <b>Cláudia Rodrigues *</b></i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: inherit;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0rbijL7PYb7dDvAdSb74am9bJI9LPM3E8E22vC4eb2WAmWZjnTpzrbvsw50htjF6EaXm47RWIRTIOeWe4Cq-9EiCU63IPYBCwBg3jmpMBvsUk9ak5H6ba77Cfgipp7SOxhtSlEG07jsuH/s1600/image_preview.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0rbijL7PYb7dDvAdSb74am9bJI9LPM3E8E22vC4eb2WAmWZjnTpzrbvsw50htjF6EaXm47RWIRTIOeWe4Cq-9EiCU63IPYBCwBg3jmpMBvsUk9ak5H6ba77Cfgipp7SOxhtSlEG07jsuH/s1600/image_preview.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;">Bianca Lanu, convidou-me a escrever um texto sobre a
entrada de médicos no Brasil para suprir, não a carência de médicos no país --temos
médicos brasileiros em número suficiente-- mas para garantir cobertura de
medicina básica nos rincões do país, carentes dos nossos elevados
profissionais.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">
<br />
Nossos médicos não querem ir aos rincões.
Os motivos são muitos e os argumentos fazem algum sentido. Falta de garantias
trabalhistas, estabilidade, plano de carreira e principalmente falta de
equipamentos de ponta. No interior não há hospitais equipados. Dentro desse
paradigma, estão cobertos de razões.<br />
<br />
Formados por universidades tecnicistas, por uma medicina focada mais na doença
do que na saúde, nossos médicos saem das universidades sem condições mínimas de
atender um parto natural sem intervenções. Passam cinco anos viciando-se no uso
de equipamentos, são inseguros para fazer exames clínicos, aprendem a ver o
corpo humano como uma máquina que precisa se adequar, menos ao ambiente
familiar, ecológico em que estão inseridos e mais às premissas de uma medicina
extremamente invasiva, muito focada no achado da doença e menos no
restabelecimento da saúde, na auto-regulação, no equilíbrio do corpo humano.<br />
<br />
Nossos médicos de maneira geral -- excetuam-se aí os médicos de família, os
homeopatas, os humanistas que foram contra o Ato Médico e são favoráveis a uma
interdisciplinaridade entre todas as profissões da saúde -- fazem parte de um
nicho mercadológico, crias de conselhos corporativos que nos últimos anos
cresceram dentro do paradigma consumista que está a ruir.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br />
Nesse nicho de mercado dominante a química de um medicamento se sobrepõe aos
benefícios químicos dos alimentos, por exemplo. O corpo humano, essa máquina
antiga que sempre vai precisar de água pura, entope-se de líquidos açucarados,
salgados, comidas literalmente envenenadas. Não importa, mais química é
preciso. Comeu sal, a pressão está alta? Tomemos remédios, química para regular
a pressão. É o menos mal sobre o mal já feito, o nosso doutor também bebe
coca-cola, o nosso doutor não sabe ajudar a jovem mãe a amamentar, ele precisa
ter em mãos no posto de saúde um leite artificial. O nosso doutor não pode
visitar a casa do doente e reparar se ali é possível ter uma horta, dar dicas
sobre o assunto, ele não é agrônomo, esse não é o serviço dele.<br />
<br />
Assim que não vou escrever sobre a medicina e o caso dos médicos argentinos,
espanhóis, portugueses e cubanos que estão chegando para viver a aventura de
prestar serviços médicos básicos de saúde, mas sobre como nós todos, cidadãos
do país, leigos em medicina, usuários de serviços médicos, passamos a comprar e
crer nessa medicina que nos foi passada como ideal, para não dizer perfeita,
para não mencionar que no fundo já acreditamos em elixir da vida eterna via
entubação e cirurgias em velhinhos de 90 anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Quero escrever sobre o medo que essas corporações têm
apresentado diante de soluções simples e eficazes, principalmente de baixo
custo e que nos fazem muito mais bem do que mal nos recolocando no lugar de
onde nunca deveríamos ter saído. Somos bípedes que andam 4 km/h. Podemos e a
maioria de nós nasce bem melhor de parto natural humanizado, sem intervenções,
com notáveis vantagens, do que via cirurgia. Isso mudou na medicina moderna. O
paradigma tecnicista conseguiu transformar o parto em doença de alta
periculosidade. Depois disso é preciso ter duas pulgas atrás da orelha para
qualquer recomendação médica, especialmente se ela vem atrelada a dezenas de
exames, vinculadas à máquinas que emitem radiação, o que é o caso dos
mamógrafos.<br />
<br />
Ano passado morreram em acidente no RS algumas mulheres de 40 anos que estavam
viajando para fazer mamografias preventivas na capital. Elas não haviam lido
estudos da Força- Tarefa canadense, que não recomenda esse exame para mulheres
de menos de 50 anos, que vê a recomendação desse exame para mulheres entre 50
me 65 anos com restrições e novamente não recomenda a partir dos 65 anos, posto
que o número de sobrediagnósticos e superdiagnósticos é muito alto. O
sacrifício de deixar o trabalho, os filhos, a casa, não valia a pena de morte
do acidente, mas elas morreram sem saber e os jornais noticiaram o problema:
falta de mamógrafos nos rincões do Brasil.<br />
<br />
Milhares de pessoas no mundo têm migrado para o questionamento às vacinações em
massa, estão se dando o direito de pensar, ler e estudar sobre os eventuais
efeitos colaterais das vacinas, escolhendo que vacinas querem tomar ou dar em
seus filhos. Não é coisa de natureba, as vacinas não são inócuas, pesquisas
independentes, não vinculadas aos interesses dos grandes laboratórios, estão
disponíveis para consulta e reflexão. Difícil decisão, vacinas têm salvado a
humanidade de calamidades, mas em nome disso muitas falcatruas vêm tomando
conta do mercado em altas negociatas em nome da saúde. Milhares de pessoas no
mundo estão migrando para outras formas de prevenção de doença, manutenção e
restabelecimento da saúde. Essas pessoas são formadoras de opinião, essas
pessoas não temem questionar seus médicos, essas pessoas querem saber mais e se
recusam a ser peça no jogo econômico.<br />
<br />
O grande boom do mercado da medicina está sendo ameaçado e nos últimos meses
isso ficou muito claro. Dezenas de presidentes de conselhos e sindicatos que
representam a categoria médica no país escreveram artigos, deram entrevistas
para rádios e televisões criticando o programa “<a href="http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/area/417/mais-medicos.html">Mais Médicos</a>”. Esses
profissionais não falam de saúde, não falam de agrotóxicos, não estão engajados
em programas sociais, não fazem parte de comunidades de bairro Defendem
claramente um mercado, não uma ideologia, defendem a complicação das doenças,
não falam de gente, não falam para as gentes, não inserem as pessoas no
território em que estão, em seu ambiente, não criticam o sistema que adoece,
lucram com ele, investem nele.<br />
<br />
Não é estranho que tendo como público os ricos que frequentam lindos
consultórios particulares ou sejam atendidos via planos de saúde, eles se ressintam
tanto com o futuro do Brasil de pés descalços. O projeto era maior e estava
encravando-se no sistema público de saúde como uma peste. A exemplo das
fundações nas universidades, o mesmo vem ocorrendo no SUS, a medicina privada
com vínculos estapafúrdios com o SUS. Reformas em hospitais públicos com
dinheiro privado dão uma cara de assistencialismo e benfeitorias, mas são na
realidade sugadoras do SUS com intenções e modos de operação muito bem
definidos para sucatear o que é público e de direito e vender serviços. A
classe C e D estavam migrando maciçamente para os planos de saúde, enquanto a A
e a B começavam a questionar e debandar, com milhares de processos e queixas.<br />
<br />
Ao importar médicos, ao investir em postos de saúde com interdisciplinaridade,
o governo trai o sistema privado, retirando dos conselhos o poder político de
gerir a saúde. É pouco ainda, merecemos e queremos mais médicos humanizados,
mais médicos de família, mais liberdade para as parteiras, para os enfermeiros,
mais valor ao trabalho dos psicólogos, dos nutricionistas, dos fisioterapeutas,
dos terapeutas, dos optometristas, dos acupunturistas e de todos aqueles que
podem tratar o ser humano de forma realmente preventiva, antes que ele vire um
doente que realmente necessita de médico e serviços médicos. <br />
<br />
A ideia de que a prevenção de doenças se dá exclusivamente por máquinas,
exames, remédios e cirurgias em larga escala está na berlinda e isso é
assustador para um sistema que gera bilhões de reais. Isso é amedrontador para
uma classe profissional que cresceu como rainha absoluta no mercado.<br />
<br />
Isso causa pânico naquele jovem urbano que fez medicina pensando mais em trocar
de carro anualmente do que em olhar nos olhos de dezenas de seres humanos
carentes e pobres do nosso país. É um medo imenso que surge na classe médica
brasileira porque afinal os formadores dessa opinião que aprendemos a ouvir,
estão sendo desmascarados em seus reais interesses, que são evidentemente
corporativos e extremamente capitalistas.<br />
<br />
Mas afinal, os médicos estrangeiros vão resolver os problemas de saúde no
Brasil?<br />
Não, eles vão no máximo atenuar. Eles não são deuses. Haverá casos de pessoas
que precisarão ser relocadas para hospitais, para grandes centros, haverá uma
série de problemas que só poderão emergir com diagnósticos médicos graças a
esses médicos importados.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">A saúde no Brasil só vai melhorar quando a consciência sobre
o que é a prática da medicina for aprofundada antes dos estudantes prestarem
vestibular, durante a faculdade e com estágios obrigatórios em hospitais
públicos. Infelizmente a vocação para a profissão, mais voltada para status e
poder, precisa ser repensada e isso diz respeito a toda sociedade, que aprendeu
a mitificar a figura do médico e a desqualificar outras importantes figuras na
saúde preventiva. Ainda falta algo muito importante a ser feito, que é apertar
ainda mais o cerco à medicina privada no Brasil, encarar a privataria,
questionar os conselhos e se for o caso, instalar CPI.<br />
<br />
Encerro o texto com a narrativa de uma amiga, mãe de um estudante de engenharia
da computação e de um estudante de medicina.<br />
<br />
“<i>Sabe, Cláudia, que coisa estranha isso do status do médico no Brasil, parece
até uma doença. Imagine você, eu tenho igual apreço pelos cursos que meus
filhos escolheram, os dois estão bem com o que escolheram, em ambas as
profissões há coisas boas e más, mas no elevador do meu prédio, estava descendo
com meu filho que faz engenharia da computação, e isso aconteceu duas vezes,
duas vezes com o mesmo filho, a vizinha perguntou...É esse o seu filho que vai
ser médico? Eu respondi que não, esse é o que vai ser engenheiro de computação
e daí ela fez assim uma cara de decepcionada. Na segunda vez, o mesmo filho, a
mesma pergunta, a mesma vizinha, ainda estiquei explicando que esse filho havia
feito um estágio fora do país e estava já se formando e ia casar, de tão bem
que estava. A mulher de novo fez cara de decepção</i>”<br />
<br />
É isso, é a mentalidade “mais médico” infiltrada nas entranhas da população que
fez com que o governo necessitasse desse programa emergencial, cujo nome não
poderia ser mais ironicamente adequado. É um nome homeopático, um tratamento
homeopático, similibus.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-small;"><b>* Jornalista e terapeuta reichiana desde 1998. Além disso, escreveu os livros: "O lado esquerdo da asa da borboleta amarela" e "Bebês de mamães mais que perfeitas", tendo realizado Brasil afora oficinas de Gravidez, Parto & Simbiose, e Inscrições Corporais. </b></span></div>
Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-29546495502077791802013-08-27T01:14:00.000-03:002013-08-27T01:14:57.259-03:00Mães empreendedorasEste ano compartilhamos c/ vocês algumas histórias de mães que após os filhos nascerem resolveram atuar em outra área, p/ estarem mais perto das crias!<br />
<br />
(Re)lembram-se?!<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Jardim de Om</b></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://www.partonobrasil.com.br/2013/04/experiencias-em-empreendedorismo.html"><span style="font-size: x-small;">http://www.partonobrasil.com.br/2013/04/experiencias-em-empreendedorismo.html</span></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Espaço Materno</b></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://www.partonobrasil.com.br/2013/04/experiencias-em-empreendedorismo_11.html"><span style="font-size: x-small;">http://www.partonobrasil.com.br/2013/04/experiencias-em-empreendedorismo_11.html</span></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Bem Gerar</b></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://www.partonobrasil.com.br/2013/04/experiencias-em-empreendedorismo_18.html"><span style="font-size: x-small;">http://www.partonobrasil.com.br/2013/04/experiencias-em-empreendedorismo_18.html</span></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Maternati</b></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://www.partonobrasil.com.br/2013/05/experiencias-em-empreendedorismo.html"><span style="font-size: x-small;">http://www.partonobrasil.com.br/2013/05/experiencias-em-empreendedorismo.html</span></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
O intuito deste post é convidá-las p/ nos contar outras narrativas de empreendedorismo materno, através de nossa fanpage <a href="https://www.facebook.com/BlogPartonoBrasil">Blog Parto no Brasil</a>!<br />
<br />
Envie-nos uma mensagem, se possível c/ fotos, do empreendimento que coordenam, bem como um relato de como foi esta mudança, c/ a vinda d@s filh@s!<br />
<br />
Será um prazer ;)Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-16487375287231180812013-08-10T20:12:00.000-03:002013-08-10T20:26:51.561-03:00Quando a voz é do pai<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxhZJblOMwWDWv9iJ3czNZNPRy9UWrCYZuMGDaa3dp5Xpe_FG_m6htRCJeQt4KJybs8HTaKRYcYmfq6_BfBJi6cM-SgoMjtkun9C5sJwMc29XM69H0yOdkW5HOjL7M5Kz4KFd0uX3Jc9Ls/s1600/a-franja.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxhZJblOMwWDWv9iJ3czNZNPRy9UWrCYZuMGDaa3dp5Xpe_FG_m6htRCJeQt4KJybs8HTaKRYcYmfq6_BfBJi6cM-SgoMjtkun9C5sJwMc29XM69H0yOdkW5HOjL7M5Kz4KFd0uX3Jc9Ls/s1600/a-franja.jpg" /></a></div>
<br />
<b>Por Juliano Codorna</b><br />
<b><br /></b>
<br />
<div class="MsoNoSpacing">
Lembro que uma das primeiras histórias que marcaram o
início desse meu processo de transformação como homem e como pai, foi quando
minha companheira Bianca Lanu comentou comigo durante sua gestação que gostaria
de parir o nosso filho em casa, e a minha reação foi única e imediata:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
-
Não me venha com essa conversinha de antropóloga!!! rs<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Mas, a partir
desse momento foi dado o ponta pé inicial, mesmo sem nossa percepção, de um
processo que mudaria nossas vidas para sempre e principalmente a minha, pois
sou pai de “primeira viagem”. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Bianca começou uma empreitada em busca de
informações sobre parto humanizado, gestação ativa, e sempre
a procura de textos, livros, vídeos, relatos de parto e com isso ela ia me
passando alguns. Lembro que li durante a gestação <i>Nascer Sorrindo</i>, de Leboyer e <i>O Camponês e a Parteira, </i>de Michel Odent, além de alguns relatos de parto, mas acabava sempre
assistindo algum vídeo ali meio que por acaso durante o cotidiano.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Claro que
todas essas informações estavam sendo processadas em mim e a essa altura já via
aquela ideia maluca como algo possível, pois aos poucos iam sendo
desmistificados as impressões que tinha sobre essa possibilidade, e percebia
como isso seria realmente importante para receber o Rudá e também de dar todo apoio
a Bianca que desde o início pretendia ter um parto domiciliar de forma mais
humana e calorosa. Outros fatores, como não acreditar no
Sistema Único de Saúde e nem na Medicina convencional me ajudaram a realmente
ter certeza do que seria melhor para todos nós.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
No dia 23 de
agosto de 2009 às 3h46 da manhã recebemos Rudá em nosso “Chalézinho”, em uma
noite de chuva fina e de pouco frio... momentos inesquecíveis com pessoas que
tenho o maior apreço nessa vida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Realmente a
vinda de Rudá foi algo maravilho em minha vida!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Eu sempre
pretendi ter filhos, talvez até mesmo pela minha própria criação, e como filho
único, sempre tive por perto dois corujões de marca maior, além do meu pai ter sido muito presente em minha criação, então acho até meio que óbvio ter Rudá
como um parceiro pra essa caminhada chamada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Mas, confesso
que nunca pensei que a paternidade poderia ser algo tão transformador, pois me
fez entender muitas coisas, como também me fará entender tantas outras, espero
eu. E, me faz refletir de como matamos a criança que existe em nós para
vivermos esse mundo cada dia mais maluco, cartesiano, e consumista.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Muita coisa sobre essa nova paternidade chegou até mim através dos relatos,
textos, blogs, vídeos e livros e por isso acredito ser fundamental essas
ferramentas como forma de empoderamento paterno e materno, como esse texto
mesmo. Desde o nascimento do Rudá ensaio para escrever um relato, mas a criatividade e a falta de
tempo são fatores limitantes - por exemplo, esse texto mesmo era pra ser pro Dia
das Mães, mas está saindo no Dias dos Pais! rs<o:p></o:p></div>
<br />
* Mariana Massarani, A franja.Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-65797344260607748292013-07-13T10:15:00.000-03:002013-07-13T10:15:40.350-03:00Multimídia Parto no Brasil - 13 de Julho - Dia do RockA convite de <a href="http://www.partonobrasil.com.br/2011/05/blog-parto-no-brasil-entrevista-rebeca.html">Rebeca Charchar</a>, que já foi entrevistada pelo Blog, Bianca Lanu e Rudá estampam o post no blog <a href="http://vilamamifera.com/depeitoaberto/13-de-julho-dia-do-rock/#">De peito aberto</a>, integrante da <b>Vila Mamífera</b>, em homenagem às mães roqueiras, sambistas, clássicas e muito mais!<br />
<br />
Simbora conferir!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwRLFcZkU_q-2dbiaKwjeN6n7XQdVgGum9Dfk_SORneIgLwSvE7IMTCnMroaLI2AysbD1GcPMVHdVZ6D1yjsQR2fVysOlkj5sJWAD9GHUhtxOpR3kHCCljvLOhuqAS_auFwKd-ic7JJCcD/s1600/bianca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="469" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwRLFcZkU_q-2dbiaKwjeN6n7XQdVgGum9Dfk_SORneIgLwSvE7IMTCnMroaLI2AysbD1GcPMVHdVZ6D1yjsQR2fVysOlkj5sJWAD9GHUhtxOpR3kHCCljvLOhuqAS_auFwKd-ic7JJCcD/s640/bianca.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; outline: 0px; padding: 0px 0px 15px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
Tem mãe que trabalha fora, outras em casa. Depois do trabalho elas ainda cuidam da casa, e de toda família.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; outline: 0px; padding: 0px 0px 15px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
Minha mãe pede ajuda e também apóia quem pede.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; outline: 0px; padding: 0px 0px 15px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
Ela me amamenta com prazer, mas às vezes com pressa também!</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; outline: 0px; padding: 0px 0px 15px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
Há dias em que ela come muito para produzir leite, outros mal tem tempo para comer.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; outline: 0px; padding: 0px 0px 15px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
Ela me ajuda a dormir, e às vezes sou eu quem a ajuda!</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; outline: 0px; padding: 0px 0px 15px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
Com seu colinho ela me acalma, e com o mamá ela tenta me ajudar, e se não consegue fica impotente…</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; outline: 0px; padding: 0px 0px 15px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
A minha mãe é popular, é clássica, é jazz, é MPB, mas no dia do rock só posso dizer:</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; outline: 0px; padding: 0px 0px 15px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
Mom, you rock! Ou melhor: mamãe, você é demais!</div>
Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-77893265551678773222013-07-10T00:43:00.000-03:002013-07-10T00:43:01.378-03:00Como um bardoFoi assim que pelos olhos de Elaine Miragaia fui vista em 07 de julho, em São José dos Campos, numa manhã fria de domingo, quando cheguei para bordar com um pequeno grupo de mulheres, numa Oficina de Bordados <a href="http://www.partonobrasil.com.br/2013/07/arpilleras-mais-que-uma-tecnica.html">Arpilleras</a>, junto de Rudá.<br />
<br />
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bardo">Bardo</a> na antiga tradição europeia era o encarregado pela transmissão oral das histórias, lendas e poemas, como um trovador. Quanta identificação senti ao ler o post de <b>No Quintal</b>, onde Elaine, que produziu o encontro relata suas sensações, emoções e cura.<br />
<br />
Cinco mulheres, e suas narrativas em linhas e estampas sobre gestação, parto, nascimento e maternidade, tão profundas onde retalhos unem a alegria, a dor, a fuga, a entrega. E, como é bom fazer de minhas mãos esse instrumento.<br />
<br />
Compartilho, pois bem, com vocês:<br />
<br />
<a href="http://minhacasatemquintal.blogspot.com.br/2013/07/daquilo-que-cura.html"><span style="font-size: large;"><b><i>Daquilo que cura</i></b></span></a><br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #59280a; font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;"><i>Pra bordar uma Arpillera, usamos linha, tesoura, agulha, tecido e tela (no caso em específico, saca de café). Numa análise simbólica, retalhos são fragmentos não só de tecidos, mas também de histórias. Os tecidos que usamos já passaram pelas mãos de muitas mulheres e carregam em si a essência de tantas histórias já contadas sobre eles. Histórias de maternidade, de entrega. Bianca, levando os tecidos de cidade em cidade, é uma espécie de contadora de histórias, um bardo, que perpetua esses contos fantásticos.</i></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5baxziecETQQb-uuo7xB4x2ej3qccbiVmq1qjROI5EupDvfywitDVzcwp00QgSS0bakWvRbTDKmRukr3o4Ao3_7L-nui-CZzAaSI_xqfFE5yNg4skoTcuU6g9yPy-adS16XnDMROp5DCX/s1600/IMG_9912.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="425" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5baxziecETQQb-uuo7xB4x2ej3qccbiVmq1qjROI5EupDvfywitDVzcwp00QgSS0bakWvRbTDKmRukr3o4Ao3_7L-nui-CZzAaSI_xqfFE5yNg4skoTcuU6g9yPy-adS16XnDMROp5DCX/s640/IMG_9912.JPG" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: right;">
Elaine</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaZ9fvcgO_rEqxODZTABftsd0jc_-kWTPMe0yi4NB15L-zmYE9zHmJlJDzATYNQQmEcrBvxUbFucdiQcdgz3MH2hyQWJh08sXHiR5V9741nrF172NS29SuiLnN066JKhxuEscRzwBPqiiG/s1600/IMG_9893.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaZ9fvcgO_rEqxODZTABftsd0jc_-kWTPMe0yi4NB15L-zmYE9zHmJlJDzATYNQQmEcrBvxUbFucdiQcdgz3MH2hyQWJh08sXHiR5V9741nrF172NS29SuiLnN066JKhxuEscRzwBPqiiG/s640/IMG_9893.JPG" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: right;">
Denise </div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_URYjMr2z3dPuztkx8-3NJ5MuD-5y99TZ5ywf2f_wO_WwGXEeDTY0p82xFSjRIg8YBybS-wDiQCsWbp3Ex9NMm1rwMFSzpS0wMV0DhynMwTFxQ1X-QAK9pNOgXp2c3VNUfLxE7RKjL_jI/s1600/IMG_9895.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_URYjMr2z3dPuztkx8-3NJ5MuD-5y99TZ5ywf2f_wO_WwGXEeDTY0p82xFSjRIg8YBybS-wDiQCsWbp3Ex9NMm1rwMFSzpS0wMV0DhynMwTFxQ1X-QAK9pNOgXp2c3VNUfLxE7RKjL_jI/s640/IMG_9895.JPG" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: right;">
Estela </div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDwSlVE3RxisSiFXwgqmfTtrahV56pJGLyEvCJUwJUfEwyJEk6V46M3vxjPhWxrJV2wiPh6ggT5WcmpUpKjLnR6-hP05tmtgG_csiSU6BC8CFSUD9JuWt86__vigD8THPFQ7o0_Ct0yOFP/s1600/IMG_9907.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDwSlVE3RxisSiFXwgqmfTtrahV56pJGLyEvCJUwJUfEwyJEk6V46M3vxjPhWxrJV2wiPh6ggT5WcmpUpKjLnR6-hP05tmtgG_csiSU6BC8CFSUD9JuWt86__vigD8THPFQ7o0_Ct0yOFP/s640/IMG_9907.JPG" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: right;">
Maria </div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiprx2XVPPRa95NzB8sBuq7PgwtH3sETOjSEslGSEr-7CWoXx110uV4fNCZNPvhYzOXS3f_oMioB4p4iWRigqAj_FkIbPee4z27bMm9uFJNV0Vb69BsUAQk1RyMROhkLH14x38v1f8jeCIx/s1600/IMG_9903.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiprx2XVPPRa95NzB8sBuq7PgwtH3sETOjSEslGSEr-7CWoXx110uV4fNCZNPvhYzOXS3f_oMioB4p4iWRigqAj_FkIbPee4z27bMm9uFJNV0Vb69BsUAQk1RyMROhkLH14x38v1f8jeCIx/s640/IMG_9903.JPG" width="426" /></a></div>
<div style="text-align: right;">
Myrian </div>
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<span style="font-size: x-small;">Fotos de Bianca Lanu.</span>Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3773753045775001280.post-27221517079956686472013-07-06T10:00:00.000-03:002013-07-06T10:00:00.573-03:00Multimídia Parto no Brasil - Como alitas de chincol<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="375" mozallowfullscreen="" src="http://player.vimeo.com/video/32868385" webkitallowfullscreen="" width="500"></iframe> <br />
<a href="http://vimeo.com/32868385">COMO ALITAS DE CHINCOL</a> from <a href="http://vimeo.com/viviennebarry">Vivienne Barry</a> on <a href="https://vimeo.com/">Vimeo</a>.<br />
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Já que falamos sobre <a href="http://www.partonobrasil.com.br/2013/07/arpilleras-mais-que-uma-tecnica.html">Arpilleras</a> essa semana, nosso audiovisual de hoje compartilha um belo trabalho de Vivienne Barry, <a href="http://vimeo.com/32868385">Como alitas de chincol</a> sobre a ditadura chilena através da arte têxtil feita em sacas de farinha.<br />
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Um ótimo fim-de-semana de feriado à vista ;)Bianca Lanuhttp://www.blogger.com/profile/09390944758268440160noreply@blogger.com0