quarta-feira, 28 de julho de 2010

Matéria publicada no portal R7 sobre parto domiciliar

Através da Lista Parto Nosso recebi a mensagem com o link para essa matéria, de Camila Neumam sobre - Fazer o parto em casa implica conforto e riscos. Veja as vantagens e desvantagens.
Pois bem, há duas semanas, aproximadamente, por conta de uma amiga jornalista em comum (redatora de outra reportagem comigo, que já no título peca - Parto em casa deve ser evitado em casos de gripe suína, por Anaísa Catucci, da Folha Online, em 12/08/09), que trabalha atualmente na instituição, Camila me telefonou para saber minha experiência com o parto domiciliar, conversamos brevemente, pois estava na fila do correio, disse a ela para ler meu relato de parto aqui no Blog Parto no Brasil, e mais uma vez lemos sem embasamento adequado informações que sustentam o senso comum sobre os grandes riscos de um PD, aiai, lamentável!
Na mesma reportagem foi publicada minhas impressões sobre parir naturalmente Rudá:
"A cientista social Bianca Lanu também optou pelo parto normal em domicílio depois de ter o primeiro filho por uma cesariana. Acompanhada de uma enfermeira obstetra, Rudá veio ao mundo depois de 32 horas de trabalho de parto. Entusiasta do parto normal, disse não ter tido medo por acreditar que o processo faz parte da natureza feminina.
- No parto normal você tem disposição nos próximos dias, não tem dores, pode amamentar tranquilamente. Faz parte do corpo feminino parir, mas perdemos a fé de que podemos fazê-lo. Historicamente muitos tabus foram criados com a hospitalização do parto, mas o movimento de humanização está aí para transformar esse cenário".
Na Revista Pais e Filhos também foi postado um relato de um parto em casa, no entanto, a mãe já tinha agendado a cesária (eletiva), mas a cria veio ao mundo quando achou pertinente, podemos constatar, mais uma vez, conceitos equivocados e sem cientificidade sobre a ato de parir, o que gerou muito "pano para manga" nas listas virtuais, confira também - Aprendendo a ser mãe: Ninguém me contou que meu filho nasceria em casa.

5 comentários:

  1. A matéria repercutiu na Lista Parto Nosso e uma das integrantes, Cristiane Maia, postou um email do Dr. Ric Jones sobre a referida pesquisa comentada pela autora do release, segue abaixo:

    A respeito do trabalho publicado recentemente por médicos americanos, propondo nas conclusões que a morbi-mortalidade neonatal é maior nos partos
    em casa, eu falei a respeito desta questão com amigos ativistas dos Estados Unidos e Canadá. Entre eles recebi a comunicação do colega Michael Klein, que foi um dos responsáveis pelo recente estudo prospectivo envolvendo parteiras em hospital e domicílio e médicos no hospital na atenção de
    grávidas de baixo risco (ou risco usual). A carta abaixo foi aceita para publicação no referido jornal.
    Esta é a resposta dele:

    Klein, MD in Vancouver BC:
    The offending article by Wax is already posted on our website. This study is so deeply flawed that it cannot be seen as anything other than politically motivated. Below find the letter that Patti Janssen and I sent to the Am J of Obs and Gyn and which has been accepted for publication.
    Michael

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  2. Continuação:

    American Journal of Obstetrics and Gynecology
    Re: Wax J, Pinette M, Cartin A, Blackstone J. Maternal and newborn morbidity by birth facility among selected United States 2006 low-risk births. February 2010, Vol 202, Issue 2 152e1-152e5.

    Standards for Validity in Home Birth Research
    To the Editors:

    The recent paper comparing maternal and newborn morbidity among births at
    home, hospital and in birth centers by Wax et al, reported that babies born at home more frequently experienced 5 minute Apgar scores below 7.1 The methodology employed brings into question the validity of this conclusion.
    This retrospective study utilized 2006 US Standard Certificates of Live Birth, used by 19 states in the US. To establish a low obstetrical risk population, multiple exclusions were applied to the data with the result that only 36.0% (745, 690/2,073,368) of women in participating states were
    included. Inclusion of only slightly more than one third of the potentially eligible population raises questions about the ability of birth certificates to identify women at low risk and consequently the generalizability of study findings.
    Secondly, ascertainment of the type of birth attendant is missing for 4801 women or 0.6% of the sample. It is possible that at least some of these births were unattended. If this indeed the case, then these births, which would be expected to have high rates of suboptimal outcomes, might be over-represented in the home birth group, where the attendants are less likely to arrive on time for a precipitous birth. In addition, some women may have deliberately chosen to have an unattended birth and these would of course take place outside of a hospital or birth centre.
    Since only 75% of the births studies were recorded as attended by a physician or midwife, fully one quarter may have been unplanned home births.
    Unplanned home births are well known to be at higher risk for adverse outcomes.
    Lastly, the authors acknowledge that births for which complications necessitated transfer to hospital are attributed to hospital rather than to home or birth centre births. In contrast to the above biases, this bias would favor home births. They also acknowledge that perinatal mortality is
    not measured, which eliminates deaths occurring during labour. In view of
    these serious flaws, the statement that this study provides a "robust evaluation of maternal and newborn outcomes that is generalizable and reflects actual practice" cannot be supported. Without internal validity, placed in question by missing data and the inability to attribute births to planned place of birth, the issue of external validity or generalizability is irrelevant.
    Recent studies in Canada2,3 and the Netherlands4 have used population-based
    perinatal databases with mandated participation by midwives and documentation of intended place of birth and attendant, as well as relevant outcomes including intrapartum fetal death. American studies of place of birth must meet this standard in order to draw valid conclusions and allow
    international comparisons.

    1. Wax J, Pinette M, Cartin A, Blackstone D. Maternal and newborn morbidity by birth facility among selected United States 2006 low-risk births. Am J Obstet Gynecol. 2009;202(2):152e151-e155.

    2. Janssen P, Saxell L, Page L, Klein M, Liston R, Lee S. Outcomes of planned home birth with registered midwife versus planned hospital birth with midwife or physician. Can Med Assoc J. 2009;181:277-383.

    3. Hutton K, Reitsma A, Kaufman K. Outcomes associated with planned home and planned hospital births in low-risk women attended by midwives in Ontario, Canada, 2003-2006: A retrospective cohort study. BIRTH. 2009;36(3):180-189.
    4. de Jonge A, van der Goes B, Ravelli A, et al. Perinatal mortality and morbidity in a nationalwide cohort of 529, 688 low-risk planned home and hospital births. BJOG. 2009;116:1177-1184.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Para ler o trabalho científico na íntegra acessem:

    http://www.ajog.org/webfiles/images/journals/ymob/AJOG_PR_Home_Births_FINAL.pdf

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  5. Eu escrevi para a camila e disse que achei uma pena que o foco tenha sido tão negativo. Se você fisse o tanto de coisa que eu mandei pra ela.... e a única coisa que ficou da minha experiência, foi a dor!! Pra mim ficou muito claro que a cultura onde ala própria está inserida, a fez filtrar as coisas desta forma. lamentável mesmo!
    :O(

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