terça-feira, 30 de abril de 2013

Com vocês, 31 em 31, um projeto de Elaine Miragaia

Há alguns dias tive uma grande alegria ao receber o convite de Elaine Miragaia, autora do blog No Quintal e idealizadora do Projeto 31 em 31 p/ escrever na abertura desta série que com certeza irá nos emocionar, e também nos recordar da grandeza e força feminina que correm em nossos corpos e que permitem parir nossos filhos, mesmo após cirurgias cesarianas anteriores.


Elaine, por ter optado por um parto normal após cesárea, que não pode ser concretizado nesta segunda gestação - leia seu relato aqui - fez de sua dor uma semente, que no quintal dos sonhos floresceu nesta iniciativa para mostrar e fazer com que você acredite que também possa parir!

Ela compilou trinta e um relatos de partos normais após cesáreas que serão compartilhados no mês de maio, sendo que outros quatro vão ao ar em junho, às quartas-feiras, totalizando 35 histórias, de diferentes mulheres, pelo Brasil afora, de partos hospitalares, naturais, domiciliares, e até mesmo violentos.

Continua, na íntegra, em: O Parto se Aproxima.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Doe para "O Renascimento do Parto" - O filme e ganhe "Parteiras Caiçaras"

E o Blog Parto no Brasil não podia ficar de fora dessa contribuição em massa que estamos vendo pela web afora, em apoio ao documentário O Renascimento do Parto!

Para quem ainda não fez sua doação na plataforma Benfeitoria, simbora!


As 1as. 10 pessoas que doarem R$30,00 - ou mais - AQUI, no dia 25, quinta-feira, leva gratuitamente p/ a casa a publicação "Parteiras Caiçaras", organizada por Bianca Lanu, em 2011, c/ relatos de parteiras tradicionais da Ilha de Cananéia, litoral sul paulista, além de outros textos que integram a obra, apoiada pela Secretaria de Cultura, do Governo do Estado de São Paulo, pelo Programa de Ação Cultural - ProAC.

Para concorrer basta fazer o pagamento e enviar p/ nossa fanpage, uma imagem do comprovante de depósito - escaneado/fotografado.

* Os custos do frete é por conta do contemplado. Via PAC fica em torno de R$10,30.


Para espiar o livro acesse aqui!

Conheça mais sobre este trabalho em nossa página Projeto Parteiras Caiçaras.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Quem protagoniza a cena?

Foi esta pergunta que a enfermeira Monise Araújo questiona em sua dissertação sobre o momento do parto, e como as mulheres vem parindo ao longo de três gerações, em seu Trabalho de Conclusão do Curso intitulado "Arte de partejar: Quem protagoniza a cena?".

Nesta pesquisa feita sobre a forma de parir um triste resultado foi levantado sobre o panorama obstétrico atual através das falas das colaboradoras do estudo, que relatavam três características comuns: desassistência, solidão e medo.

Já no tempo das avós as mulheres, embora menos informadas, se mostravam mais ativas no parto, visto que hoje temos informação, porém as gestantes são mais passivas no momento do parto e acreditam que quem "faz" seu parto é o médico e não elas mesmas, junto dos bebês.

Nesta perspectiva temos, ainda, as elevadas taxas de cesáreas, sejam eletivas/agendadas, ou devido a má assistência, que visa a comodidade profissional, o mercado, os protocolos hospitalares defasados e em desacordo c/ o que preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS) e suas recomendações, datadas desde 1996.


Desta forma, com prazer, compartilhamos este trabalho, em forma de artigo publicado este ano, e voltamos a salientar a questão da violência obstétrica, e também do empoderamento e protagonismo femininos.

A pesquisa se deu na cidade de Nova Floresta, uma cidade do interior da Paraíba rica na cultura de partos naturais, a qual eu sou filha da terra e moro até hoje. Os sujeitos de análise foram mulheres primíparas de três gerações diferentes (1964, 1986 e 2011), que deram à luz seus filhos por via vaginal em ambiente domiciliar ou hospitalar, salienta Monise.


Os dados mostraram que a forma como a atenção ao parto e nascimento caminhou até chegar à atualidade ainda está longe do idealizado. O resgate do protagonismo feminino é um dos fatores essenciais para que haja a reconstrução de um modelo obstétrico diferente, baseado nos princípios da humanização e que depende de todos aqueles que participam deste momento singular, afirma a pesquisadora.

Acessem, e baixem: A arte de partejar: Quem protagoniza a cena? - AQUI



"É com imenso prazer que submeto a minha dissertação "ARTE DE PARTEJAR: QUEM PROTAGONIZA A CENA?" ao Blog Parto no Brasil.

O meu encanto pela Obstetrícia começou até mesmo antes de eu saber o que ela significava, eu vim de uma família de “parteiras”, cresci ouvindo fascinada as histórias de partos contadas pelas guerreiras mulheres da minha família. Mais tarde já na graduação durante a disciplina de Enfermagem Obstétrica e depois quando tive a oportunidade de me tornar monitora desta disciplina, vivenciei ‘in lócus’ como a assistência que ali presenciei era diferente daquelas contadas pelas minhas avós, isso despertou em mim a necessidade de reconhecer como se deram as transformações dessa assistência direcionada à mulher historicamente e logo, este foi o motivo impulsionador para que há um ano eu decidisse me dedicar a essa temática na elaboração do meu Trabalho de Conclusão de Curso". 

* Monise Gleyce de Araújo Pontes, graduada em Enfermagem pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Para contemplar o trabalho na íntegra escreva para o correio eletrônico monise_gleyce@hotmail.com

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Documentário sobre a realidade obstétrica brasileira busca apoio através da plataforma Benfeitoria



O Projeto

Prezados amigos e simpatizantes da causa da humanização do nascimento,

O documentário em longa-metragem (90 min) “O Renascimento do Parto” encontra-se totalmente finalizado e em negociação para distribuição.  Até o momento, todas as despesas do filme foram custeadas com recursos próprios dos autores. Gastamos todas as nossas reservas financeiras e devemos os resultados que conseguimos ao nosso trabalho árduo que já dura quase 2 anos e à grandes parceiros que cederam bondosamente seus saberes e agregaram parte de seu trabalho à nossa obra!

Tivemos a felicidade de fechar uma parceria com um excelente distribuidor (Espaço Filmes) que também é o terceiro maior exibidor do país (Circuito Espaço - salas do Itaú). Estamos certos de que a exibição nos cinemas trará ao filme e à causa muita visibilidade e chamará a atenção da grande mídia, para que assim possamos atingir o maior número possível de pessoas, inclusive nas etapas posteriores (de DVDs, festivais, televisão, etc).

No entanto, existem custos inerentes à distribuição que no momento não temos condições de arcar sozinhos, e por isso contamos com a sua ajuda para que o filme possa o quanto antes ser disponibilizado nos cinemas e logo depois em DVD. Os recursos que precisamos levantar são para os custos de distribuição, material gráfico de divulgação, assessoria de imprensa nacional, eventos de pré estréia, primeira tiragem de DVDs e disponibilização nas principais livrarias do país, criação do portal oficial do filme, etc.

Se você acredita na causa da humanização do nascimento e quer ajudar a modificar a vergonhosa realidade obstétrica brasileira, criamos um meio de contribuição financeira através de um sistema seguro de financiamento coletivo! Veja ao lado a lista de recompensas que elaboramos para retribuir a valiosa sua contribuição!!

Hoje o Brasil é o país campeão mundial de cesarianas (52% no índice geral e mais de 90% no sistema privado, contra os 15% recomendado pela Organização Mundial de Saúde). Junto com os partos normais extremamente violentos e traumáticos (pesquise sobre o termo "violência obstétrica"), tal índice reflete uma cultura extremamente tecnocrata e intervencionista que perpetua mitos não apenas na sociedade, mas também entre os próprios profissionais de saúde.

Acreditamos que a informação de qualidade aliada ao poder da imagem e da poesia podem transformar o mundo! Afinal, como diria Michel Odent: “Para mudar o mundo, primeiro é preciso mudar a forma de nascer”.

Para saber mais sobre o projeto:

O filme "O Renascimento do Parto" retrata a grave realidade obstétrica mundial e sobretudo brasileira, que se caracteriza por um número alarmante de cesarianas ou de partos com intervenções traumáticas e desnecessárias, em contraponto com o que é sabido e recomendado hoje pela ciência. Tal situação apresenta sérias conseqüências perinatais, psicológicas, sociais, antropológicas e financeiras. Através dos relatos de alguns dos maiores especialistas na área e das mais recentes descobertas científicas, questiona-se o modelo obstétrico atual, promove-se uma reflexão acerca do novo paradigma do século XXI e sobre o futuro de uma civilização nascida sem os chamados "hormônios do amor", liberados apenas em condições específicas de trabalho de parto. 


Com a participação especial do cientista francês Michel Odent, da antropóloga norte-americana Robbie Davis-Floyd, da parteira mexicana Naoli Vinaver, do ator e diretor de cinema Márcio Garcia e sua esposa, a nutricionista Andréa Santa Rosa. O filme também conta com a participação de muitas mães e diversos especialistas brasileiros, como Ana Cristina Duarte, Melânia Amorim, Ricardo Jones, Heloísa Lessa, Ricardo Chaves, Fernanda Macêdo, Daphne Rattner, Laura Uplinger, Esther Vilela, entre outros.

Perguntas mais frequentes

1) Se a meta for atingida, quando poderemos ver o filme nos cinemas? Quais serão os próximos passos?
Após levantarmos os recursos necessários, em cerca de 60 dias o filme iniciará o circuito nas salas de cinema pelas primeiras 8 capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Salvador e João Pessoa. Além disso, em toda e qualquer cidade onde houver sala de cinema e demanda suficiente, o filme será exibido. Os próximos passos serão a disponibilização do filme para a venda em DVD e a negociação para exibição em televisão aberta e fechada. Também estamos inscrevendo o filme em dezenas de festivais espalhados por todo o Brasil e alguns internacionais.
2) Qual foi o custo total do projeto?
Como todo longa metragem, o filme passou pelas etapas de pesquisa, roteiro, produção, compra de equipamentos, viagens, captação de depoimentos, imagens e som, digitalização, corte de conteúdo, montagem, trilha sonora, tratamento de som e cor, etc.  O orçamento total está em torno de 500 mil reais. Arcamos com boa parte da quantia com recursos pessoais, deixamos de receber por nossos trabalhos (de produção, roteiro, direção, montagem, fotografia, etc), mas alguns profissionais terceirizados ainda não receberam pelos seus serviços. No entanto, esse valor não tem nenhuma relação com a quantia que precisamos agora na etapa de distribuição e divulgação (objetivo desse crowdfunding).  Se o valor estipulado como meta de arrecadação for superado, utilizaremos o excedente para quitar algumas dessas dívidas.  
3)  Por que vocês não disponibilizam logo o filme em DVD?
Porque para uma obra profissional desse porte existem etapas e estratégias naturais a serem cumpridas e que desejamos respeitar. A distribuição em cinemas é muito importante para gerar visibilidade e credibilidade ao filme e à causa, além de atingir um público diferenciado. Também chamará atenção para a venda posterior de DVDs. A estimativa é que o filme esteja disponível em DVDs cerca de 2 meses após o lançamento nos cinemas.
4) Se vocês são ativistas pela causa, porque não disponibilizam o filme gratuitamente na internet?
Apesar de termos conseguido muitas parcerias nessa caminhada, o filme foi realizado de forma independente, praticamente sem recursos, e ainda existe inúmeras contas e profissionais para pagarmos. O circuito comercial é uma maneira importante de amenizarmos essas dívidas e recuperarmos ao menos parte do investimento. Disponibilizar a obra na internet antes do circuito comercial tradicional também desvalorizaria a própria.
5) Se o recurso necessário para a distribuição não for levantado, qual será o próximo passo?
Se não levantarmos a nossa meta pelo financiamento coletivo (o crowdfunding funciona num esquema tudo ou nada: se não atingimos a meta, o sistema devolve o dinheiro ao contribuinte), entraremos no circuito de festivais enquanto tentamos levantar os recursos de outras maneiras, o que fará com que o acesso do grande público à obra seja atrasado em muitos meses. 

Para contribuir, acesse:


* Assista aqui a promocional do filme e leia as impressões de Bianca Lanu sobre o documentário visto na Premiere no Itaú Cultural, na capital paulista.

** Foto de Carol Dias Fotografia.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Experiências em Empreendedorismo Materno - Bem Gerar - Maternidade & Desenvolvimento, em Sorocaba/SP


Dando continuidade à série que destaca algumas experiências c/ empreendedorismo materno, ainda no interior paulista, hoje será a vez de contar a história do Bem Gerar, em Sorocaba, onde também acontecem os encontros do grupo de apoio ao parto Ishtar Sorocaba, que tem outros núcleos em alguns Estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco.


Gerenciado pela terapeuta ocupacional Carla Arruda, também doula e mãe de dois filhotes, o Henrique e a Heloísa, o espaço nasceu em 2008 como um site com informações sobre parto e amamentação, além de uma vontade, um sonho antigo de trabalhar com gestantes, sendo que na época Carla atuava mais como terapeuta ocupacional do que como doula, no município.

O projeto foi tomando forma com grupos, cursos, partos, atendimentos, grupo de mães e muitas mulheres que precisavam refazer sua vida após a maternidade. Assim, em novembro de 2012, surgiu fisicamente o local para abrigar tantos trabalhos, pioneiro na cidade e região.

Despedida da barriga c/ pintura em Henna de Ariane Chiebao.

Uma casa, um segundo lar para gestantes, mães e famílias... tudo simples, mas acolhedor, sendo bem-vindos sempre as crianças e quem mais se interessar.
            
O enfoque principal está no trabalho pela humanização do parto e nascimento e maternidade ativa, com palestras, equipe de doulas e parteiras, cursos diversos, grupos para gestantes e mães. Além disso, há uma equipe formada por mães na parte clínica com Acupuntura, Drenagem Linfática, Psicologia e outros; integrando, ainda, um estúdio de fotografia de Fabi Ribeiro e aulas como Yoga, Baby Yoga e Pilates. 

Grupo de gestantes Ishtar Sorocaba.

Curso de Shantala.

Aula de Baby Yoga.

Parto domiciliar c/ equipe humanizada.

Parto domiciliar de Daniele Andrade, c/ doulagem de Carla Arruda e fotografia de Fabi Ribeiro.




"A ideia é que em um só lugar as mulheres possam se informar, se cuidar e fazer amizades. É uma grande família que trabalha, aprende e se ajuda", afirma Carla.

Carla Arruda em Oficina de banho de balde.

* Mensalmente há uma agenda com convidados, palestras e eventos, confira no site: www.bemgerar.com

Contato pelo email: bemgerar@gmail.com


Fotos: Acervo de Carla Arruda.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Intercâmbio França-Brasil

Um 4x4, duas meninas, óleos essenciais e cosméticos naturais, c/ Fanny & Luis 

En route vers l´Essentiel no chalézin

Carro-casa.

Alya.

Zia.

Fanny, mãe em tempo integral também trabalha c/ cosméticos naturais que ela mesma produz, como sabonetes feitos c/ óleos vegetais e essenciais, tinturas, unguentos, além de realizar workshops sobre o assunto. 

Luiz, filho de uma família portuguesa, nascido na França. Interessado em Permacultura, e construções ecológicas.

Há algumas semanas tivemos o prazer de receber o casal francês Fanny e Luiz, além de suas filhas, Alya e Zia, de cinco e dois anos, que estão cruzando a América do Sul em um automóvel-casa, para conhecer experiências c/ plantas medicinais, e óleos essenciais.

Através da fanpage do Blog mantivemos contato, sendo que Fanny se interessou em conhecer Cananéia e as atividades desenvolvidas aqui, nos escrevendo do Uruguay no fim de janeiro.

Foram dois dias intensos de trocas, de compartilhar, cozinhar e maternar juntos/as!

Bora provar as Ostras de Cananéia!

A mãe faz a massa e a criançada tapa-olhos!

Chat, cuja pronúncia é chá é gato; gateau, que se diz gato, é bolo; couille, dito cui, é testículos, não cuia - um palavrão; salad, não é salada, mas sim alface! E, assim o intercâmbio França-Brasil no chalézin c/ três crias se compreendendo - Rudá até saiu falando rato - "souris"!

Que alegria trocar experiências c/ esse casal nessa rota pelos óleos essenciais, e assim confirmamos que os 30m quadrados de nossa casa é igual coração de mãe ♥! Sempre cabe mais um!!!


Conheça a viagem dessa família pela América do Sul, pelo perfil no Facebook: Enrouteverslessentiel Fannyluis e, também, pelo blog En Route Vers L´Essentiel - Voyage en famille en Amérique du sud.

Fanny também compartilha suas impressões da visita aqui!


Fotos de Bianca Lanu.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Restrições à Lei do Acompanhante na Revista Crescer

Pesquisa denuncia restrições impostas por maternidades brasileiras aos acompanhantes das grávidas

  shutterstock
Crédito/foto: Shutterstock 

Em estudo da USP, homens relataram dificuldades para ficar ao lado de suas companheiras antes, durante e depois do parto. Obstáculos (inconstitucionais) são determinados pelo SUS e também por planos de saúde


Elisa Feres


Depois de nove longos meses de espera, a mulher de Gabriel finalmente entrou em trabalho de parto – deixando os dois igualmente animados e ansiosos. Eles arrumaram as malas e correram para o hospital. Quando chegaram ali, porém, ele recebeu uma notícia desanimadora: o plano de saúde não permitia sua presença durante o procedimento. Para que Gabriel pudesse ver o filho nascer, teria que pagar uma taxa extra. 

A história foi registrada pela jornalista Ana Carolina Franzon, responsável por uma pesquisa realizada pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo sobre a perspectiva dos homens em relação à assistência obstétrica no país. Unindo diversas declarações como esta, o trabalho retratou as dificuldades que os pais enfrentam ao tentar ficar ao lado de suas companheiras nas maternidades brasileiras. 

Ao todo, foram entrevistados 23 homens de diferentes regiões do país, incluindo associados de planos de saúde e usuários da rede pública e da rede particular, que responderam a questionários sobre o tratamento que receberam dos hospitais antes, durante e depois do parto de suas parceiras. O resultado não foi nada animador: todos os usuários de planos de saúde e da rede pública disseram ter sofrido restrições em pelo menos um desses três momentos. Entre os usuários da rede particular, não houve reclamações. 

“É importante mostrarmos que é o mais frágil, sem dinheiro para pagar atendimentos particulares, sempre acaba prejudicado em situações como essa”, disse a pesquisadora em entrevista a CRESCER. “Os hospitais usam diversos argumentos para tentar se defender, mas a verdade é que a taxa de cumprimento da lei é muito baixa nesse quesito”, completou. 

A partir de uma lei criada em 1999, São Paulo foi o primeiro estado brasileiro a garantir o direito da mulher grávida de ter um acompanhante (não necessariamente o marido, mas qualquer pessoa de sua escolha) antes, durante e depois do parto. Esse cenário se estendeu nacionalmente em 2005, quando uma lei federal garantiu o mesmo direito às mulheres de todo o país. 

Na prática, no entanto, não é bem assim que acontece. Gabriel, o pai citado anteriormente, por exemplo, foi proibido de dormir no quarto de sua companheira após o parto – mesmo sabendo que ali havia duas camas vagas. 

“O acompanhante deve ser mais valorizado. Ele é a estratégia mais eficiente para garantir a segurança da paciente. Sozinha, a mulher fica mais vulnerável a erros médicos e até mesmo a abusos, maus tratos e violência verbal”, afirmou Ana.

E na sala de parto?

Mas será que a presença do homem na sala de parto é tão benéfica assim para a mulher? De acordo com Eduardo Zlotnik, obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein (SP), o acompanhante é, sim, importante para a gestante – mas ele não precisa ser necessariamente o pai da criança. 

“Teoricamente, quanto menos pessoas houver em uma sala de cirurgia, melhor. Mas, quando se trata do parto, nós entendemos que é diferente, é um momento feliz em que poucas mulheres querem ficar sozinhas. A maioria das minhas pacientes, pelo menos 90%, escolhe ter o companheiro do lado. Isso é uma tendência dos homens também, cada vez mais eles mostram o desejo de participar. Mas não existe regra; quando o pai da criança não pode ou não quer estar ali, a mulher tem a opção de chamar qualquer outra pessoa que a deixe tranquila”, disse. 

Para ajudar os futuros acompanhantes, preparamos um “guia de etiqueta” com dicas sobre como se comportar dentro da sala de parto. Confira: 

- Permaneça no ambiente apenas se sua condição emocional permitir. Lembre-se de que a paciente deve ficar o mais tranquila possível e, se você estiver à beira de um ataque, pode não ser a melhor companhia para ela 

- O ambiente hospitalar possui uma série de regras que visam garantir a segurança do paciente. Ouça as instruções dos médicos e enfermeiros atentamente para saber em quais materiais é permitido ou não mexer, dentro da sala 

- Se você tem muito medo de sangue, mas faz questão de estar presente, permaneça próximo à cabeça da paciente durante o parto, evitando olhar diretamente para o procedimento 

- Se os médicos perceberem em você alguma alteração, como palidez e suor excessivo, podem te pedir para sair da sala, se acalmar e voltar depois. Não se esqueça de que eles têm experiência no assunto e siga as orientações 

- Por se tratar de uma situação de muita emoção, é normal que você fique nervoso e apreensivo. Mas lembre-se da principal regra: esse pode ser um dos momentos mais felizes de sua vida, então, aproveite ao máximo!



quinta-feira, 11 de abril de 2013

Experiências em Empreendedorismo Materno - Espaço Materno, em Jundiaí/SP

Semana passada iniciamos uma série c/ experiências em empreendedorismo materno, apresentando o Jardim de Om, em Bauru, interior paulista - (re)veja aqui!

Hoje é dia de trazer o Espaço Materno, bora!?

O Gerar e Nascer Humanizado agora se chama Espaço Materno, um local de apoio a mulher, gestante e mãe. Aqui consideramos a chegada de um bebê um momento mais que especial... divino e maravilhoso. Afinal, GERAR UMA VIDA é algo grandioso. Uma jornada transformadora, afirma Thiana Ferrarezi, gestora do empreendimento, doula, aprendiz de parteira, pelo CAIS do Parto e mãe de Thaísa.


Um lugar criado para mulheres, gestantes, casais grávidos, mamães e futuras mães trocarem informações e experiências sobre gestação, parto e maternidade.

Com o intuito de ajudar cada mulher a vivenciar esse momento especial em sua plenitude, oferecemos orientações e apoio para uma gestação consciente, para o parto natural e normal, aleitamento materno, cuidados com o bebê, bem como todo e qualquer apoio necessário para um pós-parto mais tranquilo e feliz.

A humanização do parto e nascimento é um dos projetos do Espaço Materno que agora abrange mais atividades em benefício da mulher, da gestante, do bebê e da família.


Com incentivo a plena vivência da maternidade, desde a gestação até depois do nascimento, são oferecidos diversas atividades e serviços, como:

Gerar e Nascer Humanizado: Equipe de profissionais que atua em favor da Humanização do Parto e Nascimento nos hospitais públicos e privados. Informamos sobre a Lei do Acompanhante (11.108) em que garante a mulher o direito a um acompanhante de sua escolha durante o pré-parto, parto e pós-parto imediato e como requerer esse direito junto as entidades. Incentivamos e apoiamos o parto normal ou natural, sempre informando que a mulher pode e deve escolher quais os procedimentos que ela quer ou não quer durante o seu trabalho de parto, ela não precisa ficar deitada, com sorinho e em jejum, por exemplo. Ela pode e deve se movimentar livremente, se alimentar, usar banho para o alívio da dor, escolher a melhor posição para o nascimento do bebê, optar por ter ou não analgesia e a episiotomia (corte lateral ou pique). Após o nascimento ter seu bebê direto no seu peito, ter o pai ao seu lado durante todo esse período, escolher quais são as intervenções necessárias ou não para seu bebê nos primeiros minutos de vida.


Doula: Profissional especializada no acompanhamento da gestante durante o parto e nascimento. Acompanha no hospital e no domicílio. Ela informa a mulher durante a gestação sobre o que acontece com seu corpo durante o parto e o pós parto, ajuda a mulher durante o parto oferecendo alívios naturais para a dor, massagens, apoio e incentivo. Acompanha a mulher após o nascimento, orientando nos cuidados com o bebê e amamentação.

Yoga para Gestantes: pode ser praticada em qualquer período da gestação, pois a série é personalizada para cada mulher de acordo com seu período gestacional. As aulas podem ser individuais ou em grupo de até seis pessoas. Aula experimental gratuita toda terça às 18 horas.

Roda de Gestantes e Casais Grávidos: toda terça das 19 às 21 horas, onde acontece uma roda de conversa sobre gestação, parto e pós parto, preparando a mulher e o casal para o parto e a maternidade.

Acupuntura: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Acupuntura é um tratamento complementar da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), que consiste na aplicação de agulhas em pontos específicos do corpo, visando a prevenção, manutenção e melhora do equilíbrio físico e mental. Pode ser aplicado durante a gestação e pós parto para alívio de desconfortos, enxaqueca, dores musculares, dores na coluna, hipertensão/hipotensão, entre outros.

Massagem Ayurvédica: Para mulheres, gestantes e puérperas. A massagem proporciona vitalidade, leveza, aumento da auto-estima, diminuição do stress, melhora da respiração, combate a fadiga, além de favorecer maior resistência física e contato profundo da mulher com o bebê.

Baby Yoga: A prática do Baby Yoga pode acontece a partir de um mês do nascimento do bebê. Nas aulas as mães praticam a Yoga e o bebê fica junto e participa de algumas posturas com ela. É um momento de relaxamento para a mulher, onde ela se socializa com outras mães, troca informações e se sente mais disposta. Aula experimental gratuita toda terça ás 16h30.


Puericultura: Atendimentos com o pediatra e neonatologista humanizado Dr. Carlos Eduardo Corrêa (Cacá) em consultas em grupo ou individuais. Além disso temos um curso para gestantes e pais com bebê abordando os aspectos psicológicos do pós-parto, a amamentação no parto e pós-parto, como compreender e lidar com o choro do bebê, estratégias de aproximação mãe-bebê / pai-bebê, uso de carregadores, banhos, contato pele-a-pele, massagens, cuidados com o umbigo e troca de fraldas.

Shantala: Curso para gestantes, pais e profissionais da área, onde é ensinada a massagem para bebês e crianças. Grupos de até cinco casais.

Doula na Tradição: Doulas que acompanham o parto no domicílio, com base na Tradição das Parteiras e no parir com amor. As Doulas da Tradição oferecem conforto físico, emocional e holístico durante o trabalho de parto, parto e pós parto, contribuindo para a qualidade da vivência da gestante e para o desenvolvimento dos vínculos familiares.


Tenda Vermelha: Nesse encontro busca-se o resgate do Feminino para uma vivência íntegra da sexualidade. São debates e partilhas em que são abordados assuntos pouco debatidos na sociedade, tendo como fio condutor a menstruação. Aberto para mulheres de qualquer idade. Toda última sexta-feira do mês, das 18h30 às 22 horas. 


No Espaço Materno também acontece o Eco Baby Bazar, um bazar permanente de roupas e itens de bebês, na R. Rodrigo Soares de Oliveira, 536, no Anhangabaú (em frente ao Bolão), em Jundiaí/SP. 









P/ contatos - Tel.: (11) 96474-2090 - Email: gerarenascer@hotmail.com

sábado, 6 de abril de 2013

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Experiências em Empreendedorismo Materno - Jardim de Om, em Bauru/SP

Iniciamos hoje uma série de postagens que divulgam, reforçam, e compartilham experiências maternas empreendedoras de mulheres que mesmo após o nascimento de seus filhos/as, sem deixá-los/as aos cuidados de outros/as , numa maternidade ativa, deram continuidade à questão profissional, mudando muitas vezes de área, por conta da experiência transformadora que a maternidade proporciona!

É um prazer e alegria ser canal dessa e muitas outras histórias que virão por aqui!


O 1o. desses empreendimentos maternos a ser divulgado é o ateliê eco cultural materno da comadre Denise Cardoso, Jardim de Om, localizado no interior paulista, em Bauru/SP, também nosso parceiro na distribuição/comercialização da publicação organizada por Bianca Lanu "Parteiras Caiçaras", c/ relatos de parto e nascimento de parteiras tradicionais caiçaras, da Ilha de Cananéia - Vale do Ribeira/SP!



O espaço oferece uma variedade de outros produtos, p/ mães e bebês, em um ambiente cuidadoso que atua em Educação Perinatal c/ rodas para gestantes, casais e mães, c/ troca de experiências, informações, e preparação p/ o parto natural e ativo, sendo que sua gestora também é doula, aprendiz de parteira e instrutora de Yoga, mãe de duas queridezas, a Anahí e o Ravi!


Fralda Bonita, Weleda e Parteiras Caiçaras na estante!

Roda de mães, c/ Denise Cardoso.

Ravi  & Anahí


Acessem e curtam a fanpage - aqui!

"Jardim de Om é uma sementeira, um abrigo de mudas de desejos. O Jardim faz parte de um sonho acreditado, realizado, que se transforma em cada presença, vem de encontro ao respeito à natureza, de um brotar de ideias, amadurecer forças de criação e realização. Um canteiro compartilhado com pessoas em gestação de valores com o natural, o amor, a infância, a criatividade, o humano, enfim, aos valores essenciais da vida."  Denise Cardoso



E, simbora fazer uma visita!!!


* Leia também Mães de academia: unir maternidade e pós-graduação é possível, pela Cientista que virou mãe, Ligia M. Sena, nossa comadre blogueira!

Fotos: Acervo Pessoal de Denise Cardoso.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Tem sorteio na área - Calendário Nascer, do Ishtar Sorocaba

O Ishtar Sorocaba lançou para 2013 o calendário NASCER com fotos de nascimentos de mulheres que participaram do grupo de apoio a humanização do parto em Sorocaba e protagonizaram a chegada de seus filhos.


São 12 fotos com partos domiciliares, hospitalares e em casa de parto, pessoais e das fotógrafas Fabi Ribeiro, Kelly Stein e Sam Golob.

O valor de cada calendário de parede é R$10,00 e todo o valor é revertido para o grupo, sem fins lucrativos.

Para saber mais: ishtarsorocaba.blogspot.com - espacoishtarsorocaba@gmail.com ou (15)9707-4707 / (15)9118-6628.

Para quem está em Sorocaba, os exemplares podem ser retirados no Bem Gerar (www.bemgerar.com) ou podem ser estreguem a domicílio sem custo adicional. Para demais localidades, o grupo envia por correio, com frete por conta do comprador.

Nesta segunda-feira divulgamos o sorteio do calendário!

Tantantantannn...

Quem será?!?!

\o/

\o/

\o/

\o/

\o/


E, quem leva p/ casa é Thaís Laurindo!!!


Entraremos em contato pela nossa página, e o Ishtar Sorocaba, c/ Carla Arruda enviará pelos Correios!

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...