terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Minas, eu quero vocês! (Parte 1)

Minas de muitos sabores, gente, rios e cachoeiras, e história.

Imagens (do alto para baixo, da esquerda para a direita): bandeira do Estado; conjuntos folclóricos de bonec@s de palha (www.asminasgerais.com.br); garimpo em Diamantina (Wikipédia); plantação de café em São João do Manhuaçu, na Zona da Mata (Wikipédia); tambores em festa popular (foto: Leonardo Lara); Glorificação da Virgem, pintura do mestre Ataíde na igreja São Francisco de Assis em Ouro Preto (Wikipédia); e Jequitibá (foto: Wagner Andrade).
“A mesa mineira, onde sempre cabe mais um, é a maior marca da hospitalidade do povo do Estado.”
Frase extraída do Portal do Governo de Minas Gerais (http://www.mg.gov.br/governomg/comunidade/governomg/conheca-minas/turismo/5146).
Pois bem, um outro fenômeno social vem marcando fortemente a cultura mineira: o respeito ao tempo de nascer de mineirinh@s; o respeito e a valorização da autonomia das mineiras parideiras.

E eu, que estou descobrindo este cenário tão recentemente, não consigo esconder minha admiração pelo sucesso do trabalho dessa gente: quero muito ver esse povo do parto de perto!
Sei que há muito mais entre o céu e a terra do que supõe minha vã cabecinha, mas hoje, quero tratar daquilo e daquel@s que me inspiraram para publicar este post.
Então, se você não está em Minas, pegue o seu café, e pense naquela melhor receita de pão-de-queijo possível....
Para iniciar, vamos falar do lançamento do livro Humanização do Parto: Política Pública, Comportamento Organizacional e Ethos Profissional, de Monica Bara Maia (Ed. FIOCRUZ, RJ, 2010). O evento acontece hoje, dia 14, a partir das 18h30, na Blooks Livraria - dentro do Artiplex Unibanco de cinema - Praia de Botafogo n° 316, Rio de Janeiro.
Humanização do Parto: Política Pública, Comportamento Organizacional e Ethos Profissional é resultado da pesquisa de Mestrado em Ciências Sociais na PUC-MG, defendida em 2008.
Para a autora, humanizar a assistência significa, essencialmente, resgatar a individualidade e o protagonismo da mulher no parto.
Para analisar como as diferentes organizações hospitalares de Belo Horizonte (via equipes obstétricas) respondem às diretrizes de humanização do parto, a pesquisadora fez observação direta das reuniões da Comissão Perinatal, além de entrevistas com diretores das maiores maternidades da capital, obstetras médic@s e enfermeir@s.
Mãe de dois, Monica é gente como a gente (rs!), e avisou que não poderá comparecer ao evento de lançamento do livro porque tem formatura do filhote para prestigiar. Sacumé, outros livros virão.... (bom para nós!)
E o blog Parto no Brasil vai conversar com Monica Bara Maia para saber das entrelinhas desta produção. A entrevista você confere aqui, a partir de quinta-feira; aguarde e confira! Enquanto isso, deixo aqui para vocês o resumo da dissertação de mestrado, e o link para a pesquisa completa. *Se você tiver dúvidas, ou quiser comentar o trabalho de Monica, escreva para partonobrasil@yahoo.com.br e, na medida do possível, incluiremos sua reflexão em nossa pauta.
Resumo: O parto e o nascimento são eventos a um só tempo fisiológicos, culturais, individuais e políticos. Em pouco mais de um século, a medicalização do parto e da gestação transformou-os em objetos do conhecimento e da prática médica, e o parto deixou de ser uma experiência da esfera familiar e íntima, compartilhada entre mulheres, para se tornar um evento dominado pela medicina, institucionalizado nos hospitais e regulado por políticas públicas. (...) Este trabalho busca identificar quais os constrangimentos institucionais dificultam a implementação das políticas públicas de humanização do parto nos hospitais públicos e privados de Belo Horizonte, considerando o comportamento organizacional e o ethos das profissões que atuam na obstétrica, ou seja, enfermagem e medicina.
Hoje ficamos por aqui. Nos próximos posts desta série-mineirinha, você conhecerá os trabalhos desenvolvidos no Hospital Sofia Feldman - que ficou merecidamente famoso em Brasília, durante a III Conferência da Rehuna; saberá da organização e missão da Comissão Perinatal de BH; e também terá a oportunidade de admirar o trabalho das mulheres parideiras da ONG Bem Nascer.
A tod@s, minha gratidão!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...