segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Luta nossa de cada dia


Boa noite,
Hoje o debate por aqui é sobre parto!
Parto, poder e política!
Pois é assim que deveríamos olhar para este prisma, como já foi dito por aqui outrora - parto é política! E, quando digo política é no sentido original do termo, stricto sensu.
Nosso corpo é nosso 1o. instrumento, a forma de interagirmos com o mundo. É nele que estão impregadas nossa cultura, seus ritos, mitos e práticas. Mas, porque atualmente deixamos que os outros decidam por nós? Porque deixamos que as instituições médico-hospitalares protocolizem o tempo de quando devemos parir?
Nem sempre foi assim...
A medicalização do corpo feminino é um evento recente da História!
E, o movimento pela humanização da assistência ao parto e nascimento cada dia mais se enaltece! Seja pelas vozes de mulheres que tiveram que lutar pelos seus partos; por aquelas que, ainda, carregam feridas e cicatrizes; por profissionais da área da saúde; pela riqueza de novas pesquisas e evidências científicas etc.
Todos juntos somos fortes - já diria o poeta!
Neste cenário de ativismo, militância e luta compartilho ricas experiências, que merecem destaques:
Ventre
Projeto Menina Mãe - http://projetomeninamae.com.br/.
O Departamento de Assuntos Comunitários da Associação dos Médicos de Santos (AMS) promove este trabalho, que é um projeto piloto com adolescentes grávidas, com uma equipe multidisciplinar voluntária, formada por médic@s, fisioterapeutas, psicólog@s, enfermeir@s, nutricionistas, advogad@s etc. visando minimizar os efeitos que uma gestação nesta faixa etária pode provocar no desenvolvimento físico-emocional destas meninas.
Trabalho de Parto
Leiam este belo relato da parteira tradicional Suely Carvalho, fundadora da ong Cais do Parto, em Olinda/PE, publicado na revista tato, na Categoria Umbigo, por Thays Prado, em 1o. de dezembro de 2010 - Pelo direito de nascer de parto normal.
Confiram este ótimo post da Dra. Carla Andreucci, editora do blog Parir é Natural, sobre o modelo Home-like (como em casa) de assistência ao parto, que reproduz no ambiente hospitalar o aconchego de nosso lar - Modelo Home-like.
Mais um bravo depoimento sobre a busca de se ter um parto no Brasil, um dos recordistas mundiais nos elevados índices de cesáreas eletivas, por Eliane Brum, jornalista colunista da revista Época - Eu fiz o parto do meu filho, não o médico.
Parto
Vejam trechos de dois incríveis documentários:
The Business of Being Born - http://www.thebusinessofbeingborn.com/;
You Have a Choice - http://vimeo.com/6344770.
Pós-Parto
Mal me Quer - Divulgamos este empoderador trabalho realizado em Portugal sobre os abusos obstétricos, e, como podemos resgatar as dores sofridas - http://www.malmequer.org/.
O abuso obstétrico consiste na intervenção clínica sobre a grávida/parturiente/puérpera, ou sobre o seu bebé, sem informação prestada à mulher alvo de intervenção e/ou sem o seu consentimento prévio, ou com consentimento prestado sob qualquer forma de pressão ou contra-informação, o que constitui, por si só, uma forma de abuso.
Para finalizar encerro a noite de hoje com as palavras da Dra. Melania Amorim:
"O protagonismo do parto não se devolve, se conquista".

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...