Divulgo novidades que circularam na web sobre a manifestação contra a redução de vagas e o possível fechamento do Curso de Obstetrícia da EACH-USP, único no País a formar obstetrizes:
Parto de baixo risco com enfermeira sim, por Kalu Brum, jornalista, doula e fotógrafa, além de co-editora do Mamíferas - http://www.blogmamiferas.com.br/2011/03/parto-de-baixo-risco-com-enfermeira-sim.html.
Obstetriz na saúde da mulher, por Bia Fioretti, fotógrafa e idealizadora do Projeto Mães da Pátria, que fotografa imagens de parteiras pelo mundo - http://maesdapatria.wordpress.com/2011/03/23/obstetriz-na-saude-da-mulher/.
Lindas fotos do ato realizado ontem, na Reitoria da USP, no Butantã, em São Paulo/SP, que contou c/ a participação de cerca de 150 ativistas a favor da arte de partejar!
O IG noticiou: Governador promete ajuda contra o fechamento de curso da USP Leste, por Cinthia Rodrigues - http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/governador+promete+ajuda+contra+fechamento+de+curso+da+usp+leste/n1238187030422.html. O G1 também: Alckmin defende manutenção de curso de Obstetrícia na USP Leste - http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2011/03/alckmin-defende-manutencao-de-curso-de-obstetricia-na-usp-leste.html.
O site do DCE também comentou e informa sobre a audiência pública na ALESP que será amanhã, dia 24, confiram no link: Audiência pública e paralização no dia 24 - http://www.dceusp.org.br/2011/03/audiencia-publica-e-paralisacao/. Também publicou imagens e vídeos do ato ocorrido ontem: Fotos e vídeos do ato em defesa da Obstetrícia (22/março) - http://www.dceusp.org.br/2011/03/fotos-e-videos-do-ato-em-defesa-da-obstetricia-22marco/.
Para finalizar, fecho c/ as sábias palavras de Adriano Rangel, geógrafo e jornalista, além de conterrâneo dos mares de Caniné (puxa, rs!) via Facebook:
"Não estudo na EACH, não tenho filhos, não moro da zona leste, mas tudo isso não importa quando a USP resolve arbitrariamente cometer, pela segunda vez em sua história, o erro de fechar um dos cursos mais humanísticos da área da saúde, o de Obstetrícia. Tendo ou não filhos, sendo ou não estudante de Obstetrícia, a extinção do curso deve ser motivo de revolta em toda a sociedade, a maior interessada na formação de profissionais de saúde capazes de olhar o ser humano como gente, não como mero produto. A formação atual dos profissionais da saúde tem desprezado sistematicamente o estudo das questões sociais que permeiam a saúde pública. O curso de Obstetrícia é um dos poucos, quiçá o único, que tem, desde a sua origem, o compromisso de abordar o parto como um processo natural, que deve ser respeitado. Infelizmente, não é esse o tratamento que a maioria das mulheres recebe, especialmente na rede privada, onde a taxa abusiva de cesáreas (90%) visa industrializar o parto e, com isso, torná-lo mero produto. A USP Leste foi inaugurada sob a justificativa de levar o ensino público para uma região carente da cidade. Poucos anos depois, A mesma USP decide reduzir a já pequena oferta de vagas na nova universidade, privilegiando, como de costume, cursos "de maior reconhecimento social", como se o papel da universidade não fosse justamente o de gerar todo o tipo de conhecimento. O reitor João Grandino Rodas fará história ao repetir o erro de menosprezar a formação humanística em prol exclusivamente das demandas de mercado, lugar que, lamentavelmente, a saúde pública brasileira se encontra há muito tempo. Ofereço o meu apoio aos estudantes de Obstetrícia e à todas as mulheres brasileiras, que merecem ter um tratamento digno no sistema de saúde."
E, neste sábado, dia 26, às 10h no vão livre do MASP, na Av. Paulista, em São Paulo/SP, novo ato de repúdio contra a posição do COFEN e USP, reúnam-se, compareçam, lutem por uma assistência ao parto e nascimento humanizada, pois parir c/ obstetriz é tudo de bom!!!
_ilustração de Ingrid Lotfi, doula e ativista da Parto do Princípio (PP).
Nenhum comentário:
Postar um comentário