sexta-feira, 22 de abril de 2011

Anotações da Formação Profissional em Parto Ativo, c/ Janet Balaskas

Hoje compartilho minhas anotações pessoais colhidas durante os três maravilhosos dias que passei ao lado de 30 mulheres e Janet Balaskas, que nos privilegiou c/ tantas e ricas informações acerca do Parto Ativo. Nesta vivência além de conhecermos diversas posturas verticais que auxiliam na dor durante o trabalho de parto/parto, c/ o uso da bola Suiça, também tivemos momentos de relaxamento e respiração c/ o Yoga aplicado à gestantes, no Active Birth Centre, em Londres, além de refeições vegetarianas indianas saboreadas na Associação de Yoga do Paraná (AYPAR), onde tivemos a formação, organizada pelo Espaço Aobä, em Curitiba/PR.

FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM PARTO ATIVO - MÓDULO I
De 15-17 Abril de 2011 - Espaço Aobä – Curitiba/PR
Janet Balaskas - Educadora Perinatal, fundadora do Active Birth Centre, em Londres e do Parto Ativo, tendo dado aulas de preparação p/ o parto há 25 anos. Também trabalha na Hungria.
Tradução: Talia Gevard.Itálico
Dia 15
Anos 70 – Inglaterra:
Início do Movimento pelo Parto Ativo, c/ passeatas e mulheres nas ruas exigindo o direito de parir c/ dignidade e respeito.
O controle ativo do trabalho de parto/parto era uma práxis do modelo obstétrico britânico, c/ indução, monitoramento eletrônico, uso de analgesia c/ peridural e cesárea, em última instância, sendo uma das características do mundo civilizado, que extinguiu o ofício das parteiras c/ a medicalização do corpo feminino.
A obstetrícia era responsável por diagnosticar problemas e salvar vidas, especialmente c/ a cesárea moderna, porém, ao invés de ter sido um modo alternativo de parto, passou a ser realizada corriqueiramente e aplicada a todas às gestantes, o que culminou na “Cultura do Medo”, atrapalhando o processo natural do nascimento.
Na mão dos profissionais em posição deitada (litotomia), a gestante fica a mercê desse modelo obstétrico, nesta medida o Parto Ativo é uma mudança de paradigma, não só nas posições, mas uma reconquista da privacidade, liberdade e controle do corpo feminino, tendo o parto como processo fisiológico e a mulher como um mamífero.
Com a medicalização do parto, quais os resultados que vemos?
Aumento das complicações e intervenções c/ o aumento da taxa de cesáreas, o que nos demonstra uma falha da Medicina, não cumprindo seu papel.
E, como o Parto Ativo deveria ser p/ uma gestante de baixo risco?
C/ 80% de chances de ter um parto vaginal.
Mas, porque ter um bebê naturalmente? O que é o Parto Ativo? Como os bebês nasciam ao longo da História, nas mais diversas culturas?
Este é nosso ponto de partida.
Imagens de mulheres em posições verticais foram vistas pela autora em um museu em Londres, o que demonstra um comportamento universal e instintivo, presente nos genes e apreendido pelas gerações, c/ a interferência da Cultura. No entanto, o saber popular foi suplantado pelo saber médico e a Ciência.
A sabedoria feminina contribuiu ao longo da História, e nos últimos 30/40 anos pesquisas demonstram como tais práticas são benéficas, c/ a redução de medicamentos alopáticos e menores taxas de cesárea.
Anos 80 – Inglaterra:
Manifesto pelo Parto Ativo, baseado em evidências científicas – (http://partonobrasil.blogspot.com/2011/04/manifesto-pelo-parto-ativo-por-janet.html)
Os benefícios do Parto Ativo:
Sacro/cóccix – Pélvis feminina perfeita p/ o parto.
O sacro tem inúmeros nervos que massageados durante o trabalho de parto contribuem na redução da dor, além disso, a relaxina e a progesterona são hormônios que amolecem a pélvis, que se alarga cerca de dois cm.
Os ossos do crânio do bebê se acomodam na pélvis, que alargada, c/ o sacro mais móvel, dá a possibilidade da cabeça do bebê se encaixar; o sacro se levanta e se abre, um design e uma fisiologia perfeita!
A pélvis se abre de frente para trás – 1/3 a mais do que na posição deitada (supina).
Alterar a posição p/ vertical já é uma transformação!
Parto Ativo= mais espaço p/ o bebê
A pélvis se assemelha a um funil (analogia). A gravidade é uma força poderosa!
Parto Ativo= gravidade
O útero:
Como funciona o útero?
Nas contrações o útero vai p/ frente. O suplemento de sangue vai p/ o útero, placenta e bebê.
No fim da gravidez, a barriga tem um peso aproximado de 10-15 kg. De costas, todo esse peso pressiona os vasos sanguíneos – veio aorta/cava, acarretando a falta de oxigenação p/ o bebê – sofrimento fetal/cesárea.
Na posição vertical e c/ o corpo p/ frente o útero também vem p/ a frente e c/ práticas simples, como a Yoga na gravidez, os benefícios são imensos.
Posição de quatro apoios:
Como os médicos ignoram isso? Faz uso de peridural, diminuindo a oxigenação p/ o útero.
Com indução e anestesia o Parto Ativo pode também ser empregado, sendo mais seguro p/ o útero trabalhar, p/ o bebê descer e nascer.
O bebê não é passivo no trabalho de parto/parto – reflexos inatos, e realiza uma grande jornada, senão a maior delas, p/ nascer.
O bebê precisa de sua mãe!
O oxigênio dá forças p/ o bebê nascer.
A pélvis tem um diâmetro maior na entrada, de um lado ao outro. O maior diâmetro da cabeça do bebê encaixa na pélvis.
A chegada no assoalho pélvico – Músculos curvos; a rotação do bebê é de 90 graus (restituição), isso quando ele está c/ seu dorso voltado p/ o abdômen da mãe, preferencialmente à esquerda, mas qdo ele está em posição posterior, c/ suas costas voltada p/ as costas da mãe, ele precisa fazer duas rotações de 90 graus, característica de partos demorados, pressão anal e dor no sacro, ao invés de na pélvis. A explicação p/ esta posição posterior do bebê são os hábitos de vida e postura da mãe.
Ao longo da coluna e cabeça – parte mais pesada do bebê.
Posturas:
No fim da gestação é indicado às gestantes posições eretas, c/ a pélvis mais alta que os joelhos ou c/ o corpo p/ frente p/ ajudar o bebê a se posicionar.
O uso da bola de Pilates no pré-natal e no trabalho de parto – Posições.
O papel do acompanhante no trabalho de parto é oferecer apoio à gestante, pois o parto é um processo.
Assim, é benéfico trabalhar o Parto Ativo ao longo da gestação, c/ a Yoga para gestante, a partir da 16ª. semana, por exemplo.
Janet não gosta da denominação “fases” p/ o trabalho de parto/parto, pois a experiência é contínua.
1. Pré trabalho de parto > “Aquecendo”
Os hormônios se preparam p/ o parto – Ocitocina e endorfina, que aumentam no fim da gestação.
A mulher, nesse período, deve descansar, pois tais hormônios começam sua atuação no fim da gestação. A palavra é relaxar!
Nas últimas três/quatro semanas da gestação é iniciado o preparo p/ o trabalho de parto pelo próprio corpo. O pulmão do bebê começa a “amadurecer”, se expandindo, expelindo o fluído no líquido amniótico, que é aderido pela mãe até chegar ao cérebro materno, ativando a ocitocina – conexão.
Ansiedade, medo e stress dificultam o processo do trabalho de parto.
O colo uterino produz prostaglandina, que deixa macia a sua parte baixa.
2. “Amaciamento”
Colo do útero macio, contrações e afinamento desse colo.
* Janet não utiliza a expressão “contração”, e sim “ondas” (waves).
3. “Afinando” – Raiz do parto
Colo dilatado – 0-10 cm. O bebê desce, suas orelhas alcançam à pélvis e ajuda a abrir o colo do útero; c/ o bebê alto o colo tem dificuldade p/ abrir.
4. “Abertura”
Confiar no instinto durante a gestação.
5. “Completude”
Transição – Parto – Placenta
Reflexo de puxo do útero muito forte – retraí e empurra.
Na 1ª. hora até às quatro horas após o parto – Vínculo e amamentação.
Os Hormônios:
Janet cita Michel Odent que menciona o coquetel de hormônios produzidos durante o trabalho de parto/parto, como a ocitocina, produzida no hipotálamo, uma glândula situada atrás da cabeça.
Há um contínuo de ocitocina durante o trabalho de parto até a expulsão da placenta – Extraordinária produção. Através de pulsos chega até o útero da mulher, pela corrente sanguínea.
O ritmo do trabalho de parto é contração – descanso, como um ciclo.
A ação muscular do útero é Contração – Parto – Expulsão da placenta, c/ um pico de produção de ocitocina, que também está presente no orgasmo feminino e masculino, e na ejeção do leite, chamada por Odent como o “Hormônio do Amor”.
O processo do parto tem um efeito neurológico no cérebro, produzindo um comportamento maternal. A adrenalina inibe a ação da ocitocina.
Ansiedade, medo, ser observada estimulam o néocortex e inibem a produção de ocitocina. Proteção, silêncio, falta de estímulo, ambiente aquecido tornam o parto mais rápido, pois facilitam a liberação desse hormônio tímido.
Dar à luz envolve reflexos primitivos/animais, tal como quando se faz amor e ou se tem orgasmos – É necessário esquecer do mundo e deixar fluir, uma total entrega.
Privacidade e ambiente suave – Quente, escuro, isolado. Nada pode atrapalhar a atuação da ocitocina. As mulheres podem parir por elas mesmas, em um estado calmo, adormecido, introspectivo, em transe, c/ concentração e foco. A ocitocina dá alívio à dor, enviando ao sistema nervoso sinais, cujo efeito é a diminuição dessa sensação dolorosa.
Endorfina – Produzida na parte da frente da glândula pituitária, ao passo que a ocitocina na parte de trás dessa mesma glândula.
OCITOCINA – ENDORFINA > Química natural em nosso próprio corpo
Em todo o processo de nascimento mãe/bebê recebem altos níveis desses hormônios, estimulando o comportamento maternal e a liberação de prolactina, que produz o leite materno. A produção de ocitocina é contínua após o parto, nascimento e no contato c/ o bebê, assim, para a mulher passar por essa experiência é ir muito além da dor.
Os bebês nascem sem chorar, ficam c/ os olhos abertos, prontos, formando um grande vínculo.
Na Inglaterra, após 40 semanas, as gestantes são induzidas e as taxas de cesárea estão crescendo cada vez mais.
Terapias complementares p/ acelerar e entrar em trabalho de parto contribui e muito, como a Reflexologia, uso de Mocha, Acupuntura etc.
O corpo sabe à hora de nascer e o bebê também!
A gestante precisa relaxar e se ela souber a fisiologia de seu corpo terá confiança, mas como ajudá-la? A ansiedade não é um estado natural de uma gestante. Falta compreensão da fisiologia do parto.
Parto & Sexo – Condição médica nos dias atuais.
A preparação durante a gestação deve ser holística, e contribui p/ reduzir a ansiedade.
Janet se encontra uma vez por semana c/ suas gestantes no Active Birth Centre, por duas horas p/ praticar Yoga p/ o parto ativo, sendo que é a partir da 16ª. semana que as grávidas iniciam os exercícios, geralmente. Essas aulas são mistas, c/ gestantes em todas as semanas, onde há uma troca neste processo educativo. No grupo de grávidas todas trocam e aprendem, compartilham suas experiências, tomam chá; uma vez por mês também há um encontro c/ a presença dos pais. Doulas e obstetrizes presentes no grupo se apresentam às gestantes.
Ações Afirmativas – Afirmações (programar a mente):
MEU CORPO SABE PARIR
MEU BEBÊ SABE COMO NASCER
MEU BEBÊ SABE QUANDO NASCER
MEU BEBÊ ESTÁ DESCENDO
MEU BEBÊ ESTÁ DESCENDO FACILMENTE E C/ SUAVIDADE
MEU CORPO ESTÁ SE ABRINDO
O corpo grávido após as afirmações fica mais confortável e feliz! Este trabalho de suporte é um antídoto.
Na Inglaterra as opções de assistência neonatal são: Serviço Nacional de Saúde, c/ Parto Domiciliar c/ duas obstetrizes, que recebem treinamentos extras para PD, um supervisor fica no hospital e conversa c/ as parteiras por telefone, quando necessário. Também há a possibilidade de transferência, caso necessite. Além dessa opção também existem os Centros de Parto, para partos c/ baixo risco c/ obstetrizes, s/ epidural, c/ banheiras, em um trabalho de equipe. Por fim, pode-se parir no hospital ou contratar obstetrizes particulares. Fruto do resultado de três décadas de mobilização, campanhas e trabalho direto c/ as mulheres p/ se alcançar tais práticas, mesmo assim ainda existem problemas, como falta de recurso e de obstetrizes, sendo que apenas de 15 a 20 % das mulheres britânicas tem um parto ativo.
Ocitocina sintética – Efeito nos músculos, mas não no vínculo e na produção de endorfina, levando ao aumento do sofrimento fetal e, por fim, de cesáreas > Cascatas de intervenções.
Realizar movimentos em espiral durante o trabalho de parto e parto tem uma relação c/ a energia do Universo; entregar-se conscientemente e perceber a sexualidade no parto dá a mulher o controle da situação. Bebês que nascem c/ respeito tem uma inteligência inigualável!
Parto> Processo de coragem e de autodescoberta
* A Inglaterra é um dos Países europeus pioneiros no parto na água.
Dia 16
O local do trabalho de parto:
Chão – Tapetes, lugar limpo, c/ lençóis que possam ser higienizados facilmente.
A mulher precisa manter sua energia, dormir, comer, beber água p/ ficar hidratada e ficar relaxada. Descansar do lado esquerdo. Ter apoio e segurança. Tentar dormir. Ter uma doula. Ter ajuda c/ os outros filhos.
Posições verticais durante as contrações (“waves” – ondas). Suavidade nos movimentos, respiração abdominal. Entre as “ondas” a gestante descansa na bola suíça c/ uma toalha na bola.
O trabalho de parto fica cada vez mais profundo e o Yoga é uma ferramenta muito importante p/ meditação, respiração e relaxamento, também importantes p/ a gestante passar por este momento.
Na Inglaterra os Centros de Parto indicam p/ às gestantes ficarem em casa até as “ondas” ficarem ritmadas e padronizadas, em torno de quatro a quatro minutos.
Janet nos mostra uma foto de um iceberg, c/ a maior parte dele submersa pela água, e faz uma analogia ao útero – Educação através de uma nova linguagem c/ a mulher em trabalho de parto, se necessidade de ser medicalizada.
O uso da bola suíça p/ relaxamento e respiração – Um pouco antes da “onda” chegar à gestante relaxa e respira; no topo da “onda” ela estará preparada e focada na respiração, que deve ser intensa nesse pico. O bebê oxigenado tem energia p/ o parto. A mulher deve se concentrar no pico da “onda” – A “Zona”/Partolândia. A mulher deve ficar entregue, em transe, trabalhando junto c/ a energia do parto.
Em quatro apoios – Posição muito relaxada p/ o final do trabalho de parto, c/ “ondas” rápidas, estando à mulher aterrada ao chão, c/ a mandíbula solta e a boca aberta; os sons vem de dentro, não da garganta, são guturais e naturais. C/ a cabeça mais baixa que a pelve o parto fica mais rápido no expulsivo, além de contribuir p/ o bebê mudar de posição – Janet nos mostra uma imagem de um urso polar nessa posição (analogia).
Bebê em posição c/ as costas na coluna da mãe, ocasionando dor nas costas na gestante e pressão no ânus – No início do trabalho de parto usa-se essa postura de quatro apoios, ao invés de posições verticais.
Acupuntura, Hipnose, Reflexologia e exercícios p/ auxiliar a mudança de postura do bebê.
No Centro de Parto Ativo há uma clínica de Terapias Complementares, em Londres.
Exercícios na parede p/ virar o bebê pélvico – deitada de costas, pés na parede, almofada embaixo; posição urso polar.
Pulsatilla – Homeopatia tomada em dose alta, uma única vez, contribui p/ mudança; caminhar uma hora por dia devagar, Acupuntura.
Liberar os medos – Psicoterapia.
Trabalho individual c/ a gestante.
34 semanas – Evitar o cócoras qdo o bebê está sentado.
Preparar a gestante p/ a cesárea, p/ evitar desapontamento. O bebê vem 1º. Não idealizar o parto ativo. O bebê recebe mensagens da mãe constantemente. Acolher a mulher grávida, dar carinho e atenção.
Sobre versão externa – As parteiras tradicionais relaxam muito a gestante p/ a prática, algumas inclusive tomam uma dose de bebida alcoólica e oferecem à gestante. Janet não gosta desta técnica, pois é preciso ter muita delicadeza, p/ não ser agressiva.
O útero:
Como é seu funcionamento? Ação involuntária – reflexo.
- Fibras longitudinais que trabalham na parte superior no trabalho de parto, provocando a descida do bebê;
- Fibras oblíquas que se cruzam; presença de muitas veias, muito sangue;
- Fibras concentradas na parte baixa do útero, elípticas.
Não é necessário fazer força, mas a ação já está impregnada no inconsciente das mulheres.
O útero sabe como parir o bebê!
A consciência do parto natural está voltando e é por isso que estamos aqui hoje!”. Janet Balaskas
No Reino Unido as obstetrizes usam o Partograma.
Piscinas de parto – 75% dos hospitais ingleses tem piscinas p/ o parto.
* www.activebirth.com
Usar a piscina reduz a taxa de peridural e cesárea, baseado em muitas pesquisas, assim os hospitais aderiram por questões econômicas.
O uso da água no trabalho de parto/parto - A mulher não deve entrar na água no início do trabalho de parto; aguardar os cinco/seis dedos de dilatação. Água em temperatura pouco abaixo da temperatura ambiente, se necessário ver c/ um termômetro, de 32 a 36 graus. P/ o parto, de 35 a 36, em Países quentes. O bebê tem um grau a menos que a mãe.
O que se atentar em um parto na água:
- Qdo entrar?
- Temperatura
- Profundidade da água – água até o peito, c/ os ombros expostos. Em duas/três horas a dilatação total deve ser atingida p/ parir, se isso não acontecer, ou o trabalho de parto ficar lento é indicado sair da água.
Não dizer a mulher o que fazer, pois ela é guiada por sua intuição. O ambiente favorável contribui p/ isso. Dar sugestões, mas não prescrições; não criar regras e dar liberdade.
Odent diz que a água tem efeito sobre a ocitocina – redução.
Não ter a fantasia de parir na água, pois é preciso condições que só serão conferidas durante o parto.
Teste da piscina – “Água e Sexualidade”, Michel Odent.
Reflexo de mergulho – O bebê tem a laringe fechada e não respira pelo nariz nesse momento. O estímulo é dado quando ele sai da água e o ar toca seu rosto. Tempo do corte do cordão – Não há motivo p/ cortar o cordão umbilical antes da saída da placenta. A razão de cortar o cordão apressadamente é que após a saída do bebê é introduzida ocitocina sintética p/ dequitação da placenta, que é manual e controlada pelo médico.
“Completude”-Parto – Cabeça do bebê no assoalho pélvico – “Medo fisiológico”.
Primeiro vem o cocozinho, depois o bebezinho!”. Ina May
Dia 17
No 3º. trimestre de gestação – Relaxamento e respiração; habilidade p/ relaxar e estar calma, trabalhar o medo.
Posição de relaxamento p/ o fim da gestação – Deitar do lado esquerdo p/ o bebê ter suprimento de oxigênio. Encorajar o bebê a ficar na posição esquerda.
Muito dos problemas da amamentação começam c/ o uso de medicamentos durante o parto, como a ocitocina sintética e a peridural, que dão um efeito combinado no bebê. É muito importante encontrar formas holísticas p/ empoderar a mulher, s/ o uso de alopáticos.
As características da “Completude”:
Na 1ª. parte do trabalho de parto a adrenalina é ausente, pois está inibida, mas uma vez completa a dilatação a mãe tem uma descarga desse hormônio, mas o que produz esse efeito? Segundo Odent o “medo fisiológico”.
O último dos quatro partos de Janet foi assistido por Odent em casa, c/ uso de piscina p/ o parto, porém como o mesmo teve uma parada de progressão, o obstetra pediu q ela saísse da água. Em poucos minutos sua filha caçula nasceu! Três anos antes Janet tinha tido uma cirurgia de fibrose no útero, tinha já 42 anos, e o bebê pesava mais de cinco quilos, mesmo assim, não teve nenhuma laceração.
Parecia que eu dirigia uma Ferrari, s/ freio!”. Michel Odent
Não ter durante o trabalho de parto e parto pessoas ansiosas por perto. As obstetrizes precisam estar conscientes do silêncio e privacidade. O principal equipamento é a mudança de consciência. Ensinar a mulher a se soltar, e no parto em si só é preciso esperar!
A importância da respiração, do movimento da pélvis. No parto ativo é necessário espaço p/ se movimentar, inclusive na água/piscina.
Quando ter o parto na água?
- Se os batimentos cardíacos do bebê estiver ok;
- Se a mulher quiser;
- Gemelares e pélvicos são contra indicados na água;
O ponto é que condições as mulheres precisam p/ produzir os seus hormônios naturais.
Quando o bebê está de ombros presos – Posição em pé, c/ um joelho no chão. Duas outras pessoas fazem pressão no quadril p/ abri-lo.
O índice de morte materna/neonatal por cesárea é de 55%, segundo estudos científicos.
É sobre liberdade que a gente fala!”. Janet Balaskas
Hands off!” – Sem as mãos, mas a postos.
O futuro começa c/ um pequeno passo!”. Janet Balaskas

2 comentários:

  1. Espetacular, Bi!!
    Muito obrigada por compartilhar!
    Beijão
    De
    www.jardimdeom.com

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  2. Maravilhoso, Bianca!!

    Cheguei a me inscrever para o Curso mas não pude ir, através das tuas anotações pude aproveitar um pouquinho da Janet também!
    Muito obrigada!!

    ResponderExcluir

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