Parto (In) Seguro: Seminário Internacional sobre Segurança e Qualidade na Assistência ao Parto
O que as próprias mulheres podem fazer para melhorar a qualidade do seu cuidado?
Como aumentar a segurança e referência para os partos fora do hospital?Cartaz de Bia Fioretti
O Brasil não tem conseguido reduzir a morbimortalidade materna, e enfrenta um aumento de nascimentos de bebês prematuros e de baixo peso. São resultados de problemas de vigilância, avaliação e planejamento das ações em saúde, todas permeadas por dimensões culturais.Por meio do SUS, o país tem conseguido uma grande vitória que é a universalização do cuidado à saúde. Agora, é hora de dar atenção à qualidade e à segurança do cuidado.
Intervenções benéficas e seguras, como grupos educativos no pré-natal, presença de acompanhantes no parto, garantia da privacidade das pacientes, e recursos não-farmacológicos para alívio da dor, não têm sido oferecidos à maioria das mulheres, nem quando previstos em lei. Pesquisas brasileiras mostram taxas de depressão e estresse pós-traumático pós-parto mais alto que em outros países.
No Brasil, a assistência ao parto se caracteriza pelo uso excessivo de intervenções como cesáreas, episiotomias, fórceps e aceleração do parto com drogas. Tais intervenções podem levar a conseqüências adversas à saúde de mães e bebês: no curto prazo (período perinatal), e em alguns casos, com implicações para o resto da vida.
Estes aspectos do cuidado e suas conseqüências são problemas de segurança e de qualidade da assistência, e devem fazer parte dos sistemas de informação em saúde.
As Metas do Milênio propostas pela ONU, além de provocarem algumas transformações concretas, servem também como um tipo de diagnóstico da situação atual. A expectativa é de que a Meta do Milênio número 5 (redução de três quartos da mortalidade materna entre 1990 e 2015) não será alcançada, em nenhum estado do país.
A Faculdade de Saúde Pública da USP quer enriquecer este debate e, para isso, convida a comunidade para o encontro da Profa. Jane Sandall, do Reino Unido, com três especialistas brasileiras: Dra. Sonia Lansky, de Belo Horizonte, MG; Dra. Maria Esther Vilela, de Brasília-DF; e Dra. Simone Grilo Diniz, docente na FSP/USP. (Confira mini-cvs abaixo).
Como mudar este quadro? Venha discutir conosco!
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Parto (In) Seguro: Seminário Internacional sobre Segurança e Qualidade na Assistência ao Parto
Data: Quarta-feira, 09 de novembro de 2011
Horário: 14h às 17h
Local: Auditório João Yunes, Faculdade de Saúde Pública da USP
Endereço: Av. Dr. Arnaldo, 715 - São Paulo – SP (Metrô Clínicas)
Público alvo: Gestores, profissionais de saúde, pesquisadores, estudantes, usuários da saúde, movimentos de mulheres
Inscrições gratuitas, certificados e informações: svalunos@fsp.usp.br
Ou acesse direto o formulário no link: http://www.fsp.usp.br/crintform/phpmyadmin/eventos/form/form1.php?vIdEv=68
Haverá tradução simultânea.
Transmissão AO VIVO via IPTV-USP (em inglês) no link:
http://iptv.usp.br/portal/InfosEvento.do?_EntityIdentifierEvento=uspknspJCPxwTKQJDxnzi8ma059Zop_CAGnlKmwYlRNZaY.
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Convidadas:
Jane Sandall é socióloga e parteira (midwife), coordenadora do Centro de Pesquisa sobre Inovação na Segurança dos Pacientes e na Qualidade da Assistência, do Sistema Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido, sediado no King's College London, onde é professora na Divisão de Saúde da Mulher.
Sonia Lansky é médica pediatra, coordenadora da Comissão Perinatal da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, MG. A experiência de "BH pelo parto normal" é destaque internacional, tendo sido premiada pela OPAS/OMS Brasil, em 2011, no concurso Boas Práticas em Iniciativa de Maternidade Segura.
Maria Esther Vilela é médica obstetra, coordenadora da Área Técnica da Saúde da Mulher no Ministério da Saúde, Brasília, DF. Está à frente da implementação da Rede Cegonha, projeto de governo que prevê, entre outros, a efetivação da "linha do cuidado às gestantes", em âmbito municipal.
Simone Diniz é médica, doutora em Medicina Preventiva, livre-docente do departamento de Saúde Materno-infantil da FSP/USP. Líder do grupo de pesquisa do CNPq GEMAS (Gênero, Evidências, Maternidade e Saúde), e coordenadora da Pesquisa Nascer no Brasil na região Sudeste.
gemas.usp@gmail.com
Realização
GEMAS (Gênero, Maternidade, Saúde)
Apoio
Departamento de Saúde Materno-Infantil da FSP/USP
Comissão de Cultura e Extensão Universitária (CCEx/FSP/USP)
Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP
OMS/OPAS Brasil – Unidade Técnica Saúde da Mulher, do Homem, Gênero e Diversidade Cultural
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo – Áreas Técnicas de Saúde da Mulher e da Criança
Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo - SECONCI-SP
Instituto Camargo Corrêa
GAMA - Grupo de Apoio à Maternidade Ativa
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Por Ana Carolina A Franzon e Simone G Diniz
Gênero, Maternidade e Saúde - GEMAS/FSP/USP
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