sexta-feira, 16 de março de 2012

A violência invisível

Violência obstétrica é violência contra a mulher

Ter acesso à informação e aos meios para decidir e gozar do mais elevado padrão de saúde sexual e reprodutiva, livre de discriminações, coerções ou violências. (Direitos Reprodutivos no Brasil, Miriam Ventura)

Hoje à tarde, na divulgação da participação ao vivo na Rádio UEL FM, lancei as seguintes inquietações aqui no Blog

i) O país, de fato, só reconhece e regulamenta as formas de violência contra as mulheres praticadas no espaço doméstico e familiar?
ii) Uma mulher brasileira que sofre maus-tratos durante internação para parto, tem mesmo é que 'se virar como pode'?
iii) A única saída de uma mulher violentada no parto/pré-natal é mesmo encaminhar sua denúncia para a direção ou ouvidoria do serviço de saúde? Ou seja, para os gestores dos serviços, que muitas vezes são também profissionais da saúde, da mesma categoria daquele que está sendo acusado? 
Respostas sugeridas: Ignorar a especificidade do gênero na questão da violência obstétrica é desconectar o problema da realidade social. Não abordar a violência no parto como "violência contra a mulher" é contribuir para a preservação do silêncio, da aceitação e da produção deste tipo de notícia aqui
Então, convido a todas e todos a ouvirem as entrevistas produzidas nos últimos dias, com Lígia Moreiras Sena, para a Rádio Brasil Atual; e, na Rádio UEL FM, o bate-papo ao vivo que Marisse Queiroz e eu tivemos com a jornalista Patrícia Zanin. E também a conferirem algumas tabulações preliminares da pesquisa informal que a Ligia publicou ontem à noite. Confiram no Cientista que Virou Mãe.

Clique aqui para ouvir a entrevista de Lígia
Clique aqui para ouvir a entrevista de Ana Carolina e Marisse
Na entrevista, nós repercutimos a lei venezuelana para erradicação de todas as formas de violência contra a mulher, que inovou ao tipificar a 'violência obstétrica' e também a 'midiática', entre outras, regulamentando mecanismos jurídico-processuais específicos. É linda. Tá aqui. E precisa nos inspirar.


Em tempo, nossa participação hoje é resultado de uma nova parceria entre o Blog Parto no Brasil, a Rádio UEL FM e o Grupo Crias na Roda: foi o início do projeto Parto Seguro e Prazeroso, uma coluna mensal dentro do programa diário Modos de Vida - Comportamento e Cultura. Será um novo espaço de comunicação por uma cultura mais amigável às mulheres e às famílias na hora do nascimento. E vocês serão sempre nossos convidados! =)

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