Na semana passada, inauguramos o domínio www.partonobrasil.com.br e convidamos nossa rede de leitor@s e amig@s de Facebook para se inscreverem no sorteio do livro espanhol Cesárea: Más Allá de la Herida, de Ana Álvarez-Errecalde em colaboração com a Associação El Parto Es Nuestro (Editorial Ob Stare).
O livro foi conseguido especialmente para nossas leitoras, e será enviado diretamente pela Editora Ob Stare, da Espanha para a casa da sorteada.
No dia 27 de março, na nossa página no Facebook, a imagem acima abriu a chamada para as inscrições no sorteio. Logo neste primeiro dia, tivemos mais de 100 assinaturas e compartilhamentos. Pela amplitude alcançada, a foto foi removida da plataforma, por ter sido considerada inapropriada. E nós todas perdemos todas as inscrições.
O fato configurou mais uma ocasião em que nós - as mulheres que nos dedicamos a apreciar criticamente as culturas que (re)produzem nossos corpos, nossas gestações e os desfechos que elas têm - fomos subordinadas ao modelo padrão.
Um modelo que nos impõe, via mídia e outras fortes instituições(a família, a religião, etc.), que o corpo da mulher nua estimula, instiga e induz a sociedade toda a uma ideia original de que servimos em última instância a um ideal de prazer sexual - nosso corpo nú é pornográfico. E assim, ideais machistas e misóginos são (re)produzidos nas mídias sociais e no nosso dia a dia.
O que fizemos então foi chamar um "Recall" para as inscrições no sorteio, com a divulgação e compartilhamento da imagem abaixo. Recebemos 48 recadastramentos, que estão disponíveis nos comentários desta foto abaixo. Acesse por aqui.
O fato configurou mais uma ocasião em que nós - as mulheres que nos dedicamos a apreciar criticamente as culturas que (re)produzem nossos corpos, nossas gestações e os desfechos que elas têm - fomos subordinadas ao modelo padrão.
Um modelo que nos impõe, via mídia e outras fortes instituições(a família, a religião, etc.), que o corpo da mulher nua estimula, instiga e induz a sociedade toda a uma ideia original de que servimos em última instância a um ideal de prazer sexual - nosso corpo nú é pornográfico. E assim, ideais machistas e misóginos são (re)produzidos nas mídias sociais e no nosso dia a dia.
O que fizemos então foi chamar um "Recall" para as inscrições no sorteio, com a divulgação e compartilhamento da imagem abaixo. Recebemos 48 recadastramentos, que estão disponíveis nos comentários desta foto abaixo. Acesse por aqui.
E o resultado do sorteio é que Marina Maldonado receberá nosso presente em sua casa!
O Blog Parto no Brasil tem enorme satisfação em agradecer a todas as pessoas que participaram deste sorteio. Agradecemos também à Editora Ob Stare pela gentileza em participar dessa ação. À Associação El parto Es Nuestro e à artista Ana Álvarez-Errecalde pela inciativa em publicar um trabalho como esse.
Nossa intenção é sempre refletir sobre a auto-determinação a que temos direito sobre nossos corpos. E, com este livro fotográfico de cicatrizes de cesáreas, uma arte preciosa, queremos envolver 52% das mães brasileiras, que viveram na pele e na alma, a experiência de parir por meio de uma cirurgia. Deixamos publicado aqui alguns trechos dos depoimentos que estão no livro.
E desejamos um bom feriado cristão a tod@s que vivem neste Estado laico.
"O mais difícil foi ser incompreendida, porque se o bebê o está bem, nada mais importa. Eu sofri sozinha, em silêncio, uma dor negada como tal, até que eu tive a oportunidade de compartilhar com outras mulheres que tinham se sentido como eu: partidas, fracassadas e feridas na alma. Compartilhar a dor, a legitima; demonstra que tem fundamento e que não é fruto de uma mente enferma..."
"Minha cicatriz é bonita. É um portal para a minha consciência profunda, que se aninha em meu ventre. Também é uma rachadura, e através dela vislumbro todos os fantasmas e o meu pior monstro. Graças à ela, tenho a espada e a luz."
"As minhas três cesáreas me despertaram da completa letargia que eu vivia. Apesar delas, e por meio delas, eu alcancei um profundo conhecimento de mim mesma. Começo a conectar com meu corpo e sua linguagem: a aceitar-me e a sentir-me mais mulher".
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