segunda-feira, 12 de setembro de 2011

AMAmentaÇÃO

Começamos a semana falando de amamentação!
Na última quinta-feira, dia 08, Lola, do Blog Escreva Lola Escreva, publicou um guest post, onde uma de suas leitoras trata sobre a questão da amamentação e os caminhos percorridos no Brasil no ato de amamentar, e muitos comentários surgiram (mais de 90!), e como sempre pérolas apareceram - vale a pena conferir, e opinar!
Abaixo, compartilho um trecho do texto de Jaqueline Pascon - leiam na íntegra aqui!
Diante das discussões sobre a amamentação que vieram à tona devido à proibição de uma mãe de amamentar seu filho no Itaú Cultural, em São Paulo; ao texto “Mamonas celestinas” de João Pereira Coutinho, colunista da Folha, que colocou no mesmo balaio o direito das mulheres de amamentar seus filhos em lugares públicos e a reivindicação do direito de se fazer outras cositas em público como masturbação, sexo, necessidades fisiológicas e até mesmo um banho na fonte; e à discussão do trio de apresentadores do programa CQC 3.0, decidi escrever para nossa querida Lola e acrescentar algo para o debate.
O tema obviamente é a amamentação. Quando comecei a estudar o assunto, meu objetivo era passar rapidamente pela história da amamentação; em um segundo momento discorrer sobre a visão médica, em especial, a atuação dos pediatras com as mães e os bebês, e finalmente falaria da importância da amamentação para a construção do vínculo mãe-bebê. Contudo, conforme fui lendo e refletindo a respeito do aleitamento materno e da construção da maternidade, meu objetivo inicial tornou-se insustentável por vários motivos. Abdicar de escrever sobre a importância da amamentação para a construção do vínculo mãe-bebê a princípio não me foi claro, pois como o artigo destinava-se à conclusão de uma graduação em Psicologia, discorrer unicamente sobre a história da amamentação parecia-me “pouco”. Com as leituras e com a orientação de uma pessoa muito sensível, a psicóloga Karin Prado Telles, fui compreendendo que olhar para a amamentação como uma construção social, atravessada por interesses político-econômicos e influenciada pelo contexto cultural, poderia ser muito importante justamente para a relação da mãe com seu bebê. Contribuir para o esclarecimento das formas de regulação do comportamento feminino exercidas pelos discursos vigentes de cada período histórico, que restringem as inúmeras possibilidades de construção da maternidade, seja por meio da amamentação, do parto e por tudo mais que se possa transformar em conhecimento especializado algo que antes fazia parte do conhecimento popular, poderia encorajar as mulheres a tornarem-se protagonistas de sua maternidade.
Para finalizar, compartilho, ainda, um depoimento de Flavia Penido sobre o desmame ideal, extraído do Portal Maternidade Consciente - aqui! E, vocês, como realizaram a amamentação de seus filhos/as? Enfrentaram obstáculos, censuras, desafios? Aproveito p/ convidar Ana Carolina a nos contar como Iara mamou, por aproximadamente dois anos, através da relactação, e, divido c/ vocês minha experiência, brevemente.
Tive meu 1o. filho, Ícaro, por uma cesariana, cujo laudo foi distócia. Após 12 horas de bolsa rota, o sonhado parto normal, aquele sem dor, c/ episio, p/ facilitar a saída do bebê, ficou p/ trás... A cria mamou por seis meses exclusivos e até um ano, sendo que aos oito meses, por indicação da pediatra entramos também c/ leite artificial. Sem questionar as práticas e métodos, aquela jovem mãe de 22 anos fazia o que o Dra. falava, oras... Na segunda gestação, de Rudá, uma outra mulher tomou as rédeas da situação, pariu em casa, c/ uma E.O e disse: "Rudá vai ter muita teta!". Já se passaram dois anos... Os 1os. seis meses somente leite materno, em livre demanda, e, até hoje o "bichinho" mama sua "tetinha, tetina". Mas, estamos na fase dos acordos, e estabelecimento de "limites". O aleitamento que era no momento em que ele queria está sendo aos poucos substituído, assim, mama quando acorda, após o almoço, quando geralmente tira sua única soneca do dia, e mais umas duas outras vezes antes da última mamada, p/ dormir. Fácil? Não... Mais um desafio, pois se depender dele mamaria muito mais... De qualquer forma, a saúde do filhote é incrível, o vínculo é maravilhoso, e, a "dona das divinas tetas" é uma mãe-mamífera-mulher realizada!
* Dia desses Renata Penna contou no Mamíferas como está tb neste processo c/ a filha caçula, espiam e procurem por lá!

Um comentário:

  1. Eu escrevi varios relatos e textos sobre amamentaçao. O ultimo, foi o relato de desmame. Passa la e me conta o que achou.
    http://danielices.blogspot.com/2011/07/o-desmame.html

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