Mônica muito bem acompanhada de seus Marcelo, Mateus e Tomás (da esq. para a dir.)
"(...) parir e nascer não são processos “naturais” nem meramente fisiológicos. Esta discussão não tem por finalidade recuperar, ou enaltecer, alguma pretensa identidade ou habilidade feminina primitiva ou primordial. O modelo de assistência ao parto, ao contrário, se presta a nos esclarecer sobre questões de ordem política, cultural, institucional e oganizacional. (Monica Bara Maia, 2008.)"
Eis que chega o dia em que, finalmente, torna-se pública e de livre acesso a conversa interessantíssima que gravei com Mônica Bara Maia, na ocasião de lançamento de seu livro.
Humanização do Parto: Política Pública, Comportamento Organizacional e Ethos Profissional foi lançado no dia 14 de dezembro, no Rio de Janeiro, pela Editora Fiocruz.
A publicação é uma versão da sua dissertação de mestrado (acesse aqui, na íntegra), apresentada em 2008 ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUC-MG.
Durante a pesquisa, Mônica entrevistou @s diretor@s das 10 maiores maternidades de Belo Horizonte, além de 12 profissionais de obstetrícia - seis médic@s e seis enfermeir@s. Além destes, também foram analisados os dados coletados em um ano de observação direta da Comissão Perinatal de Belo Horizonte (foram 47 atividades ao todo). E, por fim, todas as maternidades participantes responderam a um questionário administrativo da organização, que também entrou para a análise.
O objetivo da presente dissertação é analisar como diferentes organizações hospitalares de Belo Horizonte, bem como os profissionais obstetras que nelas atuam (médicos e enfermeiras), respondem às diretrizes nacionais de humanização do parto implementadas a partir da Comissão Perinatal, uma instância governamental criada pela Secretaria Municipal de Saúde em 1994, com o objetivo de elaborar estratégias para melhorar a qualidade da assistência à mulher e à criança no período perinatal (gravidez, parto e puerpério).Os objetivos específicos são:a) identificar os significados e as especificidades da implantação de práticas humanizadas de assistência ao parto nas maiores organizações hospitalares de Belo Horizonte;b) recuperar a história, identificar e analisar as ações desenvolvidas pela Comissão Perinatal de Belo Horizonte para a implantação da humanização do parto nas maternidades públicas, privadas contratadas pelo SUS e privadas exclusivas, em Belo Horizonte, e;c) analisar comparativamente as reações das maternidades públicas, contratadas pelo SUS e privadas exclusivas de Belo Horizonte às diretrizes de humanização da atenção ao parto e nascimento, destacando o impacto das distintas formas de institucionalização dos serviços, dos mecanismos de controle e do ethos dos profissionais envolvidos.
Mônica tem coisas muito importantes a nos dizer, como vocês já ouviram nos trechos das chamadas: trata do nosso corpo, da integridade física e emocional das mulheres que são as mães brasileiras.
Afinal, sexo é política.
Blog Parto no Brasil Entrevista Mônica Bara Maia
Humanização do Parto: Política Pública, Comportamento Organizacional e Ethos Profissional
Realização Rádio UEL FM (107,9 MHz)
Produção e Edição Ana Carolina A Franzon
Operador de Áudio João Lopes
Agradecimento especial Patrícia Zanin
Parte 1: Atenção Integral à Saúde da Mulher + Saúde Suplementar (09min 09s)
Parte 2: Gênero + Saúde + Política (10min 53s)
Parte 3: Os espaços da militância e da academia; o processo de lançamento e o livro no mercado (10min 50s)
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