Ainda pelas nossas incursões...
No último dia 17, terça-feira, em Bauru, interior paulista, a convite de Celma Regina S. Godoy Araujo (psicóloga, educadora perinatal e doula) do GAAME, para apresentarmos a palestra www.PartoNoBrasil.com.br: Internet, Obstetrícia e Empoderamento e o pôster do Projeto Parteiras Caiçaras, no 3o. Seminário de Humanização das Assistências Obstétrica e Neonatal, em parceria c/ o Senac Bauru.
No evento, outros incríveis trabalhos foram compartilhados, entre eles: a obstetra Claudia Magalhães, da Unesp de Botucatu, abriu as atividades do dia; a Dra. Janaina Marques apresentou a sua pesquisa p/ o doutorado - Violência Institucional em Maternidades Públicas (confiram o assunto neste post e baixem a tese!); em seguida, Ana Carolina divulgou nossa pesquisa (acessem aqui!) apresentada na III Conferência Internacional de Humanização do Parto e Nascimento, da ReHuNa, em novembro passado e, ainda, incorporou outros estudos sobre como a internet tem nos servido como instrumento e ferramenta p/ a obtenção de boas e seguras informações sobre a Saúde da Mulher e Materno-Infantil, contribuindo p/ o empoderamento feminino. Após o café ,a psicóloga e doula Eleonora de Moraes exibiu o documentário dirigido por ela - De volta para casa, sobre o parto domiciliar baseado em evidências científicas, c/ relatos de enfermeiras obstetras e casais que vivenciaram esta linda experiência - neste momento o auditório, que contava c/ aproximadamente 100 pessoas, entre profissionais da saúde, ficou todo eufórico, e, era comum ouvir borburinhos do tipo: "Isso é coisa p/ rico!", "Mas, será seguro? E os riscos?".
Quando ouço opiniões como essas, baseadas no senso comum e na crença de que nossos (imperfeitos) corpos não podem parir naturalmente fico irritada (p/ não dizer emputecida!), pois me parece que as pessoas, especialmente as mulheres, esqueceram que é recente essa medicalização do parto, e, desde que existe Humanidade sempre foi assim que parimos, em casa, c/ nossos familiares, tendo o hospital há pouco mais de 70 anos como espaço de nascimento. Ainda se desconhecem que países europeus, como a Inglaterra e/ou a Holanda, por exemplo, tem em suas assistências a opção pelo parto domiciliar, seguro e acompanhado por obstetrizes, com baixíssimas taxas de morte materna e neonatal.
Enfim, nós brasileir@s temos um longo caminho pela frente, no que se refere a trazer a tona as boas práticas de atenção obstétrica, e momentos como esse nos dá um baita fôlego!
Após o almoço, a médica obstetra Gisele Maciel nos apresentou a experiência mineira da Comissão Perinatal e o movimento BH pelo Parto Normal (conheçam aqui!), sobre o trabalho inovador do hospital Sofia Feldman (aguardem, teremos um post especial sobre o tema!), reconhecido e premiado como Hospital Amigo da Criança (confiram aqui outras informações), além do depoimento do casal de p@is que tiveram sua filha em casa, doulad@s por Denise Cardoso, do Grupo MaternAtiva e, também, as ações da Parto do Princípio, c/ a psicóloga e doula Heloisa Salgado, que nos contou como foi o nascimento de seu filho Gabriel por uma cesárea e como suas marcas lhe impulsionaram p/ buscar outras e novas possibilidades, através do Movimento de Humanização.
Novas partilhas, novos contatos, encontrar c/ nossas amigas virtuais (não é Dê, e foi tão pouco e corrido!) foi maravilhoso! E, mais ainda por saber que este trabalho de formiguinha é realizado em muitos cantos deste País, p/ que outras mulheres-mães possam parir c/ dignidade e respeito, pois temos direito - assistam os vídeos da Humpar apresentados por Ana em sua apresentação.
Abaixo as imagens deste delicioso encontro:
É mesmo, Bi! foi tão corrido, mas eu sinto como se nos conhecemos de muito longe! Foi um prazer enorme tê-las aqui compartilhando esse trabalho maravilhoso do Parto no Brasil! Vocês são inspiração pra mim e com certeza, para o empoderamento de muitas mulheres! Obrigada pelo carinho e parabéns! Beijão
ResponderExcluirQto carinho Dê!!!
ResponderExcluirE olha só, estou vendo Julie & Julia, um filme incrível sobre uma blogueira (como nós, rs). Nele a protagonista tem uma amizade de oito anos mantida só por correspondência... pensei em nós!
C/ certeza nos conhecemos nesse Cosmos chamado Vida!
Sobre os elogios: hummmm! Garra e garra, nos dão cada vez +!
Outros muitos beijos!