ONU diz que 3,6 milhões de vidas podem ser salvas com mais parteiras
por Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU, de 20/06/11
Um relatório do Fundo de População das Nações Unidas alerta para o problema da escassez de parteiras em todo o mundo.
Fonte: http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/onu-diz-que-36-milhoes-de-vidas-podem-ser-salvas-com-mais-parteiras/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&
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Segundo a ONU, o trabalho delas é fundamental para se alcançar as Metas do Milênio 4, 5 e 6 sobre redução da mortalidade infantil e materna.
Tratamento Adequado
Uma pesquisa com 58 países de renda baixa mostrou que 38 deles podem deixar de atingir as Metas por falta de 112 mil parteiras.
O estudo foi lançado em Durban, na África do Sul, na presença de 3 mil parteiras. Entre os países analisados estão três de língua portuguesa: Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste.
Dos três, apenas a Guiné-Bissau tem em suas comunidades agentes de saúde com algum treino como parteiras.
Mortes
A falta de tratamento adequado causa a morte de 358 mil mulheres todos os anos. O número de natimortos chega a 2,6 milhões.
A diretora do Unfpa em Genebra, Alanna Armitage, disse à Rádio ONU que as parteiras têm que estar integradas em sistemas nacionais de saúde.
“Elas não podem trabalhar sozinhas. Elas têm que fazer parte de um sistema de saúde reforçado, para que esse sistema trabalhe para salvar vidas de mulheres e bebês. Esse relatório vai nos dar a oportunidade para levantar novamente o tema das parteiras, a importância delas e assim poderemos todos trabalhar juntos para assegurar que as mulheres não morram durante o parto”, afirmou.
Bordões
Para a ONU, os governos devem investir mais no treinamento de parteiras e na melhoria de serviços de saúde que ajudam a salvar a vida mas mães e dos bebês.
Por causa da escassez desses serviços, 2 milhões de recém-nascidos morrem nas primeiras 24 horas de vida.
Para pedir formação de mais parteiras, mais de mil profissionais saíram às ruas de Durban cantando bordões como “as parteiras não ficarão mais invisíveis”. Elas fizeram uma marcha de 5 km pela orla da cidade sul-africana.
Para marcar a divulgação do relatório sobre o Estado das Parteiras 2011, um grupo de acadêmicos da Universidade de Exeter, na Inglaterra, lançou um mapa interativo sobre o número de profissionais em todo o mundo.
Casa Ângela - Parto Normal - Associação Monte Azul
Petição - assinem aqui!
Exmo. Sr. Januário Montone, secretário municipal da Saúde
Em funcionamento desde 2009, na rua Mahamed Aguil, 34, no Jardim São Luís, a Casa Angela é um Centro de Atenção à Saúde Materno-Infantil com Centro de Parto Normal autônomo (unidade isolada), conforme a Portaria 985, de 05/08/1999, do Ministério da Saúde. Por estar de acordo com os padrões estabelecidos na RDC 36/08/ANVISA para os serviços de atenção obstétrica e neonatal, possui alvará de funcionamento da ANVISA, publicado em diário oficial em 19/02/2009.
Construída e equipada pela Associação Comunitária Monte Azul, ONG que atua há 30 anos na zona Sul de São Paulo, com o apoio da Prefeitura Municipal de São Paulo e de parceiros nacionais e internacionais, tem capacidade para atender 1 800 partos normais por ano, absorvendo cerca de 25% do excesso de demanda por leitos obstétricos na região.
A Casa Angela é a continuidade do trabalho iniciado pela enfermeira obstetra Angela Gehrke da Silva, que desde 1986 até seu falecimento em 2000 acompanhou um grande número de mulheres da favela Monte Azul e de outras comunidades carentes da região durante a gravidez, o parto e o puerpério. Sua atuação na humanização da assistência ao parto é amplamente reconhecida pela população local e por profissionais da saúde e de diversas áreas afins.
No primeiro ano de funcionamento (março de 2009 a março 2010), viabilizado por meio de doações e do trabalho de profissionais voluntários, foram realizados 734 atendimentos de pré-natal, 369 consultas de puerpério e amamentação (incluindo visitas domiciliares) e dez partos.
Entre os indicadores de qualidade do serviço oferecido pela Casa Angela, destacam-se a cobertura pré-natal maior ou igual a sete consultas para 96% das gestantes ante 77,6% na região do M’Boi Mirim, nenhum caso de baixo peso ao nascer (8,91% na região) e o baixo índice de prematuridade (1,96% ante 8,2% na região).
O apoio e a orientação recebidos por mães e gestantes na Casa Angela também tiveram impacto positivo no sucesso da amamentação: 84,2% das mulheres atendidas mantiveram o aleitamento materno exclusivo cinco meses após o parto.
Assim, vimos à presença das autoridades competentes para solicitar urgência na assinatura do convênio com SUS (Sistema Único de Saúde) para garantir a continuidade do funcionamento e a ampliação da capacidade de atendimento do serviço, que vem mostrando resultados tão efetivos no atendimento à saúde da população carente da zona Sul de São Paulo.
* Estivemos na Casa Ângela em maio, p/ o 2o. módulo da formação em Ed. Perinatal pela Anep-Brasil. Lugar lindo e maravilhoso, c/ profissionais preparados voltados p/ um atendimento respeitoso, que priorize à mulher e o bebê!
Nós, do blog Parto no Brasil apoiamos a Casa Ângela!
E, você, Ana Carolina, que esteve no COBEON - bora compartilhar sua vivência em terras mineiras!
Foto de Bia Fioretti, na celebração do Dia de Iemanjá, em fevereiro deste ano, em Olinda/PE, c/ as parteiras tradicionais da região.
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