sábado, 31 de julho de 2010

Promo em dobro

Opa! Hoje lanço mais uma promoção do Blog Parto no Brasil com duas ótimas premiações! Sortearemos no dia 30 de agosto, segunda-feira, a partir das 20hs, os livros Mamãe, eu quero - de Sonia Hirsch (confira o post do dia 27 de junho sobre o livro aqui!) e Memórias do homem de vidro: reminiscências de um obstetra humanista - de Ricardo Jones, também conhecido como Dr. Ric nas listas virtuais. Aproveito o momento para agradecer com muito carinho @s autor@s por ser noss@s parceir@s nesta empreeitada, feita diariamente com amor por uma maternidade consciente e responsável, e ter disponibilizado os exemplares de suas obras, obrigada! Como participar? Pois bem, basta enviar para o email lunabianka@yahoo.com.br, A/C de Bianca, uma foto de um momento especial com seus filhos/as, pode ser durante a gestação, quando ele/a nasceu, durante a amamentação, as 1as refeições, um passeio bacana em família e um breve relato de como você entende a maternidade/paternidade. Não esqueçam de informar nome da mãe/pai, filho/a, idade da cria e email para contato, lembrando que @ sortead@ terá 15 dias após o sorteio para entrar em contato conosco e repassar seu endereço para a remessa dos livros, claro, depois de nosso contato prévio que lhe informará que ele/a foi @ contemplad@! Cada email enviado ganhará um número que será sorteado, ou seja, não serão as melhores imagens e sim, vocês contarão com a sorte! As demais fotografias serão postadas no Blog Parto no Brasil posteriormente. Preparem suas câmeras e, clic!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

SMAM no Rio de Janeiro/RJ

Serra no poder: o sucateamento da saúde pública paulista

Longe de ter uma bandeira partidária, visto que este espaço virtual prima pelo apartidarismo e pela democracia em nosso País, divulgo esta matéria publicada no site Vi o Mundo, editado por Luiz Carlos Azenha intitulada Serra no poder: o sucateamento da saúde pública paulista, por Gilson Caroni Filho & João Paulo Chechinel Souza, na Carta Maior. Quem acompanha a trajetória tucana no Estado de São Paulo sabe do que estou falando, especialmente para aqueles que atuam na área da educação, enfim, a hora agora é de atenção para não perder nosso instrumento de mudança social, conseguido depois de tantos anos de luta, que é o nosso voto! O problema é encontrar quem faça valer nossas escolhas... Confira o texto clicando no título em destaque. Desenho de Mariana Massarani_italia7_.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Ações da Semana Mundial de Aleitamento Materno - SMAM em diversas localidades, confira abaixo

Ishtar Recife/PE

O Ishtar Recife, dentro das comemorações pela SMAM, convida para o evento que irá promover no sábado, dia 07 de agosto, de doação coletiva de leite materno e vidros adequados ao armazenamento do leite, junto ao Banco de Leite Humano do CISAM - Maternidade da Encruzilhada. Obs.: NÃO SERVEM vidros novos de café retangulares, pois não se adaptam aos equipamentos que pasteurizam o leite materno. Devem ser de fundo redondo, pequenos e médios.

Grupo Mamar

Palestra "A Vida Psíquica do Feto e do Bebê"

O Grupo Piracema de Apoio ao Bem Nascer em parceria com o IBES - SOCIESC convida para a palestra "A Vida Psíquica do Feto e do Bebê", com o psicanalista português Dr. Eduardo Sá. Será no dia 02 de agosto, às 18h30, no Auditório IBES -SOCIESC, em Blumenau/SC. O valor é R$ 15,00 (público em geral) e R$10,00 (estudantes). Mais informações: grupopiracema@gmail.com

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Revista Caros Amigos publica matéria sobre parto humanizado

Os posts de hoje tomaram uma direção, a mídia! Confira trechos da matéria publicada na edição de julho da Revista Caros Amigos sobre parto humanizado - Mulheres defendem parto sob controle, por Bárbara Mengardo.

Matéria publicada no portal R7 sobre parto domiciliar

Através da Lista Parto Nosso recebi a mensagem com o link para essa matéria, de Camila Neumam sobre - Fazer o parto em casa implica conforto e riscos. Veja as vantagens e desvantagens.
Pois bem, há duas semanas, aproximadamente, por conta de uma amiga jornalista em comum (redatora de outra reportagem comigo, que já no título peca - Parto em casa deve ser evitado em casos de gripe suína, por Anaísa Catucci, da Folha Online, em 12/08/09), que trabalha atualmente na instituição, Camila me telefonou para saber minha experiência com o parto domiciliar, conversamos brevemente, pois estava na fila do correio, disse a ela para ler meu relato de parto aqui no Blog Parto no Brasil, e mais uma vez lemos sem embasamento adequado informações que sustentam o senso comum sobre os grandes riscos de um PD, aiai, lamentável!
Na mesma reportagem foi publicada minhas impressões sobre parir naturalmente Rudá:
"A cientista social Bianca Lanu também optou pelo parto normal em domicílio depois de ter o primeiro filho por uma cesariana. Acompanhada de uma enfermeira obstetra, Rudá veio ao mundo depois de 32 horas de trabalho de parto. Entusiasta do parto normal, disse não ter tido medo por acreditar que o processo faz parte da natureza feminina.
- No parto normal você tem disposição nos próximos dias, não tem dores, pode amamentar tranquilamente. Faz parte do corpo feminino parir, mas perdemos a fé de que podemos fazê-lo. Historicamente muitos tabus foram criados com a hospitalização do parto, mas o movimento de humanização está aí para transformar esse cenário".
Na Revista Pais e Filhos também foi postado um relato de um parto em casa, no entanto, a mãe já tinha agendado a cesária (eletiva), mas a cria veio ao mundo quando achou pertinente, podemos constatar, mais uma vez, conceitos equivocados e sem cientificidade sobre a ato de parir, o que gerou muito "pano para manga" nas listas virtuais, confira também - Aprendendo a ser mãe: Ninguém me contou que meu filho nasceria em casa.

Workshop em Brasília, DF com Claúdia Rodrigues

Palestra no Rio de Janeiro - Ciência do início da vida

Divulgo evento que será realizado no Rio de Janeiro, RJ, no dia 31 de julho, sábado, às 14 horas. É necessário reservar a vaga, pois são poucos os lugares para essa palestra gratuita. Sobre a atividade: Crianças nascidas com certos cuidados têm melhor qualidade de saúde física, mental e social. São uma nova espécie, o “homo sapiens frater”, pois fraternidade é sua força e esta é a certeza de um futuro de paz irreversível para o Planeta, segundo as mais modernas pesquisas científicas em dezenas de Países. A garantia do nascimento de seres aptos para uma humanidade, hígida, fraterna, justa e auto-sustentável. Destinada a futuros pais, profissionais na área da saúde e a pessoas que desejam tornar-se multiplicadores dessa informação tão valiosa para a nossa humanidade. Uma mudança em todos os planos, níveis e sentidos em nosso Planeta. Mais informações com Rosane M. S. Schumann - Tel.: (21) 7870-0325 / 2507-2984, pois não foi divulgado o local da atividade na lista em que recebi essa informação.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Sobre o uso de Florais

Há alguns meses encontrei no blog Associação Nacional para Educação Pré-natal (ANEP Brasil) um artigo sobre Florais na Maternidade, de Carla Machado, terapeuta reichiana e astróloga que trabalha desde 1996 com essências florais (clique na título em destaque para ler), assunto que também foi pauta no Blog Mamíferas, por Kathy - Os Florais das Mamíferas, parte 1 e Os Florais das Mamíferas, parte 2, assim hoje resolvi comentar sobre esse tema e relatar nossa experiência com o uso dos Florais de Bach.
Pois bem, desde o ano de 2002, quando meu primeiro filho nasceu, o Ícaro, faço uso de terapias complementares e holísticas, ou seja, que não tratam da doença e seus sintomas, mas buscam a causa de nossos males, vendo o indíviduo de forma integrada e além dos chás milenares que nossas avós preparavam passei a usar os óleos essenciais e a pesquisar sobre a Aromaterapia, no caso sua vertente inglesa.
Óleos como Lavanda, Menta, Tea tree, Alecrim, por exemplo, nunca deixaram de faltar em casa, desta maneira princípios analgésicos, antibactericidas e antifungicidas tratavam nossa saúde através da extração dos óleos dessas plantas medicinais, que pelo contato olfativo chegavam em nossa cérebro e atuavam em nosso corpo.
Minha busca por outras formas de tratamento dava seu ponta a pé inicial e quando Rudá nasceu tínhamos a certeza de que seria assim que cuidaríamos de nossa cria. Usei durante o trabalho de parto muito óleo de Lavanda, extremamente analgésico e calmante, além de chás de Camomila e Erva-doce e como pediatra escolhemos um profissional que atua na área da Fitoterapia, especialmente com Florais de Bach e desde o nascimente de nosso filho usamos essas essências extraídas das flores como forma de tratamento e com base na Antroposofia também procuro guiar nossos passos, aliado ao meu instinto, assim em um estado febril não uso antitérmicos, pois vejo a febre positivamente, uma resposta do próprio corpo para inflamações, somente após 39 graus que começo a me preocupar, antes disso muito colo, muito peito e banhos mornos, e ele nunca teve nada a não ser aquelas famosas irritações por conta da 1a dentição (álias suas presas estão nascendo!).
Rudá nunca tomou em 11 meses nenhum antibiótico e quando necessitou de medicamentos alopáticos usamos apenas analgésicos infantis; o filhote desde o 4° mês é estimulado sendo colocado no chão para brincar e se sujar, e viva a imunidade!
Desta forma, buscando tratar as emoções usamos os Florais do Dr. Bach, e você, como cuida da saúde de seus filhos/as?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Fralda de pano

O post desta segunda-feira é para divulgar o relato de Luciane Silva, contemplada da promoção do mês de abril, cuja premiação foi um Vale-compras no valor de R$100,00 da Babyslings, de Bettina Lauterbach. Luciane escolheu entre os produtos fraldas de pano, a Fralda Bonita, visto que a produção de fraldas descartáveis usadas pelos bebês em dois anos, aproximadamente, é exurbitante, tanto economicamente, mas principalmente ecologicamente, já que são necessários 450 anos para elas se decomporem (pasmem!!!)... pois é, também esperava conseguir usar as fraldas de pano quando Rudá nasceu, cheguei a comprar as clássicas que usávamos nos anos 80, mas com o acúmulo de atividades (profissionais e domésticas!) não usei nenhuma vez, continuam na gaveta e todo mês cerca de R$100,00 são gastos por nós, na verdade o que me incomoda mesmo é o lixo, pois são muitas fraldas jogadas e prezamos em nosso cotidiano algumas práticas, como despejar os resíduos orgânicos em uma compostagem, com os restos dos alimentos, cascas etc, a reciclagem dos outros produtos, como o plástico das embalagens, garrafas pets, papel, papelão etc, além de ter consciência ao usar a água ao tomar banho, escovar os dentes, lavar a louça etc, assim, se cada um de nós saber usar as próximas gerações, ou seja, nosso/as filhos/as terão como usufruir desses bens que são direito de todos/as! Segue abaixo os dizeres de Luciane:
"Enfim consegui parir meu relato da maravilhosa experiência com as fraldas de pano da Babyslings. Primeiro eu não poderia deixar de falar como foi gostosa a sensação de ter sido sorteada, eu gritava muito na frente do computador quando li o e-mail dizendo que tinha sido eu a sorteada, e meu marido espantado sem saber o que estava acontecendo. Com o vale-compras de 100,00 do sorteio, escolhi as fraldas de pano, Bettina foi uma gracinha e me mandou brindes além do valor do sorteio. Apesar de querer substituir as fraldas descartáveis pelas de pano, eu sei que lá no fundo ficava um receio, pois eu tinha uma imagem ruim do passado em relação aos cuidados com a fralda de pano, todos diziam que daria muito trabalho, que é retroceder no tempo etc. Foi surpreendente a experiência, mais simples impossível, coloco tudo na máquina para lavar, da mesma forma que faço com as roupinhas sujas da minha filha e é ainda mais fácil do que com as roupinhas, pois depois de secas elas estão prontas para serem utilizadas, já que não se pode passar as fraldas para não comprometer a absorção. A reação da minha filha foi gritante, antes ela chorava muito na hora da troca. Comecei a reparar que ela não chorava mais depois que comecei a usar as de pano, acredito que ela tenha percebido a diferença da textura em contato com o bumbum dela, já que as de pano são muito agradáveis ao toque, não tem aquele cheiro estranho das químicas das descartáveis, as assaduras dela diminuíram muito e ela já sabe quando está fazendo o xixi, porque começa a falar xixi, xixi, xixi, acredito que o desfralde seja rápido, pois ela só nesse pouquíssimo tempo que estou usando já está muito consciente do processo de eliminação. Minha filhota ficou um charme com a Fralda Bonita e eu estou tendo a sensação maravilhosa de poder estar contribuindo um pouquinho que seja com esse nosso querido planeta. Obrigada e parabéns pela parceria da Bianca do Parto no Brasil com a Bettina da Babysling".
Luciane Silva

domingo, 25 de julho de 2010

Dia fora do tempo

No calendário de 13 luas de 28 dias, o Calendário Maia da Paz, estamos no "Dia-Fora-do-Tempo", que corresponde ao dia 25 de julho do calendário gregoriano. É um dia intermediário entre o final de um ano, neste caso o Ano Semente Auto-Existente Amarela, que terminou ontem, e o início de um novo ano, que será o Ano Lua Harmônica Vermelha e terá início amanhã, dia 26. É denominado como o "Dia-Fora-do-Tempo" porque não faz parte das 13 luas do calendário, uma vez que elas são compostas de 28 dias cada uma dando um total de 364 dias e o 365º não é abrigado por elas. Hoje é um dia muito especial para que experimentemos a nossa total liberação no tempo, e, por isso que nessa data ocorrem celebrações em muitos lugares do Brasil e no mundo. Hoje é considerado o "Dia do Perdão Universal", o "Dia da Liberdade Galáctica", sendo muito importante reconciliar-se consigo mesmo e com os demais, reciclar seus sentimentos e emoções e recomeçar libertando o que é desnecessário em nosso trilhar. Informações extraídas do site Calendário da Paz.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Manifesto pela Valorização da Maternidade


Vocês já assinaram o Manifesto pelas Mães, organizado pelo Grupo Cria?
Muito legal a idéia. O Manifesto circulou na lista da Parto do Princípio e também na Gesta Paraná. Conheçam e divulguem também.
Beijos e boa leitura!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Palestra com Naolí Vinaver em Curitiba, PR

Com o objetivo de refletir sobre temas práticos do atendimento ao parto e nascimento com um olhar fresco e novo em temas comumente assumidos como "problemas" a parteira mexicana Naolí Vinaver estará na capital paranaense para um workshop e também para ministrar uma palestra para retomar diversos pontos na obstetrícia oferecendo possíveis soluções alternativas às dificuldades que se apresentam e que podem modificar radicalmente o desenvolvimento do parto e nascimento. No evento serão abordado temas como: sexualidade e nascimento; o papel da família; medos e mitos e a parteria na atualidade.
Quando? Onde?
Dia 06 de agosto, na Av. Comendador Franco, #1341, Jd. Botânico - CIETEP
Das 10 às 12hs - Parto e Nascimento Natural
Das 19 às 21h30 - Parir é natural
Para participar basta realizar as inscrições antecipadamente aqui e levar duas latas de leite em pó que serão destinadas à Associação Paranaense Alegria de Viver - APAV.
Sobre a palestrante:
Naolí Vinaver é antropóloga e parteira. Vive no México, onde combina a prática do parto tradicional com um profundo interesse e respeito pela psicologia e a fisiologia do parto. Em 2008 ela comemorou a marca de 2000 partos domiciliares, combinando a partería tradicional e a profissional, além de participar como conferencista em congressos de partería em mais de 30 países. Naolí teve 3 filhos em partos domiciliares acompanhada de sua família, o último dando origem a ao vídeo "Dia de Nascimento". Autora e ilustradora do livro infantil "Nasce um Bebê, Naturalmente", sobre gestação e nascimento.
Em suas conferências, Naolí fala da importância de se resgatar o aspecto sexual do ciclo da gravidez, parto e puerpério, dando às mulheres (e, portanto, também aos casais) a chance de se conhecerem ainda mais profundamente e exercerem sua sexualidade de forma plena e satisfatória, inclusive durante o parto. Conheça seu site aqui.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Maternidade Libertária


Revolução Social e Liberdade? Feminismo e Maternidade? Habitamos, felizes, nossos corpos de mulheres, convencidas de que ser mãe não é um destino inevitável e obrigatório. Muito pelo contrário, a maternidade deveria ser consequência do nosso desejo mais profundo.
(tradução livre)
A favor da liberdade sexual; direito ao aborto seguro; direito a um parto seguro e sem violências contra o nosso corpo; direito a informações justas sobre a gestação, parto e nascimento. Contra a infantilização das parturientes; contra a violência doméstica, institucional, obstétrica, seja física ou simbólica. Contra a obrigatoriedade de parir com dor. Hoje, divulgo uma experiência de ativistas portenhas, Autoconvocadas por una Maternidad Libertaria. O site me foi indicado pela profa. dra. Miriam Pillar Grossi; está em construção, mas vale a pena pela Declaração de Princípios, e pelos links para outras experiências na Argentina. Ilustração de Warmi.
Porque sí, somos madres, madres orgullosas de nuestra elección, madres rebeldes, madres gozosas, madres antipatriarcales, madres anticapitalistas, madres luchadoras, madres que parimos con placer, madres que lamemos a nuestros/as bebés cuando nacen, criamos con amor, dormimos con nuestros/as niños, madres repletas de fluidos. Madres que nos proponemos nada más ni nada menos que cuestionarnos todo, poner al mundo de cabeza para parirlo de nuevo con placer y con poder!

Exija que a Lei do Acompanhante seja cumprida, faça valer seu direito

Confira no site da Parto do Princípio a Lei do Acompanhante, direito garantido às parturientes e suas famílias desde 2005, além de outras Leis, Portarias e Resoluções. Você também pode tirar suas dúvidas no FAQ (Perguntas Frequentes), fazer sua denúncia e apoiar a Campanha da Parto do Princípio. História em Quadrinhos extraída de Leite de Mãe, de Sonia Hirsch com ilustrações de Cesar Lobo.

domingo, 18 de julho de 2010

"Eu quero uma casa no campo..."

Toda vez que viajo, como uma boa observadora que sou, sempre acabo incorporando mais alguma história de quem, rapidamente, acabei batendo papo, pois bem, dessa vez não foi diferente... No ônibus rumo a Sorocaba/SP, na Serra da Cabeça da Anta, conheci uma mulher, que nem seu nome sei... começamos a conversar, ela me contou que era de Eldorado, uma comunidade quilombola do Vale do Ribeira e que há 20 anos residia em Registro, mas que nunca se esqueceu de suas raízes, de sua identidade e dos bons momentos vividos no sítio, com simplicidade e que, em casa, sua mãe pariu quatro filhos, com a ajuda de uma sábia parteira, que, para ela, era como se fosse sua mãe, vindo a falecer já velhinha ano passado. No seu relato disse que toda vez que se sentia sozinha ou deprimida se recordava da casa de pau-a-pique onde nasceu, da esteira de taboa onde dormia e da vasta mata que circundava seu lar... pois é, tantas pessoas dizem que não nos lembramos de nosso nascimento, que tanto faz nascer/parir em casa ou no hospital (álias, no hospital sim temos segurança, recursos, equipamentos!), ou seja, que tudo isso é uma tolice! Sempre discordei dessa ideia, já que para mim a forma como somos recebidas/os influencia na nossa vida, no nosso trilhar e nada como vir a esse mundão com respeito, com naturalidade... nessa prosa, pelos caminhos do destino, pude ouvir mais uma comprovação daquilo que eu acredito e defendo, veementemente... talvez, inconscientemente (me ajudem, caros/as psicólogos/as e psicanalistas se estiver falando bobagem!) essa mulher, que também pariu seu filho com 17 anos sem indução, rapidamente, em um parto normal hospitalar, quando se sente acuada pelas pressões do dia-a-dia retorne ao paraíso edílico de onde nasceu, em sua casa, com amor, e encontre a segurança que todos/as nós precisamos... quem sabe... Desenho de Laura Andreato.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Um sonho...

Eu tenho um sonho... talvez um sonho partilhado por muitas mulheres, homens e suas famílias que irão receber um dia seus bebês... o sonho? Que as mulheres, homens e suas famílias possam ser respeitadas/os, que a parturiente possa parir sem práticas, protocolos e intervenções com vistas aos ponteiros de um relógio e que, assim, naturalmente, na medida da força ancestral feminina, um novo ser possa nascer e ser concebido com amor, respeitosamente! Foi assim que escolhi parir Rudá, vivência que transformou minha vida e meu olhar na assistência ao parto e nascimento, dado que tive anteriormente uma cesareana para que Ícaro, meu primogênito, nascesse. É... post todo emocionado de quem acabou de ver um vídeo de um parto em casa, e que pela enéssima vez teve seu coração tocado, sua memória recordada... nesse vídeo (Lynsey Stone Birth Photography), feito com as fotos de um parto domiciliar, o expectador pode ver como é simples e mágica a chegada de um bebê, como a mãe tendo liberdade se entrega ao evento, curte, e melhor, junto de quem confia e ama! Tão lindo ver sua filhota, imagino eu, esperar o irmãozinho/a, dar as mãos para sua mãe e dividir junto as emoções e, quando tudo acaba (ou seria, se inicia?), cortar o cordão umbilical e proporcionar um novo trilhar, de uma nova vida... Lindo lindo lindo! Meu sonho? É esse! Que nós possamos ter nossos filhos com simplicidade, com naturalidade, com amor! E, sonho que se sonha junto, já dizia o cantor, é realidade!!! Vejam também o vídeo Joyful Birth! Foto de Silmara Guerreiro - Acervo pessoal, ago/09.

Curetagem é a cirurgia mais realizada no Brasil


Segundo Ministério da Saúde, foram feitos 3,1 milhões de procedimentos entre 1995 e 2007 - Por Adauri Antunes Barbosa.
SÃO PAULO. Uma das cirurgias mais realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a curetagem (procedimento para limpar o útero após o aborto) foi feita na rede pública por 3,1 milhões de mulheres, entre 1995 e 2007.
O número, revelado em tese de doutorado pela médica Pai Ching Yu, do Instituto do Coração (Incor) da Universidade de São Paulo (USP), mostra a gravidade do problema. O aborto que precede a curetagem é uma das principais causas de morte no País — e motivo de maus tratos, por parte de profissionais da saúde, a mulheres que buscam atendimento médico.
Não há números oficiais sobre aborto no Brasil. A mulher que procura atendimento médico depois de abortar geralmente não informa se o procedimento foi legal, espontâneo ou ilegal, temendo punições. Em alguns estados, como Bahia e Pernambuco, as complicações do aborto são a primeira causa de morte de mulheres, conforme constataram as ONGs Ipas Brasil e Grupo Curumim, que pesquisaram o assunto em cinco estados, incluindo o Rio de Janeiro.
De acordo com a enfermeira Ana Paula Lima Viana, da ONG Grupo Curumim, a lei restritiva não impede que os abortos continuem sendo realizados no País e, ao mesmo tempo, encobre “tabus e estigmas” em torno do problema.
Um deles, contou, é que o aborto é tratado como crime e pecado pelos profissionais da saúde, que se negam a dar o atendimento, provocando o agravamento do estado das mulheres e causando a morte.
Isso é grave violação a um direito humano. A mulher não tem atendimento ou tem atendimento de péssima qualidade — afirmou Ana Paula Viana.
Conforme as pesquisas feitas pelo Grupo Curumim e Ipas Brasil, a crueldade da curetagem em mulheres que fizeram aborto foi constatada no Rio, Bahia, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Paraíba. Em vez de utilizarem o método de aspiração manual, um processo simples que não põe a mulher em risco, as ONGs observaram que a raspagem é feita com instrumento perfurante que, em muitos casos, provoca hemorragias e infecções.
Esse método arcaico de raspagem com objeto perfurante é verificado em mais de 90% dos casos, quase 100%. Inclusive no Rio — disse Ana Paula, que é parteira em Recife.
Segundo dados do Ministério da Saúde foram realizados no SUS mais de 32 milhões de procedimentos cirúrgicos entre 1995 e 2007. Entre os 1.568 tipos de cirurgias, as curetagens ficaram em primeiro, com 3,1 milhões de registros. Na sequência, ficaram as cirurgias para correção de hérnia, com 1,8 milhão de casos; retiradas de vesícula, 1,2 milhão; plástica de vagina e períneo, 1,1 milhão; e retirada do apêndice, 923 mil. As cirurgias cardíacas, partos e intervenções sem internação ficaram de fora da pesquisa.
Fonte: O Globo, 15/07/10. Foto extraída de: http://oglobo.globo.com/fotos/2008/09/17/17_MHG_mul_aborto.jpg

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Não bata, eduque

O ano? 2010. A campanha? Esta: “Não bata, eduque”. Ela é parte de uma ação que tem como peça legal uma especificação em relação ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A especificação diz respeito a uma legislação recém assinada pelo Presidente Lula, que define que a proibição aos “maus tratos” à criança inclui até mesmo a convencional “palmada pedagógica”.
Sendo assim, o Brasil dá passos no sentido de entrar na modernidade em mais um setor, o da punição infantil. Bem, isso é verdade ao menos se pensarmos que a modernidade é a que foi descrita pelo filósofo francês Michel Foucault: a cada dia colocamos mais tijolos na construção de instituições cujo papel é nos tornar mais suaves, isto é, instituições fomentadoras de relações de poder que visam antes a alma que o corpo. Lula obedece a esse destino. Com essa nova legislação, pais, professores e outros que cuidam de menores vão ter de redobrar a atenção e a paciência, caso não queiram sofrer conseqüências que incluem até mesmo a prisão.
Assim, derruba-se de uma vez por todas, no Brasil, um dos princípios básicos da educação vigente em boa parte do mundo. Sim, pois a legalidade da punição física no lar, na escola e no sistema penal não é coisa de um passado distante. Uma boa das nações trata a punição física de crianças antes como parte inerente ao processo educacional que um elemento de exceção utilizado como “último recurso”. Portanto, sendo assim, a legalidade da punição física, em vários lugares, está longe de ser questionada.
Nos Estados Unidos, como é de praxe, a discussão sobre o assunto é acirrada. Atualmente, pode-se dizer que o país está dividido, com metade dos estados proibindo ou tentando proibir a punição física na escola e no lar, enquanto que a outra metade se põe, em certo sentido, contrária à proibição. No Brasil, algum tipo de punição física é vigente e permitida em todas as três instâncias, sendo que a legislação assinada pelo presidente Lula, em 14 de julho de 2010 (exatamente neste momento em que escrevo), visa colocar o nosso país em uma situação totalmente inversa nas três instâncias consideradas. Busca-se o fim definitivo e claro de qualquer ato punitivo que vise antes o corpo que a alma.
(...) quando nos colocamos no lugar das crianças castigadas ou, ainda, quando interpretamos Foucault, não temos como não nos colocar ao lado dessas medidas anti-punição física. Todavia, sabemos muito bem que nem todos que defendem um castigo físico do tipo da “palmada pedagógica” são incultos, bárbaros ou, então, intelectuais ligados a uma psicopedagogia arcaica. Vários, são filósofos cuja visão sobre a modernidade não inclui os mesmos pressupostos de Foucault. São os que entendem que a modernidade pode até ampliar a suavidade, mas, enfim, não sem um preço, que é a ampliação da crueldade por meio da indiferença, da insensibilidade.
O filósofo alemão Theodor Adorno, perguntado sobre o que faria com uma criança que arrancou as asas de um inseto, não hesitou em afirmar que daria um bom tapa na mão do garoto. Seria pouco inteligente jogar nas costas de Adorno qualquer cultivo da frieza ou crueldade ou impaciência. Adorno tinha uma justificativa teórica bem arrumada para dizer o que disse. Dependendo da idade do menino, haveria outro tipo de punição? Haveria outro tipo de “marca” possível, que resultasse para a criança realmente uma censura à sua crueldade? Não se estaria aí, com o tapa, tentando dizer para a criança algo como “veja como a dor corporal é indesejável”, mas de uma forma capaz de marcar o momento e se fazer entender pela criança pequena?
A despeito de Adorno, parece que a lei de Lula será vencedora. (...) notamos que os países mais ricos, ao menos na entrada do século XXI, adotaram a postura da “punição física zero”. Toda e qualquer punição corporal, mesmo a mais tênue, foi assumida por esses países como alguma coisa cujos benefícios jamais superariam os prejuízos. Assim, do ponto de vista pedagógico imediato, tudo indica que logo não teremos nenhum argumento a favor da punição física. Mas, do ponto de vista filosófico, o assunto não estará encerrado. Pois, dessa perspectiva, há mais coisa em jogo, inclusive situações criadas pelo raciocínio filosófico de levar ao limite o instituído.
Utilizando o raciocínio de levar ao limite, uma vez terminado todo e qualquer castigo físico, em que estaríamos vivendo? Ora, teríamos que o contato do adulto com a criança não passaria mais pelos corpos, ou porque isso seria uma violência explícita (o tapa) ou porque estaria escondendo uma posterior violência de ordem mais complexa (o abuso sexual). Em termos filosóficos, ou seja, a partir de uma situação em que podemos imaginar possibilidades extremadas, seria difícil ver uma sociedade assim, de anjos, isto é, de pessoas incapazes de terem corpos, como uma sociedade feliz.
Podemos acreditar que a dor vinda da punição física comedida, como a “palmada pedagógica”, está longe de ser algo do campo da humilhação e da violência. Podemos, inclusive, temer que se as crianças crescerem privadas da experiência da dor física punitiva, ou seja, virgens do ponto de vista da experiência da dor quando elas criam a dor do outro, estaremos ao final sob o império do não-sentido. Geraríamos, então, uma população inteira de adultos incapazes de se identificarem com o sofrimento alheio que, enfim, continuaria a existir no mundo dos adultos. Uma sociedade assim não tenderia a ser altamente cruel? Não teríamos uma sociedade sujeita à violência aparentemente inconseqüente, como se tudo não passasse de um cenário para o Coyote e o Papa Léguas?
Mas a aposta da legislação não é esta. Ela está imbuída da ideia de que o fim da experiência da punição física é alguma coisa associada a tantas outras formas de suavidade que temos adotado. Algumas dessas medidas de suavização chegaram mesmo ao extremo. Mas, nem por isso, criaram distorções em nossas vidas; ao contrário, cumpriram sua “missão civilizatória” . Há a pena de morte em vários países, mas, em boa parte do mundo, não mais o enforcamento de rua ou o esquartejamento e nem mesmo a cadeira elétrica. Seria insano dizer que criamos uma geração que esqueceu o que é o sofrimento porque não mais assiste a barbárie do sangue derramado nas ruas com guilhotinas e coisas do gênero. No entanto, em contrapartida, alguns diriam que essa capa civilizatória não teria gerado outra coisa que não um mundo de exércitos altamente danosos. Exatamente pelo fato de todos acreditarmos que, numa guerra moderna, não há mais mortes, apenas “baixas” em um grande jogo de vídeo-game, abrimo-nos para a possibilidade da guerra, inclusive com a falsa noção de que todo e qualquer inimigo despreparado militarmente poderia ser eliminado por uma ação parecida a de quem limpa uma mesa com migalhas de mão.
Paulo Ghiraldelli Jr. , filósofo, escritor e professor da UFRRJ. Lei também o texto de Kalu Brum, É só um tapinha?, no Blog Mamíferas, publicado no dia 13 desse mês. Acessem também o site Não bata. Eduque.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Divulgação de eventos no Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal

Michel Odent, obstetra e pesquisador francês que foi encarregado do Centro Cirúrgico e da maternidade estadual em Pithiviers, Paris, entre os anos de 1962 a 1985 e fundador do Primal Health Research Centre, em Londres, estará no Rio de Janeiro/RJ no dia 20 desse mês, terça-feira, na Rua Real Grandeza, 108 e fará uma roda de conversa, das 18 às 21 horas, evento aberto e gratuito, vale a pena conferir e participar! Na década de 70 ele introduziu o home-birth (parto caseiro) e os quartos com pequenas piscinas aquecidas nas maternidades. Também é o autor do primeiro artigo na literatura médica sobre o uso das piscinas de parto (Lancet 1983), do primeiro artigo sobre o início da lactação durante a 1a hora após o nascimento e do primeiro artigo "Teoria do portão para o controle da dor” na obstetrícia. Criou o banco de dados do Primal Health Research e escreveu 12 livros publicados em 22 idiomas. Foto: Acervo Espaço Aobä - workshop ocorrido em abril, em Curitiba/PR.
Entre os dias 12 a 15 de novembro, em São Paulo/SP - "Do que fala o corpo do bebê?", no campus da Unip. Para mais informações acesse aqui!

O evento acontece em Brasília/DF entre os dias 26 a 30 de novembro, para mais informações, valores e inscrições de trabalhos acesse aqui!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Parir e Gozar

Publicada na Tpm, #87, uma matéria sobre Parir e Gozar, na perspectiva de mulheres que pariram seus filhos/as e tiveram suas vidas transformadas. O parto visto como mais um dos eventos sexuais que temos, relacionando maternidade e sexualidade. Conta com a participação de Kalu Brum, do Mamíferas, além de relatos de outras mulheres. Texto de Fernanda Danelon, de 15 de maio de 2009. Foto extraída de: http://fatioupassou.com/wp-content/uploads/2008/10/21970668_3049cf2bba.jpg

Sobre parir e partejar

Opa! A boa filha a casa torna! E nesse finzinho de segunda-feira, para iniciar os posts desta semana linko duas matérias para vocês saborearem sobre o ofício de parteira e parto em casa, publicadas, respectivamente, na Gazeta do Povo, em 06 de maio de 2010 - Parteiras, heroínas da resistência e na Revista Tpm, #78 - Em Casa. Lindas histórias e emocionantes depoimentos desse belo ofício de partejar. Confiram! E bora lá... Fotos Acervo Revista Tpm - Mauro Restiffe.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Off

Depois de alguns dias sem postar nada, devido a ausência de acesso a internet (deu a louca na operadora!!!), que ainda se mantém, consegui só hoje passar por aqui. Segue abaixo carta aberta da Parto do Princípio ao candidato José Serra sobre uma de suas propagandas eleitorais sobre o Mãe Paulistana, confiram! E, pensem para escolher nossos/as governantes!

Necessidade urgente de retificação do programa eleitoral do candidato José Serra

A Parto do Princípio – Mulheres em Rede pela Maternidade Ativa entende como propaganda enganosa o trecho do vídeo do Programa Eleitoral do Candidato José Serra exibido em cadeia nacional de rádio e televisão no dia 17 de junho de 2010. Transcrição realizada através da cópia das legendas do vídeo disponível em: http://joseserra.psdb.org.br/noticias/serra-sabe-fazer-e-faz (a partir do minuto 4:10 do vídeo de 10 minutos) - “[...] E olha só o que ele fez pras futuras mamães: [...] O Programa Mãe Paulistana. Seis consultas de pré-natal, vale transporte, parto em hospital marcado com antecedência. Tudo de graça.” A mensagem do vídeo pode ser comumente entendida como agendamento do parto, assim como são agendadas as cesarianas tão frequentes nos setores suplementar e privado de assistência à saúde brasileiros. Apesar de muitas mulheres desejarem escolher a via de parto de seus filhos (parto normal ou cesariana), induzir e subentender que marcar a data do parto seria um benefício contradiz totalmente com o que é preconizado pela Organização Mundial de Saúde, pelo Ministério da Saúde, e Pelo Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal. Ao contrário do que é sugerido pelo vídeo, no setor público as mulheres não escolhem a via de parto, sendo esta uma decisão baseada em indicações clínicas que tornem necessária uma intervenção cirúrgica. As evidências científicas indicam que a realização de uma cirurgia desnecessária aumenta os riscos de morbi-mortalidade materna e neonatal. Outra interpretação possível da mensagem é de que haveria possibilidade de reservar vaga em hospital antecipadamente. Porém, o Programa Mãe Paulistana não contempla tal procedimento, de acordo com as informações disponibilizadas pela própria Prefeitura de São Paulo. O que existe é uma Central de Regulação que presta apoio quando há falta de vagas. Diante dessa mensagem cujas duas possíveis interpretações carecem de fundamento, faz-se necessária e urgente retificação da mensagem transmitida com nota de esclarecimento sobre os benefícios do parto normal. Solicitamos também que seja dada a devida publicidade a que o programa efetivamente propõe. Esse, sim, seria o compromisso do candidato com o que é melhor para a saúde das mulheres e seus bebês. Vale lembrar que, em todo o Brasil, as gestantes tem direito à no mínimo seis consultas de pré-natal pelo SUS. E na cidade de São Paulo, o vale transporte e a garantia de vagas nos leitos dos hospitais públicos municipais e conveniados com o SUS são direitos das gestantes desde 2001 (Lei Municipal nº 13.211 de São Paulo aprovada e sancionada por Marta Suplicy). Caso o candidato considere necessário expor sobre assuntos referentes à assistência à gestante durante sua gestão, sugerimos citar a Lei Estadual 13.069 de 2008 do Estado de São Paulo, que dispõe sobre a obrigatoriedade dos serviços de saúde informar sobre o direito à presença do acompanhante no parto. Apesar de até hoje não estar sendo cumprida por muitos hospitais do Estado de São Paulo, é uma lei que foi promulgada durante sua gestão. Aproveitamos para salientar que também as Leis Estadual (Lei Estadual nº 10.241 de 1999) e Federal (Lei Federal nº 11.108 de 2005) do Acompanhante no Parto continuam sendo desrespeitadas em muitos hospitais públicos e particulares do Estado de São Paulo. Gostaríamos ainda de saber qual foi a intenção da menção de que é “Tudo de graça” quando sabemos que se trata de direitos garantidos por lei e assistência pública à saúde. Desde 1988, com a promulgação da Constituição da República, a saúde é direito de todos e dever do Estado, financiada por tributos para os quais a população inteira contribui. Não é de graça, pagamos por isso. O Brasil não pode mais permitir propaganda enganosa - Parto do Princípio - Mulheres em Rede pela Maternidade Ativa_ uma rede nacional, com mais de 100 mulheres por todo o Brasil, que luta para que toda mulher possa ter uma maternidade consciente e ativa através de informação adequada e embasada cientificamente sobre gestação parto e nascimento_ Mais informações, acesse: Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, Programa Mãe Paulistana, Parto Normal: mais segurança para a mãe e o bebê.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

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