sábado, 31 de dezembro de 2011

Post Extraordinário - Aos parceiros, nossa gratidão

O Blog Parto no Brasil agradece neste último dia de 2011 aos queridos parceiros deste ano que estiveram conosco através do apoio e confiança em nossa credibilidade e dedicação, pois um trabalho se faz em rede, em conjunto!



A todos, nossos agradecimentos e carinho:

Bazar Coisas de Mãe

Correcotia

Escola Virtual para Pais

Espaço Aobä

Fabiluli Dolls e Toys

Ishtar Sorocaba

Loja Lilith

Luciana Benatti

Mamíferas

Marcus Renato de Carvalho

Matimpererê Empório Cultural

Miss Cup

Mônica Bara Maia

Naoli Vinaver

Ninho da Coruja

Panda Books

Ponto de Cultura "Caiçaras"

Projeto "Parteiras Caiçaras"

Programa Conexão Futura - Canal Futura

Quanto Menor Melhor

Rádio UEL FM

Samba Calcinha

Sônia Hirsh

Slinguru

Multimídia Parto no Brasil - Adeus Ano Velho

_Mariana Massarani_Muitos Desenhos_

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Participação das mulheres deve ser garantida no novo Sistema Nacional de Parto e Morte Materna

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Saiu no Estadão:

Governo institui cadastro para prevenir mortalidade materna
Objetivo é garantir a melhoria da atenção à saúde materna nas gestações de risco
28 de dezembro de 2011 | 13h 24

Uma medida provisória publicada no Diário Oficial da União institui o Sistema Nacional de Cadastro, Vigilância e Acompanhamento da Gestante e Puérpera para Prevenção da Mortalidade Materna. O objetivo é garantir a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade da atenção à saúde materna, principalmente, nas gestações de risco.

O sistema é constituído pelo cadastramento das gestantes e das mulheres que tiveram parto recente, de forma a permitir a identificação daquelas em situação de risco, a avaliação e o acompanhamento da atenção à saúde recebida por elas durante o pré-natal, parto e logo após o parto.

O cadastro também deverá conter informações sobre as mortes de gestantes e puérperas com dados sobre a investigação das causas do óbito e medidas a serem tomadas para evitar novas ocorrências. O cadastro deve ser informatizado, abastecido por estados e municípios e gerenciado pelo Ministério da Saúde.

A medida provisória prevê ainda o pagamento de benefício, no valor de até R$ 50, para as mulheres cadastradas no sistema. O intuito é custear as despesas de deslocamento aos serviços de saúde para acompanhamento do pré-natal e assistência ao parto prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A Caixa Econômica Federal será o banco responsável pelo repasse do benefício.

O sistema, instituído pela Medida Provisória 557, integra a Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher, coordenada e executada pelo SUS, e será gerido pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios.

As Feministas alertam para os perigos estratégicos que tal ferramenta pode significar - anunciam um atentado aos nossos direitos sexuais e direitos reprodutivos. E convenhamos que o dia 29 de dezembro, em via de Medida Provisória, é de lascar. 
Será que, com o pretenso objetivo de vigiar as gestantes de risco, não estão mesmo querendo vigiar as mulheres que fazem aborto em casos de gravidez indesejada? E porque estão fazendo isso por Medida Provisória? É uma ação no mínimo estranha essa! 
Em outra matéria questionam: “Já existem comitês de mortalidade materna em todo o país. Toda morte materna tem que ser registrada. Para quê criar esse cadastro?”.

E no Portal da Saúde do SUS, a explicação sobre como funcionará o Sistema Nacional de Cadastro, Vigilância e Acompanhamento da Gestante e Puérpera para Prevenção da Mortalidade Materna:
No novo sistema, serão cadastradas todas as gestantes e puérperas para o adequado e rigoroso acompanhamento e avaliação da assistência prestada às mulheres durante o pré-natal, parto e puerpério. 
O sistema é coordenado pelo Ministério da Saúde e executado em parceria com os estados e municípios, responsáveis pelo fornecimento e a atualização dos dados. 
Para apoiar as ações de acompanhamento das gestantes será instituído o Comitê Gestor Nacional, que será composto por representantes do Conselho Nacional de Saúde (CNS); dos conselhos nacionais de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e de Secretários Municipais de Saúde (Conasems); do Conselho Federal de Medicina (CFM) e Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), além de representantes da sociedade civil. 
Este comitê vai avaliar e sugerir políticas, programas e ações de acompanhamento do pré-natal e de assistência ao parto e puerpério.

Alguns outros veículos comunicaram o fato, e no UOL Economia, de novo, há informação de que:
Todas as unidades de saúde, públicas e privadas, do Brasil deverão registrar as gestantes que internarem para operações de parto. Cada instituição precisará criar uma comissão de cadastro, vigilância e acompanhamentos das gestantes, que funcionará junto ao sistema que será disponibilizado no site do Ministério da Saúde. 

 Bebê nascido em Bali
The Power of a Gentle Birth

Diante de todo o exposto, e de nossa surpresa diante dos fatos, observamos a necessidade de defender a garantia de participação do controle social nas esferas decisórias destes espaços! Nós, mulheres, podemos participar, temos direito! - e temos muito trabalho a fazer, nos Conselhos Municipais, nos Comitês de Morte Materna, e agora também neste novo espaço político de planejamento, monitoração e avaliação das ações de Saúde Materna.

Seria bom pensarmos em grupos de trabalho para 2012? Encontros virtuais estratégicos para reuniões presenciais nos municípios? Compartilhe suas experiências de trabalho!

- E viva Dr. Ivo, do Sofia Feldman (Belo Horizonte-MG), com sua frase: "Isso não é trabalho, é tão bom que eu tô sempre de férias." 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A maternidade hospitalar é um campo de guerra

Todo apoio a Marcos Dias (RJ) e todos os outros profissionais obstetras que praticam uma assistência respeitosa e amigável às mulheres.
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Violência obstétrica é...


La obstetricia actuando
palabrademujer.wordpress.com/otra-mirada-de-la-atencion-obstetrica



Quero, antes de tudo, manifestar meu apoio ao colega Marcos Augusto Bastos Dias, e repudiar a hipocrisia, não apenas do CRM-RJ, mas de todos os CRM's Brasil afora. Nessa disputa envolvendo assistência ao trabalho de parto e nascimento, não existe nenhuma pureza dentro dos conselhos. Os augustos, quase divinos conselheiros - encastelados em sua ética parcial - não estão assim tão interessados nos sujeitos principais do parto: a mulher, o bebê, a família. Estão ali para proteger o poder e os privilégios da categoria que representam - importantíssima, sim, mas nem por isso proprietária da fisiologia humana. Fazem uma balbúrdia quando se trata de compartilhar a assistência com outra categoria - obstetrizes e enfermeiros obstetras - e outros modelos de assistência - ainda que comprovadamente eficazes e seguros em vários outros países do mundo. Mas se calam, ou se acomodam em inúmeras outras situações, flagrantemente ilegais, absurdamente antiéticas, ou explicitamente desumanas... 

1) Um médico, obstetra, professor-doutor, tutor de residência (talvez conselheiro em seu estado) que chega no plantão da maternidade, onde mulheres foram ganhar seus bebês, e assim se pronuncia: "Como está o nosso Vietnã? Nossa Faixa de Gaza!!" Porque ele vai para o plantão como quem vai para uma guerra; as parturientes e seus familiares são o inimigo a ser vencido; ele está ali para matar ou morrer; para arrancar sangue; para dominar, para impor seu ponto de vista. Sua postura e suas condutas frente às mulheres, no decorrer do dia, são um desdobramento de seu "carinhoso" bom dia. Nossas maternidades estão abarrotadas de profissionais desse tipo, que vão trabalhar sem gostar do que fazem, e que descontam suas raivas nas mulheres que vão lá parir. O que os CRM's fizeram daquele estudo que mostra que cerca de 25% das mulheres são violentadas dentro das maternidades, na hora do parto? O que tem feito nossos CRM's, tão "preocupados" com a ética, contra médicos obstetras, anestesistas, pediatras (não todos, claro, mas muitos, muitos!!), que sistematicamente agridem mulheres nas mesas de cirurgia - principalmente quando são negras, obesas e pobres? Tem levantado a voz, pelo menos? Alguém foi punido, por isso? Ou isso é tão inerente à prática, que não vale a pena discutir?

2) E as cesarianas eletivas com 37 e 38 semanas, nas melhores maternidades do país - naquelas com imensos saguões de granito e manobrista? O que tem sido feito com esses profissionais, geralmente gente muito fina! Profissionais muito conceituados em suas cidades e seus estados! o que tem sido feito com os profissionais que indicam e executam essas cesarianas? não sei de onde sai tanta indicação: o líquido secou, o nenê não estava respirando, o cordão estava enrolado no pescoço, o nenê era muito grande, HbsAg +, estreptococo B positivo (essa é de rir - ou chorar!). Porque a mentira foi normalizada em nossos pré-natais. A mentira e a arte de aterrorizar. Há uns meses, minha irmã me ligou de Maceió, onde mora, desesperada. Estava com 39 semanas de gestação, já tivera um parto normal anterior e aguardava tranquilamente o trabalho de parto. Mas "inventou" de fazer um ultra-som; a ultrassonografista falou que tinha que ser cesariana porque o cordão estava enrolado no pescoço. Falei para ela que ficasse tranquila; quatro dias depois nasceu o bebê, com uma circular de cordão, em perfeitas condições. Quantas outras mulheres não tiveram a sorte de ter quem as tranquilizasse? e quantas outras "excelentes" ultrassonografistas, pelo Brasil afora, não fazem outras tantas brilhantes indicações como esta? Isso não configura um quadro de imperícia? Isso não é antiético? O que os CRM's tem feito nestas situações? Alguém foi chamado, pelo menos para uma advertência? E quando algum desses bebês afoitamente retirado com 37 semanas (porque o fim de semana, ou o feriado prolongado estava próximo, ou porque havia um risco iminente de nascimento por parto normal), por "azar", teve uma membrana hialina, ou uma taquipnéia mais severa, e teve que ir para uma UTI neonatal, e teve que ficar entubado lá, um ou dois dias, alguém questionou a conduta desse profissional de condutas tão ilibadas? Será que os diretores clínicos das nossas maternidades privadas investigam esses casos? No final, mãe e bebê e família retornam muito felizes para suas casas... Intercorrências benignas, não é!Ainda agradecem o profissional, que "salvou" o bebê. É verdade que, às vezes não dá prá salvar... Os CRM investigam isso? Ou isso também é intercorrência benigna?

3) Existe maternidade pública no Brasil, onde o médico plantonista não avalia puérpera na enfermaria, porque na enfermaria não tem ar condicionado - ninguém merece aquele calor, né gente!. Levem os prontuários para eles, no conforto médico, onde o ar condicionado mantém uma temperatura civilizada - 18-20 graus, né gente! Por outro lado, ar condicionado de bloco cirúrgico-obstétrico tem que ser 16 graus, né gente! Para vestir capote cirúrgico, tem que abaixar a temperatura. "Senão, não dá para trabalhar!" A paciente (mãezinha, ou filhinha), de camisola, ou despida, que se vire! Ninguém pergunta se a temperatura está adequada para ela. Alguém se preocupa com isso? Ah! sim, claro, o pediatra, quando que o bebê nasce...

4) E as cesarianas para ligadura!! A lei do planejamento familiar já está bem velhinha! Mas até hoje tem mulher com dois ou três partos normais que entra na maternidade às 9:00 e às 10:30 é levada para o bloco cirúrgico para uma cesariana de urgência por sofrimento fetal agudo (com BCF de 140), ou distócia (distócia? teve tempo de ter distócia?), e na cesariana "ganha" a ligadura... Ou entra na maternidade com diagnóstico de pré-eclâmpsia (com PA de 150/100) e é encaminhada direto para o bloco, para cesariana de urgência + ligadura. Curiosamente, todas as outras medidas de PA situam-se em torno de 100/70; mais curioso ainda, a única medida anormal foi a medida da admissão, tomada pelo médico; curiosíssimo: talvez ele nem tenham colocado o esfigmomanômetro no braço da gestante... Como é mesmo o nome disso? Não entendo muito de lei! Falsidade ideológica? Será que cabe aqui? A Lei de Planejamento Familiar estabelece algumas penas... Tem algum CRM no Brasil preocupado com essa prática? Comuníssima ainda nos grotões... Claro, ainda tem o cachê do médico: mil reais prá fazer a ligadura...

5) E os "esquemas" de plantão? Tem três pediatras de plantão. Na prática, só tem um, porque eles rodam. "Tem que contratar mais pediatra" fala uma pediatra absolutamente sobrecarregada, "porque não estou dando conta do serviço!". Os outros dois estão nos seus consultórios... "Não dá para fazer analgesia peridural nas pacientes em trabalho de parto, porque não tem gente suficiente" fala o anestesista de plantão. O outro anestesista, também de plantão, não está... (onde está?). E assim, por diante... Cadê os CRMs?? Cadê os nobres conselheiros? 

6) "Período de dilatação, prá mim, dura 6 horas; período expulsivo, 30 minutos. Mais que isso, é cesariana" Ou Kristeller. Porque, depois que vai para a litotomia, tem que nascer em 15 minutos. 

“Isso! Cuidado mãe! (ela subindo na litotomia) Vamo buta o pezinho aqui mãe, pro menino nascer rápido! Força para o menino sair taqui. Mãe, presta atenção, tá fazendo errado. Peraí!! Puxa isso aqui. Vamo butá o campo. Vai nascer! Agora mãe, quando vier a dor, é prá você ajudá. Puxa, tá certo, na hora da dor. Puxa.! Tá descendo? Força, confiança. Fecha a boca. Vai mãe vamo, vamo vai vai vai mãezinha, vai, vai. Ela tá muito desesperada (não aguento) Oh m~e, presta atenção. Vc tá com desespero, mas sem necessidade (mas dói demais) (eu tô tentando). Aquela hora achei que ia nascer lá (gemidos). Bota o pezinho, isso. Ajuda mãe! Ajuda aí. Vai força, vai força, puxa o ferro. Vai mãe, vai mãe, espreme, tá vindo, tá nascendo. Vá mãe, vá, VAI. Força!!! (oh gente!) (tá dando agonia) Presta atenção, mãe, presta atenção, vamo lá (Oh meu deus) Desça o bumbum, desça, desça mais. Vá mãezinha, isso! Muito bem (Ah meu deus). Desce na contração, sobe. (Oh gente!) (OH senhor) Tá chegando, vamo mãe, bota o pezinho prá cima e puxa o ferro, vamo vai va va va maezinha, empurra o pé. Vá mãe vá. É que as contrações dela são poucas. (doi demais gente) Força, vá, força, va (grito). (gente!) respira, puxa o ar pelo nariz (não aguento mais não). (meu pai!) (não não) Empurra, vá vai nascer. Vamos vamos (grito) Você tá segurando. Não mae tenha calma, deixa descer mais. Força Raimunda, vá. Vamos raimunda. Não devagar, de uma vez só. Sobe ela. Tô dexando rodar. Nasceu pronto. Respire mamãe. Nasceu! pronto" 

Essa gritaria toda durou quinze minutos. De fato nasceu. Tinha que nascer em 15 minutos? O BCF estava ótimo e a parturiente tinha dois partos normais prévios. Essa é a assistência padrão de período expulsivo no país inteiro. 

E o que os CRM's fazem, então com esse bullying sistemático nos períodos expulsivos das mulheres brasileiras (na hora de fazer você não gritou assim), com essa gritaria (parece que estamos tocando vaca!), com esse estímulo irracional ao puxo dirigido (Será que ninguém nunca viu o que o Caldeiro-Barcia já havia mostrado em 1979?), com essas multidões penduradas nos períneos das mulheres (Força, mãezinha!)? Claro que os CRM's não fazem nada... 
A fazer algo, teriam que reconhecer que MÉDICO(a) OBSTETRA NÃO SABE ASSISTIR UM PARTO NORMAL EUTÓCICO. Mas isso é demais... Porque na sequencia teriam que reconhecer que outros profissionais - não médicos, e uns poucos médicos - sabem o que eles não sabem; e que tem muito a aprender com esses outros. E que talvez as CASAS DE PARTO possam ser locais mais adequados para o nascimento, e que a obstetriz e o enfermeiro obstetra, são tão capazes quanto eles na assistência ao parto. E isso eles não parecem dispostos a fazer. 

Isso é um desbafo, absolutamente pessoal...

Edson Borges de Souza
Médico Obstetra - Belo Horizonte




Ricardo Herbert Jones
Desabafo de um colega obstetra
Publicado em página pessoal do Facebook, em 20 de dezembro de 2011.


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Mais do mesmo
Acesse aqui o post com relato de pesquisa em que GO que diz que uma maternidade com seis parturientes é filme de terror http://partonobrasil.blogspot.com/2011/05/dia-mundial-da-parteira-e-seus_12.html

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Blog Parto no Brasil entrevista Mayra Calvette - Dezembro de 2011

Iniciamos a última semana do ano c/ uma entrevista muito querida!

A parteira Mayra Calvette, uma das idealizadoras do Projeto Parto pelo Mundo nos conta como está sendo viajar em busca de outros modelos de assistência obstétrica, confiram!

PARTO NO BRASIL Mayra, conte para os leitores do blog sobre o Projeto Parto pelo Mundo? 

MAYRA R: O Projeto Parto pelo Mundo visa encontrar alternativas ao modelo biomédico e tecnocrático de atenção ao nascimento, predominante em nossa cultura, através da busca de modelos de parto centrados na mulher e ações em prol da humanização do parto ao redor do mundo. Estamos viajando num período de 9 meses. Durante a viagem, estamos fazendo vídeos, fotos e escrevendo sobre a humanização do nascimento em cada país. A informação traz aspectos da cultura em geral e do nascimento, relatos de parto, taxas de mortalidade materna e neonatal, sistema de saúde e muito mais. As filmagens podem incluir nascimentos, entrevistas com pessoas na rua, mulheres grávidas, mães, pais e filhos, profissionais, organizações de apoio ao nascimento, e será um futuro documentário! Um processo de nascimento que respeite a vida e a natureza é uma das chaves para um planeta melhor. As experiências que o bebê e sua mãe passam durante esse período podem refletir para o resto de suas vidas positiva ou negativamente. Esses bebês são o futuro do nosso planeta, suas mães são seus primeiros instrutores. Eles têm o potencial de fazer deste mundo um lugar melhor, com mais amor, respeito aos outros e a natureza. Existem formas simples de melhorar a saúde materna e neonatal com efetividade, melhor custo-benefício atendimento humanizado. Estamos nessa viagem explorando os horizontes do Parto pelo Mundo! 

PARTO NO BRASIL O que esta iniciativa significa na sua trajetória pessoal como parteira? 

MAYRA R: Essa iniciativa representa a abertura da visão, conseguindo visualizar novos horizontes e possibilidades. Tenho aprendido muito a cada passo dessa intensa viagem. 

PARTO NO BRASIL Como você avalia essa rede de mulheres em busca de um parto respeitoso no mundo? 

MAYRA R: É uma rede de grande força. E é uma força verdadeira, que surge do coração. Elas lutam pelo direito de ter um parto digno e respeitoso. Elas percebem que o nascimento pode ser um momento incrível de força e transformação. É um daqueles momentos únicos que passamos na vida e que não deveria ser perdido. As mulheres estão redescobrindo o poder e a confiança no instinto e intuição. É uma rede que aumenta a cada dia, é lindo de ver! Acredito que essa é a tendência, o caminho a seguir! 

PARTO NO BRASIL A partir dessas vivências o que você indicaria para as mulheres que estão gestantes, e/ou que pensam em engravidar, como elas poderiam ter um atendimento/assistência como os descritos na Holanda, Reino Unido, por exemplo, dos quais você pesquisou? 

MAYRA R: O modelo de parto no Brasil é diferente desses países, o movimento pela humanização cresce cada vez mais, mas ainda é pequeno, pois atinge um pequeno número de mulheres e em apenas alguns lugares. O modelo que temos ainda não proporciona muitas opções de parto para as mulheres, então elas acabam sendo levadas pelo fluxo, sem saber as opções que poderiam ter e muitas vezes sem realmente terem outra opção além do parto hospitalar convencional. Mas acredito que estamos no caminho! A melhor sugestão que poderia dar de forma mais ampla seria: Informem-se! Pesquise, procure... senão provavelmente você será levada pelo fluxo. Converse com seu companheiro e peça seu suporte e descubram juntos as melhores possibilidades disponíveis na sua região. Visite os hospitais, casas de parto, converse com outras mulheres que tiveram seu bebê neste local, busque histórias positivas de parto e não absorva as histórias negativas! Procure profissionais que atendam parto em casa pelo menos para uma conversa! Procurem profissionais que tenham uma assistência humanizada durante o parto, que pode ser enfermeira obstetra, obstetriz, parteira, médico de família, médico obstetra, (para gestação que tenha algum fator de risco você será encaminhada para o médico obstetra) . Faça perguntas durante o pré natal, faça um plano de parto e discuta, percebendo a real abertura do profissional. Busque na sua região uma Doula. Se não houverem doulas, busque uma amiga/mãe/irmã que tiveram experiências positivas de parto para estar com você nesse momento e descubram como ela pode te ajudar. Busque e participe de grupo de gestante/ casais grávidos. Alimente-se bem, faça exercícios regularmente, seja saudável e feliz acima de tudo. O estado emocional tem muita relação na gravidez e nascimento saudáveis, então evite o estress o máximo que der! E uma das coisas mais importantes: Acredite no seu poder de parir! Repita essa afirmação constantemente: Eu consigo, eu posso! Eu vou trazer meu bebê ao mundo! Sim, você vai, ninguém pode fazer por você. Sinta-se poderosa! Você está gerando um novo ser no seu ventre! Essa já é uma grande demonstração de sua força e poder. E já é um grande caminho andado em direção ao parto natural. Lembre-se que você pode negar todo e qualquer procedimento durante o parto, seja uma participante ativa e não passiva, deixando que façam qualquer procedimento com você e seu bebê. No início do trabalho de parto fique em casa, se alimente, se hidrate... descanse se você ainda conseguir, o trabalho de parto pode ser longo. Tome um banho quente de chuveiro bem longo... relaxe, respire. Independente do local que você está preserve seu espaço, busque privacidade, nem que seja o banheiro. Fique no chuveiro, caminhe, use a bola, encontre posições favoráveis. Peça para a pessoa que estiver como acompanhante te ajudar nesse processo, fazer massagem ( geralmente massagem na região lombar alivia bastante), te relembrar de respirar apropriadamente e relembrar que você consegue. Cada contração seu bebê chega mais perto! Visualize seu colo do útero abrindo e abrindo... como uma flor desabrochando!

Conheçam, ainda - www.partopelomundo.com e www.partopelomundo.com/blog

(re)Vejam nossas outras entrevistas deste ano de 2011:

Parto no Brasil entrevista Rebeca Celes - aqui!

Parto no Brasil entrevista Janet Balaskas - aqui!

Parto no Brasil entrevista Kalu Brum - aqui!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Direitos, escolhas esclarecidas e violência no parto

Violência Obstétrica é...
"Discussão que, claro, enveredou pela seara parto normal x cesárea. E procedimentos. E o tratamento que a mulherada recebe na hora de parir. Coisa mais que séria no Brasil – porque, sim, nossos direitos são violados o tempo todo." 
Por Lucia Freitas - http://www.luluzinhacamp.com/a-violencia-obstetrica-em-pauta/

Blog Parto no Brasil convida a repensar em mais esta ocasião sobre a assistência que temos direito, aquela que desejamos. Pelo fim da violência contra as mulheres na maternidade. 
Porque violência obstétrica é violência contra a mulher.

Fotografia da manifestação de feministas em frente ao Hospital Clínico Universitario de Caracas, contra a violência obstétrica a que foi submetida nesta instituição, Yelimar Barreto, grávida de gêmeos, alto risco, que perdeu os dois bebês por assistência inoportuna/inadequada/insegura. 18 de maio de 2009, Caracas, Venezuela. 
Foto de Maria Centeno, Picasa, alguns direitos reservados.


Temos no Brasil um modelo de assistência ao parto que é importado dos EUA, mas adaptado à nossa realidade. Assim, por aqui, há menos direitos reprodutivos sendo cumpridos, e conseqüentemente, menos escolhas das mulheres.
Lá, a taxas de cesáreas não são tão altas; todas as mulheres podem ter analgesia de parto – e podem ter só um pouquinho e andar e sentir toda a experiência, sem sentir tanta dor; ou podem pedir mais analgesia e sentir praticamente nenhuma dor; podem inclusive sentirem-se despreparadas emocionalmente para a experiência do parto e pedir uma cesárea; podem escolher um modelo com menos intervenção ativa, fora do ambiente hospitalar; podem chamar quem quiser para acompanhar a experiência. A família!!!
No Brasil, hoje, temos doze casas de parto. Não temos escolha. Falar que mulher brasileira escolhe cesárea é a maior falácia da história atual da obstetrícia. Ofereça a todas as mulheres saudáveis alguma dignidade, apoio emocional e um pouco de alívio para a dor no parto vaginal: uma companhia familiar, uma doula, uma ducha e uma massagem. Ofereça analgesia, sempre que for esclarecidamente solicitada. Integridade física e bem-estar. Ofereça cuidado especializado com permanência do mesmo profissional, na gravidez parto e pós-parto. Verifique os indicadores de saúde materno-infantil.
Certamente não estariam configurados de tal maneira: uma em cada quatro mulheres reclamando de maus-tratos, 52% de cesáreas. Ocitocina, Amniotomia, Episiotomia, kristeller e fórceps. Bem-vinda vida nova que nada. Aspiração neonatal, com sonda nasogástrica, picada na perna e queimação nos olhos. A teta só depois do HIV-rápido. E aquele que fez pré-natal então?
Estaria o corpo das mulheres brasileiras dotados de uma presepada naturalmente médica?
Ou seria um engodo culturalmente patológico, que no entanto, não afeta países como o Japão, a Holanda, a Inglaterra, e outras nações de endinheirados, escolarizados e brancos?
Essa história de ser mãe, tem aí não sem esse tal de ‘padecer no paraíso’?
Salve todas as generalizações de exceções, por gentileza.
Salve o meu corpo de mulher brasileira grávida.
Salve o meu corpo de mulher preta, pobre, grávida.

Fonte: http://bihotzbihotzez.wordpress.com/2011/09/28/rosas-contra-la-violencia-obstetrica/


Este texto foi produzido  como parte das reflexões sobre o campo da saúde das mães que seriam comunicadas em entrevista para o Programa Modos de Vida - Comportamento e Cultura, da jornalista Patrícia Zanin, na Rádio UEL FM. 
A entrevista você confere na nossa página Mídia ou direto no site da Rádio.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Elogio Público - Marcos Dias

Diretor da pioneira Maternidade Leila Diniz, fundada em 1994, tão importante para a demonstração de que humanização do parto era factível em nosso país. Também coordenador da Saúde da Mulher do município do Rio de Janeiro quando foi implantada a Casa de Partos de Realengo, para a qual muito contribuiu. Participou, ainda, da organização das duas primeiras Conferências Internacionais sobre Humanização do Parto e Nascimento.
Segue abaixo o relato pessoal de Marcos Augusto Bastos Dias referente à penalidade que lhe está sendo aplicada pelo Conselho Federal de Medicina. A pena inicial de cassação do exercício profissional foi atenuada para Censura Pública em jornal de grande circulação.
Em decorrência, neste momento solicitamos sua adesão e apoio, que pode dar-se de duas formas, não excludentes:
1- Se você representa uma organização ou movimento social, solicitamos que endosse nosso elogio público, enviando para a ReHuNa, e-mail daphne.rattner@gmail.com, o nome de sua organização
2- Pretendemos publicar esse elogio público em jornal de grande circulação e o custo é alto. Pedimos que você e sua organização contribuam para que possamos fazer isso como resposta do movimento social a essa injustiça, para a conta de Maria do Carmo Leal no Banco do Brasil, Agência 4220-X - CC 15041-X. Caso deseje fazer transferência on line, o CPF é 080099615-15. Sugere-se doação de R$100,00 a R$200,00, sendo possíveis valores maiores.
Em nome de nosso grupo, Daphne Rattner
Coordenação Executiva - ReHuNa (Rede pela Humanização do Parto e Nascimento)
ELOGIO PÚBLICO
A coalisão de entidades abaixo relacionadas, amigos, companheiros de trabalho, ex-pacientes e clientes atuais, mulheres e suas famílias vimos a público manifestar nosso apreço e admiração pela trajetória profissional no âmbito da assistência, pública e privada, do ensino e da pesquisa do Médico Obstetra Dr. Marcos Augusto Bastos Dias, trajetória essa pautada pela ética e pelo compromisso com a qualidade da atenção e dedicação à saúde das mulheres e crianças. Elogiamos ainda sua disponibilidade para trabalhar em equipe, sua competência técnica e atitude humana, e seu empenho na implementação das políticas públicas, a exemplo da implantação de novos espaços mais humanizados para assistência ao parto, como os Centros de Parto Normal, política emanada pelo Ministério da Saúde através da portaria GM 985/1999, referendada pela RDC 36/2008 da ANVISA e um dos esteios da atual Estratégia Rede Cegonha.
Em 08/12/2011 aconteceu em Brasília no Conselho Federal de Medicina (CFM) o julgamento de meu recurso contra a cassação de meu registro profissional ocorrido em julgamento no Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ) em 31/03/2011. O processo contra minha pessoa foi aberto pelo próprio CREMERJ para apurar os motivos de minha assinatura em um atestado de óbito de um recém-nascido ocorrido na Casa de Parto David Capistrano em Realengo no Rio de Janeiro.
Resumo do processo de julgamento Dr. Marcos Augusto Bastos Dias relativo ao nascimento de um natimorto na Casa de Parto David Capistrano da SMSDC/RJ.
Às 21h do dia 30/03/2011 aconteceu no Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro o meu julgamento. Não fui denunciado pela mulher ou seus familiares, mas acusado pelo grupo materno-infantil do próprio CREMERJ por ter assinado o atestado de óbito do recém-nascido de uma parturiente que havia dado a luz na Casa de PartoDavid Capistrano em Realengo, inaugurada em abril de 2004 durante o período em que era responsável pela Gerência dos Programas de Saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde/RJ.
A gestante, que havia feito seu pré-natal na Casa de Parto teve seu filho na noite de 22 para 23 de dezembro de 2004. Ao nascer não deu sinais de vida e após manobras de tentativa de ressuscitação que não obtiveram êxito foi considerada natimorta. Como na Casa de Parto não há médico foi solicitado pela Enfermeira Leila Gomes, responsável pela Direção da Casa de Parto, que a antiga Coordenação de Programas de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde do RJ providenciasse o atestado de óbito.
Sabendo da necessidade de realização de uma necropsia a então Coordenadora Dra Kátia Ratto solicitou à Diretora do Hospital Menino Jesus que o exame fosse lá realizado. Após consulta a patologista do hospital o corpo de recém-nascido foi levado ao referido hospital onde a necropsia foi realizada pela Dra Maria Marcelina. Preocupados em entender o que tinha determinado o óbito do recém-nascido e garantir que a família pudesse sepultar a criança antes do feriado de Natal eu e a Dra. Katia Ratto fomos até o hospital onde discutimos os aspectos clínicos do caso com a anatomo-patologista.
Como havia uma grande luta do CREMERJ contra a abertura e funcionamento da casa de parto, a Dra Maria Marcelina se sentiu constrangida de assinar a declaração do óbito com medo de ser punida por aquele órgão. Foi então que me prontifiquei a assinar o atestado de óbito que foi preenchido conjuntamente com a patologista segundo os dados macroscópicos da necropsia. Seguindo orientação minha e da Dra Katia Ratto a Diretora do Hospital Menino Jesus oficia o CREMERJ informando que o exame de necropsia havia sido realizado naquele hospital.
É a partir da chegada desta comunicação ao CREMERJ que o mesmo abre de ofício uma sindicância que mais tarde se transforma em um processo ético-profissional contra a minha pessoa. Apesar da defesa constante no processo evidenciar que não havia motivo para minha condenação o referido órgão determinou minha cassação que depende agora de referendo do Conselho Federal de Medicina.
À revelia dos autos do processo o julgamento tratou exclusivamente do funcionamento da casa de parto. Vários dos conselheiros manifestaram sua raiva por não terem conseguido ainda fechar aquela unidade de saúde. Não foram discutidos os aspectos da minha defesa relativa ao preenchimento do atestado de óbito, mas minha responsabilidade pela abertura da Casa de Parto que para eles se evidenciava na minha decisão de assinar o atestado de óbito. Todos os conselheiros que se manifestaram por ocasião do julgamento bradavam sua repulsa ao funcionamento daquele estabelecimento e como na fala de um dos conselheiros, os assassinos do bebê eram o prefeito da cidade e os idealizadores da Casa de Parto dentre os quais me incluía. Foi na condição de responsável pela abertura da Casa de Parto que decidiram pela minha cassação.
No julgamento no CFM os Conselheiros entenderam por unanimidade que houve no julgamento no CREMERJ ã adoção de uma pena excessiva e que embora concordassem com minha condenação achavam que a pena deveria ser de censura publica a ser publicada em jornal de grande circulação no RJ.
Novamente neste julgamento foi ressaltada a oposição do CFM as Casas de Parto.
Um abraço, Marcos Dias.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

2o. ano do Blog Parto no Brasil - Viva!


2 anos  

730 dias


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E, muita alegria! 

Nosso segundo ano foi marcado por muitas conquistas, desafios, e, acima de tudo, esforços e dedicação!

Depois do nascimento de nossos filh@s, nos tornamos ativistas e incluímos em nossa agenda profissional o tema dos modelos de assistência ao parto: denunciamos as dificuldades e violências que sofrem as brasileiras, defendendo a assistência que desejamos e que temos direito.

Queremos opções para escolher, mas queremos boas opções, aquelas que sabemos que existem para mulheres em outros países do mundo. Queremos chuveiro, banheira, massagem, doula, acompanhante em todos os momentos. 


Queremos também a assistência especializada de enfermeiras obstetras e obstetrizes. Queremos Centros de Parto Normal. Queremos que os profissionais valorizem o momento tão especial que é a chegada de um filho à uma família. Contato olho no olho. Atitude de respeito à dignidade humana.

A criação deste espaço em 21 de dezembro de 2009 significa um re-nascimento - a maternidade que transforma uma longa amizade em paixão conjunta. Paixão em comunicar a promoção da saúde de mães e bebês, seu contato pele a pele imediato. Paixão para compartilhar saberes e vivências. Paixão para comadrear - cuidar uma da outra, em rede, em grupos presenciais, em trabalhos estratégicos.

Assim como toda a nossa rede de colaboração, seguimos pesquisando e transformando o conhecimento sobre a Saúde da Mulher, a Saúde e o Bem-Estar das Mães, as Parteiras Tradicionais, o Empoderamento Feminino e as relações sociais de Gênero, que muitas vezes nos sobrecarregam de atributos injustos.

Esperamos que o Blog Parto no Brasil continue descortinando saberes, práticas e a assistência oferecida às mulheres em nosso país. Fôlego! E, muito, muito amor!

Nossos sinceros agradecimentos às redes, parcerias, e os encontros e reencontros que pudemos vivenciar neste último ano. Esperança! E, luta - avante!

Agradecemos o carinho, as parcerias, as leituras diárias - combustível para quem está por trás da tela do computador, seja nas madrugadas, ou nas sonecas das crias, rs! Muito bom tê-l@s aqui conosco!

Para comemorar a data, Ana Carolina estará hoje, às 15hs, ao vivo, na Rádio UEL FM, para conversar com a jornalista Patrícia Zanin, editora do programa Modos de Vida - Comportamento e Cultura. Na pauta, os direitos reprodutivos, a saúde das mães, os modelos de assistência ao parto, e trechos da entrevista com a pesquisadora mineira Monica Bara Maia, gravada em 2010.


Amanhã, no mesmo horário, o programa Modos de Vida volta a tratar da saúde das mães: veiculará muito mais da conversa com Monica Bara Maia, com sorteio para os ouvintes do livro Humanização do Parto: Política Pública, Comportamento Organizacional e Ethos Profissional.

Para finalizar nossas comemorações, vamos de presente! Eba! Divulgamos abaixo a contemplada em nossa Promoção de Verão! Das 26 inscrições, quem leva o sling da Lilith é - Ana Paula A. Ferreira! Parabéns!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Pesquisa sobre uso de sling

Divulgamos hoje a pesquisa de Isabella Isolani, da Slingar e Dançar, sobre o uso de sling, confiram:
Olá! Estou fazendo uma breve pesquisa com mães sobre sobre o uso do sling e atividades físicas pós-parto. Gostaria muito que você participasse!
Os dados individuais não serão divulgados, apenas o resultado final da pesquisa, no blog www.slingaredancar.wordpress.com em janeiro 2012. Mande suas repostas para o email: isabella.sling@hotmail.com
Fique a vontade para responder e fazer observações, complementações.
1. Idade da mãe _____ Idade do filho(s) _____
2. Usa/usou sling?
( ) Sim – Sentiu algum benefício? Qual/quais?
( ) Não – Por quê?
3. Praticava exercício antes ou durante a gestação?
( ) Sim – Qual/quais? Com qual duração e frequência?
( ) Não.
4. Pratica ou praticou exercícios depois do parto? (Considera-se de 0 a 1 ano do bebê)
( ) Sim – Qual? A partir de quando? Com ou sem o bebê? Com qual duração e frequência?
( ) Não - Por quê?
5. Teria alguma sugestão de atividade física para que mães com bebês pequenos pudessem praticar juntos?
( ) Sim – Qual/quais?
( ) Não.

Obrigada.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Dia da Doula

Comemoramos hoje o Dia de Nossa Senhora do Bom Parto, e tb o Dia da Doula!
Mãos que acariciam, protegem, seguem juntas! Lado a lado!
Comadrio!
A todas as doulas nosso carinho e respeito!

Nascer
Isadora Canto
É a hora esperada vamos nos conhecer
vou olhar em sua alma e amar-te ainda mais
agora quero ver você nascer
agora somos eu e você
Vamos nos preparar
o momento vai chegar
o momento vai chegar
o momento vai chegar
nascer

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Agenda Parto no Brasil

Confiram a Agenda Parto no Brasil desta semana!
Workshop de Rebozo com Naolí Vinaver, em São Paulo/SP, em 28 e 29 de janeiro de 2012, das 13 às 18 horas, na R. Eça de Queiroz, 711 (próximo ao metrô Paraíso). Inscrições pelo site - http://www.sagefemme.com.br/
Investimento de R$ 400,00 (boleto, cartão e, em até 12X no cartão).
Naolí Vinaver, renomada parteira mexicana, certificada e tradicional, desde 1987 já atendeu a mais de 2000 partos domiciliares. Combina a parteria profissional à tradicional, promovendo uma compreensão holística do processo fisiológico, emocional e sexual, inerentes à gestação e nascimento. Dessa forma auxilia a cada mulher (e casal) na redescoberta profunda de si, ao vivenciar o parto. Utiliza a técnica do Rebozo, que consiste no uso de um tecido (uma echarpe mexicana, que é o rebozo em si) para realizar massagens, promover relaxamento e estímulo, durante a gestação e trabalho de parto, além de conseguir proezas como virar pélvicos, "corrigir" situação e apresentação fetal, entre outras possibilidades.
Público Alvo: Gestantes e familiares, profissionais da área da saúde, doulas, obstetrizes, enfermeiros (as) obstetras, médicos (as), terapeutas, estudantes, simpatizantes e interessados (as).
Observações: Ao início do workshop, cada participante receberá seu rebozo. O workshop será realizado com todos descalços e sentados no chão, então, quem quiser, pode trazer uma almofada para apoio. O ideal é que todos venham com roupas bem confortáveis para que possamos aproveitar ao máximo a prática! Os participantes receberão certificado ao final do segundo dia!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Projeto "Parteiras Caiçaras" no Programa Conexão Futura

Hoje, às 14h55, no Programa Conexão Futura, do Canal Futura, estarei p/ prosear c/ vcs sobre o Projeto "Parteiras Caiçaras" e a publicação do livro, além do levantamento das parteiras tradicionais na Ilha de Cananéia, no Vale do Ribeira, no litoral sul paulista, realizado entre 2010-2011, c/ apoio da Secretaria de Cultura, do Governo de São Paulo, pelo ProAC.
Esta é a 3a. vez que participo do programa, sendo a 2a. que falarei sobre o tema parto e nascimento - assistam aqui esta edição anterior. A entrevista é via telefone, sendo que no estúdio outras pessoas participam da grade. Um programa que integra aqui e acolá, nas redes, pela web afora!
Então, não deixem de conferir!
Acessem o link e vejam, também, pela internet - www.conexaofutura.org.br
Leiam, ainda, a matéria de Vanessa Pipinis sobre o evento de lançamento, em Cananéia - aqui!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Lançamento de "Parteiras Caiçaras", em Cananéia


Eita que vai ser bão demais contar p/ vcs como foi a festividade nesta última terça-feira, no lançamento da publicação "Parteiras Caiçaras: relatos e retratos sobre parto e nascimento, em Cananeia, SP", no Ponto de Cultura "Caiçaras" - Matimpererê Empório Cultural, então, bora! Mas, hj o relato é de comadre, visse!
Durante dois dias minha comadre, mais uma amiga e eu montamos uma instalação no espaço que seria o "quarto da parteira"! Objetos de costura também não podiam faltar, então uma ideia "maluca" na cabeça de uma seria facilmente executada na cabeça da outra, rs! E, não é que em um Corsa levamos uma cama de solteiro, uma máquina de costura antiga, além do pé dessa máquina, daqueles bem vintage inesquecíveis de nossas avós. Bota no meio disso uma cria, e muitos apetrechos: toalha, lençol, bacia ("Ai, quem tem bacia de alumínio?! Passe no Xavier, Sil, que lá deve ter!" - e, não é que tinha, rs!), Bíblia, alguma imagem de santa, ervas medicinais etc. Enquanto isso a outra comadre, c/ dotes de boleira-confeteira, aprendidos c/ a mãe, preparava o bolo de D. Enedina, que completaria 81 anos!



Uma linda rede de mulheres que cuidam uma das outras...

P/ completar a festa, a vinda de duas amigas queridíssimas tb estavam nos planos!
Na degustação, o Café Caiçara organizado pela Associação Rede Cananéia, c/ produtos da agricultura familiar provenientes dos sítios, além de um bom Fandango p/ alegrar ainda mais a noite!

As arpilleras que bordamos, costuramos e que integram o livro também estavam expostas!

No momento exato que chegávamos no evento D. Enedina acabava de descer do carro, toda linda! É... foi difícil naquela hora segurar a emoção, mesmo porque c/ o tempo chuvoso ainda estava em dúvida se ela viria, pois teria que enfrentar uma longa viagem fluvial.

Com a casa lotada, como nunca vimos antes, c/ cerca de 70 pessoas agradecemos aquela vida dedicada às mulheres e aos bebês! E, em sua sapiência ouvimos algumas histórias de como era a vida da parteira - de dedicação, doação, e amor! Sem hora p/ ser chamada, sem hora p/ voltar, fosse na chuva, ou no sol!

Além dela estavam presentes, ainda, Cleusa, também parteira tradicional, e muitos parentes de D. Enedina, inclusive nascidos por suas mãos, além de sua filha Izildinha, que acompanhou de perto o ofício da mãe, mas que não herdou a Tradição.

Eu queria me dividir em muitas... E, naquele dia eu entendi, em meu coração, o que era "carregar a bolsa da parteira", c/ todo o cuidado desprendido c/ D. Enedina, a atenção, o carinho, e acima de tudo, o respeito!
Uma noite que nunca será esquecida... mais um degrauzinho dessa jornada, de muitos...
Bate-papo c/ @s amig@s querid@s, encontros, risos e alegria! Muita alegria, e a sensação de dever cumprido! Para que um pouco de nossa História não seja esquecida, para que essas mulheres guerreiras, parteiras, mães e avós sejam reconhecidas, valorizadas, e agradecidas!
Aproveito p/ agradecer tod@as as pessoas que contribuíram p/ que este trabalho fosse concretizado, bem como os presentes. Cada abraço, cada beijo, cada olhar. Cada confiança.

E, que D. Enedina possa assoprar muitas, e muitas velinhas!
- Leiam mais sobre esta inciativa no Blog da Rede Parto do Princípio - aqui!
Fotos de Mayra Jankowsky, Leandro Cagiano e Silmara Guerreiro.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Agenda Parto no Brasil

Segue a divulgação semanal de eventos na área!
RODA DE CONVERSAR PARIR E NASCER COM ROBBIE DAVIS-FLOYD
Antropóloga ativista da humanização do parto e nascimento, estuda o tema do nascimento humano há mais de 20 anos, e dentre os livros que já publicou destacamos ‘Birth as an American Rite of Passage’, no qual utiliza a noção de 'rito de passagem' para mostrar o quanto o parto medicalizado é um evento ritualístico que afirma os valores dominantes da sociedade industrial e patriarcal sobre a mulher. Esse livro, até hoje não traduzido para o português, tem sido uma referência para os ativistas do movimento de humanização do parto no Brasil.
No dia 15 de dezembro próximo, Robbie falará ao público de Curitiba sobre como o nosso modelo de atender ao parto foi ‘evoluindo’ ao longo da história e, ainda, de acordo com sua experiência e visão, quais os modelos que realmente funcionam.
Para conhecer melhor Robbie Davis-Floyd, acesse seu site - http://www.davis-floyd.com/
Para saber mais sobre o evento entrem em contato – 41 9102.7587.
Das 18h30 às 22h30, no Instituto Matsyendra, de Yoga - Av. Sete de Setembro, 4214, cj.702, Batel.
INVESTIMENTO: R$ 60,00 (sessenta reais) por pessoa.

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