terça-feira, 28 de maio de 2013

Dia Nacional pela Redução da Mortalidade Materna - Gravidez de Risco e Direitos Reprodutivos

Divulgo hoje o evento comemorativo ao 28 de maio "Dia Nacional pela Redução da Mortalidade Materna" que será realizado em Londrina-PR. Embora ainda não tenha comunicado por aqui, estamos em uma boa onda do movimento de mulheres em nossa cidade. Muitos cursos, oportunidades, manifestações, encontros - todos feministas -, reunindo e conectando pessoas das mais diversas lutas, paixões e necessidades. Um grande prazer, muita gratidão por cada uma das oportunidades.

Confira as informações! E compartilhe conosco as atividades que estão realizadas em sua cidade para marcar esta que é a data mais importante para a saúde das brasileiras!
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Dia Nacional pela Redução da Mortalidade Materna 2013

Gravidez de Risco e Garantia dos Direitos Reprodutivos


O dia 28 de maio é celebrado em todo mundo como o "Dia Internacional de Ação pela Saúde das Mulheres". No Brasil, comemora-se o "Dia Nacional pela Redução das Mortes Maternas". Venha refletir conosco sobre os principais desafios para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio número 5 "Melhorar a Saúde das Gestantes".

A morte materna é considerada a mais grave forma de violação dos direitos reprodutivos das mulheres, isso porque estima-se que 90% delas poderiam ser evitadas com atendimento de qualidade e em momento oportuno. Nacionalmente, a razão de mortalidade materna está em 56 para cada 100 mil nascidos vivos, quase três vezes o número considerado aceitável pela Organização das Nações Unidas.

No estado do Paraná, as mulheres negras têm risco de morte aumentado em sete vezes quando comparadas às outras - esse é um fenômeno recorrente em todo o país. Trata-se de um indicador que reflete as desigualdades de classe, cor/etnia, e especialmente, a autonomia das mulheres e sua cidadania.


DIREITOS SEXUAIS E DIREITOS REPRODUTIVOS

São parte dos direitos humanos reconhecidos pelas Plataformas de Ação elaboradas nas duas grandes Conferências da ONU, Cairo (1994) e Beijing (1995).

"Os direitos reprodutivos são direitos humanos básicos, ou seja, é o direito das pessoas de decidirem, de forma livre e responsável, se querem ou não ter filhos, quantos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas. Todos devem ter acesso às informações, meios, métodos e técnicas para ter ou não filhos. Direito reprodutivo é, também, ter o direito de exercer a sua sexualidade e a reprodução livre de discriminação, imposição e violência". REDE FEMINISTA DE SAÚDE (2011)


GRAVIDEZ DE ALTO RISCO

Este ano, o Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Materna chama a atenção para as mulheres que desenvolvem gestações de alto risco. Desde a implementação da Rede Mãe Paranaense, os serviços estão adotando a classificação de risco para as pacientes de obstetrícia. O desafio é garantir uma experiência de atenção integral à saúde dessas mulheres, com acolhimento de suas especificidades clínicas e sociais.

Além do debate sobre os fatores que impactam a vida das mães, seus filhos e sua famílias, esta Mesa Redonda também contará com uma apreciação crítica sobre a realidade dos serviços.

Nosso objetivo é construir novas oportunidades de reflexão sobre como podemos melhorar a assistência prestada às londrinenses em nossas maternidades.


PÚBLICO-ALVO: Estudantes e profissionais da saúde, gestores, movimento de mulheres e demais interessados.


SERVIÇO:

MESA REDONDA*: Gravidez de Risco e Garantia dos Direitos Reprodutivos - Dia Nacional pela Redução da Mortalidade Materna 2013

Data: 29 de maio de 2013, quarta-feira, das 14h às 17h
Local: Anfiteatro do Hospital Universitário CCS/UEL

Inscrições pelo formulário online Sympla: https://www.sympla.com.br/gravidez-de-risco-e-garantia-dos-direitos-reprodutivos__12743

Serão fornecidos gratuitamente certificados aos inscritos e participantes


Comissão Organizadora:
Thelma Malagutti Sodré
Ana Carolina Arruda Franzon
Keli Regiane Tomeleri da Fonseca Pinto
Kátia Mara Kreling Vezozzo
Luis Claudio Galhardi
Elaine Galvão

Organização:
Departamento de Enfermagem CCS/UEL - Residência Multiprofissional em Saúde da Mulher
Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres - Prefeitura Muncicipal de Londrina
Rede Nacional Feminista de Saúde - Regional Paraná
Curso de Enfermagem UNIFIL
Nós Podemos Londrina

Apoio:
Instituto CRIAS - Saúde, Direitos, Cidadania
GestaLondrina - Grupo de Apoio à Gestante e ao Parto Ativo
Conselho Municipal de Cultura de Paz
Conselho Municipal de Direitos da Mulher
Secretaria Municipal da Mulher e da Família - Prefeitura Municipal de Rolândia

* Atividade integrada ao Encontro Regional de Gestoras de Políticas para as Mulheres

sábado, 25 de maio de 2013

Multimídia Parto no Brasil - Qual o parto que as mulheres desejam, em Campinas-SP




"Este vídeo foi produzido para ser apresentado pelo Grupo Samaúma no I Seminário Internacional de Centros de Parto Normal, organizado pelo OPAS - Organização Pan-Americana de Saúde - e pela Rede Cegonha.
O tema solicitado foi o que as mulheres esperam dos serviços de Maternidade.
Nosso agradecimento às famílias que participaram neste projeto com seus depoimentos e suas fotos!".
Fotógrafa e vídeo maker: Vívian Scaggiante
Vídeo maker e edição de vídeo: Suzanne Shub

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Doulas cuidam das gestantes antes e depois da gravidez, por Diário de Ourinhos

Nesta quinta-feira tive o prazer de estar em uma matéria do Diário de Ourinhos, jornal local do interior paulista, terrinha onde passei minha infância, dos 10 aos 17 anos, quando fui sobrevoar outros céus, em Londrina/PR, p/ estudar na Universidade Estadual de Londrina - UEL, onde cursei Ciências Sociais, tive meu 1o. filho Ícaro, e, também, conheci Ana Carolina, em 2004.

Bom, mas o papo é sobre Doulas!

Como elas atuam, como estão inseridas na área da Saúde da Mulher, como funcionam seus atendimentos, entre outras questões foram tratadas nesta pauta, bem como o curso de Doulas na Tradição, ocorrido em Bauru, no último fim-de-semana, produzido pelo Ateliê Eco Materno Jardim de Om, c/ a equipe CAIS do Parto/Cais da Luz, de Olinda/PE.

Bora conferir!

Atualmente, muitas mulheres de várias áreas estão se dedicando a essa profissão

Você já ouviu falar nas doulas? Doula é uma palavra que vem do grego e que significa mulher que serve.  Este é um dos ofícios mais antigos da humanidade, onde mulheres mais experientes cuidavam de outras mulheres durante o parto e nascimento, através da intuição, empatia e acolhimento. Atualmente muitas mulheres de várias áreas profissionais estão se dedicando como cuidadoras de gestantes durante o pré-natal, trabalho de parto, parto, nascimento e amamentação, trazendo informações embasadas, compartilhando os tipos de parto possíveis, e devolvendo às mulheres a autonomia durante esta fase do gestar e parir.


Hoje em dia, inclusive, o Ministério do Trabalho reconhece as doulas como uma ocupação profissional, através do cadastro na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) cujo número é 3221-35.

As doulas são acompanhantes de parto, mas que também contribuem durante a gestação, através de encontros e Rodas de Casais Grávidos, sendo na sua maioria mulheres que prestam apoio físico, emocional e afetivo para gestantes durante e após o parto, tanto no ambiente hospitalar, como no domiciliar. “Elas não substituem o acompanhante de parto, e, tampouco, o médico ou parteira, já que seu trabalho vem somar à equipe, servindo também de mediadora entre a assistência e a família e auxiliando no contato com a profundidade emocional da vivência do parto”, explicou Bianca Lanu, doula.

Desde que seja uma escolha da mulher que gesta, as doulas são indicadas em todos os casos, como um suporte emocional. Segundo Bianca, existem atualmente projetos tramitando para que maternidades e hospitais tenham doulas voluntárias em suas equipes, e também casos de locais onde este tipo de serviço já está disponível, como no Hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte/MG.

Já temos estudos que indicam os benefícios da presença das doulas durante o trabalho de parto, parto e nascimento. Pesquisas realizadas na última década demonstraram que, sob a supervisão de uma doula, o parto evolui com maior tranquilidade e rapidez, com menos dor e complicações tanto maternas como fetais. Com a difusão da nova profissão poderá também ocorrer uma substancial redução de custos para os sistemas de saúde, graças à redução do número de intervenções médicas e do tempo de internação de mães e bebês”, afirmou.

O Ministério da Saúde (MS) considera que a participação da doula é mais um instrumento humanizador, pois ela acolhe e acompanha as mulheres na hora do parto, dando apoio emocional e incentivo não só às gestantes, mas também a seus familiares.

Apesar da mídia televisiva,  sites e blogs difundirem a atuação das doulas, sua existência para muitos ainda é uma surpresa. “Muitos profissionais da área da saúde mais convencionais, como obstetras e enfermeiras, ainda não levam em conta a importância da doula por terem receio de que ela poderia ‘ocupar’ seus lugares na assistência, o que é um grande equivoco, pois não cabe às doulas procedimentos médicos”, ressaltou.

Curso de doula

Entre os dias 17, 18 e 19 de maio, Bianca Lanu integrou um grupo de mulheres, de diferentes áreas e idades, que estiveram no Ateliê Eco Materno Jardim de Om para uma formação de Doulas na Tradição, com a equipe do Centro Ativo de Integração do Ser - CAIS do Parto/Cais da Luz, sob a coordenação da parteira tradicional Marcely Carvalho, e sua irmã Marla Carvalho, com o apoio de Denise Cardoso, gestora do espaço.

Muito mais do que técnicas, informações, métodos de alívio da dor o grupo pode compartilhar histórias e relatos sobre parto e nascimento em um ambiente acolhedor. ”De Ourinhos contamos com a presença de Patrícia Indaiá, que pariu seu segundo filho em casa no começo de dezembro, acompanhada por duas doulas e aprendizes de Parteira, comigo e com a Denise Cardoso, que auxiliamos a parteira tradicional Suely Carvalho durante o trabalho de parto e parto”, contou.

A origem do termo Doula

Por Rodrigo Francisco Barbosa

De acordo com o dicionário etimológico Chantraine[1] o adjetivo grego doula (δοῦλος) aparece nas obras de Homero apenas na forma feminina de doulé (δούλη) (Iliada 3. 409; Odisséia 4,12) que também deriva outras formas como doulios (δούλιος) e doulosuné (δουλοσύνη) que hospedam o significado geral de “escravo” (“esclave”). Ocorre ainda na Antiguidade pequenas variações do sentido: enquanto em alguns autores ela é empregada significando “escravo por natureza”, por outro lado, nas “tabuinhas micênicas” a palavra é empregada para significar tanto “os trabalhos de um escravo” como “escravo de um deus”. A palavra doulo é de origem micênica na qual o radical “dou” é a contração da palavra de origem indo-germânica “doe”, por sua vez, relacionada ao “nome de um escravo”. O verbo denominativo oriundo de doulos (δοῦλος) é douleuo (δουλεύω) e significa “ser escravo”(“etre esclave”), “prestar um serviço” (“rendre un service”). Considerando que o significado de “escravo” para os gregos antigos continha nuances um pouco diferentes de nosso sentido moderno de escravo  e escravidão, a palavra Doula no português tem uma derivação direta do adjetivo grego doulé (δούλη) e significa sobretudo, “mulher que já foi mãe e que aconselha, acompanha e assiste mulheres grávidas antes, durante e após o parto”[2], ou seja, se apresenta como uma “servidão” afetiva de dedicação exclusiva ao momento de surgimento de um próximo.

[1]     CHANTRAINE, Pierre. Dictionnaire étymologique de la langue grecque: Histoire de les mots.Tome I (Α-Δ). Éditions Klincksiege, Paris, 1968, p. 294-5.

[2]     “doula” In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-05-21].
Disponível na www: .

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Semana Mundial pelo Respeito ao Nascimento - SMRN 2013

Celebramos em maio mais uma edição da SMRN! 

Este ano o tema é:

Não perturbe: estou parindo!


A rede Parto do Princípio organiza no Brasil, em diferentes Estados, exposições fotográficas.


Confira, abaixo as cidades e locais dos eventos:

ABC Paulista (SP)
Local da expo: a definir
Datas e horários da expo: a definir
Contato: Deborah Delage e Denise Niy
Telefone: (11) 99201-5245 / 99383-4429

Americana (SP)
Local da expo: Welcome Center - Av. São Jerônimo 120
Datas e horários da expo: 06 a 12/05, de 9 às 22h
Contato: Denise, Renata ou Silvia
Telefone: (19) 9191-9169 / 9132-9621 / 9191-9569 

Local da expo: Cine Estação - Estação Ferroviária de Americana - Av. Dr. Antonio Lobo
Datas e horários da expo: 21/05, 20h
Exibição do documentário "Orgasmic Birth"
Contato: Denise, Renata ou Silvia
Telefone: (19) 9191-9169 / 9132-9621 / 9191-9569

Belém (PA)
10 a 15/05 - 1o piso do Shopping Boulevard
19/05 - Coreto principal da praça Batista Camposa
Contato: Thayssa Rocha e Úrsula Ferro
Telefone: (91) 8884-0209 

Belo Horizonte (MG)
Local: Rodoviária - Praça Rio Branco, 100 - Centro
Datas e horários: 18 a 31/05, de 8 às 20h
Contato: Pollyana do Amaral e Carolina Giovannini
Telefone: (31) 9312-7399

Brasília (DF)
Local: Faculdade de Saúde da Universidade de Brasília (UnB) - campus Darcy Ribeiro
Datas e horários: 20 a 27/05/2013 - 08h às 22h
Contato: Rafaela Fernandes e Sylvana Karla
Telefone: (61) 8143-7182 / 8108-2161

Campo Grande (MS)
Local: a definir
Data: 11 a 16 de junho
Contato: Fernanda Leite
Telefone: (67) 9247-1814

Dourados (MS)
Local: Shopping Avenida Center
Data: 20 a 27 de maio
Contato: Angela Rios
Telefone: (67) 8128-2253

Garanhuns (PE)
Local da expo: a definir
Datas e horários da expo: a definir
Contato: Juliana Coelho, Rafaela Almeida e Ana Katz Schuler
Telefone: (87) 9992-3076 / 9122-1775 / 9964-8212

Goiânia (GO)
20 à 27 de maio - Exposição de fotos no Shopping Flamboyant
25/03 (sábado) às 09h - Roda de Conversa sobre Experiências de Partos - Condução: Diego Vieira de Mattos 
25/03 (sábado) após a Roda de Conversa - “Mamaço” (amamentação coletiva) - Parque Flamboyant
Contato: Nayana Caetano e Thayná Lourenço Mendes Bueno
Telefone: (62) 9385-8432 / 8563-7979 

Jacareí (SP)
Local da expo: Shopping de Jacareí.
Datas e horários da expo: a definir
Contato: Debora Regina Magalhães Diniz
Telefone: (12) 9142-9869

Niterói (RJ)
Local da expo: a definir
Datas e horários da expo: a definir
Contato: Cátia Carvalho
Telefone: (21) 3071-2202 / 8823-9147

Porto Alegre (RS)
Local da expo: a definir
Datas e horários da expo: a definir
Contato: Maria José Goulart - Doula Zezé
Telefone: (51) 

São José dos Campos / Vale do Paraíba (SP)
Local da expo: a definir
Datas e horários da expo: a definir
Contato: Flavia Penido
Telefone: (12) 3948-1858 / 9124-9820

São Paulo (SP)
Local da expo: a definir
Datas e horários da expo: a definir
Contato: Thais M. Bárrall
Telefone: (11) 99904-3711 / 3871-1245 / 98368-1720



* A SMRN é uma iniciativa da Alliance Francophone pour l’Accouchement Respecté (AFAR) e da European Network of Childbirth Associations (ENCA) e tem ocorrido em vários países desde 2004 . Mais informações em http://www.smar.info/. A Rede Parto do Princípio promove exposições de fotos e campanhas de conscientização desde 2008 em diversos locais do Brasil durante o período.

sábado, 18 de maio de 2013

Multimídia Parto no Brasil - Linda chegada de Liz, em casa!

Esse vídeo chega para nos contagiar o final de semana com muito amor!
LIZ nasceu há dois dias, em casa, e o vídeo foi prontamente editado pelo PAI - ocitocina, sabem como é... ♥

SIM! Em Maringá-PR, cidade com 370 mil habitantes e índice geral de cesárea acima de 90% (SUS, planos e privados), as mulheres podem escolher por uma assistência segura e de qualidade para o parto domiciliar planejado! Um salve para o amor dessa família!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

O parto como nós o desejamos!

Sabemos parir!


Acesse: http://www.euqueropartonormal.com.br/eqpn/acao-de-dia-das-maes/


Feliz dias das mães para todas as mulheres que desejam que tod@s sejamos respeitad@s na escolha mais segura de parto para 85 a 90% da população, ou seja, uma assistência baseada nas melhores evidências científicas e que está há muitos anos preconizado pela Organização Mundial de Saúde: um parto normal!
É o que desejamos.
Angela Rios, Heloisa Salgado, Lígia Moreiras Sena, Marilia Mercer, Roberta Calábria e Thalita Dol Essinger.
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O PARTO COMO NÓS DESEJAMOS. Aqui no Blog Parto no Brasil, estamos amando, apoiando e repercutindo a mais nova e DELICIOSA AÇÃO DO DIAS MÃES. Confira abaixo, o convite da Cientista Que Virou Mãe junto com as outras editoras do Blog Eu Quero Parto Normal. O post completo você encontra aqui: Ação de dia das Mães – No dia das mães desejamos melhorar a assistência ao parto

Vamos todas juntas? Em Londrina-PR, todas as fotos serão agrupadas num documento único, o qual será muito bem aproveitado em trabalhos posteriores, de sensibilização e pedidos de mudança. Queremos um parto MAIS SEGURO, MAIS RESPEITOSO E MAIS AMIGÁVEL ÀS MULHERES. 


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O QUE VOCÊ DESEJA NA SUA CIDADE COM RELAÇÃO À QUALIDADE DO PARTO QUE OFERECE? Está começando agora uma nova ação para fazer do mês das mães uma semana de reflexão e de recado a quem pode fazer algo para mudar. De 08 a 21 de maio, faça uma foto segurando um cartaz onde esteja escrito o seu desejo para a sua cidade com relação à qualidade da assistência ao parto que oferece. Tá valendo de todas as formas: caneta, impressão, rosto aparecendo, rosto escondido, tanto faz. O importante é que esteja o nome da CIDADE e o que você deseja para ela, como a Marilia Mercer fez nessa foto. Também está valendo mandar mais de uma! Tire sua foto e mande para queropartonormal@gmail.com ou publique-a na fan page do blog EU QUERO PARTO NORMAL. Estimule o pessoal da sua cidade a fazer o mesmo! Quanto mais manifestações, mais força teremos na reivindicação do que queremos e do que falta aos municípios. Nessa postagem, há mais informações sobre a ação e dados importantíssimos sobre saúde materno infantil e qualidade do nascimento. VAMOS LÁ PESSOAL! Somos agentes da mudança! http://www.euqueropartonormal.com/


A mais nova favorita! Confira todo as outras na Fanpage, acesse: https://www.facebook.com/euqueropartonormal

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terça-feira, 7 de maio de 2013

A morte materna invisível das brasileiras negras

Dia 28 de maio está chegando!

"O futuro da África é carregado na barriga de suas mães" Ação da White Ribbon Alliance for a Safe Motherhood

Blog Parto no Brasil estudando a morte materna invisível das negras brasileiras (Alaerte Martins, 2006) chama a atenção: mulheres negras têm risco 7 vezes maior de morrer por causa materna do que as brancas.

Considerando as nuances da cor da nossa pele, e ainda, que:

1) os Comitês de Prevenção da Mortalidade Materna não julgam o mérito pelas perspectivas da imprudência, imperícia e negligência, e mais,

2) podemos dizer que cerca de 90% das mortes maternas ocorrem dentro dos hospitais e em decorrência de quadros clínicos evitáveis com assistência oportuna e eficaz (confira neste post em nossa Fanpage);

Retomamos uma citação de Janaína Marques de Aguiar para a Folha de São Paulo, sobre a violência obstétrica neste nosso Brasilzão:

"Quanto mais jovem, mais escura, mais pobre, maior a violência no parto". 

Uma morte materna afeta diretamente um número grande de membros da família e da comunidade que depende dela. As mortes maternas, quando muitas, podem produzir graves conseqüências para as comunidades, as nações e a população. OMS (1993).

E você, vai convidar a sua comunidade para refletir sobre como prevenir a morte materna? Conte-nos como, vamos ampliar a divulgação das iniciativas locais, regionais e nacionais. 


Confira o comunicado na Fanpage Mobilização pelos Direitos das Mulheres e Redução da Morte Materna.


A linguagem dos sentidos: além de sorrisos e olhares



Por Vicky Nóbrega - Especial para o Vida



É pela emoção que o bebê percebe o mundo em sua volta. 
Cuidados são necessários, mas tudo na medida certa

Em meio à agitação da vida moderna, tem-se um bebê. Para a mãe principalmente, os deveres aumentam e, aos envolvidos, crescem as tarefas diárias. O que, a princípio, parece sacrifício, torna-se um grande prazer. Afinal, o que é necessário para que aconteça a interação mãe-bebê? Segundo a parteira tradicional Suely Carvalho, vice-presidente da Aliança Latino-Americana de Parteiras (Alapar), basta saber que a criança precisa do essencial: "Sentir-se segura, protegida e amada".

Coordenadora da Rede Nacional de Parteiras Tradicionais do Brasil e fundadora do Cais do Parto, Suely diz que a comunicação do bebê ocorre por meio da emoção. Pela sensibilidade, a criança apreende informações. "A percepção é mais aguçada do que se pode imaginar, mas ainda há pessoas que tratam a criança como se não fossem capazes de interagir. É um grande engano. Apesar de não elaborar as percepções, o sentimento fica na sua memória afetiva, sobretudo, no período de gestação".

Durante a gravidez, a parteira explica que o bebê se relaciona com o mundo externo por meio da percepção da mãe, sendo ela o único elo por onde a criança acessa os sentimentos. "A mãe é o balizador. Se está triste, tensa ou alegre a criança capta e registra a emoção. Ao crescer, dependendo da forma como a situação foi encarada, ela pode reagir com insegurança ou não diante dos fatos. Os pais pensam que está tudo bem por ter passado pela fase difícil, mas não se lembram que isso está registrado na memória afetiva do bebê". Após o nascimento, ganha-se mais autonomia e a criança se utiliza das reações e expressões da mãe como um dos canais de comunicação, possuindo agora suas próprias percepções.

Mesmo assim, questiona-se se há formas de resguardá-la dos momentos difíceis. Suely esclarece que a mãe só precisa trazer proteção e amor como suporte para a criança aprender a lidar com isso. "Os problemas são reais, mas não duram a vida inteira. À medida que ela cresce, vai aprendendo. Poupar é impossível. Tem que prepará-la para conviver com as circunstâncias do mundo. Se a mãe passa por tudo, transmitindo amor, o bebê se sentirá seguro e em outra turbulência, estará fortalecido".

Comunicação

A parteira destaca que a criança é um indivíduo com vontade própria cuja linguagem pela qual se comunica é o choro, seguido pelo balbuciar de sons, atribuindo mudanças nessa comunicação. Mas cada choro tem uma finalidade e é dever dos pais aprender cada um, pois trata-se de um processo de construção. "Diferenciando o choro do sono, da fome, da cólica, da sede, da manha, entre outros, a comunicação é estabelecida".

Daí a importância de saber falar com o bebê. "Fale assuntos agradáveis de maneira compreensível, e não emita sons pela boca ou vozes esganiçadas. As crianças devem achar ridículo os adultos que as tratam como bobas. Comunique-se. Mostre um passarinho, indique uma árvore. A criança tem uma mente sadia que capta informações", revela.

O olhar é outro forte canal de comunicação. "Quando nos declaramos a alguém, sempre buscamos olhar nos olhos. Independe da idade. Ninguém olha para o lado ao dizer que ama alguém. A melhor forma de mostrar o amor a uma criança, é olhando nos olhos dela. Dê um sorriso e fale poucas palavras. Não precisa de discurso, porque ela entende o olhar, o sentimento. Mostre que ama e ela vai confiar nisso".

Confiança

O vínculo de confiança é construído e não deve ficar restrito somente à mãe. A melhor maneira de assegurar isso é estabelecer uma rotina diária, a qual também inclui as pessoas, que devem ser as mesmas conforme cada tarefa. "É preciso ter hora para dormir, passear, brincar, comer e tomar banho com as pessoas determinadas. Se cada dia é uma pessoa diferente, a rotina não está sendo mantida. Por isso, tantas crianças se acostumam mais com a babá do que com a própria mãe".

Paciência é importante no trato com o bebê. "Se a mãe cuida da criança, mas fica se lamentando do cansaço, a criança vai crescer com um profundo sentimento de culpa, principalmente se a mãe for infeliz". Por isso, o primeiro passo de zelo com o bebê é a mãe ter cuidado consigo.

Aos pais, há papel imprescindível, já que precisam estar comprometidos com o filho e com o relacionamento conjugal. Na fase da amamentação, Suely conta que a mulher se volta integralmente ao bebê. Além disso, os hormônios da lactação inibem sua libido, o que compromete a frequência do ato sexual, gerando problemas conjugais diante da falta de compreensão dos homens. "O pai deve apoiar a mãe e saber que faz uma renúncia temporária por amor ao filho, para que ele tenha o que é essencial. É tudo que ele pode fazer. Depois desse período, ele terá essa mulher por inteiro", orienta.

Mãe dedicada

Há três meses, Mariana Camelo Sá Matos cuida do seu primeiro filho, Rafael, adapta-se às mudanças decorrentes ao bebê, e realiza todas as tarefas com paciência e conhecimento. Ao falar de cuidados com o bebê, ela confessa sorrindo: "Para cuidar do bebê, a mãe deve tampar o relógio, pois não existem horários".

No início, ela conta que Rafael pedia o leite materno logo depois que mamava. "Se isso acontece a mãe acha que não tem leite, mas precisa continuar tentando para o bebê estimular". Após receber orientações de um banco de leite, Mariana aprendeu a lição: "A mama deve ser dada até o final. A primeira parte do leite é o que protege o bebê e a segunda é a que engorda e dá saciedade", recomenda.

Outro sufoco foi por causa das cólicas, que faziam Rafael chorar por horas. A mãe descobriu a massagem indiana shantala pela internet e fez o teste. Deu certo! Também aprendeu que alivia as dores quando coloca o bebê na banheira com água morna até a altura da barriga.

Diferenciar os choros, Mariana tira de letra e diz ser fácil às mães que observam o bebê. "O importante é os pais terem contato com a criança". Após o banho, ela adquiriu o hábito de massagear Rafael com talco. Método também adotado pelo pai, Cristiano Matos, que, nos dias de folga do trabalho, troca fraldas e dedica o tempo disponível para reforçar o vínculo com o filho.

Fonte: Diário do Nordeste - http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1264180

domingo, 5 de maio de 2013

Dia das Parteiras - Parteiras tradicionais e uma homenagem especial



Oficina de Bordado - Arpilleras, p/ produção da arte têxtil p/ o Projeto Parteiras Caiçaras

Eu e Bianca decidimos publicar hoje esse texto no Cientista Que Virou Mãe como forma de homenagear todas as parteiras que conhecemos. Todas as parteiras urbanas e contemporâneas que conhecemos e admiramos e que muito nos têm influenciado em nossa busca pela democratização do acesso a um parto cheio de respeito e sem violência. Mas, também, às parteiras tradicionais. Essas  mulheres que têm, desde sempre, garantido nascimentos sem violência pelo interior do país e em comunidades onde os valores tradicionais ainda são preservados e onde a hegemonia médica tecnocrática ainda não os esmagou. 

"Apesar desse forte movimento pela humanização do parto, as parteiras tradicionais sofrem pela falta de reconhecimento, pela desvalorização. É como se o saber empírico delas não tivesse notoriedade, mostrando o quanto nossa sociedade é cartesiana e tecnificista. Os anos de prática, as intercorrências, a transmissão oral do saber, de uma parteira mais experiente, não tem valia, inclusive para muitos grupos do movimento. E quando elas são destaque, sempre é como uma senhorinha, de lenço na cabeça, pitando cachimbo, como se essa fosse a figura das parteiras tradicionais apenas. Somos muitas! E de diferentes áreas, formações e num caminhar permanente, de aprendizado, estudo, reflexão e entrega. Não é um 'curso' que forma uma aprendiz de parteira, mas suas vivências, acompanhamentos, trocas. Ninguém sai por aí partejando a Deus dará sem ter embasamento técnico, e cada parto te ensina algo, te faz outra" - diz Bianca.

Leia, na íntegra: Dia das Parteiras - Parteiras tradicionais e uma homenagem especial, por Ligia M. Sena, do blog Cientista que virou mãe.


* Leia mais sobre o Dia Mundial das Parteiras em:

Dia da Parteira & Marcha das Parteiras 2011

Dia Mundial das Parteiras Tradicionais, por Suely Carvalho

Dia Mundial das Parteiras e seus múltiplos -

Parte I
Parte II
Parte III, por Suely Carvalho
Parte IV

05 de Maio, Dia da Parteira

Foto: Acervo pessoal de Bianca Lanu.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Quem canta seu males espanta!


Vem chegando o dia das mães, e a gente quer comemorar com gente bacana e boa música.

A ideia é fazer um vídeo coletivo, com todo mundo cantando para celebrar a beleza da maternidade e a importância do carinho materno na sua vida.


Vale tudo: cantar sozinho, cantar junto, cantar para a barriga, para a esposa, para a filha, para o espelho. Vale tocar instrumento, cantar à capela, bater panela. Se for de coração, tá valendo. É só gravar e mandar pra gente.

A música é ‘Oração’, da Banda Mais Bonita da Cidade. Você pode aprender a letra nesse vídeo aqui. Cada um canta do jeito que lhe der vontade, e a gente junta tudo num vídeo só, com a carinha de todo mundo para homenagear essa coisa linda que é o amor de mãe.

Os vídeos podem ser enviados até o dia 7, para o email contato@vilamamifera.com. Quem preferir também pode subir o vídeo no youtube e mandar o link para este mesmo email.

Vem com a gente?

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Experiências em Empreendedorismo Materno - Maternati, em Maringá/PR

Esta quinta é dia de falar da nossa série sobre empreendedorismo materno, trazendo a experiência do Maternati, em Maringá, no interior do Paraná, sob gestão de Renata Frossard, também psicóloga e doula.


O ponto inicial desse projeto tem a mesma origem de muitos outros empreendimentos maternos: a paixão por esse tema, e a vontade de conciliar a vida de mãe com os caminhos profissionais.

O projeto começou a ser idealizado em 2012, para concretizar-se em 2013. O objetivo é agregar no mesmo espaço várias atividades voltadas às gestantes, mães, pais e crianças, tornando o Maternati um espaço de vivências, acolhimento e integração.

"Acreditamos que através da preparação e conscientização durante a gravidez é possível ter uma experiência mais ativa de todo o processo do nascimento de um filho e formação de uma família", salienta Renata.

O foco do trabalho está na busca pela humanização do parto e por escolhas mais conscientes na maternidade e paternidade. Atualmente, é coordenado por Renata Frossard, em parceria com a psicóloga Mayara Coutinho e com o apoio da doula Marilia Mercer, que também atende em Londrina.

As atividades realizadas são: Roda de Conversa gratuita e aberta a todos os interessados, Grupo de Educação Perinatal para Gestantes, com enfoque na gravidez e no processo do parto, e, em breve, Grupo de Mães com enfoque no puerpério e desenvolvimento do bebê, além de uma equipe de doulas, p/ orientação na gestação, parto e pós-parto, bem como Psicoterapia, cursos, oficinas e palestras.

Roda de conversa c/ relato de parto.

Piquenique entre gestantes, puérperas e mães.

Doulagem de Elisângela Santos.

Parto domiciliar c/ a equipe Maternati, c/ Heidi Jo Palma. 

Oficina de Gestação Parto & Simbiose / Inscrições Corporais, com a Claudia Rodrigues.

* Renata Frossard tem formação em Administração e Psicologia e atua há três anos como coordenadora de grupos de gestantes e também como doula. É mãe de dois meninos, Miguel e Rafael. 

Para contatos por tel. (44) 9932-4302, e por email escreva p/ renata.mrfa@gmail.com

Fotos: Acervo pessoal de Renata Frossard.

Conheça a fanpage Maternati.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Parto Normal Após Cesárea - PNAC

Ontem publicamos a abertura do Projeto 31 em 31, do blog No Quintal, de Elaine Miragaia, onde 31 relatos serão publicados a partir de hoje, 1o. de maio, até a última quarta-feira de junho, totalizando 35 histórias de parto normal após cesárea.

ACESSE AQUI!!! LEIA, TAMBÉM, MEU RELATO DE VBAC AQUI!

Em maio celebramos, também, a Semana Mundial pelo Respeito ao Nascimento - SMRN 2013.

Ao contrário do que prega nossa cultura de que uma vez cesárea, sempre cesárea muitas pesquisas tem mostrado que parir após uma cesariana é mais recomendado do que sofrer outra operação, porém informações embasadas, uma equipe de assistência que tenha ciência de que podemos ter nossos filhos por via vaginal, e confiança em si e em sua capacidade resiliente são ingredientes fundamentais para que o processo se conclua!

Abaixo listo algumas referências no assunto:

PNAC - Parto Normal Após Cesárea, organizado por Patrícia Bortolotto, Patrícia Merlin e Rebeca Celes, que passaram pela experiência e transformaram suas carreiras tornando-se doulas, e também, educadora perinatal, no caso de Patrícia, conhecida como Pata e Rebeca, que atua como consultora em aleitamento materno, e gestora do Dendimim Slings;

Amigas do Parto - Parto normal após cesárea, por Ana Cris Duarte.

Encantem-se c/ outras histórias de mulheres que protagonizaram a vinda de seus filhotes mamíferos:

Roda Bebedubem - Relato de Parto, de minha parteira querida Kátia Z. Assumpção Pedroso;

Mulheres Empoderadas - Relato de Parto, de Joana Marini, que também teve duas cesáreas anteriores;

Mulheres Empoderadas - Relato de Parto - PNA2C (Parto Natural após duas cesáreas), da doula e graduanda em Obstetrícia Gisele Leal, também coordenadora do MAPHS, em Sorocaba/SP, que teve seus dois primeiros filhos por cesarianas, contadas aqui e aqui.

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