sexta-feira, 29 de julho de 2011

O Blog Parto no Brasil apoia a Semana Mundial de Amamentação - SMAM

A partir deste sábado nossos posts serão recheados de teta! Muita teta!
Em apoio a Semana Mundial de Amamentação (SMAM) divulgaremos diversos grupos e instituições que realizarão alguma atividade e/ou evento nesta semana tão especial!
Porque teta é tudo de bom!
Fotos: Acervo de Bianca Lanu_By Silmara Guerreiro_nov/09

quinta-feira, 28 de julho de 2011

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Agenda Parto no Brasil

Bora que a Agenda Parto no Brasil está recheada! Caneta a postos?!
Grupo de Apoio ao Parto Despertar do Parto exibe nesta sexta, dia 29, o documentário Nascendo no Brasil, na R. Itacolomi, 480, Alto da Boa Vista, em Ribeirão Preto/SP, às 15 horas.
De 2 a 5 de agosto acontece a 20ª Semana Mundial da Amamentação, que neste ano traz como tema a Amamentação: Uma Experiência em 3D e o Senac-Bauru realiza uma série de atividades gratuitas durante essa semana, em parceria com o Gaame (Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno Exclusivo), Prefeitura Municipal de Bauru e Secretaria Municipal de Bauru.
Estabelecida em 1992 pela Aliança Mundial para a Ação em Aleitamento Materno (Waba), a Semana Mundial de Aleitamento Materno envolve 120 países e tem como objetivo facilitar e fortalecer a mobilização social em torno da amamentação. Para conhecer a programação completa do Senac-Bauru e se inscrever acessem - http://www.sp.senac.br/jsp/default.jsp?tab=00002&newsID=a18860.htm&subTab=00000&uf=&local=&testeira=453&l=&template=&unit=
Mais informações - www.ibfan.org.br/smam
A Autarquia Municipal de Saúde do município de Londrina/PR promove no dia 3 de agosto o 8º Simpósio de Aleitamento Materno de Londrina e região com o tema “Amamentação: uma experiência em 3D”. O evento, que acontece em comemoração à Semana Mundial de Aleitamento Materno, é destinado a todos os profissionais da área de saúde. Na programação, estão previstas palestras com especialistas, realizadas no Centro Pastoral, localizado na R. Dom Bosco, 45, no Jd. Dom Bosco, das 8 às 17 horas. As vagas são limitadas e as inscrições são gratuitas. Outros detalhes e a programação completa em - http://www1.londrina.pr.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12352%3Asaude-promove-simposio-sobre-aleitamento-materno&catid=108%3Adestaques

terça-feira, 26 de julho de 2011

Nossas bençãos a todas as avós!

Nesta data comemora-se o Dia da Avó! E, nada mais gostoso do que colo, bolo e afins da mãe de nossa mãe!
Para quem ainda a tem por perto, aproveite, pois um dia elas se vão!
Assim, dedicamos este post a todas as avós (e bisas também!)!
Vó Marina, bisa Geralda e Rudá - duas gerações da Família Silva
Eu, rs, Rudá e minha mãe-sua avó Tânia - cara de um, focinho do outro
Vó-bisa de Ana e Iá, c/ Rudá - tudo junto e misturado
* Em memória da minha queridíssima "vó Ivone", que recheou minha infância de muito amor, carinho e boa prosa! Eternamente em minha memória...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Pesquisadora destaca a necessidade de maior atenção à saúde materno-infantil


Por Vinicius Zepeda
Nos últimas décadas, o Brasil tem praticado uma forma de atendimento ao parto e ao nascimento que poderia ser mais eficiente e humanizada. O alerta é de Maria do Carmo Leal, Cientista do Nosso Estado, da FAPERJ, médica sanitarista e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Uma das maiores especialistas do País na questão da atenção à saúde de bebês e gestantes, tema que vem estudando desde os anos 1980, ela explica que os melhores índices de resultados obstétricos e perinatais estão em países da Europa Ocidental, como Suécia, Noruega, Inglaterra, França, onde a maioria dos partos acontece de forma normal ou natural – quando não há indução de nenhuma espécie e o parto ocorre no tempo adequado para o recém-nascido, respeitando a necessidade de maturação e desenvolvimento dos fetos dentro do útero. "Muito diferente do modelo que adotamos no Brasil, que é bastante intervencionista, chegando mesmo a colocar o País na péssima condição de ser o detentor das maiores taxas de cesárea do mundo", afirma Maria do Carmo. Segundo a pesquisadora, é preciso recuperar as práticas de partos naturais. "Na Europa Ocidental, o índice de mortalidade de bebês chega a ser três vezes menor que o brasileiro. Já no caso da mortalidade materna, o índice europeu chega a ser dez vezes menor que o brasileiro", complementa.
A pesquisadora, que recentemente deixou o cargo de vice-presidente de Ensino e Pesquisa da Fiocruz, explica que a cirurgia cesariana é uma excelente tecnologia que salva vidas de mães e bebês, mas quando é feita sem indicação deixa de ser benéfica e passa a representar riscos. "No Brasil, a maioria dos partos operatórios ocorre por escolha do médico e da gestante, sem indicação ligada à presença de qualquer patologia materna ou fetal", afirma. Maria do Carmo, porém, destaca que vários estudos internacionais vêm mostrando os riscos associados ao parto cesáreo para a gestante e o recém-nascido, quando não há indicação clínica, tais como maior probabilidade de o recém-nascido precisar de suporte ventilatório, ida para a UTI neonatal, dor e desconforto imediatos, adoecimento e óbito durante o primeiro ano de vida dos bebês. "No caso das mães, aumenta-se a chance de problemas de inserção da placenta e ruptura do útero nas futuras gestações", acrescenta.
Para conhecer a realidade brasileira, está em curso um estudo nacional denominado "Nascer no Brasil: Inquérito Nacional sobre parto e nascimento", sob a coordenação de Maria do Carmo Leal. Apoiado pelo Ministério da Saúde e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o estudo entrevistará 24.000 mulheres que pariram recentemente em hospitais públicos e privados, em todas as capitais e o interior de todos os estados brasileiros. "Previsto de completar a coleta de dados em dezembro desse ano, esse estudo permitirá uma avaliação dos resultados perinatais – períodos imediatamente anterior e posterior ao parto – de acordo com a modalidade de parto praticada", acrescenta.
Maria do Carmo Leal chama ainda a atenção para a necessidade urgente de reduzir as taxas de mortalidade infantil e materna no País. "O Brasil assumiu um compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) – conjunto de oito metas firmadas pelos 191 Estados membros da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2000, com vistas à redução das desigualdades mundiais até 2015 – mas não deverá cumprir a meta estipulada em relação à mortalidade materna, o que se constituirá uma vergonha para o País", afirma. Segundo a pesquisadora, os dados também estão associados ao modelo de atenção ao parto e nascimento que adotamos, pois, hoje, 97% dos partos ocorrem dentro dos serviços de saúde, segundo as estatísticas oficiais. "O modelo intervencionista de atenção obstétrica não se refere somente às cesáreas, mas diz respeito também ao uso indiscriminado de ocitocina, episiotomia e outras intervenções desnecessárias e não mais recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS)", complementa.
Com apoio da FAPERJ, a médica sanitarista concluiu um estudo sobre a qualidade do atendimento pré-natal nas unidades públicas do município do Rio de Janeiro. "Com elevadas coberturas de atendimento ao pré-natal, atingindo, pode-se dizer, a totalidade das mulheres grávidas, o município do Rio de Janeiro ainda tem problemas incompatíveis com a extensão de cobertura que oferece. Por exemplo, uma taxa excessivamente alta de sífilis congênita", afirma. O estudo procurou entender onde estavam as falhas nos processos de atenção e procurou identificá-las em três componentes: gestantes, profissionais de saúde e infraestrutura dos serviços de saúde. "Comparecendo regularmente às consultas pré-natais marcadas no decorrer da gravidez e seguindo, na medida do possível, as recomendações médicas, as mães foram as que melhor cumpriram sua parte", recorda a pesquisadora. Já os profissionais de saúde foram os que mais falharam. "Observamos que falta uma melhor formação para eles se comunicarem com a população. Se o médico ou enfermeiro não interagem com as mães, não dialogam porque certos comportamentos devem ser evitados, não orientam sobre os alimentos que são mais adequados, que medicamentos são necessários e como usá-los, não se terá a adesão dessa mãe desinformada", explica. Segundo a pesquisadora, vários estudos têm mostrado que o entendimento do uso do medicamento receitado é muito baixo. "Além disso, a falta de diálogo entre médico e paciente torna grande o uso incorreto, principalmente quando há desnível educacional e a paciente tem vergonha de perguntar o que não entendeu", complementa.
Outro problema identificado no estudo refere-se ao funcionamento do SUS para o atendimento pré-natal, em que se constatou atraso na disponibilização dos resultados de exames de rotina. "De que adianta fazê-los se eles não são disponibilizados em tempo hábil? O problema, identificado no Rio, está presente em outros lugares", destaca a sanitarista. Segundo Maria do Carmo, o que temos hoje no SUS é a instalação de várias facilidades diagnósticas e de infraestrutura para suporte, por exemplo, uma boa assistência pré-natal, mas sem velocidade nos processos para que o investimento feito redunde em proteção efetiva às mães e recém-nascidos. "A dificuldade de comunicação entre os profissionais de saúde e os pacientes é outro problema dessa mesma natureza. Esse ajuste fino é o nosso desafio atual", explica. Para ela, o enfrentamento dessas mudanças não poderá ser feito isoladamente pelos serviços de saúde. "Será necessário uma revisão na formação do profissional de saúde, que atualmente não está saindo da universidade preparado para realizar bem a sua tarefa de atender a população", destaca.
A edição de maio de 2011 da revista inglesa The Lancet, uma das publicações médicas mais influentes do mundo, publicou pela primeira vez na sua história, um número falando somente sobre o sistema de saúde e a saúde do brasileiro. Pesquisadores de todo o País traçaram, em artigos, um panorama sobre o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) com base em um extenso estudo de documentos existentes. Na publicação, Maria do Carmo Leal apresentou, em conjunto com outros pesquisadores, a situação da saúde materno-infantil no Brasil. Para ela, a discussão na renomada revista inglesa foi uma oportunidade enorme e o reconhecimento dos esforços feitos pelo País na área da saúde. "Com a revista, pudemos mostrar ao mundo que temos um sistema de saúde e que, com qualidades e insuficiências, estamos avançando na direção correta de oferecer uma atenção à saúde pública e gratuita para todos os brasileiros", afirma a pesquisadora.
Um dos pontos abordados em seu artigo diz respeito ao número abortos praticado no País. Maria do Carmo explica que, em 2008, o SUS contabilizou 215 mil internações de mulheres em hospitais públicos, decorrentes de complicações de abortos feitos no País. Estima-se que o número de abortos, resultante da soma dos contabilizados oficialmente e dos feitos ilegalmente é cinco vezes maior, chegando à cifra de um milhão. Em vista desses fatos, a pesquisadora se mostra pessoalmente favorável à legalização do aborto. No Brasil a legislação só permite no caso de estupro ou de feto anencéfalo (sem cérebro). Neste último caso, porém, somente depois de autorização judicial. "O aborto ilegal, como é praticado pelas mulheres mais pobres em clínicas clandestinas, é uma chaga em nosso País. Ele maltrata e humilha a mulher, além de ser a quarta maior causa de mortalidade materna no Brasil, só perdendo para hipertensão, infecção generalizada (septicemia) e hemorragia", afirma. "Enquanto as mulheres ricas fazem abortos pagos em clínicas particulares de maneira segura, as pobres estão sujeitas a infecções e ao risco de infecções e da própria vida", acrescenta.
Apesar das dificuldades ainda enfrentadas na área da saúde, a médica identifica como muito positiva a busca de soluções para problemas crônicos na gestão do SUS. Entre os exemplos, ela cita o maior investimento nos Programas de Saúde da Família, nas capitais e cidades de grande porte, como vem acontecendo no Rio de Janeiro, e o desenvolvimento do Rede Cegonha – projeto do Ministério da Saúde, lançado no final de março de 2011, que pretende reunir um conjunto de medidas para garantir a todas as brasileiras, pelo SUS, atendimento adequado, seguro e humanizado desde a confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal e o parto, até os dois primeiros anos de vida do bebê. "Com essas iniciativas, espero que no futuro as crianças possam nascer de forma mais humanizada, sem aceleração de seu processo de maturação. Que nasçam quando, de fato, avisarem que estão prontas para chegar", conclui.
Fonte: FAPERJ - http://www.faperj.br/boletim_interna.phtml?obj_id=7379
* Ilustração de Paulica Santos.

sábado, 23 de julho de 2011

Multimídia Parto no Brasil - Paulica Santos

Nosso audiovisual deste sábado mostra as lindas ilustrações de Paulica Santos, que também ilustrou a capa do livro de Monica Bara Maia - Humanização do Parto, entrevistada pelo blog em dezembro passado (confiram aqui!). Para apreciarem outros desenhos acessem paulicasantos - Ilustração & Design! Em breve, outras imagens serão expostas por aqui, não percam!


quinta-feira, 21 de julho de 2011

Agenda Parto no Brasil

Como nesta quarta-feira não tivemos a divulgação de eventos por aqui, por motivos relacionados à cria em tempo integral e trabalhos manuais na minha queridíssima máquina de costura recém adquirida (eba!), vamos hoje ao que interessa! Agendas e canetas em mãos?! Bora lá!
Abre-se a temporada de inscrições para o coral Materna em Canto, p/ gestantes e mães com bebês de colo. Precisa ter alguma noção musical e de afinação vocal, além de disponibilidade para eventuais apresentações, um ensaio semanal de duas horas e uma aula de técnica vocal semanal de 45 minutos. Os ensaios são às quartas, às 14hs e as aulas com horários pré agendados, sempre na região de Perdizes, em São Paulo, capital. Testes no dia 08 de agosto das 11h30 às 17h30, com hora marcada. Falar com Isadora Canto pelo tel.: (011) 8362-7202.
Em Salvador/BA:
Em Campinas/SP, e região - SMAM:
Ainda na SMAM - Campanha: Doe frascos de vidro e tampa de plástico!
Postos de Coleta:
InstitutoDentale - TopDent - R. Joaquim Novaes, 116 - Cambuí, Campinas -
Loja Petit Papillon - R. Antônio Lapa, 525 - Cambuí - Campinas
Academia SpassoVida - R. Francisco Otaviano, 213 - Jd. Chapadão
No início de agosto, Nascimentos Humanizados — promovendo a paz e a não violência — a cargo de Daphne Rattner, c/ entrada franca, dia 9, terça-feira às 19 horas, no Auditório do MASP (Museu de Arte de São Paulo), na Av. Paulista, 1578, em São Paulo. Não é necessário fazer inscrição antecipada.
E, para finalizar:

terça-feira, 19 de julho de 2011

Elas usam partonobrasil



E você?
Mande-nos sua foto com nossa linda Maria Parideira!
E, p/ quem não tem acessem nossa Loja Virtual (aqui!) para adquirirem a camiseta do Blog Parto no Brasil - por R$25,00, em algodão, fio 30.
Iara, a filhota de Ana, não lhe dá mais sossego quando a vê vestida com sua camiseta. Diz que quer também uma, do bebê com o cordão umbilical, nascendo de parto normal, sem Kristeller, e nem episio (juro! 2a6m!)!!! Aimeudeus!!! Delícia!!!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O estado das parteiras no mundo


Angelina, por Rebecca Plummer Rohloff
Compatilho hoje alguns documentos que nos mostram como está a atuação das parteiras pelo mundo afora, entre eles um documento da UNFPA, de 2011, e a relação de nascidos vivos, em São Paulo, de maio de 2010, onde podem ser vistos a quantidade de partos domicilares assistidos e não assistidos, além de muitas outras informações mais detalhadas, do SINASC, pelo Boletim CEInfo.
Como podem perceber estou numa imersão sobre o mundo da partería. Este fim de semana vi alguns documentários de nossas parteiras tradicionais, especialmente as ribeirinhas do Amazonas. Para quem não baixou a dica de nosso audiovisual deste último sábado, não deixem de assistir (aqui!). Fé, crença na fisiologia do parto e na capacidade feminina, em um misto de coragem e resignação. Sábias e nobres parteiras, que buscam nos iguarapés a cura p/ muitos males! E, assim o mundo se fez povoado, pelas mãos dessas mulheres-mães!

sábado, 16 de julho de 2011

Multimídia Parto no Brasil - As Parteiras da Amazônia

Nossa sessão audiovisual deste sábado compartilha um link p/ baixar o documentário de Stephanie Pommez - As Parteiras da Amazônia, fruto de suas incursões pelas comunidades ribeirinhas para fotografar e filmar essas sábias mulheres da floresta, que atuam não apenas no atendimento obstétrico, mas também como líderes comunitárias.
O endereço foi encontrado aqui e o site p/ fazer o download é este - http://www.megaupload.com/?d=BASR4ILS
* Clic em Download Comum
Uma exposição c/ lindas imagens foi realizada em São Paulo/SP, no Sesc Pompéia, em maio e junho passados. O blog Parto no Brasil noticiou o evento e este por lá! Para saber mais acessem:
http://www.stephaniepommez.com/index.html
http://partonobrasil.blogspot.com/2011/04/maes-de-umbigo-parteiras-da-amazonia.html
http://partonobrasil.blogspot.com/2011/05/dia-mundial-da-parteira-e-seus.html
De encher os olhos!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Agenda Parto no Brasil

Nossa Agenda Parto no Brasil desta semana não tem muitos eventos p/ serem divulgados, mas de qualquer forma compartilhamos dois trabalhos muito interessantes que estão circulando na web: o 1o. é o apoio através do site Catarse p/ o documentário Hanami: o florescer da vida, que em poucos dias pretende atingir a meta p/ prensar mais cópias deste vídeo que já é sucesso no movimento de humanização, e, também, o Censo Nacional de Doulas, organizado pela Rede Brasileira de Doulas, c/ o intuito de buscar o reconhecimento da doula no Ministério do Trabalho. Abaixo, confiram outros encontros.

Acessem o censo no link e responda às questões - https://spreadsheets2.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dHVTeWpjVjdPZHhiV3FWbEM4X2xOYWc6MA


terça-feira, 12 de julho de 2011

Parto com Prazer

Aproveitando o delicioso sorteio desta segunda-feira, de nossa Promoção de Inverno, compartilho uma matéria da jornalista Eliane Brum, colunista da Revista Época, de maio deste ano, sobre o livro Parto com Amor.
Por Eliane Brum
Acho que exagerei na lasanha de berinjela”, comentou Luciana Benatti com o marido, Marcelo Min. Passava das dez da noite e Luciana, com 37 semanas e 4 dias de gestação, tinha sentido uma dorzinha. Não era a lasanha. Era Pedro, mas naquele momento ninguém sabia que ele se chamaria Pedro, porque os pais achavam que ainda teriam alguns dias de gestação para decidir o nome e preferiam descobrir o sexo apenas quando o bebê se apresentasse. Na madrugada, primeiro chegou a doula. Depois a pediatra. E em seguida a obstetra. Daria qualquer coisa para saber o que o porteiro do edifício no bairro de Pinheiros, em São Paulo, imaginou ao ver três mulheres chegando de malinha no meio da noite. Tudo – de homicídio a orgia – menos que alguém daria à luz no sétimo andar. De repente, já havia uma piscina inflável, decorada com uma alegre fauna marinha, no meio da sala. E uma mangueira de 50 metros levava água quente do velho Lorenzetti até banheira improvisada. Foi lá que Luciana começou a dar aqueles berros primais e libertadores, porque dói mesmo, para algumas mulheres mais do que para outras. E de novo fico pensando no que o pobre porteiro deve ter imaginado quando os vizinhos começaram a interfonar. Arthur, pelo menos, resolveu espiar o que estava acontecendo. Aos quatro anos, ele desembarcou da cama esfregando os olhos amendoados e encontrou uma festa na sala. Como Luciana sabia que nada melhor do que um bom berro quando a contração chegava mais forte, percebeu que precisaria explicar ao menino o que estava acontecendo antes que ele se desesperasse. “Filho, para o irmãozinho sair da barriga, a mamãe vai ter que dar uns gritos de leão”. Arthur é louco por qualquer bicho – mas rei é rei, e rainha melhor ainda. Adorou. E a partir daí, sempre que sua mamãe leoa berrava, ele ria e batia palmas na maior empolgação. Foi assim que Pedro escorregou para o mundo. Marcelo e Arthur, pai e filho, cortaram o cordão umbilical. E depois de um soninho gostoso, Luciana acordou pela manhã com os dois filhos ao seu lado e um café na cama preparado pelo Marcelo. O melhor pão com requeijão da sua vida.
Esta história é contada pelos protagonistas, a jornalista Luciana Benatti e o fotógrafo Marcelo Min, num livro – muito – importante lançado nesta quarta-feira, 4/5 (a partir das 18h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo). Parto com amor (Panda Books) é a narrativa de uma trajetória que começou em 2007, com a gestação de Arthur, o orgulhoso animador de partos do parágrafo anterior. E só terminou no ano passado, com o nascimento de Pedro.
Ao ficar grávida pela primeira vez, quatro anos atrás, Luciana pensava em ter parto normal, mas nunca tinha ouvido falar de parto humanizado. Como boa parte dos médicos, o dela disse: “Parto normal é o melhor para a mãe e para o bebê”. Mas não respondia – e até se irritava – com as perguntas de Luciana. “O que mais a senhora quer saber?”. Um dia Luciana, já com um barrigão de 35 semanas, encontrou uma amiga jornalista. “Mas você tem certeza? Muitos médicos dizem que fazem (o parto normal), mas na hora inventam uma desculpa para a cesárea”.
Luciana ficou bem irritada com a amiga que duvidava do seu médico naquela altura da gestação. Mas o comentário permaneceu fincado como um alfinete em sua cabeça e, na consulta seguinte, diante de seus questionamentos, o médico soltou esta pérola: “Por que você está tão preocupada com o parto? Cuide das roupinhas e da decoração do quarto e deixe que do parto cuido eu”.
Não era esta a ideia que Luciana e Marcelo compartilhavam sobre o parto do seu filho. Eles tinham certeza de que quem tinha de cuidar do nascimento do bebê eram eles – e especialmente Luciana, com o apoio de Marcelo. Nunca mais voltaram ao consultório do médico, que também jamais os procurou para perguntar o porquê.
Um mês depois Arthur nasceu num parto natural na banheira da maternidade de um hospital, sem anestesia, sem episiotomia (o corte que obstetras costumam fazer no períneo da gestante com a justificativa de que ajuda no nascimento e evita lesões maiores) e sem soro com ocitocina (medicamento usado para aumentar a frequência e a força das contrações). Arthur desembarcou do útero no seu tempo, forte e saudável. E Luciana deu à luz inspirada nas suas avós: Aurora teve sete filhos de parto normal e Antônia, sete. “Foi um daqueles momentos que fazem a vida valer a pena”, diz Luciana. “Fui a protagonista da minha história.”
E foi assim que outra história começou – a do livro. Marcelo, um dos melhores (e mais sensíveis) fotógrafos do Brasil, registrou em imagens o parto de Arthur. Ao refletirem sobre sua experiência, Marcelo e Luciana perceberam que valia a pena documentar o parto natural, comum nos países desenvolvidos da Europa, mas uma exceção no Brasil, um país com índices de cesariana superior a 80% nas mais conceituadas maternidades privadas – quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda no máximo 15%.
Nos últimos quatro anos, Marcelo e Luciana acordavam na madrugada com telefonemas do tipo: “Vai nascer!” ou “Começou!”. E lá se ia Marcelo com seu equipamento, enquanto Luciana ficava com Arthur. Depois, a jornalista fazia uma longa entrevista com cada uma das mulheres em suas casas, para que contasse sua trajetória a partir do seu próprio olhar – todos os textos do livro são na primeira pessoa e cada um deles traz o jeito particular da autora daquele parto. A cada final de capítulo, há uma seção de perguntas e respostas feitas com muita responsabilidade, precisão e conhecimento, que esclarecem questões trazidas na narrativa.
Como os meses de uma gestação, são nove histórias de mulheres – e homens – que decidiram se tornar protagonistas do nascimento de seus filhos. Cada uma delas com seu próprio caminho, suas possibilidades, seus conflitos e também seus limites. Cada capítulo nos dá uma história contada em duas linguagens – o texto e a fotografia. E ao final de cada um deles sofremos e nos alegramos junto com aqueles homens e mulheres – e bebês lindos e amarrotados – que passamos a sentir como se fossem da família.
Marcelo ganhou das gestantes o apelido de “fotógrafo invisível”, pelo seu dom – já testemunhado por mim em reportagens muito delicadas que fizemos juntos – de registrar a realidade com uma câmera enorme sem que ninguém se sinta invadido ou mesmo perceba a sua presença. As duas fotos abaixo são do primeiro capítulo, justamente o parto de Arthur. A mulher, berrando na banheira, é Luciana. Sim, parto dói, mas há uma diferença fundamental, que a maioria das pessoas parece ter esquecido, entre dor e sofrimento. A do parto é uma dor que não vem da doença e da morte, mas da saúde e da vida. É uma passagem. Você está junto com seu filho, ajudando-o no primeiro momento mais importante da vida que se inicia fora do útero materno. E poder berrar, sem que nenhum obstetra ou enfermeiro torça o nariz, é libertador.
Parto com amor é um livro que registra um dos movimentos femininos mais interessantes deste início de milênio (e que, para muitas parcelas da sociedade, permanece invisível): a decisão das mulheres de recuperarem a posse do corpo em um momento crucial da vida – o parto do filho. Elas passaram a perceber que dar à luz não é um procedimento técnico apenas, mas algo que vai definir uma questão determinante para tudo o que vem depois: o nascimento de uma mãe.
As decisões tomadas no parto e a forma como cada mulher lida com a gestação é parte da construção da maternidade que também ali se inicia. E para cada filho – e não apenas o primeiro – há uma mãe diferente que nasce. Assim como a forma que cada homem lida e participa – e a sua presença ou ausência nesse momento – também é determinante para a paternidade que se inicia, para o pai que também nasce.
Assumir a responsabilidade de parir é uma etapa essencial do processo de fundação e autoconhecimento da família recém nascida. Assim como delegar todas as decisões do parto para a autoridade médica também é, pelo avesso. Tanto uma escolha quanto a outra têm significados e consequências.
Em boa parte dos países desenvolvidos, a cesariana não é uma escolha, como é no Brasil. Da mesma forma que qualquer pessoa de bom senso acharia um absurdo se submeter a uma cirurgia nos rins ou na próstata sem necessidade. Nesta visão responsável da saúde, a cesariana é um procedimento de grande seriedade, como qualquer cirurgia, realizado apenas quando é necessário. E só é necessário quando há um risco comprovado para a mulher e para o bebê, quando é a realmente a melhor alternativa para a mulher e para o bebê.
Se esta fosse a verdade do atendimento às gestantes no Brasil, por que só as brasileiras teriam indicação de cesariana em mais de 80% dos nascimentos nas maternidades privadas – e não os 15% previstos pela OMS? Será que as brasileiras são mulheres diferentes das demais mulheres do mundo? Teriam um corpo diferente, que as impossibilita de parir seu filho de forma natural?
Assim, que bom que vivemos um momento da medicina em que, quando há risco para a mãe ou para o bebê, é possível fazer uma cirurgia. Mas que pena que um número significativo de cesarianas é realizado todos os dias não por necessidade real, mas por comodidade do médico e da mulher. E, mais triste ainda, que um número considerável seja feito à revelia da mulher. Diante dessa realidade e da sensação de que algo estava errado na experiência vivida nos consultórios e nos hospitais, em diferentes partes do país mulheres começaram a reagir. Sem encontrar respostas nos lugares óbvios, em geral contaminados pela cultura da cesariana e pela ideia da autoridade inquestionável do médico, elas passaram a criar grupos de discussão e de pesquisa na internet. Ao voltarem arrasadas da consulta, mães de primeira viagem encontravam pelo Google mães mais experientes que respondiam a suas perguntas e lhes davam orientação.
Duas destas mulheres, cada uma com uma história diferente, podem ser vistas nestas fotos extraordinárias. Na primeira, Denise, Lauro e a pequena Alice, no momento do nascimento. Na segunda, Andréia aconchega Maura, que acabou de nascer no ofurô. Matheus já deu as boas-vindas à irmã e muitos beijos na mãe. Em seguida, foi fazer xixi. “Muita gente se surpreende com esta foto”, comenta Andréia no livro. Como se o xixi fosse sujo, nascer fosse limpo e o fato de os dois estarem tão próximos pudesse fazer algum mal para o bebê.” A resposta padrão de Andréia é a seguinte: “Você sabe por onde ela saiu? Então, qual é o problema?”.
Pela internet, tornou-se possível recuperar uma tradição perdida: a das mulheres mais velhas ou experientes que compartilham seu conhecimento com as mais novas. A velha sabedoria das mães e das avós, só que a rede virtual e as mudanças culturais do nosso tempo tornaram esta uma família expandida. Hoje, há centenas de sites, blogs e listas de discussão de mulheres sobre gestação e parto. É possível, inclusive, assistir a partos pela tela do computador, em tempo real. Em algumas cidades brasileiras, profissionais da saúde adeptos do parto natural e humanizado formaram grupos onde as mulheres fazem cursos e trocam experiências. Trocam também indicações de doulas, parteiras, obstetras e pediatras que garantidamente vão respeitar suas escolhas, manter seu bebê junto delas e só realizar uma cesariana se for realmente necessário.
Da mesma forma que a internet deslocou o poder em muitas esferas – com o acesso à informação, a ampliação das vozes e a possibilidade de divulgação –, também teve profundo efeito no protagonismo do parto no Brasil. E, como toda mudança, esta causa um bocado de polêmica e resistência – especialmente entre a parcela dos profissionais de saúde que sente seu poder, antes inquestionável, ameaçado. Não acredito que esse movimento seja revertido. Pelo contrário, me parece que a tendência é crescer e se multiplicar com a ajuda das redes sociais.
Parto com amor é um dos primeiros livros brasileiros a documentar esse fenômeno cultural tão interessante. E recebeu o apoio entusiasmado de uma das brasileiras mais famosas do mundo, a supermodelo Gisele Bündchen. A maioria das celebridades marca dia e hora para botar seus filhos no mundo, a data é escolhida com a ajuda de um numerologista e o mapa astral está na lista do enxoval. Gisele, a celebridade entre as celebridades, não. Ela faz parte desse movimento novo. Teve seu filho Benjamin em casa, na banheira, com parteira, da forma mais natural possível. E sofreu críticas por causa disso.
Em entrevista ao Fantástico, programa da TV Globo, ela disse: “Meu parto não foi dolorido em nenhum momento. Não foi assim, ai que dor, mas a cada contração eu pensava que meu bebê estava mais perto de mim. Eu transformei aquela sensação intensa, que acontece para todo mundo, em uma esperança de ele estar chegando mais perto. E no segundo dia (depois do parto) eu já estava caminhando, lavando louça, fazendo panqueca, sabe assim, vida que segue”.
Gisele leu Parto com amor e comenta na contracapa do livro: “O parto pode ser, sim, um momento poderoso de transformação, alegria e prazer. Espero que este livro inspire muitas mulheres”. Depois, encomendou exemplares para dar de presente às irmãs.
Espero que os votos de Gisele Bündchen se realizem.
Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI229871-15230,00.html
Foto: Marcelo Min, de sua esposa Luciana, durante o parto do primogênito Arthur.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Post Extraordinário - Sorteio da Promoção de Inverno!

Eba!
Sorteio delicioso no blog Parto no Brasil, do livro Parto com Amor, do casal Luciana e Marcelo, pais de Arthur e Pedro, nascidos naturalmente, no hospital, e, em casa, respectivamente. Da vivências nasceu a obra c/ nove relatos de parto e nascimento, de Arthur, Alice, Mariana, Lara, Maura, Sofia, Lia, Théo, Pedro e Pedro, que puderam vir ao nosso mundão c/ amor e respeito, transformando, p/ sempre, a vida dos pais Luciana e Marcelo, Denise e Lauro, Vanessa e Ricardo, Renata e Caio, Andréia e Marcelo, Josy e Mário, Isadora e Márcio, Erika e Glauber e Eva e Neo, tendo queridas parteiras amparado essas famílias!
A nossa Promoção de Inverno teve 39 inscrições e a contemplada foi:
Simone Cortez - 14!
Parabéns!

Sobre Casas de parto e parteiras

Nesta segunda-feira, depois de um delicioso e animado fim de semana, na companhia de amig@s na Festa da Tainha, realizada pela comunidade caiçara do Maruja, na Ilha do Cardoso, onde pude conversar brevemente c/ duas parteiras tradicionais, Augusta e Iracema, sendo a 1a. mãe da segunda, e já ter agendado p/ agosto uma prosa sobre o partejar em solos e mares de Cananéia, pelo Projeto Parteiras Caiçaras, venho, ainda, divulgar uma matéria da Rádio ONU sobre a importância e a necessidade de termos mais parteiras na atenção obstétrica, e, também, a Petição da Casa Ângela, p/ que seja firmado o convênio c/ o SUS p/ poderem atender às gestantes da região do Campo Limpo, em São Paulo, capital. Confiram, abaixo:
ONU diz que 3,6 milhões de vidas podem ser salvas com mais parteiras
por Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU, de 20/06/11
Um relatório do Fundo de População das Nações Unidas alerta para o problema da escassez de parteiras em todo o mundo.
Segundo a ONU, o trabalho delas é fundamental para se alcançar as Metas do Milênio 4, 5 e 6 sobre redução da mortalidade infantil e materna.
Tratamento Adequado
Uma pesquisa com 58 países de renda baixa mostrou que 38 deles podem deixar de atingir as Metas por falta de 112 mil parteiras.
O estudo foi lançado em Durban, na África do Sul, na presença de 3 mil parteiras. Entre os países analisados estão três de língua portuguesa: Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste.
Dos três, apenas a Guiné-Bissau tem em suas comunidades agentes de saúde com algum treino como parteiras.
Mortes
A falta de tratamento adequado causa a morte de 358 mil mulheres todos os anos. O número de natimortos chega a 2,6 milhões.
A diretora do Unfpa em Genebra, Alanna Armitage, disse à Rádio ONU que as parteiras têm que estar integradas em sistemas nacionais de saúde.
Elas não podem trabalhar sozinhas. Elas têm que fazer parte de um sistema de saúde reforçado, para que esse sistema trabalhe para salvar vidas de mulheres e bebês. Esse relatório vai nos dar a oportunidade para levantar novamente o tema das parteiras, a importância delas e assim poderemos todos trabalhar juntos para assegurar que as mulheres não morram durante o parto”, afirmou.
Bordões
Para a ONU, os governos devem investir mais no treinamento de parteiras e na melhoria de serviços de saúde que ajudam a salvar a vida mas mães e dos bebês.
Por causa da escassez desses serviços, 2 milhões de recém-nascidos morrem nas primeiras 24 horas de vida.
Para pedir formação de mais parteiras, mais de mil profissionais saíram às ruas de Durban cantando bordões como “as parteiras não ficarão mais invisíveis”. Elas fizeram uma marcha de 5 km pela orla da cidade sul-africana.
Para marcar a divulgação do relatório sobre o Estado das Parteiras 2011, um grupo de acadêmicos da Universidade de Exeter, na Inglaterra, lançou um mapa interativo sobre o número de profissionais em todo o mundo.
Fonte: http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/onu-diz-que-36-milhoes-de-vidas-podem-ser-salvas-com-mais-parteiras/?utm_source=newsletter&utm_medium=email& utm_campaign=mercado-etico-hoje
Casa Ângela - Parto Normal - Associação Monte Azul
Petição - assinem aqui!
Exmo. Sr. Januário Montone, secretário municipal da Saúde
Em funcionamento desde 2009, na rua Mahamed Aguil, 34, no Jardim São Luís, a Casa Angela é um Centro de Atenção à Saúde Materno-Infantil com Centro de Parto Normal autônomo (unidade isolada), conforme a Portaria 985, de 05/08/1999, do Ministério da Saúde. Por estar de acordo com os padrões estabelecidos na RDC 36/08/ANVISA para os serviços de atenção obstétrica e neonatal, possui alvará de funcionamento da ANVISA, publicado em diário oficial em 19/02/2009.
Construída e equipada pela Associação Comunitária Monte Azul, ONG que atua há 30 anos na zona Sul de São Paulo, com o apoio da Prefeitura Municipal de São Paulo e de parceiros nacionais e internacionais, tem capacidade para atender 1 800 partos normais por ano, absorvendo cerca de 25% do excesso de demanda por leitos obstétricos na região.
A Casa Angela é a continuidade do trabalho iniciado pela enfermeira obstetra Angela Gehrke da Silva, que desde 1986 até seu falecimento em 2000 acompanhou um grande número de mulheres da favela Monte Azul e de outras comunidades carentes da região durante a gravidez, o parto e o puerpério. Sua atuação na humanização da assistência ao parto é amplamente reconhecida pela população local e por profissionais da saúde e de diversas áreas afins.
No primeiro ano de funcionamento (março de 2009 a março 2010), viabilizado por meio de doações e do trabalho de profissionais voluntários, foram realizados 734 atendimentos de pré-natal, 369 consultas de puerpério e amamentação (incluindo visitas domiciliares) e dez partos.
Entre os indicadores de qualidade do serviço oferecido pela Casa Angela, destacam-se a cobertura pré-natal maior ou igual a sete consultas para 96% das gestantes ante 77,6% na região do M’Boi Mirim, nenhum caso de baixo peso ao nascer (8,91% na região) e o baixo índice de prematuridade (1,96% ante 8,2% na região).
O apoio e a orientação recebidos por mães e gestantes na Casa Angela também tiveram impacto positivo no sucesso da amamentação: 84,2% das mulheres atendidas mantiveram o aleitamento materno exclusivo cinco meses após o parto.
Assim, vimos à presença das autoridades competentes para solicitar urgência na assinatura do convênio com SUS (Sistema Único de Saúde) para garantir a continuidade do funcionamento e a ampliação da capacidade de atendimento do serviço, que vem mostrando resultados tão efetivos no atendimento à saúde da população carente da zona Sul de São Paulo.
* Estivemos na Casa Ângela em maio, p/ o 2o. módulo da formação em Ed. Perinatal pela Anep-Brasil. Lugar lindo e maravilhoso, c/ profissionais preparados voltados p/ um atendimento respeitoso, que priorize à mulher e o bebê!
Nós, do blog Parto no Brasil apoiamos a Casa Ângela!
E, você, Ana Carolina, que esteve no COBEON - bora compartilhar sua vivência em terras mineiras!
Foto de Bia Fioretti, na celebração do Dia de Iemanjá, em fevereiro deste ano, em Olinda/PE, c/ as parteiras tradicionais da região.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Gênero, Saúde Materna e Paradoxo Perinatal


Para fechar a semana, divulgamos nesta sexta-feira o texto da pesquisadora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo - FSP/USP Simone Grilo Diniz - Gênero, Saúde Materna e Paradoxo Perinatal, que está linkado no site da Scielo e pode ser encontrado no impresso da Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, V.19, n.2, de agosto de 2009.
Confiram um trecho:
RESUMO
Nos últimos 20 anos, houve uma melhoria de praticamente todos os indicadores da saúde materna no Brasil, assim como grande ampliação do acesso aos serviços de saúde. Paradoxalmente, não há qualquer evidência de melhoria na mortalidade materna. Este texto tem como objetivo trazer elementos para a compreensão deste paradoxo, através do exame dos modelos típicos de assistência ao parto, no SUS e no setor privado. Analisaremos as propostas de mudança para uma assistência mais baseada em evidências sobre a segurança destes modelos, sua relação com os direitos das mulheres, e com os conflitos de interesse e resistências à mudança dos modelos. Examinamos os pressupostos de gênero que modulam a assistência e os vieses de gênero na pesquisa neste campo, expressos na superestimação dos benefícios da tecnologia, e na subestimação ou na negação dos desconfortos e efeitos adversos das intervenções. Crenças da cultura sexual não raro são tidas como explicações 'científicas' sobre o corpo, a parturição e a sexualidade, e se refletem na imposição de sofrimentos e riscos desnecessários, nas intervenções danosas à integridade genital, e na negação do direito a acompanhantes. Esta 'pessimização do parto' é instrumental para favorecer, por comparação, o modelo da cesárea de rotina. Por fim, discutimos como o uso da categoria gênero pode contribuir para promover direitos e mudanças institucionais, como no caso dos acompanhantes no parto.
Palavras-chave: gênero; saúde sexual e reprodutiva; cuidado baseado em evidências; SUS; saúde materna; humanização.
Para ler na íntegra acessem: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S0104-12822009000200012&script=sci_arttext

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Parto no Brasil em Minas Gerais!

Nesta quinta-feira muita ocitocina está sendo liberada em Belo Horizonte, no COBEON, e muitos encontros compartilhados, desta grande rede em prol de uma assistência obstétrica e neonatal humanizada, e atenta à mulher.
Ana Carolina apresentará o trabalho “Não tá nascendo não, mãe! a médica aqui sou eu.” Interação e violência simbólica na maternidade, às 13h35, além de representar o blog na terra do Hospital Sofia Feldman e do Centro de Parto Normal David Capistrano da Costa Filho - c/ direito a beijos, abraços e encomendas entregues em mãos!
Mais uma vez fico do lado de cá da tela, e doida p/ saber como está o evento!
Já divulgamos por aqui o excelente trabalho realizado em BH, e p/ quem não leu ainda, confiram:
Minas, eu quero vocês (Parte 1);
Comissão Perinatal e Movimento BH pelo Parto Normal.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Agenda Parto no Brasil

Confiram as novidades desta semana em nossa Agenda Parto no Brasil!
I Curso para Gestantes:

Em São Paulo, capital, a Casa Ângela recebe a parteira holandesa Mary Zwart em, Parto: posições como intervenção e prevenção de distócias.
Fundadora da Escola Perinatal Européia, membro do Fórum Europeu de Cuidados Primários, representante internacional da Iniciativa Amiga da Mãe e do Bebê (MotherBabyFriendly Care Iniciative), membro do Movimento pela Humanização do Parto (Humpar) de Portugal, sendo que no Brasil colabora com o movimento de humanização do parto e na capacitação de profissionais, Mary Zwart estará dia 13, a partir das 8 horas, na R. Mahamed Aguil, 34, Jd. Mirante, para compartilhar seus ensinamentos e práticas! Imperdível!
Vagas limitadas - investimento de R$10,00.
Outras informações pelo contato: casaangela@monteazul.org.br - Tel.: (11) 5852-5332.
Com a proposta de discutir quem são os pais de hoje nesta sociedade contemporânea serão apresentados no curso Os pais, mães e seus filhos na sociedade contemporânea algumas indicações da Psicanálise que orientam os pais a respeito dos cuidados adequados com a criança.
Destinado aos pais e pessoas interessadas, c/ investimento de R$ 120,00. Encontros na R. João Moura, 464, Conj. 5, em São Paulo, c/ grupos nos dias 20 e 27 de julho, das 20 às 22 horas, sob a coordenação do psicanalista Rubens de Aguiar Maciel (Doutor pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo - FSP-USP).
Os interessados deverão fazer um depósito de 50% do valor em nome de Rubens de Aguiar Maciel, no Banco do Brasil, Banco 01, Agência 3043-0, Conta Corrente 13151-2, para garantir sua inscrição; o restante deverá ser pago durante os encontros. Após o depósito encaminhar nome e telefone para rubensm@usp.br, ou (011) 8913-3313.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Casa Jaya recebe o obstetra Michel Odent, em São Paulo/SP

Boa noite!
Sim, são mais de 23 horas e, finalmente, depois da cria dormir, retorno ao blog que desde sábado está sem atualizações!
O filhote ficou dodói, alguns outros imprevistos, aliados ao frio e a baita chuva litorânea impediram de trabalhar por aqui, mas venho c/ uma matéria fresquinha da jornalista Adriana Vieira, também instrutora de Yoga e Shantala no Namaskar Yoga, que participou hoje do encontro c/ o obstetra Michel Odent e a parteira Heloisa Lessa, na Casa Jaya, em Pinheiros, na na capital paulista, organizado pela graduanda em Obstetrícia Mayara Boareto, que realiza um lindo trabalho de documentação em vídeo de parteiras tradicionais pelo mundo afora, o Mulheres da Terra.
Confiram abaixo:
Segundo Michel Odent, obstetra francês “proteger” é a palavra chave para um trabalho de parto produtivo
...E nessa terça-feira, 5 de julho, Odent, autor de livros como “O renascimento do Parto”, entre outros 11 títulos, ministrou palestra em São Paulo, na Casa Jaya, para mais de 150 pessoas, entre profissionais da saúde, gestantes, casais grávidos e demais interessados no bem estar da gestante e do bebê.
Odent enfatizou a importância da gestante sentir-se ‘protegida’ de algumas armadilhas que possam impedir um trabalho de parto contínuo e saudável. São observações fáceis de serem percebidas, mas que nem sempre são respeitadas, como: a privacidade da gestante, a linguagem, ou seja, o respeito ao silêncio necessário durante essas horas de trabalho de parto, uma baixa iluminação, que permite também que ela se acalme, se aquiete, e principalmente a presença somente de pessoas tranqüilas e que passam para a gestante também segurança. “Esses detalhes fazem toda a diferença”, afirma o obstetra. “A falta de privacidade, o entra e sai das pessoas no quarto, o barulho, celular, muita luz, estimulam a produção da adrenalina, inibindo assim a produção de oxitocina, o hormônio necessário para aumentar as contrações e finalizar uma boa hora do parto”, completa Michel Odent.
A explicação fisiológica para o processo do bom andamento do trabalho de parto é que com a ativação do neocórtex, a parte frontal do cérebro, nosso lado racional, há a inibição da ação das áreas instintivas, ou seja, da produção hormonal natural da oxitocina. Quando a mulher se sente “protegida”, segura, ela pode relaxar e seguir com o trabalho de parto naturalmente.
Odent também comentou sobre alguns mitos e regras que muitos livros sobre parto humanizado citam, e que nem sempre devem ser seguidos: “ não há regras durante o trabalho de parto. O mais importante é perceber as necessidades da mulher. Se ela quiser beber água ou comer algo leve, tudo bem. Mas se ela não achar necessário, isso deve ser respeitado”, conclui Odent. Ele comenta ainda que em relação a movimentar-se durante o TP (trabalho de parto) também não deve ser uma condição única. “ Se a mulher estiver conectada com seu íntimos, intuitivamente ela vai saber a posição que dever estar e quando mudar, para ajudar o seu bebê a chegar ao mundo”, diz Michel Odent.
Fontes:
http://www.casajaya.com.br/modules/news/article.php?storyid=171#.ThOq80Wex_g.facebook
http://www.namaskaryoga.com.br/blog/files/96767b185e511daac87d342dc4a99935-158.php
E, já em solos mineiros, Ana Carolina aterrizou à tarde em Belo Horizonte p/ participar do VII Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal - COBEON, c/ incríveis apresentações de trabalhos, debates, mesas-redondas - Caderno de Programação aqui e Conferencistas aqui! Em breve, novidades compartilhadas, eba!

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...