quinta-feira, 17 de maio de 2012

Aromas, Plantas, Terapia e a Essência do Parto - Sobre um acolhimento da gestação, parto e pós-parto com Aromaterapia


Por Maíra Darllen

Cada gestar implica um mundo, enredado de possibilidades, de sonhos, por vezes de conflitos, de abertura para clareza, de dor para o amor.
Nessa experiência humana, ritmada essencialmente pelo poder da terra, os corpos se moldam num ápice florescente de memórias de vida, de constelações familiares, de história de todas as mulheres do mundo... E nessas expressões tantas imagens pedem colo, ouvidos, indiferença e compreensão, para que os nascimentos de novos seres aconteçam.
O parto, enquanto manifestação de transição e de nova criação tem a força de, magicamente, revelar imagens em crenças e sentimentos que guardadas no baú de nossa identidade, pode nos abrir espaço de desapego, renovação e maturação.
E neste trajeto, que apenas se dá em nosso espaço interno, algo pede cena: o centro, o centramento, e logo um novo e verdadeiro tom de todos se faz brotar, em novo aroma, em novos sentidos.
Muitas são as ferramentas disponíveis para facilitar em nós este diálogo entre as expressões de quem somos e das adaptações corporais de um filho, para transformá-los e gerar condições de bem-estar, equilíbrio, consciência pessoal e abertura para viver o mais profundamente possível o gerar, o parir e o cuidar.
A Aromaterapia, então, é um dos tantos modos de mediar este processo. Esta prática terapêutica das essências medicinais de plantas aromáticas nos oferece um método, que utiliza os óleos essenciais em prol da modificação e alívio de sintomas.
Na esfera do trabalho com os óleos essenciais há um amplo leque de perfis de plantas, derivados de raízes, resinas, sementes, madeiras, folhas e flores, que expressam parte da dinâmica natural de vida dos vegetais em forma composições químicas, aromas e atmosfera que atuam por ressonância nas necessidades humanas de saúde e harmonia.
Em relação à experiência de gestar, parir e adaptar-se a transição do nascimento, a Aromaterapia pode bem servir frente a sintomas comuns destas fases como inchaços; enjôos; azias; falta de ar; de leite; de vitalidade; ansiedade; medo; para contribuir no desenrolar do trabalho de parto, entre outros quadros.
Para se beneficiar desta terapêutica, faz-se necessário um conhecimento amplo e seguro sobre os óleos essenciais, com seus caminhos de atuação; os possíveis modos de utilizá-los; os limites de segurança; e seu método eficaz de manipulação, a fim de contribuir com a liberação de sintomas e na fluidez do florescer do nascimento.

* Maíra Darllen é aromaterapeuta, aprendiz de parteira, doula e graduada em Psicologia, sendo natural de Limoeiro/PE. Em maio facilita a Oficina Aromaterapia - Gestação, parto e pós-parto, em Bauru/SP, em parceria c/ o MaternAtiva, confiram:


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