quinta-feira, 5 de julho de 2012

Conheça o Projeto Mulheres da Terra


O Blog Parto no Brasil divulga hoje, c/ mais detalhes, o Projeto Mulheres da Terra, comentado em maio deste ano, no post - Mulheres da Terra. Conheça sua história, seu propósito, sua atuação e lindas imagens - outros dados aqui!

Francisquinha, parteira tradicional indígena, do Amazonas, por Isadora Carneiro.

- A Concepção -

Mulheres da Terra foi concebido com o interesse de aprofundar questões que envolvem o processo de nascimento do ser humano. Dentro da Antropologia, o nascer é tido como um ritual de passagem, um evento universal que todos nós atravessamos, e cuja forma e circunstâncias variam de acordo com cada cultura e a região onde se está inserido.

De que maneira o processo de nascimento, a forma como chegamos a esse mundo, pode interferir em nossas vidas? Quais impactos isto traz aos nossos comportamentos e ações? Em suma, de que modo o cuidado com a vida intra-uterina e com a experiência do parto e nascimento representam um cuidado essencial para com o mundo, e, portanto, tem o potencial de transformá-lo?

Na medida em que a vida humana caminha em direção aos avanços tecnológicos, cada vez mais sofisticados, conquistamos progressos até antes inimagináveis. Porém, não é difícil perceber que, gradativamente, estamos perdendo o interesse por alguns detalhes muito importantes da vida, especialmente no que concerne à conexão das pessoas com a natureza, e seus ciclos sazonais e fisiológicos.

Visando a compreensão de que um nascimento digno é o primeiro direto do ser humano, ressaltamos o fato de que o Brasil alcança, hoje, o maior índice de cesarianas do planeta, e questionamos quais serão as consequências disso para a saúde das mulheres e das crianças que estão nascendo.

França, parteira tradicional, por Camila Reis Colonhesi.

 - O Nascimento -

O trabalho realizado pelas parteiras tradicionais é uma das atividades mais antigas exercidas na história da humanidade, e está inserido nas raízes de todos os povos e suas culturas específicas, que já existiram, e que ainda existem.

O projeto Mulheres da Terra nasceu à partir do contato com parteiras tradicionais do Brasil, e se estende por pesquisas e encontros com parteiras em outros países e continentes, revelando ensinamentos poéticos e profundos tão ancestrais quanto contemporâneos.

Por mais distantes que estejam umas das outras ou por mais distintas que sejam suas culturas, as parteiras trazem a compreensão de que gestar, parir e nascer são processos sagrados da experiência e da vida humana, e por isso, requerem muita atenção e cuidado.

Mulheres da Terra reúne histórias que transmitem a simplicidade e os valores de sábias mulheres ao redor do mundo. Dedicando suas vidas para ajudar ao próximo, elas vem acolhendo com amor as gerações ao longo dos tempos.

Coletivo de parteiras tradicionais Gandharbas, de Banzar/Nepal, por Isadora Carneiro.

Por que Mulheres da Terra?

Quando os antigos viviam em harmonia com os ciclos da natureza, eles respeitavam a Terra como a grande Mãe de todos os seres vivos. A generosidade da Mãe-Terra era reconhecida por nutrir e alimentar a vida, e quando essa vida se transformava, eles compreendiam que todos os seres, um dia, voltariam à ela.

Desde o início da existência humana, as mulheres doaram seus corpos para conceber e gerar a vida. Nas palavras de Suely Carvalho, parteira tradicional: “O útero é a matriz da humanidade, e todo ser humano passou por dentro de uma mulher. É preciso que a gente dignifique a vida como um milagre.

Mulheres da Terra vem para resgatar o contato mais íntimo entre o ser humano e sua verdadeira natureza, disseminando informações e conhecimentos que estimulem escolhas mais conscientes nas experiências tão vitais e significativas que são a concepção, a gestação, o parto e o nascimento.

Em Deserto do Thar, por Mariana Kuroyama.

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Na USP Leste, na EACH, em São Paulo capital, acontece a Exposição Mulheres da Terra, c/ belíssimas imagens de parteiras tradicionais, até dia 06 de julho. Mais informações aqui!

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