quarta-feira, 10 de julho de 2013

Como um bardo

Foi assim que pelos olhos de Elaine Miragaia fui vista em 07 de julho, em São José dos Campos, numa manhã fria de domingo, quando cheguei para bordar com um pequeno grupo de mulheres, numa Oficina de Bordados Arpilleras, junto de Rudá.

Bardo na antiga tradição europeia era o encarregado pela transmissão oral das histórias, lendas e poemas, como um trovador. Quanta identificação senti ao ler o post de No Quintal, onde Elaine, que produziu o encontro relata suas sensações, emoções e cura.

Cinco mulheres, e suas narrativas em linhas e estampas sobre gestação, parto, nascimento e maternidade, tão profundas onde retalhos unem a alegria, a dor, a fuga, a entrega. E, como é bom fazer de minhas mãos esse instrumento.

Compartilho, pois bem, com vocês:

Daquilo que cura

Pra bordar uma Arpillera, usamos linha, tesoura, agulha, tecido e tela (no caso em específico, saca de café). Numa análise simbólica, retalhos são fragmentos não só de tecidos, mas também de histórias. Os tecidos que usamos já passaram pelas mãos de muitas mulheres e carregam em si a essência de tantas histórias já contadas sobre eles. Histórias de maternidade, de entrega. Bianca, levando os tecidos de cidade em cidade, é uma espécie de contadora de histórias, um bardo, que perpetua esses contos fantásticos.

Elaine

Denise 

Estela 

Maria 

Myrian 

Fotos de Bianca Lanu.

Um comentário:

  1. Outro título: Cantadora.

    Correm no Mulheres que Correm com os Lobos e lê o primeiro capítulo.

    ;)

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