Tenho uma outra pequena história para contar, que é pessoal. Eu tinha somente 22 anos quando meu primeiro filho nasceu. O trabalho de parto durou mais de um dia e meio e como disse a parteira, ele nasceu dentro da bolsa de água. E ele estava dentro dessa bolsa e se mexia como um peixinho. Quando olhei, pensei: o que é isso na minha barriga? O bebê ficou esperando dentro da bolsa d’água até encontrarmos alguém que soubesse romper a bolsa d’água. A água devia ser guardada. Somente quando o bebê saiu de sua bolsa d’água, ele deu seu primeiro grito. Duas anciãs lavaram a criança e três meses depois, uma das mães que havia me ajudado a dar a luz disse que a criança tinha ido falar com ela. Achei estranho porque a criança só tinha três meses. Ela disse que a criança tinha lhe dito que o nome que lhe tinham dado não era o verdadeiro e que seu nome verdadeiro era “o lugar onde se faz muita música e muita alegria, e que ele tinha vindo desse lugar”. Hoje essa criança é um grande curandeiro. Ele nasceu com esse dom dentro da sua bolsa de água. Todas as mulheres têm uma missão com a humanidade, uma responsabilidade com a humanidade”.
Por Bernadette Rebienot, integrante do Conselho das Treze Avós Nativas.
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Fonte: http://acervodesaberes.wordpress.com/2012/10/05/a-agua-na-tradicao-africana/
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