quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Por um outro modelo de assistência ao parto

Por um modelo de cuidado à gravidez, parto e pós-parto centrado na mulher, com mais mulheres envolvidas, e muito mais conversas entre elas.


52% dos nascimentos no Brasil ocorrem por cesáreas. A morte materna e a morte infantil são eventos raros. Mas a transferência de mães e bebês para a UTI não é fenômeno incomum. Todas as mulheres têm direito a auto-determinação e  não-coação em suas escolhas de parto.


Mais parteiras, mais obstetrizes, mais enfermeiras! E doulas para TODAS as mulheres.

O Blog Parto no Brasil assina este manifesto.

Violência obstétrica, em tradução artística de Noghan S. Rodberg, por The Unnecesarean

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ATENÇÃO MULHERES em defesa da cidadania:
Mais um direito à saúde está ameaçado! Compartilhe o manifesto da CMB, em defesa das boas práticas na atenção ao parto, com a valorização do trabalho das parteiras, obstetrizes e enfermeiras!
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A Confederação das Mulheres do Brasil - CMB repudia a cobrança de taxas ILEGAIS que vem sendo cobradas das mães brasileiras em trabalho de parto. Os Planos de Saúde pagam valores irrisórios pelo atendimento ao Parto. Com essa avidez por lucros estimulam que uma parcela de médicos cobrem taxas extras para acompanhar as mulheres em trabalho de parto natural.

A pressão sobre as mães é absurda e inaceitável. O número de nascimentos através de cesarianas no sistema se saúde privado alcançou 83% neste último ano. As famílias são colocadas diante da situação de concordar com a cesariana ou pagar a mais caso queiram tentar o parto natural com o médico ou médica que acompanhou o pré-natal pelo Plano de Saúde.

O Brasil ainda luta para diminuir a morte materna por causas evitáveis como infecções e hemorragias. A cesariana é uma cirurgia que pode ser evitada e as mulheres devem ter direito de optar livremente sobre como querem dar a luz tendo acesso à todas as informações necessárias sem indução em sua escolha.

É preciso fortalecer o Sistema Único de Saúde e agilizar ainda mais a implantação do PROGRAMA REDE CEGONHA. É preciso colocar a SAÚDE no patamar que o povo brasileiro merece e precisa. Com as verbas necessárias e participação social á altura de um governo democrático. Queremos o atendimento pelo SUS proporcionando o acolhimento e a segurança que as mães merecem evitando que se tornem clientes dos Planos a aumentar os lucros de quem desrespeita a mulher brasileira.

A ANS está para decidir se legaliza a cobrança. A CMB apela ao Ministro da Saúde Alexandre Padilha que exija dos Planos de Saúde que tenham respeito com seus clientes que já pagam absurdas mensalidades e não recebem o tratamento adequado.

O acolhimento digno é elementar quando o assunto é SAÚDE. Os filhos do Brasil não são MERCADORIA e muito menos a SAÚDE. A falta de acolhimento é ainda mais grave quando se trata das mães brasileiras que estão a dar a luz à brasileiros e brasileiras que serão os futuros responsáveis por nosso país.

São Paulo, 4 de dezembro de 2012
CONFEDERAÇÃO DAS MULHERES DO BRASIL.

Pedimos que se posicione através de nossa página no Facebook.
http://www.facebook.com/confederacaodasmulheres.brasil

E envie sua mensagem ao ministro e à ANS.

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