Inclusive, eles já foram premiados em uma promo por aqui, em novembro de 2010!
Numa prosa super especial, e cheia de carinho ela nos escreveu, com detalhes como é essa grande missão, de transformar com criatividade o Rá Tim Bum de Cae! Bora conferir?!
Como parir um dragão
Desde
quando Caetano estava para completar seu primeiro ano e minhas mãe e
irmã vieram conversar comigo que iriam contratar um buffet para celebrar sua
chegada na casa delas, deixei claro: “Eu cuido da decoração. E também de alguns
alimentos mais saudáveis”. Caetano nascera num parto normal, numa casa de parto
e me transformou. Por isso a cada ano, craftar sua festa tem sido um trabalho
de parto.
Naquele
momento ainda pouco sabia sobre craftagem, achei poucas referências, criei algo
ainda muito próximo das festas mais comuns no Brasil, com muito TNT, EVA e
balões de ar compondo o tema jardim. O diferencial ficou por conta do convite e
de imãs de geladeira com edição gráfica minha.
No
segundo ano, fizemos um pouco diferente a começar pela escolha de um tema pelo
qual eu e ele compartilhávamos grande carinho: o personagem Menino Maluquinho,
do Ziraldo. Foi incrível! Até a boleira do buffet viajou com a gente criando um
“bolo em quadrinhos”. Usamos panelas na decoração e as bandeirolas substituiriam
para sempre os balões. Nas mesas dos convidados barquinhos de papel.
Lembrancinha: um CD com a trilha do filme, além do imã mais uma vez editado em
computador pela mamãe. Tudo criado em casa. E, durante a festa as crianças
pintavam desenhos do personagens nas mesas que tinham também um porta lápis e
soltavam bolinhas de sabão.
Tudo
isso começou a se transformar em uma troca mãe e filho a partir do terceiro
ano. Conversamos sobre que tema deveria ser, acredito que faltando uns 7 meses
para a celebração e concordamos com “Música”. Os balões voltaram, mas só como
adorno de mesa. Comprei instrumentos na tal 25 de março e utilizei outros
brinquedos musicais que ele já tinha. Repetimos as lembrancinhas (CD com as
preferidas do pequeno à época e imã editado por mim). Já não houve TNT nem EVA.
Utilizei Contact colorido e adesivos destes de parede para compor o painel.
No
quarto ano do pequeno, o tema foi escolhido bem por ele. Muito antes da data.
Trouxe para casa muitos livros e audiovisuais com o tema: Espaço Sideral.
Iniciamos um estudo do tema, andávamos por aí pensando em foguetes e planetas.
Aprendemos muito juntos. O espaço físico da casa era pouco, mas o Espaço
Sideral que criamos por quase um ano era vasto para a imaginação. Os
coleguinhas gostaram muito e Cae também.
Terminada
a festa de quatro anos, Cae já tinha eleito o tema Piratas para a próxima
celebração. Foi quando mergulhei fundo no mundo crafteiro, conheci o trabalho
da Stéfi Machado e coletei muitas coisas pela internet. Um ano de trabalho de
parto: pesquisando e respirando pirataria com Cae. Bandeirolas, barcos piratas
de papel, papagaio de pelúcia pirata, caça ao tesouro, tapa-olho… O painel
desta vez exibia o número cinco rodeado por adesivos piratas e uma foto do pequeno.
Até giz de cera pirata confeccionamos em casa. Muita criança correndo,
gritando, pulando pelo quintal. Ao término daquela festa pensei: difícil
superar. Pode-se manter este nível, mas superar…
E já
sabíamos que o tema de 6 anos seria ‘Dragão’…
De como
parimos um dragão
Com toda
esta experiência acumulada, saímos numa festa pensando na outra. Como muita
gente acompanhou o processo pela rede social e interagiu, decidi criar um grupo
chamado festas infantis alternativas e DIY – ideias no Facebook e durante o
ano ele cresceu assustadoramente, ajudamos muitas famílias a parir festas
deliciosas e é um grupo muito especial de troca.
Tudo
começa aqui, na internet. Utilizo o “Google Alerts” da minha caixa de email
para receber notificações de festas no tema. Uso o tema em português e inglês:
“festa infantil dragão”, “dragon kids party”. Cada vez que alguém publica algo
assim na rede o google me envia o link. Eu entro, salvo numa pasta “níver2013″
cada ideia interessante durante todo o ano. Caminhamos na rua sempre de olho em
coisas dragonescas e nos mêsversários do pequeno, como ele aprendera a ler
entre quatro e cinco anos, comprava um livro da série “Como treinar o seu dragão”.
Faltava pouco mais de um mês para a festa quando fui definindo graficamente os convites.
Geralmente uso a mesma arte ou parte dela para
compor o imã de geladeira.
Levo para imprimir fora, nestas pequenas gráficas
de porta de universidades o convite (compro vergê e levo) e nestes quiosques de
fotografia a foto para o imã. Compro então a manta de imã num destes locais de
silk screen, onde também compro por metro o Contact colorido para o painel.
Nas
bandeirolas alternei gravura de dragão que fiz com canetinha e aquele
transferidor plástico e adesivos que também levei para imprimir com os
convites.
Depois, eu vi uma capa de dragão linda na
internet. Eu, que nada entendo de costura resolvi tentar. O resultado:
As lembrancinhas deste ano conseguiram nos
representar por demais: um dragão pregador que confeccionamos juntos mesmo (Cae
pintou muito pregador de verde) e um livro cuja história criei e Cae ilustrou!
Tudo num saquinho que também decoramos à mão eu e a tia Dadaya!
Para as crianças criamos viseiras de dragão e uma
grande chama era cenário para fazerem uma foto!
Nas mesas, cascas de ovos que pintamos eu e Cae e
bebês dragões feitos com papel rococó e olhinhos (ideia minha a
partir de uma outra ideia que vi na rede) davam o tom num pratinho com bolinhas
de amendoins!
E fomos a cada dia criando a partir de ideias que
encontrávamos por aí. Uma oficina de dragão chinês, com papel e lápis de cor
empolgou as crianças. Eu e Cae fizemos a contação da história do livro “Meu
filhote de dragão”. Assim a festa foi uma festa também dentro de mim, cumprindo
a missão de trazer a mim e ao pequeno novamente a sensação do ritual de um
parto.
* Elly Chagas é mãe do menino maluquinho Caetano, professora de Educação Infantil na rede municipal de Santo André/SP. Amante da arte e blogueira há 8 anos, edita os blogs Certezas Provisórias e Caetaneando, entre outros.
* Elly Chagas é mãe do menino maluquinho Caetano, professora de Educação Infantil na rede municipal de Santo André/SP. Amante da arte e blogueira há 8 anos, edita os blogs Certezas Provisórias e Caetaneando, entre outros.
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