quarta-feira, 19 de março de 2014

Epílogo

"A única
e a maior
das revoluções possíveis
na sombria história dos homens
não é a de seus cegos governos

mas na maneira como esses desditosos
são acolhidos no nascimento
e como terão sido
concebidos e
gerados."
Fredèrick Leboyer. Se me contassem o parto.
(Editora Ground, 1998)

quinta-feira, 13 de março de 2014

Parto no Brasil entrevista Maribel Barreto - Março de 2014

Nossa sessão Parto no Brasil entrevista convida para a prosa a brincante Maribel Barreto, co-proprietária, junto de seu companheiro, do Ocitocina Atelie, ao lado de três filhos! Adept@s da educação antroposófica e da Pedagogia Waldorf, o casal fabrica produtos artesanais feitos com matérias-primas naturais, incentivando o livre brincar, além de atuarem, também, junto da Aliança pela Infância.

Simbora conhecer mais esta experiência de maternagem e cuidado unindo trabalhos manuais, empreendimento familiar e a vida na roça carioca!

PARTO NO BRASIL Maribel é um prazer trazer até nosso espaço a questão da ludicidade, e de como o brincar é importante para as crianças. Fale-nos, por favor, dessa questão do ponto de vista da tua atuação, com o Ocitocina Atelie.

MARIBEL R: Grata pelo convite, é uma alegria estar aqui! No Ocitocina Atelie procuramos oferecer brinquedos diferenciados que estimulem a criança a criar sua brincadeira, são feitos em materiais naturais, como lã de carneiro, madeira, tecido de algodão. 
Acreditamos que o brincar seja um alimento vital para a formação da criança. Através do brincar a criança se relaciona com o mundo. Quanto mais livre e natural for, tanto melhor. A criança precisa de espaço, tempo e natureza. E levamos isso muito à sério! 

PARTO NO BRASIL Como você vê essa tecnologia exacerbada dos dias de hoje à serviço das crianças?

MARIBEL R: Acho um desperdício de recursos em todos os sentidos. Uma criança precisa de muito pouco para se sentir apreciada. Uma folha ou pedra natural é muito mais interativa que um aplicativo. É um engano completo acreditar que a criança se desenvolverá mais usando a tecnologia a seu favor. As coisas tem o tempo certo de acontecerem, e o tempo da criança é movimento, é interação real. Acelerar o processo de amadurecimento intelectual da criança pode parecer promissor num primeiro momento, mas não o é logo mais adiante. É como uma fruta. Se a retiramos do pé no tempo certo temos uma fruta rica em minerais e sabor, porém se tiramos antes e a colocamos para madurar num processo artificial, teremos uma fruta doce, mas bem menos nutritiva. O que é mais importante? 
Como pais, temos de estar atentos às demandas de mercado. E perguntar incessantemente se a moda do momento está à serviço de quem ou o quê. 
Meus filhos não têm acesso a tv (nem temos o aparelho em casa) e tampouco aos computadores. Não é da cultura da família assistir tv, seja ela aberta ou fechada. Antes do Francisco nascer jogamos nossa tv na lixeira e foi libertador. 
Há cerca de um ano as crianças passaram a ver alguns vídeos selecionados por nós. Na casa dos amigos também é permitido, sob nossa observação. Pode parecer radical, mas a experiência me diz que estou num caminho bacana. A resposta eu vejo no corpo deles, no resultado de uma brincadeira rica em imaginação. Isso para mim é mais importante. Meu filho fez cinco anos e já tem um repertório de árvores, plantas e insetos bem maior que o meu, por exemplo. 

PARTO NO BRASIL Na perspectiva antroposófica, a criação não terceirizada d@s filh@s tem um papel fundamental na construção biográfica desta criança, especialmente na primeira infância, até os sete anos, onde temos o primeiro setênio. Conte-nos como é trabalhar em seu home office, com três crianças, sendo uma delas um bebê, e percorrer essa corrente filosófica como estilo de vida.

MARIBEL R: Conhecemos a Antroposofia quando nosso primeiro filho nasceu e desde então nos aproximamos do movimento antroposófico através da Pedagogia Waldorf, por trazer respostas muito convincentes aos nossos questionamentos. Desde a gestação já sabíamos que iríamos investir tempo e dedicação aos filhos, só não sabíamos como. O Atelie foi nascendo na medida em que o Francisco crescia, comecei fazendo peças para bebês e com o tempo os brinquedos foram surgindo. Trabalhar em home office exige de nós uma boa dose de disciplina e foco. Nem sempre conseguimos, pois a prioridade são eles. A gente se reveza nos cuidados das crianças pra que cada um possa fazer sua parte no atelie, pois trabalhamos juntos, meu marido e eu. É comum a gente trabalhar até tarde da noite pra poder atender as demandas. As crianças fazem parte do cotidiano atelie/casa. Fiz uma cortina e amarrei em volta da mesa de costura, enquanto trabalho eles brincam em baixo da mesa. 
Esse cotidiano só enriquece o repertório deles. Sob o ponto de vista antroposófico a criança precisa ver de perto esse labor para que tenham exemplos a serem seguidos. Eles nos ajudam a cuidar da horta, fazer pão, varrer a casa, as vezes limpam lã comigo, tudo de maneira lúdica. Isso pra eles é vida, é movimento. Decidimos sair de uma grande capital pra morar num sitio, a fim de dar a elas mais espaço e contato com a natureza. Até o ano passado não iam à escola, o nosso dia a dia era muito intenso. Esse ano, nos mudamos novamente de cidade sem abrir mão do contato com a natureza, afim de oferecer escola para eles.

PARTO NO BRASIL Dentro da Pedagogia Waldorf os materiais de que são feitos os brinquedos tem muita influência na percepção dos bebês e crianças. Você poderia nos dizer quais tipos são mais indicados, e os motivos?


MARIBEL R: A criança é um ser sensível, ainda ligada às esferas mais sutis. Ao brincar com elementos naturais ela é capaz de perceber as nuances de cada material enriquecendo o tato, uma qualidade que mais tarde se refletirá na maneira como lidará com as outras pessoas. Devemos perder o receio e permitir que as crianças se sujem mais de terra, e molhem-se mais na chuva ou poças d’água, que elas possam manipular diferentes sementes mesmo que sejam ásperas ou espinhosas, carregar pedras ou madeiras com diferentes pesos. Criança precisa sentir o mundo através dos sentidos. Claro que não vamos permitir que se coloquem em riscos, mas podemos  ser mais permissivos e deixar de temer a natureza. Quanto ao brinquedo feito à mão, a criança também é capaz de perceber o esforço impresso na execução daquele brinquedo. Ela sabe que nesse brinquedo tem trabalho, erros e acertos, que não é um brinquedo perfeito, assim como a vida. Isso é um bom exemplo a ser dado às crianças. O ideal seria que cada família pudesse produzir os brinquedos de suas crianças, que elas pudessem acompanhar o processo disso. Isso seria riquíssimo.

PARTO NO BRASIL Você lançou pela internet uma espécie de apoio às bibliotecas infantis, com descontos na aquisição de seus brinquedos, para serem doados a esses espaços. Como funciona?  

MARIBEL R: A ideia é incentivar as pessoas a doarem brinquedos novos para as brinquedotecas e escolas. As escolas Waldorf´s, por exemplo, são escolas associativas e nem sempre tem verbas para renovarem suas brinquedotecas, embora a prática da maioria delas é a de manter grupos de trabalhos manuais onde os brinquedos feitos pelas mães fiquem para a escola. Porém a demanda da escola é mais dinâmica, enquanto que a produção do grupo tem um caráter pedagógico junto às famílias e nem sempre atende a demanda imediata da escola.  
Nesta ação que estamos propondo, cedemos um bom desconto nas compras feitas por pessoas físicas que indique uma instituição que trabalhe com crianças para receber a doação, seja ela ligada a Antroposofia ou não. 
O bacana é que os pais podem organizar uma vaquinha e fazer uma compra grande onde cada um paga o que pode. Nós do Ocitocina Atelie colaboramos com o desconto, as famílias se cotizam e quem ganha são as crianças. 

* Veja aqui - www.ocitocinaatelie.com.br/website/?p=1729

_Maribel Barreto Me chamo Maribel Barreto, Mãe de 3. Francisco Bento, Catarina Maria e Antonio José, todos nascidos em casa. Atriz, contadora de histórias, brincante no Ocitocina Atelie onde faço brinquedos e mimos. Meu trabalho começou quando me tornei mãe em 2008. Hoje o Ocitocina Atelie é um projeto familiar. Somos membros da Aliança Pela Infância, um movimento mundial que atua facilitando a reflexão e ação das pessoas que se preocupam com a infância. 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Alegria, alegria: Sorteio de A Mãe e o Tempo

Eba que nesta segunda-feira trazemos Carolina Pombo através da Memória Visual para nos presentear com o livro A Mãe e o Tempo!

Mas, antes de você conhecer o livro, e concorrer é necessário nos responder, via imagem compartilhada em nossa fanpage: Quanto tempo você dedica a si mesma?!

O sorteio será dia 28 de fevereiro, às 20hs, sexta-feira!!!

Abaixo, conheça como surgiu esse trabalho, e também um pouco do percurso de Carol, que já colaborou outra vez por aqui, em: Maternidade, feminismo e estudos além mar




 A MÃE E O TEMPO: 
ENSAIO DA MATERNIDADE TRANSITÓRIA

Por Rebecca Rieggs

Mãe, psicóloga e feminista, Carolina Pombo lança livro no qual defende o encontro das mães com o tempo e consigo mesmas.

Carolina Pombo é mãe de Laura. Formada em Psicologia com mestrado em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, no Rio de Janeiro, vive atualmente na França, onde é doutoranda bolsista na École des Hautes Études en Sciences Sociales. Durante o ano de 2012, Carolina estudou na Universidade de Évora, na Escola Nacional de Saúde Pública de Lisboa e também na Linköping University e atualmente conduz uma pesquisa comparativa sobre o bem-estar de mães portuguesas, francesas e suecas. Ao passar, em carne e osso, pelo “vale da maternidade”, como ela própria diz, Carolina descobriu que o tempo é um definidor da maternidade e a imensa transitoriedade desta. Suas reflexões estão reunidas em A mãe e o tempo: ensaio da maternidade transitória, lançado em outubro de 2013.

Carolina se define como uma feminista brasileira na Europa e define sua obra como um manifesto pessoal e um exercício intelectual sobre a mãe e a maternidade real. Para gerar o livro, ela mergulhou em pesquisas e na sua experiência como mãe. De acordo com a autora, a maternidade é um rótulo ambíguo. De um lado, estão os paradigmas da figura da mãe construídos pela sociedade ao longo do tempo. Do outro, a maternidade como pedra no sapato de quem decide ser mãe, de quem produz políticas públicas para as mulheres e de quem milita no Feminismo.

O objetivo de sua pesquisa e ativismo é contribuir para que outras mães encontrem seu caminho além das paredes de um consultório e de um olhar psicanalítico. “Precisamos ouvir umas às outras. Nossas realidades como mães são diversas e nossas vozes são diferentes, mas podemos criar empatia, laços de solidariedade”, conclui ela. Porque, como diz Carolina, a maternidade é transitória.

A autora escreve atualmente no blog Kaléidoscope, onde mantém diários de pesquisa, escrita e viagem. Escreveu por mais de três anos no blog What Mommy Needs e seus textos já foram publicados em diferentes canais da web, como o portal Minha Mãe que Disse e a Universidade Livre Feminista.


Serviço:
A MÃE E O TEMPO: ENSAIO DA MATERNIDADE TRANSITÓRIA

Editora Memória Visual
Carolina Pombo
ISBN 978-85-89617-58-1
64 páginas

Informações para a imprensa

Rebecca Rieggs – Soluções em Mídia Espontânea

rebeccarieggs@gmail.com

Tel.: (21) 3429-7919 | Cel.: (21) 8089-8988

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Clarear, apoie você também!

O post desta segunda-feira é para compartilhar e convidá-l@s a contribuir com o Projeto Clarear, criado pela jornalista Ceila Santos, também editora do blog Desabafo de Mãe.

A proposta deste trabalho é fornecer matérias jornalísticas sobre temas ligados ao universo da gestação, parto, nascimento e maternidade, de forma coesa, para que muitos mitos possam ser desmistificados, e as mulheres tomarem para si seus corpos e partos.

Como funciona:

O projeto editorial que lhe apresento agora também  é minha proposta de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), que já foi aprovada pela banca qualificadora da Anep Brasil. Trata-se de escrever quatro reportagens a partir de uma pesquisa bibliográfica de doze livros, 38 entrevistas e das aulas que eu ainda preciso cumprir para receber meu certificado de educadora pré-natal.

Essas reportagens serão enviadas, no formato pdf, aos assinantes via email. São quatro temáticas baseadas nas perguntas que a vida me colocou durante minha trajetória de gestante, que aconteceu nos anos de 2004 e 2012.  

- Gravidez: Estou grávida, o que devo saber agora?;
 

- Parto: Onde eu vou parir, porque devo refletir sobre isso?;

- Nascimento: Meu bebê nasceu, o que eu preciso saber agora? 
 

- Pós-parto: Bebês até um ano, quem pode me ajudar?

Cada reportagem terá suas entrevistas publicadas no Desabafo de Mãe no decorrer do ano de 2014 na seção Saúde do blog, que também divulgará os resumos do conteúdo exclusivo que será recebido pelos assinantes. A ideia não é reescrever nada do que já foi dito na imprensa, ou publicado nas redes sociais, mas, dialogar com conteúdos relevantes do movimento do parto humanizado ou informações institucionais da Saúde Materna, quando necessário.


Dos mais de 13 mil solicitados, há duas semanas de ser encerrado o financiamento coletivo pela Benfeitoria, a proposta está com mais de sete mil já arrecadados!

Acesse, conheça e colabore: http://benfeitoria.com/desabafo

No link um petisco do que vem por aí, quando Clarear estiver iluminando barrigudas Brasil afora - Estou grávida, o que devo saber agora?

Os próximos cinco primeiros clareadores que contribuírem levarão, também um livro "Parteiras Caiçaras" (frete não incluso), organizado por Bianca Lanu, além dos benefícios que cada quantia dispõe!


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

É preciso ressignificar a dor

Hoje vou compartilhar com vocês a história de uma amiga, e de como vi, a partir de minha percepção como necessitamos ressignificar as dores, e como isso não é permitido, quando temos, enfim, um bebê saudável nos braços, depois de uma cesárea bem indicada.

Luana, 21 anos, gestava Miguel.

Passou a gravidez buscando boas informações, além das consultas médicas, em Botucatu, interior paulista. Mesmo assim, lhe faltou oportunidades de estar num grupo de gestantes e casais, para trocar as emoções, sensações, expectativas de gestar um bebê. Ela também optou por não ter uma doula ao seu lado.

A Lua vira, e com mais de 38 semanas ela perde o tampão mucoso, uma espécie de muco que costuma sair, no fim da gravidez, pelo colo do útero, indicando sua abertura, mesmo assim varia de mulher e gestação, e não é indicação de trabalho de parto. Mas, no caso de Luana já veio acompanhado de contrações. Bora correr para o Hospital Universitário da UNESP!

Com um dedo de colo uterino dilatado, foi aconselhada a voltar para casa. Chuveiro, descanso, casa cheia, ansiedade. E, o relógio passa, tic tac tic tac...

Volta para o hospital! As contrações aumentaram!

Mesmo assim, o trabalho de parto estava longe de ser ativo. E, ela e seu esposo desejavam tanto receber Miguel em um parto normal, mas depois de mais de 30 horas, o obstetra observou que sua cabecinha estava mal colocada, além disso, após romper o saco amniótico verificou um líquido esverdeado, e optou por operá-la, imediatamente, assim, o bebê nasceu via cesárea.

Mesmo com toda a emoção que um nascimento provoca, toda alegria contagiante de ver o rostinho de seu filho, tão aguardado, e sim, saber que está tudo bem, e que foi preciso ser assim, é normal e humano se entristecer! Mas, a sociedade nos cobra o oposto, e fundamenta, inclusive, como a cesárea é ótima, já que seu bebê nasceu de uma, e, claro, agendada, para não termos imprevistos - imagina sair no meio da noite para parir, que absurdo, com tanta tecnologia e modernidade tsc tsc...

Pela rede social afora vi quantos comentários Luana recebia com esse mesmo discurso, com essa cobrança, impossibilitada de vivenciar sim seu luto. O luto de que não foi como sonhava, de que seu corpo não atendeu a fisiologia do nascimento, assim a dor tem que ser abafada, dentro do peito...

Obviamente ficamos felizes quando um filh@ nosso nasce, saudavelmente, e se foi preciso uma intervenção como essa, que ótimo que pudemos ser atendidas, e com todo o respeito, mas ressignificar as emoções, o nó na garganta, a lágrima que afoga também são precisos, e preciosos, até mesmo para o vínculo entre mãe-bebê, a descida do leite, a amamentação, as novas noites sem dormir, enfim, os novos desafios que a maternidade nos presenteia, para, junto daquele serzinho, crescer!

E, tratando sobre esse assunto me vem a palavra empatia. O tal de se colocar no lugar do outro, e não dizer com aquele sorrisinho: "Mas, o importante é que blábláblá...". E, sim: "Eu imagino sua tristeza!", ou apenas o silêncio, e um abraço - como vi nesta animação muito bacana, que compartilha essa mensagem - aqui.

Finalizo, com um pequeno relato de Luana Prado Godoi, abaixo:

O último clic!

"E foram 37 horas em trabalho de parto, 37 horas com contração atrás de contração. Mas infelizmente o parto não ocorreu do jeito que eu previa, Miguel teve que nascer de cesárea pois estava encaixado sim mas com a cabeça torta, viradinha. Não tinha como nascer de parto normal naquela posição. Sem falar que a bolsa foi estourada pelo médico e o líquido já estava esverdeado, outro motivo para fazerem a cirurgia. Mas tanto eu, como os médicos e enfermeiros fizemos de tudo e mais um pouco para que o Miguel viesse ao mundo naturalmente, tanto que eu já estava com quase sete dedos de dilatação  Pexão (seu esposo) e eu ficamos tão tristes por não ter sido o parto que tanto esperávamos, mas essa tristeza logo passou quando vimos o rostinho do nosso abençoado homenzinho, que nasceu lindão e cheio de saúde. Mas Deus é testemunha de que fiz o possível, aguentei tudo firme e forte, e se não aconteceu: amém! Deus sabe de todas as coisas. O que me alivia é saber que o Miguel veio no tempo dele e que essa cesárea foi uma cirurgia realmente NECESSÁRIA!".

Nasce um bebê, e um pai!

Miguel S2

sábado, 25 de janeiro de 2014

Multimídia Parto no Brasil - Com Licença



Um documentário que busca entender as questões atuais das mães urbanas que trabalham. Temas como: gestante no ambiente de trabalho, licença maternidade, licença paternidade, volta ao trabalho, rede de suporte, que dizem respeito não somente a mães e pais, mas toda sociedade.

Falta flexibilidade, informação, respeito, motivação. Em diversos âmbitos.

As empresas estão cada vez mais percebendo a importância de entender essa temática da maternidade, já que mulheres em cargos de diretoria, vice presidência e presidência são raras.

Que empresas estão realmente interessadas em valorizar a gestante e a mulher que retorna ao trabalho? Que empresas compreendem as novas competências que uma mulher adquire após se tornar mãe? Que empresas respeitam o vínculo mãe x bebê?

Afinal, por que os encargos domésticos ainda recaem sobre as mulheres de forma tão pesada? É justo o pai só ficar com seu filho recém nascido e sua mulher cinco dias corridos?

Qual a função social da maternidade/paternidade?

Não temos respostas, não somos parciais.

Queremos ouvir todos os lados, entender as dificuldades, os obstáculos da lei, empresas, mães, pais. Colocar esses agentes para dialogar e chegarmos quem sabe a novas possibilidades e novas opções, afinal, cada família tem uma configuração, uma necessidade.


 * O filme será um media metragem, com incentivo da Lei Rouanet, em busca patrocínio.

Para informações: biasiqueira@obravideos.com.br

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