sexta-feira, 15 de outubro de 2010

OMS recomenda: práticas de assistência ao parto que devem ser estudadas e usadas com cautela

Depois de longo tempo, o blog Parto no Brasil retoma a pesquisa sobre as recomendações da OMS para o parto normal. Nosso objetivo é dar visibilidade ao documento Maternidade Segura: Assistência ao Parto Normal: Um Guia Prático (OMS, 1996).
Precisamos que estas informações passem a ser de domínio do conhecimento popular. Profissionais da assistência, mulheres e suas famílias precisam conhecer os procedimentos que envolvem a parturição, além dos seus aspectos emocionais e subjetivos.
Nos grupos de apoio ao parto e à maternidade, como o GestaParaná, por exemplo, realidade a qual conheço, comprovamos que a informação é a melhor estratégia para o empoderamento. É só dizer para uma mulher o que é uma assistência humanizada, ou descrever as características médicas de uma cesárea desnecessária e de um parto ativo, vertical; para então, perguntar a esta mulher o que é de sua preferência. Esse é o caminho mais eficiente para transformar muitas realidades.
Assim, hoje, publicamos a terceira categoria de condutas avaliadas pela OMS. São práticas em relação às quais não existem evidências suficientes para apoiar uma recomendação clara; e que devem ser utilizadas com cautela até que mais pesquisas esclareçam a questão.

Pergunto, quais destes procedimentos foram incluídos na assistência ao seu parto?
Participe da enquente e aproveite o espaços dos comentários para compartihar mais da sua experiência!
1. Método não farmacológico de alívio da dor durante o trabalho de parto, como ervas, imersão em água e estimulação nervosa.
2. Uso rotineiro de amniotomia precoce (romper a bolsa d’água) durante o início do trabalho de parto.
3. Pressão no fundo uterino durante o trabalho de parto e parto.
4. Manobras relacionadas à proteção ao períneo e ao manejo do pólo cefálico no momento do parto.
5. Manipulação ativa do feto no momento de nascimento.
6. Utilização de ocitocina rotineira, tração controlada do cordão ou combinação de ambas durante a dequitação.
7. Clampeamento precoce do cordão umbilical.
8. Estimulação do mamilo para aumentar contrações uterinas durante a dequitação.
Aproveito para já agradecer e lembrar da importância da participação de cada uma de vocês.
Para que 80% das brasileiras consigam "parir em paz", é preciso agir em duas frentes: o empoderamento das mulheres e a humanização da assistência profissional. O seu relato empodera você e também aqueles com quem você o compartilha! Obrigada!
Acesse aqui os outros posts desta pesquisa, e participe:
http://partonobrasil.blogspot.com/2010/09/condutas-prejudiciais-devem-ser.html
http://partonobrasil.blogspot.com/2010/09/recomendacoes-da-oms-para-o-parto.html

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