quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Postagem Coletiva - Violência no Parto: A Voz das Brasileiras

No mundo todo, as mulheres estão usando as redes sociais para dar visibilidade ao que chamam de ‘violência obstétrica’.

Neste post, convidamos você a colaborar com a construção deste processo histórico, com a documentação da voz das mulheres, sobre os momentos que foram os mais tristes e difíceis da sua jornada reprodutiva.

Pelo direito de viver uma vida livre de violências.
Pelo direito à saúde e à boa informação.



Por que violência obstétrica?

Por definição, a violência obstétrica é considerada toda forma de desrespeito, maus-tratos, abuso e negligência, praticada pelos profissionais das maternidades contra as mulheres que estão ali em busca de serviço de saúde especializado – para a gravidez, o parto, o pós-parto, e o aborto.

Também pode incluir condutas, procedimentos e protocolos clínicos que não atendam as melhores práticas na atenção ao parto e nascimento, condutas e protocolos reconhecidos como fortes evidências científicas pela comunidade internacional para a segurança das pacientes e qualidade da assistência.

A falta de informação e esclarecimentos sobre todos os processos do parto e nascimento prejudica a comunicação entre os profissionais e pacientes. As mulheres precisam ser estimuladas a falar sobre suas dúvidas, medos, desejos e necessidades. E precisam ser ouvidas.

A Lei do Acompanhante no Parto é de 2005, e vale para todo o país, para todas as maternidades do SUS ou da Saúde Suplementar. A lei vale para todas! Todas as mulheres têm direito a ter um acompanhante de sua livre escolha desde o início até o final da sua internação na maternidade. Toda exceção é violação de direitos. Denuncie.



Segurança das pacientes e qualidade da assistência

Este cenário (de violência) é o oposto ao desejado pelo projeto da Humanização da Assistência ao Parto. Uma política pública que tem a proposta de superar o grande desafio da redução das mortes maternas; da organização de todos os serviços que compõem a rede de atenção ao pré-natal, parto e puerpério (nas UBS, centros de parto normal  e maternidades hospitalares); e da valorização do parto e nascimento como processos fisiológicos, que podem ser transformados em uma experiência positiva e satisfatória para as mulheres.

Em última instância, é uma defesa da cidadania e dos direitos humanos!



O convite para a ação

Nos últimos meses, uma série de ações sociais foram organizadas, via Internet, por mulheres que se dedicam à construção de um outro modelo de assistência ao parto, mais amigável às mulheres, e que inclui necessariamente a articulação de uma equipe de profissionais tais como enfermeiras, doulas, obstetrizes, parteiras, e médicos.

Como resultado, temos duas Blogagens Coletivas que foram realizadas coletivamente por mais de 100 blogs ao total. Confira as informações:







Nesse tempo, as mulheres também saíram às ruas, na Marcha do Parto em Casa e na Marcha pela Humanização do Parto. A perspectiva das usuárias, favorecida pela Internet, é o item de maior valor que nós podemos oferecer à saúde pública brasileira.

Esta terceira postagem coletiva tem objetivo de proporcionar mais uma troca de experiências entre as mulheres, de resgate do apoio mútuo, e de valorização de uma metodologia que é específica de uma organização política, pessoal, comprometida, com os direitos humanos das brasileiras, e sua saúde sexual e reprodutiva, na perspectiva da integralidade, diversidade e individualidade, com aplicação de saberes multidisciplinares complementares.


Participe, divulgue a imagem abaixo, junto com um texto livre de sua autoria.
Grave seu video, e envie até 28 de outubro!

Instruções para a Postagem Coletiva - Violência no Parto: A Voz das Brasileiras

Como resultado, esperamos produzir um videodocumentário sobre a perspectiva das brasileiras que se sentiram desrespeitadas, para ser lançado oficialmente durante o 10o Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, que ocorrerá entre os dias 14 e 18 de novembro de 2012, em Porto Alegre-RS.

Uma iniciativa dos blogs Parto no Brasil, Cientista que Virou Mãe e Mamíferas, junto com o grupo de pesquisa do Gênero, Maternidade e Saúde (GEMAS/FSP/USP).

Nosso muitíssimo obrigada!
Ana Carolina Franzon
Bianza Zorzam
Kalu Brum
Ligia Moreiras Sena




Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...